Saudações Leitores!
Essa postagem está um pouco atrasadinha, porque é pra falar dos lançamentos da semana passada das editoras Companhia das Letras, Seguinte e Paralela. Por que a postagem saiu tão tarde? Ora, esse caos que é a minha vida com o trabalho, retas finais da pós-graduação e a temida monografia, concursos, leituras, namorado, amigos e muitas outras coisas com que tenho que dividir meu tempo... Enfim, o que importa é que a postagem não deixa de sair e vem linda e recheada de ótimos lançamentos: espiem!!!
Dias perfeitos, de Raphael Montes
Aos vinte anos, o carioca Raphael Montes impressionou crítica e público com Suicidas,
livro finalista de diversos prêmios literários, entre os quais o prêmio
São Paulo de Literatura e o Machado de Assis, concedido pela Biblioteca
Nacional. Aos vinte e três anos, escreveu este Dias perfeitos,
seu segundo romance. A exemplo do anterior, traz suspense, violência,
diálogos ágeis, trama vibrante e pleno domínio do andamento narrativo.
Mas agora as doses de ironia e perversidade são redobradas, num mergulho
pela psique de um assassino metódico, engenhoso e sobretudo apaixonado.
Almanaque 1964, de Ana Maria Bahiana
Em 1964, o mundo fervia. O Brasil começava a viver sob uma
ditadura militar desde que, em 31 de março, o Exército tomara o poder,
sufocando a democracia e restringindo diversos direitos individuais.
Tudo mudava. No exterior, a Guerra do Vietnã, a tensão entre as
potências que detinham a bomba atômica e a luta pelos direitos civis nos
Estados Unidos mostravam um mundo em convulsão. E não só na política.
Antigos valores ruíam, anunciando um mundo novo – para o bem e para o
mal. De Nara Leão a Bob Dylan, de Chico Buarque aos Beatles e Rolling
Stones, passando por Glauber Rocha, os filmes de 007, o monoquíni, o
frescobol em Ipanema – tudo na cultura e na sociedade daquele ano
parecia estar em plena efervescência.
Este é o universo que Ana Maria Bahiana recupera – com inteligência e
texto pop, rigor no tratamento dos fatos e atenção àquelas deliciosas
miudezas que ajudam a retratar uma época – no Almanaque 1964.
Lançando mão da linguagem mais descontraída do almanaque, com muitas
fotos, texto leve e altamente informativo, o volume é um passeio
delicioso e instrutivo por um tempo que ajudou a definir, com violência,
paixão, som e fúria, o mundo de hoje.
Caninos em família, de Kevin Wilson (Tradução de Alexandre Hubner)
Annie é uma atriz de cinema com alguns bons papeis no currículo
e uma indicação ao Oscar, mas o aspecto mais comentado de sua carreira é
a série de fotos que vazou na internet e em que ela aparece de torso
nu. Buster escreveu um romance mediano, sobrevive de bicos para uma
revista e acaba de ser atingido no olho por um tubérculo fumegante
durante a pesquisa par uma matéria sobre canhões de batata. Para além do
infortúnio, eles têm algo mais em comum: Annie e Buster são irmãos.
Filhos do casal de artistas perfomáticos Caleb e Camille Caninus,
cresceram participando das perfomances radicais dos pais, cujo objetivo
era gerar o caos e em seguida desaparecer de cena. Nesse ambiente,
parece natural que Annie e Buster não tenham desenvolvido a capacidade
de conduzir a prórpia vida. Mas agora que a confusão se instalou, o
caminho de volta ao universo paralelo dos pais parece ser a única saída.
Os combalidos Caninus, entretanto, têm outros planos para a velhice – e
desta vez tudo indica que as crianças não foram incluídas no programa.
Histórias de Mix, Max e Mex, de Luís Sepúlveda (Ilustrações de Noemí Villamuza / Tradução de Eduardo Brandão)
Mix e Max eram amigos inseparáveis, como só um garoto e um gato
podem ser. Enquanto Max estava na escola, Mix protegia os cereais
preferidos de seu dono; enquanto Mix passeava pelos telhados da
vizinhança, Max enchia o pote de comida de seu parceiro – e assim, lado a
lado, eles cresciam.
Acontece que o tempo dos gatos é diferente do tempo das pessoas, e
quando Max se tornou um jovem cheio de planos, Mix já estava velho e mal
conseguia enxergar. Mas, sem poder se aventurar pelos terrenos
vizinhos, ele não imaginava que conheceria um rato tagarela disposto a
lhe mostrar com palavras tudo aquilo que seus olhos não viam mais – e
muito menos que esse rato pudesse virar seu companheiro leal e fazê-lo
sentir-se feliz mais uma vez. Esse era o Mex.
Editora Paralela
Sem medo de falar, de Marcelo Ribeiro
O abusador sexual é alguém próximo. Um parente, um amigo da
família, um professor, um padre, um treinador, um maestro de coral. Seu
maior aliado é o silêncio. A criança não denuncia porque tem vergonha,
medo. Porque acha que ninguém vai acreditar. Marcelo Ribeiro perdeu o
medo de falar. Neste livro corajoso, ele conta como, ajudado pela
mulher, conseguiu enfrentar o trauma e a condenação ao silêncio. Sua
vida é um exemplo de superação: das dores, tirou lições fundamentais
para aqueles que desejam a felicidade das crianças e para todos que
querem encontrar caminhos para que a sociedade possa se prevenir desse
crime monstruoso.
Editora Seguinte
A garota certa, de Ali Cronin (Série Garota <3 Garoto, vol. 5) (Tradução de Rita Sussekind)
Cass terminou com Adam. Jack não quer mais nad com Cass. Donna
resolveu dar mais uma chance ao amor. Mas e Ollie? Ollie é apaixonado
por sua melhor amiga, Sarah, desde sempre. Ela parece não se dar conta
disso, e ele morre de medo de perdê-la.