Saudações Leitores!
Decidi que queria ler A Caderneta Vermelha assim que coloquei os olhos nesse livro, portanto fiquei muito feliz quando a Alfaguara me enviou o exemplar para resenhar, detalhe, se vocês quiserem conhecer mais sobre o livro acessem AQUI. Agora vem comigo ver o que achei da leitura...
A Caderneta Vermelha, Antoine Laurain, Rio de
Janeiro: Alfaguara, 2016, 135 pág.
Traduzido por Joana Angélica d’Avilla Melo
La
Femme au Carnet Rouge (2014) traduzido para o Brasil como A Caderneta Vermelha foi escrito pelo francês Antoine Laurain e, segundo o que pesquisei na internet além de ter sido traduzido para mais de 10 idiomas, teve os direitos de adaptação cinematográfica comprados pela UGC.
Sou
apaixonada por títulos interessantes e sugestivos, portanto, isso foi o que
mais me agradou e chamou atenção em A Caderneta Vermelha, daí após ler a sinopse constatei que seria uma leitura promissora e fiquei ainda mais empolgada.
"Se realmente havia uma coisa que definia o parêntese adolescente eram as gargalhadas. Depois dessa idade, nunca mais rimos assim. A consciência brutal de que o mundo e a vida são completamente absurdos desencadeia esses ataques de riso de tirar o fôlego, ao passo que a mesma ideia, vinte anos mais tarde, só provocará um suspiro resignado." (p.52)
O livro
é fininho, com pouco mais de 100 páginas e o li em apenas um dia de tão
envolvida que fiquei com o enredo, os personagens, a narrativa. Necessito dizer uma coisa: É incrível como o conjunto inteiro dessa obra me agradou.
Vale
frisar que eu achei um livro bastante original e peguei gosto por ele logo na primeira
página e durante toda a leitura me deparei com inteligência, maturidade e
erudição em uma obra completa e ao mesmo tempo "curta". Não há
absolutamente nada de clichê em A Caderneta Vermelha, é até impressionante como o rumo que a ação
acontece foi me surpreendendo e a leitura tornou-se absurdamente deliciosa e
prazerosa.
"Existem amores efêmeros, programados desde o início para morrer, e em prazo bastante curto - em geral, só se toma consciência disso no momento em que acontece." (p.66)
A
narrativa tem início logo numa ação: Laure tem sua bolsa furtada de madrugada
pouco antes de conseguir entrar em seu prédio. Além do furto, o ladrão agredi Laure que se vê numa situação imprevista e deslocada: sem as chaves para entrar
em casa, sem dinheiro para pagar hotel, vê-se tendo que convencer as pessoas do
que acabou de se passar com ela.
Na
manhã seguinte, o livreiro Laurent Letellier encontra a bolsa encima de uma
lixeira e movido por seu espírito de justiça tenta entregar o objeto numa
delegacia, mas a lotação estava tão grande que ele acaba saindo de lá com a
bolsa e procura algo dentro dela que posso levá-lo à dona. Começa assim uma
investigação sobre os objetos e, principalmente sobre uma caderneta vermelha
que tem coisas de todo o tipo escrita, inclusive coisas bem particulares.
"Pode-se sentir a nostalgia daquilo que não aconteceu? O que nós denominamos "pesares", e que concerne às sequências de nossas vidas em temos quase certeza de não haver tomado a decisão correta, comportaria uma variante mais singular, que nos envolveria numa embriaguez misteriosa e doce: a nostalgia do possível. (p.104)
O
desenrolar é incrível e chega a um clímax de tirar o fôlego: o que acontecerá
com Laure? Será que Laurent irá conseguir encontrar a dona da bolsa e
caderneta vermelha? É incrível como a narrativa vai se delineando e
apresentando características bem particulares dos personagens e vamos vendo
como os dois poderiam se encaixar, sobretudo nos gostos e maturidade.
Os
personagens são magnificamente construídos - inclusive os secundários – de tal
modo que fiquei encantada por cada um deles.
Realmente amei esse livro, e o li tão rápido que me deu aquela tristeza quando percebi
que tinha terminado, a saudade foi tanta que voltei o livro para reler as
partes que mais gostei. Amo quando pego um livro para ler, mas, sobretudo, amo
quando o livro me pega.
Super recomendo a leitura, principalmente para quem gosta de livros originais, rápidos e cativantes.
Super recomendo a leitura, principalmente para quem gosta de livros originais, rápidos e cativantes.
Nossa, que resenha maravilhosa! Amei muito as fotos, e quero muito o livro! <3
ResponderExcluirwww.malusilva.com.br
Olá Malu,
ExcluirEu ameiiiiii tanto esse livro que não conseguia parar de ler. Leia, leia... Muito amorzinho ♥
xoxo
Mila F.
Mila!
ResponderExcluirque coisa linda é esse livro, hein? E essas fotos? Tô inlove.
Adorei esse lance de não ser clichê porque tô meio cansada de clichês, tô cansada também de romances jovens... Estou saturada.
Abraç.
Olá Juh,
Excluirtô chocada por você estar "saturada" de romances jovens... não fique assim... tem muita coisa boa.
A Caderneta Vermelha foi uma surpresa maravilhosa e se tornou um querido meu, o li em um dia e tenho apreço demais por ele não ser clichê, não ser tão previsível... ser bem escrito e bem desenvolvido. Uma obra prima.
xoxo
Mila F.