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Uma Morte Horrível, Pénélope Bagieu, São Paulo: Nemo, 2016, 128 pág.
Traduzido por Fernando Scheibe

Saudações Letores!
Uma Morte Horrível cujo título original é Cadavre Exquis (2010) trata-se da primeira Graphic Novel de Pénélope Bagieu e me conquistou incrivelmente pelas sutilezas e pelo plot twist inesperado. Sou fã de HQ e tudo relacionado a este universo, então não pestanejei de devorei o volume em poucos minutos.

Resenha: Uma Morte Horrível - Pénélope Bagieu

sexta-feira, 9 de dezembro de 2016

Saudações Leitores!
Como pude ser tão relapsa em relação as Graphic Novels? Como pude demorar tanto para "me jogar" nesse tipo de leitura? Isso não deveria ter acontecido, mas já que aconteceu, agora estou numa vibe de quadrinhos e/ou Graphic Novels e minha aventura da vez foi com O Muro e necessito compartilhar essa experiência com vocês, espiem...


O Muro, Fraipont e Bailly, São Paulo: Nemo, 2015, 192 pág.
Traduzido por Fernando Scheibe

Le Muret trata-se de uma Graphic Novel escrita e desenhada por Céline Fraipont e Pierre Bailly. É uma história que se passa na década de 80 e apesar do conteúdo ser bastante pesado, foi repassado com bastante delicadeza.
Em O Muro acompanhamos a história de Rosie, uma menina de 13 anos que se vê entregue a própria sorte: sua mãe acabou de fugir com o amante, abandonando-a com o pai, que passa o tempo todo trabalhando ou fazendo viagens de negócios, assim sendo, não conversa com a filha sobre as enormes mudanças da vida.
"Será que estou em perigo? Me sinto como um soldadinho numa trincheira e acho que estou completamente sozinha neste combate." (p.12)
Rosie se vê cada dia mais e mais solitária e passa esses momentos de solidão em cima de um muro: bebendo e fumando, tentando ver a vida como uma pessoa adulta, sendo que é praticamente uma criança ainda.
Nossa personagem conhece Jô, um garoto – bem mais velho que ela – tão solitário quanto a personagem, mas ambos aprenderam bastante um com o outro e passearam pela vida. É notável essa íntima história.
"Não sei a quem devo agradecer por termos nos encontrado. Ele é como uma parte de mim mesma. A parte que eu gosto." (p.127)
Fica claro que Rosie está largada a própria sorte e não sabe como pedir socorro, mas ela precisa de ajuda, sente-se abandonada e está cansada de agir como adulta quando é apenas uma criança.


O Muro emociona, não só pela história em si, mas também pelas batidas do punk rock dos anos 80, além do traço artístico nos quadrinhos serem bastante sentimentais: eles mostram uma fúria, uma angustia e um medo da solidão, mas uma afinidade profunda com esse sentimento.
"Sei que o medo vive em mim, mas estou começando a domá-lo. Acho que até posso dizer que agora tenho necessidade de sentí-lo. O medo me prendeu em sua teia." (p.53)
Essa Graphic Novel é mais uma prova de que esse tipo de literatura pode, sim, mexer com nossos sentimentos e colocar lágrimas nos olhos. É perfeita! Acredito que, quem tiver a oportunidade de ler O Muro não deveria – de modo algum – deixar a oportunidade passar.

Resenha: O Muro - Céline Fraipont e Pierre Bailly

sábado, 16 de abril de 2016

Saudações Leitores!
Mais uma Graphic Novel lida! Dessa vez foi Pílulas Azuis que além de boa é bem educativa, aliás é linda demais, estou encantada, já faz um tempinho que li e agora tenho a oportunidade de falar para vocês o que achei.


Pílulas Azuis, Frederik Peeters, São Paulo: Nemo, 2015, 208 pág.
Traduzido por Fernando Scheibe

Pilules Bleues do quadrinista suíço Frederik Peeters, trata-se de uma HQ autobiográfica, que demonstra muita coragem por parte do autor.
Peeters, pega sua vida e de maneira sucinta desenha e narra em quadrinhos seus encontros e desencontros com a irmã de um amigo: Cati. Após vários anos os dois tem a oportunidade de ficarem juntos, no entanto, Cati confessa para Fred que tem HIV e, por conseguinte, o filhinho dela também.
Através dos quadrinhos percebemos um misto de confusão em que Peeters foi jogado, mas notamos o quanto ele esperou por Cati, o quanto a ama e quer ficar com ela e superar essa doença.
A partir do momento que os dois decidem ficar juntos, Peeters tem que aprender a superar seus medos, a entender e conhecer o vírus e a se cuidar, além do mais, tem que aprender a como ser um pai para o filho de Cati. Peeters entrou em uma família e tem que aprender a conviver com os problemas dela.
Pílulas Azuis é de uma delicadeza fenomenal, o traço do autor também consegue refletir bastante o sentimento que nos vemos envolvidos ao conhecer essa história. Ficamos a par dos desafios de uma relação com um soropositivo, a superação dos preconceitos e uma gama inumerável de sentimentos.
Na verdade, pode parecer bem simples essa HQ, mas Pílulas Azuis além de ser um belo trabalho artístico é bem didático e explicativo, por mais que já tenhamos ouvido falar de HIV é incrível como ainda permaneçamos tão ignorantes a respeito da doença (ou uma boa parte das pessoas).
Em suma, algumas pessoas podem até acharem que HQ não são tão produtivas para expressar sentimentalismo ou uma emoção sensível, mas Pílulas Azuis prova o contrário: HQ’s podem, sim, ser capazes de nos fazer aflorar o sentimentalismo.

Resenha: Pílulas Azuis - Frederik Peeters

sábado, 5 de março de 2016

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