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Resenha: A Guerra que Salvou a Minha Vida - Kimberly Brubaker Bradley

segunda-feira, 17 de julho de 2017

A Guerra que Salvou a Minha Vida, Kimberly Brubaker Bradley, 
Rio de Janeiro: DarkSide Books, 2017, 240 pág.
Tradução: Mariana Derpa Vollmer
COMPRAR: Amazon, Saraiva

Saudações Leitores!
A Guerra que Salvou a Minha Vida (The War that Saved My Life, 2015) escrito por Kimberly Brubaker Bradley já ganhou vários prêmios como o Newbery Honor Book, Schneider Familly Book Award e Josette Frank Award e é um dos livros que tem o potencial de agradar a todos os leitores.

Não consigo deixar de ser sentimental quando leio um livro e amo com todas as minhas forças, e isso foi o que aconteceu com A Guerra que Salvou a Minha Vida, portanto, vou ser sentimental na minha opinião. 
"Quando eu pensava em ir pra casam ficava sem ar. Minha casa dava mais medo que as bombas."
O livro traz um episódio triste da história mundial, pois acontece durante a Segunda Guerra Mundial, quando a Alemanha estava bombardeando e tentando invadir a Inglaterra, além disso tinha toda aquela atmosfera de repressão, de racionamento e de espiões de ambos os lados. É com este plano de fundo que vamos acompanhar a história de Ada.

A menina de aproximadamente 10 anos vivia encarcerada em sua casa pela sua mãe por conta de uma deficiência física: "pé torto", enquanto seu irmão menor Jamie podia viver brincando pelas ruas de Londres. Ada sentia-se muito triste por sua mãe maltratá-la e não conseguia entender os motivos. Até que a Guerra explode e Londres passa a ser considerada alvo de bombardeios, então, o governo aconselhava as famílias mandarem as crianças para cidades mais afastadas. Sabendo disso, Ada e Jamie montam um plano de fuga para partirem com as crianças no trem sem que a mãe soubesse e pudesse impedir - já que esta jamais permitiria que Ada fosse.
"Dei a mão a ela. Um novo e desconhecido sentimento me preencheu. Parecia o mar, a luz do sol, os cavalos. Parecia amor. Vasculhei minhas idéias e encontrei o nome: Felicidade."
Ada e o irmão acabam indo parar numa zona rural da Inglaterra e lá conhecem Susan que fica encarregada de cuidar dos irmãos até a mãe deles vir buscá-los ou até o fim da Guerra. Enquanto tudo muda ao redor por conta da Guerra, algo também muda para as crianças, pois eles passam a receber o conforto, o carinho e a atenção de Susan, coisa que nunca receberam da mãe, além disso Susan quer ajudar Ada, que está sempre "arisca" sem aceitar ajuda alguma, pois não pode se acostumar com isso, já que um dia voltaria a viver as desmazelas ao lado da mãe.
"A Mãe nunca me tocava, exceto pra me bater. O Jamie me abraçava, mas nunca me levantava, claro. Aqui as pessoas ficavam o tempo todo me tocando. Eu não gostava. Nem um pouco."
A Guerra que Salvou a Minha Vida lembra muitos livros que tratam do tema como O Menino do Pijama Listrado,  O Menino no Alto da Montanha e outros que tragam a voz de uma criança como narrador, mostrando sua inocência, seus medos, inseguranças e incompreensões a respeito da Guerra.

A estória narrada pelos olhos de uma criança, nos lança a um outro patamar e, aqui, em A Guerra que Salvou a Minha Vida, apesar dos inúmeros motivos de tristezas apresentados durante a narrativa, temos um fio de esperança de carinho, delicadeza que é o fato dessas duas crianças terem conhecido alguém que as trataram melhor que a mãe e sobretudo as amou. É impossível não se emocionar em diversos momentos e, ao finalizar a leitura, é impossível não classificá-lo como favorito.
Pude refletir que diante de todas as histórias tristes sobre a Segunda Guerra Mundial, diante de tanto sofrimento, perdas e mortes, com certeza houve casos parecidos com o desta ficção: onde a guerra pode salvar a vida de alguém. É irônico é triste, mas pode ser muito bem verdade...
"Existe guerra de tudo quanto é tipo."

2 comentários :

  1. Já vi muitas resenhas desse livro e todas são positivas. Ele parece ser um livro com uma mensagem linda mas já tô me preparando emocionalmente para a leitura porque vou chorar bastante eu acho...
    Ótima resenha, beijo!

    Sorriso Espontâneo

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    Respostas
    1. Oi Betânia,

      prepare os lencinhos, esse livro, realmente, nos faz derramar algumas lágrimas.
      Ele é lindo!

      xoxo
      Mila F.

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Muito obrigada pelo Comentário!!!!

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