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Resenha: Treze à Mesa - Agatha Christie

quinta-feira, 22 de outubro de 2020

Treze à Mesa. Agatha Christie. Rio de Janeiro: HarperCollins Brasil. 2016, 256 págs.
Tradução: Milton Persson
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Saudações Leitores!
Treze à Mesa (Lord Edgware Dies, 1933) de Agatha Christie é mais um volume que leio dentro do #PJLendoAgathaChristie2020 que estou fazendo no canal, e isto quer dizer que tem bate-papo em vídeo sobre o volume por lá, então fique a vontade para conferir também.

De início, já quero dizer que esta foi a primeira vez que li Treze à Mesa e me vi conectada com a história e impressionada com todos os personagens e acontecimentos, o enredo foi ambientando entre artista de cinema, teatro e pessoas ricas e com títulos da realeza, todas esses características são extremamente envolventes e fui fisgada desde o primeiro capítulo, sendo impossível soltar o livro sem ficar pensando nele depois.


A propósito, outra coisa que me faz gostar desse livro é porque temos um caso de Hercules Poirot com o capitão Hastings e eu amo a interação desses dois personagens, além do mais ver Poirot pelo olhar de Hastings torna Poirot menos infalível, porque percebemos que ele comente erros e deixa passar alguns pontos importantes para a resolução do caso, o que torna ainda mais emocionante Treze à Mesa.

Aqui vamos acompanhar Jane Wilkinson uma artista bonita, inteligente, famosa e que quer "se livrar" de seu marido para poder casar-se novamente com o duque Merton, portanto, sabendo da grande reputação de Poirot, não perde a oportunidade quando o encontra em um restaurante em que está reunido com um grupo de amigos, de aproximar-se do detetive e pedir-lhe que tente convencer Lorde Edgware (seu marido) a lhe dar o divórcio.

"_ Hastings, você tem uma confiança admirável em mim. Chego a ficar comovido. Então não sabe, meu caro, que cada um de nós é um negro mistério, um labirinto de paixões, desejos e talentos antagônicos? Mais oui, c'est vrai. Vive-se tirando conclusões... que noventa por cento das vezes são errôneas."

Pela conversa, ela faz parecer que o divórcio é uma missão impossível e Poirot alega que sua especialidade é descobrir assassinatos, não se envolver com assuntos tão pessoais assim, porém, ninguém consegue dizer não para Jane e Poirot não será uma exceção.

O que irá intrigar a todos é que após Poirot conversar com lorde Edgware e este se comprometer a dar o divórcio, ele aparece assassinado no dia seguinte. As principais suspeitas do homicídio recaem sobre a esposa já que todos os amigos e conhecidos sabiam que ela queria se livrar e até mesmo matar o marido. No entanto, por que ela faria isso após saber que conseguiria o divórcio?


Então Poirot, Hastings e o inspetor Japp irão investigar o crime e descobrir que não era apenas Jane Wilkinson que teria motivos e interesse em matar seu marido, muitas outras pessoas também o tinham, além do mais há também muitas outras pessoas que poderiam estar tentando incriminar Jane por motivos bem pessoais também.

"_ Não, não, meu amigo. Estamos só analisando possibilidades. É como experimentar roupas. Esta serve? Não, está enrugada no ombro. E esta? Sim, está melhor... mas um pouco apertada. Esta outra aqui é justa demais. E assim por diante, até se conseguir o corte perfeito... a verdade."

E estou aqui para dizer para vocês que esse volume deu um nó na minha cabeça, fiquei tão envolvida com a atmosfera da fama, luxo e personagens celebridades e carismáticas que ficava anotando detalhes e outras coisas que ia "pegando" na narrativa, inclusive algumas pistas que Poirot nem sequer percebeu a princípio eu consegui ver, porém após formada a minha teoria de quem seria o assassino, a resolução desse caso deu uma reviravolta e, é claro, que errei profundamente.

Mesmo estando CERTA de quem tinha cometido os crimes e me frustrado por não ter sido quem pensava, fiquei absolutamente encantada com este livro, que entra para minha lista pessoal de melhores livros de Agatha Christie.


"[...] Sei a verdade toda sobre a história toda. E você também poderia saber se a menos usasse o cérebro que o bom Deus lhe deu. Às vezes, fico realmente tentado a pensar que, por descuido, Ele se esqueceu de você."

Treze à Mesa
 foi uma experiência maravilhosa, sobretudo por conta da narrativa ser feita por Hastings, apesar de Poirot sempre criticar a inteligência normal do amigo, convenhamos que ele é num excelente narrador dos casos de Poirot. Inclusive é maravilhoso ver ele contar como Poirot ficou angustiado ao deixar pistas passarem que estavam claramente bem na sua cara (eu também deixei essas pistas passar), mas o legal é ver o detetive agindo de forma humana e fazendo coisas normais e não se deslumbrado em momento algum com o status das pessoas e nem se dobrando ou bajulando ninguém. Que detetive peculiar! Mais um ponto para esse livro.

Só preciso mencionar um detalhe: mesmo não tendo descoberto o assassino e a resolução do crime ter sido uma surpresa para mim, ao longo de todo o romance policial acabei me separando com vários clichês e inclusive a resolução desse caso é algo bem clichê da própria autora, o que quer dizer que, para quem está habituado a lê-la, irá encontrar praticamente a mesma receita em outros de seus livros. Claramente isso não tira o brilho da obra e tal como pegou a mim de surpresa pode fazer o mesmo com muitos outros leitores.

Pra finalizar, obviamente, deixo aqui minha recomendação, inclusive acho que esse pode ser um ótimo livro para quem quer iniciar lendo Agatha Christie. A propósito, caso você já tenha lido o volume me conte o que achou e caso tenha ficado curioso para ler, fale-me sobre suas expectativas! 

Até o próximo post!

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