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Resenha: A Menina que não sabia ler - John Harding

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Saudações Leitores!
Como prometi posto a resenha do livro "A Menina que não sabia ler". Confesso que não curti muito, mas  essa é a minha opinião, há pessoas que gostam, então, sem mais lero-lero, vamos lá:


A Menina que não sabia ler, John Harding, São Paulo: Leya, 2010, 282 pág.(tradução de Elvira Serapicos)

      Esta obra de John Harding tem como título original “Florence and Giles”, no entanto, no Brasil ela é publicada com o título “A Menina que não sabia ler”, ao que tudo indica esse título é uma tentativa de fazer as pessoas o associarem ao livro “A menina que roubava livros”, ou seja, um marketing de venda.
      A história se passa em 1891, na Nova Inglaterra, tem como cenário principal a velha e isolada mansão Blithe. Nessa mansão vive Florence, uma garota de 12 anos; Giles, seu irmão mais novo; e os criados. Após a morte dos pais Florence e Giles ficam sob a responsabilidade do tio, que negligentemente os deixa em Blithe com os empregados.
     Mesmo sem estar presente o tio deixa regras bem claras proibindo Florence de aprender a ler e escrever, aparentemente ele era contra a educação das mulheres. Até então Florence não tinha despertado interesse para a leitura até o dia em que descobriu uma biblioteca abandonada contendo um vasto acervo literário: "A brincadeira foi logo esquecida; fui de prateleira em prateleira, pegando um livro atrás do outro, espirrando com a poeira ao abrir cada um deles. É claro que eu não sabia ler, mas por algum motivo isso me deixava ainda mais maravilhada, todos os milhares – acho que milhões – de linhas codificadas com impressão indecifrável."(p.15). Para completar as ordens deixadas pelo tio, Giles tinha que estudar, mas este não se acostumou na escola e foi mandado para casa onde passaria a ter uma preceptora, no entanto a primeira faleceu e a segunda era uma mulher misteriosa.
      A história é narrada pela própria Florence e por isso ficamos diante dos fatos apresentados pela perspectiva da mesma, ou seja, nos deparamos com os medos, inseguranças e imaginação de Florence. Em toda a história observa-se uma atmosfera sombria, não só pelo medo de Florence ser descoberta na biblioteca, mas por ocorrerem fatos estranhos na mansão Blithe. Fatos estes que envolviam a nova preceptora.
      Na obra é perceptível a linguagem fácil e carismática e posso até arriscar dizer que uma vez iniciada a leitura desta obra, a pessoa se enche de curiosidade e não é capaz de abandonar o livro, pois o suspense que envolve cada página consegue prender e despertar a curiosidade e o interesse do leitor.
     Ademais, o final da história é surpreendente, inesperado, enfim, um tanto quanto imprevisível. Entretanto ao findar o livro percebemos que alguns pontos não foram totalmente explicados e/ou resolvidos, assim sendo, muitos questionamentos surgem e resta-nos, portanto, usar a imaginação e tentar resolvê-los. Alguns dos questionamentos são: Porque o tio de Florence e Giles não gostava e nem visitava os sobrinhos? Porque ele mudou todos os empregados da casa? Porque as fotos da mãe de Giles estavam todas cortadas? Quem era realmente a nova preceptora? Etc.
      Contudo, é importante ressaltar que se o leitor busca uma história um tanto quanto romântica o livro não é indicado, pois se frustrará ao não encontrar o que procura. Mas se o leitor busca um livro com suspense, mistério, fantasia e sobrenatural, “A menina que não sabia ler” é super indicado!

Camila Márcia

2 comentários :

  1. Já li e não gostei. O fim, para mim, foi decepcionante!

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  2. Talvez eu esteja um pouco atrasado, mas nunca acho tarde deixar opiniões.
    Acabei de ler a sequência do livro acima citado, que li antes do que acabei de citar (não sou tão bom escritor); e, sinceramente, não curti.
    Tendo em vista que Florence deveria ser uma garota inocente, ver que ela ficou tão "esperta" e "maldosa" com o passar dos anos em um manicômio não me deixou satisfeito.
    Ok, o fato dela estar num manicômio deixa claro que ela tinha uma certa inclinação para a loucura, mas também deixa a dúvida: E se ela não tivesse uma inclinação para a loucura? Será que ela foi para o manicômio por conta da idade? Por ser menor e não poder ser presa numa cadeia com outras mulheres? Se for isso, E os internatos?
    Tudo bem, minhas perguntas deixam claro que ela realmente tinha uma inclinação para a loucura.
    Mas como ela foi parar lá?

    Não curti muito o mistério imposto no livro, apesar de gostar de livros de suspense.
    Admito que esperava um pouco mais das obras.
    O primeiro foi melhor, resumidamente falando...

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Muito obrigada pelo Comentário!!!!

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