SOCIAL MEDIA

Mostrando postagens com marcador Valérie Zenatti. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Valérie Zenatti. Mostrar todas as postagens
Saudações Leitores!
Não sei porque demorei tanto tempo para ler e assistir Uma Garrafa no Mar de Gaza, tendo em vista que desde que soube do lançamento do livro e do filme aqui no Brasil eu desejei conhecer essa história, pois ela sempre aparentou ser o tipo de história que eu gosto e que me arranca suspiros e lágrimas. O certo é: antes

Título: Une Bouteille à la Mer (Original)
Ano: 2012
Direção: Thierry Binisti
Gênero: Drama
Países de Origem: França / Israel


Sinopse: Tal tem 17 anos, é francesa, judia e vive em Jerusalém. Naim tem 20 anos, é palestino e vive em Gaza. Uma carta em uma garrafa jogada ao mar os aproxima do mundo distante um do outro.


Minha Opinião: 

Como já comentei aqui no blog demorei para ler Uma Garrafa no Mar de Gaza (resenha do livro AQUI) mesmo tendo o livro há muito tempo, mas quando comecei, li-o de um fôlego só. A história é escrita de uma forma envolvente e dinâmica - através de carta e e-mails - o que me deixou comovida. Durante toda a leitura fiquei imaginando como seria o filme, tentando gerar em mim alguma expectativa, ter alguma noção do que esperar.

Fiquei surpresa com a adaptação, pois não esperava que fosse tão boa, até porque não consegui visualizar o filme quando estava lendo, então isso facilitou para a adaptação me cativar. Além do mais não tinha como não gostar de um livro e filme que tem tudo a ver com o que gosto de ler e assistir. Drama e romance misturados sempre me envolvem.
Sobre a escolha dos atores eu gostei, achei que eles fizeram uma boa interpretação, só que fisicamente eles não foram de encontro com a imagem que criei lendo o livro, mas isso não me impediu de gostar deles.

Um ponto forte no filme é a fotografia, que perfeita e tensa e repassa bem a mensagem e os sentimentos do livro. Em relação a isso não tenho que reclamar de nada.
Sobre as mudanças que sempre acontecem nas adaptações, é claro que em Uma Garrafa no Mar de Gaza não foi diferente, teve mudanças bem drásticas e embora não tenham me decepcionado totalmente (contudo tenho que salientar que prefiro as ocorrências do livro), esclareço que o que mais me incomodou na adaptação foi o final., apesar de angustiante, o final do livro  é bem melhor para a conclusão da história (no meu ponto de vista), embora, provavelmente, não seria o que a maioria das pessoas escolheriam e também não ficaria tão emocionante nas telas - devo admitir -, mas o final do livro me dá um pouco de esperança e o do filme me deixou triste, por algum motivo.


Pensando bem, teve um pequeno detalhe que me frustrou, durante a leitura fiquei com alguns questionamentos sobre Tal e jurava que o filme me tiraria as dúvidas, mas me equivoquei. Não tirei minhas dúvidas e provavelmente ficarei com elas.
Para finalizar, preciso dizer que tanto o filme quando o livro são ótimas opções e vale a pena conferir ambos, e embora eu tenha gostado dos dois devo reconhecer que pode ser que outras pessoas prefiram um ao outro, são um pouco diferentes.
Eu espero realmente que vocês se interessem pelo livro e pelo filme e possam se entregar aos sentimentos, porque é um verdadeiro drama, mas contado com delicadeza, na medida em que choca e revolta, também nos faz refletir.

Uma Garrafa no Mar de Gaza (Filme)

quarta-feira, 25 de março de 2015

Saudações Leitores!
Sabe aquele livro de um dia? Uma Garrafa no Mar de Gaza* é uma história breve que dá para ler em poucas horas, mas em momento algum é uma história vazia, pelo contrario ela é cheia de sentimentos que afloram para a pele do leitor e o fazem sentir o que está escrito em cada uma das páginas, o fazem sentir cada palavra. É um livro triste, mas ao mesmo tempo tão delicado que jamais conseguiria escrever o que senti ao lê-lo, sei e já confesso que minha resenha é bem inferior ao que senti, mas foi o melhor que pude escrever. Confiram.

