O Lado Bom da Vida é uma leitura cheia de camadas que nos fazem refletir sobre vários aspectos de nossa própria vida.
Saudações Leitores!
Mais um livro que coloquei na lista de prioridades para ler neste ano, pois fazia muito tempo que eu o tinha na minha estante foi o volume de O LADO BOM DA VIDA (2008) escrito pelo autor norte-americano Matthew Quick, também autor de Quase uma Rockstar (2010), Garoto 21 (2012), Perdão, Leonard Peacock (2013) e A Sorte do Agora (2014). Este foi meu primeiro contato com uma obra desse escritor.
Acredito que O LADO BOM DA VIDA é um dos livros mais famosos devido ter se tornado um filme protagonizado por Bradley Cooper e Jennifer Lawrence, inclusive rendendo um Oscar para a atriz. Inclusive já conferi o filme e depois posso voltar para falar sobre ele.
Em O LADO BOM DA VIDA iremos acompanhar Pat Peoples, um ex-professor que está de saída de um temporada internada em um hospital psiquiátrico em decorrência de alguns fatos que descobriremos no decorrer da narrativa, pois nem o próprio protagonista sabe como foi parar no hospital. Pat só sabe que não voltará para sua própria casa porque sua esposa pediu um tempo e que ele precisa reconquistá-la, por isso ao sair do hospital, ele vai morar na casa de seus pais.
Diante disso, Pat decide que precisa se tornar uma pessoa melhor para poder reconquistar sua esposa Nikki, uma mulher que ele acaba idealizando e tornando-a perfeita em sua mente, O que acontece é que Pat esqueceu não apenas o motivo de estar longe da esposa e de ter sido internado no hospital psiquiátrico, mas também acredita que está apenas alguns meses no hospital, sendo que faz dois anos que esteve internado.
A situação de Pat parece que não melhora quando vai para a casa do pai, pois a relação com o pai não é boa, a mãe é passiva demais, no entanto, Pat vai tentando reconstruir sua memória para entender o que aconteceu em sua vida e como pode ter esquecido dos acontecimentos por dois anos.
Tudo começa a ficar mais interessante em O LADO BOM DA VIDA quando após ser apresentado a sua vizinha Tiffany, percebe que durante suas corridas matinais ela está correndo e seguindo seus passos, a partir de então eles começam a conversar e a sair para debater planos de como podem ajudar um ao outro, já que Tiffany também tem passado por situações bem difíceis após a morte de seu marido.
A narrativa de O LADO BOM DA VIDA é algo digno de nota, pois Matthew Quick trouxe todo um tom de humor e comédia ao livro, embora por traz desse humor temos toda uma abordagem sombria sobre problemas mentais, transtornos, comportamentos obsessivos, ou mesmo como pessoas podem se tornar perigosas para si mesma, tornando-se autodestrutivas quando não conseguem encontrar um equilíbrio. Tudo isso é bem desenvolvido nas entrelinhas, pois no geral superficialmente Quick está sendo engraçadinho, mas quando paramos para pensar na história percebemos as camadas que existem no enredo e nos próprios personagens.
Algo que salta aos olhos é que não são apenas Pat e Tiffany que estão enfrentando problemas emocionais e psicológicos, mas praticamente todos os personagens que estão ao redor deles também enfrentam problemáticas em maior ou menor escala e vamos tendo essa percepção através da visão um pouco inocente e infantilizada de Pat, diagnosticado com transtorno bipolar.
É claro que acabamos acompanhando o relacionamento de Tiffany e Pat se desenvolver, e apesar do romance entre os dois ser algo clichê, a forma como acontece é bem diferenciada, pois ambos acabam se apaixonando sem nem perceber e isso é bem consistente porque ambos tinham objetivos diferentes.
Embora, no geral eu tenha gostado muito de ler O LADO BOM DA VIDA confesso que teve momentos que o mesmo senso de humor que torna o livro engraçado e os temas mais leves, também me deixou incomodada, porque tinha momentos que eu queria que os assuntos fossem levados com mais seriedade. Percebo que a proposta de Quick era trabalhar de forma bem-humorada sobre saúde mental e sobre as rateiras que levamos da vida, bem como a forma como nossa própria mente pode boicotar nossa vida ao passo que o autor também aborda a esperança de não desistir que a vida é feita de altos e baixos.
Acredito que muita gente já leu ou já assistiu ao filme, mas é sempre bom reforçar: caso tenha curiosidade, mergulhe nessas páginas, pois é uma leitura fluida e interessante. Até o próximo post!
FICHA TÉCNICA |
Título Original: The Silver Linings Autor: Matthew Quick Tradutor: Alexandre Raposo Gênero: Ficção. Romance. Editora: Intrínseca Ano: 2008 | 256 págs. País de Origem: EUA Classificação: +16 Aviso de Conteúdo: Transtornos Mentais. Bipolaridade. Comportamentos compulsivos Minha avaliação:⭐⭐⭐(3/5) |
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