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Perdida (Filme)

sexta-feira, 14 de julho de 2023

Saudações Leitores!

Faz anos (em 2013) que li o livro Perdida (lembro que li até a continuação, o vol. 2, mas acabei não dando continuidade a trilogia) e quando soube do lançamento do filme fui conferir no cinema. A sala só tinha mais 4 pessoas assistindo, mas foi muito bom conferir a película na tela gigante. 

Na época que li o livro gostei bastante, ninguém andava problematizando tanta coisa assim e foi uma leitura por puro e total entretenimento, então fui ao cinema com essa recordação (não fiz a releitura) só para aproveitar um filme de romance nacional (sem nenhuma esculhambação).

Perdida
Título Original: Perdida
Ano: 2023
Direção: Katherine Chediak Putnam
Duração: 119 minutos
Classificação: + 12 anos
Gênero: Comédia. Romance
Países de Origem: Brasil
Sinopse: Sofia (Giovanna Grigio) vive em uma metrópole, está habituada com a modernidade e as facilidades que isto lhe proporciona. Ela é independente e tem pavor à menção da palavra casamento. Os únicos romances em sua vida são os que os livros lhe proporcionam. Mas tudo isso muda depois que ela se vê em uma complicada condição: após receber um novo aparelho celular, algo misterioso acontece e Sofia descobre que está perdida no século XIX, sem ter ideia de como ou se voltará. Ela é acolhida pela família Clarke, enquanto tenta desesperadamente encontrar um meio de voltar para casa. Com a ajuda do prestativo Ian (Bruno Montaleone), Sofia embarca numa procura às cegas e acaba encontrando algumas pistas que talvez possam levá-la de volta para casa. O que ela não sabia, era que seu coração tinha outros planos... 
Baseado no romance homônimo de Carina Rissi.

A EXPERIÊNCIA DA PELÍCULA E OS DESDOBRAMENTOS QUE DIFERENCIAL DO LIVRO

Primeiro que ressaltar o quanto fiquei muito feliz ao assistir a um final nacional de tão boa qualidade de história, como de produção mesmo. O cinema nacional está me surpreendendo, meu povo!

Dito isso, vamos ao que senti assistindo ao filme e ao que me lembro do livro, pois como faz dez anos que li, confesso não lembrar de muitos detalhes, apenas a história no geral.

Do que eu lembro que aconteceu no livro, houveram algumas (muitas) mudanças, boa parte delas para ser uma reparação ao que não foi abordado no livro e para ser mais politicamente correto, dentro das políticas atuais do combate ao racismo e preconceito estrutural. Por exemplo, termos a representatividade de pessoas pretas em cargos/posição de destaque.

Outros detalhes também mudaram bastante, como fatos que aconteceram no livro e não foram contemplados no filme ou o oposto, fatos que acabaram acontecendo no roteiro do filme, mas não no livro.

A real é que Perdida tanto filme quanto o livro tem uma pegada extremamente comédia romântica e isso foi uma delícia de assistir na tela, as mudanças foram favoráveis, não influenciam, de fato, na essência do livro.

ESTÉTICA, FIGURINO E ATUAÇÕES

Todo o cenário, e a fotografia do filme foram esplêndidos, foram capazes de nos imergir ainda mais na história, contudo, não parece com um cenário brasileiro, sabe? Minha crítica vai apenas para esse detalhe, que o cenário, as paisagens fossem mais parecidas com a realidade do Brasil de época, já que a história se passa no Brasil, mas o que vi foi cenários, paisagens e figurinos (belíssimo), mas muito europeus.

Sobre as atuações, gostei muito das cenas do casal romântico Bruno Montaleone (como Ian Clarke) e Giovanna Grigio (como Sofía) eles eram fofos, porém, isso se dava apenas por conta da Giovanna Grigio, porque o Bruno deu vida a um Ian tão sem sal e superficial, totalmente diferente do Ian do livro que, pelo que lembro, era mais cheio de atitude. Sendo assim, teve algumas que ficaram bem sem sal e que fiquei esperando mais doação da parte dele.

Além disso outros atores nos seus respectivos personagens também pareceram engessados em suas atuações como personagens de época, pareceu tudo tão forçado. Acredito que entre protagonistas e todos os outros personagens do filme, apenas a Nathália Falcão (como Elisa, irmã de Ian) pareceu representar de forma natural uma personagem de época.

Mas mesmo diante de tudo o que mencionei aqui, ainda assim foi um filme gostosinho e com um ar diferenciado para as produções nacionais. Eu gostei.

VEREDITO FINAL

Pra finalizar quero dizer que Perdida não é uma super produção, mas é um filme apaixonante e fofo, gostei muito de ter ido ao cinema conferir e a película tentou, ser bem fiel ao livro - pelo menos, não senti discrepâncias grandes em relação ao que lembrava que tinha lido. Além do mais, temos que elencar algumas melhorias que o filme trouxe para abordar pautas que o livro não proporcionou e esse ponto foi tão problematizado ao longo dos anos que foi, no mínimo, interessante ver a reparação dessas ausências do livro sendo apresentadas no filme. 

Acredito que gostar ou não de Perdida vai depender muito das expectativas que você tem ao assisti-lo, pois ele tem potencial de agradar telespectadores que gostam de romances apaixonados, mas por outro lado se a pessoa for com muita sede ao pote pode se frustrar porque a película (e tão pouco o livro) tem a pretensão de serem pautados fielmente em fatos históricos e de época reais do contexto brasileiro, essa parte deixa muito a desejar... as novelas de época da globo são bem mais realistas.

Por enquanto é isso, obrigada por terem acompanhado o post até aqui e até breve!

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