Uma Garrafa no Mar de Gaza, Valérie Zenatti, São Paulo: Seguinte, 2012, 128 pág.
Tradução de Julia da Rosa Simões

Une bouteille dans la mer de Gaza foi lançado no ano de 2005, pela escritora francesa Valérie Zenatti, que é mais conhecida por seus livros destinados ao público infantil, no entanto, com Uma Garrafa no Mar de Gaza ela conquistou um publico bem mais amplo e seu livro foi publicado em 15 idiomas e ainda foi adaptado cinematograficamente (no Brasil o filme tem o mesmo título do livro).
Como falar de Uma Garrafa no Mar de Gaza sem me emocionar? A história se passa num contexto histórico real dos conflitos entre Jerusalém, Palestina e Israel (Faixa de Gaza). Além desse fato devastador, a história é contada a partir da perspectiva de dois adolescentes que constantemente se veem sob os bombardeios, a iminência da morte, perigos, tirania, preconceitos e injustiças.
"Nos últimos três anos, tivemos um número incalculável de atentados em Jerusalém. Às vezes todos os dias, e mesmo duas vezes por dia. Não conseguíamos mais seguir os enterros pela tevê e chorar com as famílias, eram muitos." (p.16)
Um dos pontos interessantes dessa história é que ela é contada através de cartas e e-mails, o que dá um dinamismo e facilita a leitura. No principio, Tal Lavine (Jerusalém) decide enviar através de seu irmão Eytan uma carta numa garrafa para que ele a jogue no mar de Gaza, afim de que quem a encontrasse pudesse se comunicar com ela través de um e-mail e desabafar a trágica situação em que viviam: medo, conflito, guerra, bombardeio, estar face-a-face com a morte.
Gazaman (apelido) encontra a garrafa e decide de forma irônica se comunicar com Tal, através dos e-mails, vamos descortinando cada um dos personagens, seus amigos, familiares, sua vida e percebemos o quanto são jovens e cheios de sonhos, que almejam paz e liberdade, que não entendem os motivos de haver guerra se parece que todos desejam paz, posteriormente descobrimos que Gazaman se chama Naim um rapaz que reside na Faixa de Gaza e que tem sonhos, mas vive tão desesperançado.
"Algumas pessoas veem o mal em toda parte, você vê esperança em toda parte: na tevê, numa garrafa, até numa lixeira, talvez. Alguém aponta para o céu escuro e você diz: "Oh, como é bonito, esse céu cor-de-rosa!". Alguém aponta para um campo de espinhos, você começa a procurar uma flor. "Oh! Veja, uma florzinha! Um sinal de esperança!" Tenho certeza de que até um filme japonês legendado em coreano você seria capaz de reconhecer a palavra "esperança"." (p.50)
Uma Garrafa no Mar de Gaza parece ser um livro simples, mas em sua essência os e-mails trocados nos fazem refletir o terror vivenciado pela população e o quanto se sentem de mãos atadas para viverem seus sonhos, porque a qualquer momento uma bomba pode lhe acertar em cheio. É tão intenso esse sentimento de estar na eminência da morte que quando Naim ou Tal deixam de escrever um para o outro ambos pensam o pior e nós, leitores, ficamos com o coração na boca por não saber como será o próximo e-mail ou mesmo se haverá resposta.
"Você não sabe como faz bem chorar, soluçar, depois que as lágrimas ficaram trancadas pesando no rosto, num nó que me impedia de falar, que me impedia de manter os olhos abertos, que me impedia de fechá-los, que me torturava." (p.79)
O final de Uma Garrafa no Mar de Gaza é em uma palavra: inquietante. Confesso que fiquei em choque porque não podia definir meus sentimentos sobre o que aconteceu e eu fiquei tentando ligar os fatos, os e-mails trocados com a revelação e ao mesmo tempo com o ‘não dito’. Foi intenso demais esse final e me deixou com gosto de quero mais: passei dias querendo ter com quem desabafar, esse livro levou um pedaço do meu coração em suas páginas. Lindo!


* Esse livro foi cortesia da Editora Seguinte, para saber mais sobre ele clique AQUI.

Uma Garrafa no Mar de Gaza - Valérie Zenatti (resenha)

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

Instagram