Tradução: Ana Guadalupe
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Saudações Leitores!
The Sun and her flowers (2017) no Brasil O que o Sol faz com as Flores é o segundo livro da indiana, Rupi Kaur, autora do aclamado Outros Jeitos de Usar a Boca (Milk and Honey, 2015) que muito tem chamado atenção por suas poesias empoderadoras, feministas e com temas do universo feminino.
O livro é dividido em cinco partes (murchar, cair, enraizar, crescer e florescer), que colecionam poesias sobre um tema em comum e passeiam pelas lutas que muitas mulheres tem que travar (pela liberdade, pelos sonhos, pelo seu corpo, para viver); pelas perdas que inevitavelmente somos submetidos durante a vida; pelas mudanças que temos que fazer inclusive quando ela fala sobre o processo de emigração e perder a identidade de seu próprio país; pelas forças que devemos encontrar e os motivos que devemos focar para crescer e construir uma história de amor e respeito consigo mesmo e com os outros.
O que o Sol faz com as Flores traz mais uma vez poesias com o estilo próprio de Rupi, que são sentimentais, profundas e nos remetem a mais do que está escrito ali: há muito em suas entrelinhas que explodem em nossa mente durante a leitura.
Toda vez que leio Rupi Kaur - e com este novo livro senti a mesma coisa - fico arrepiada, pois é aquela poesia crua que te dá um tapa na cara ao mostrar que às vezes aguentamos abusos e nos sujeitamos ao sofrimento porque ainda não somos capazes de dar adeus aquilo que nos faz mal e que erroneamente chamamos de amor.
Fico lendo as poesias de Kaur e me deparando com temas chocantes como a violência contra a mulher praticada por homens e por outras mulheres, me vejo observando pequenos retratos e recortes do cotidiano feminino quando se apaixona e é traída, ou quando deixa de amar e acha que tem que seguir com um relacionamento abusivo por não saber ou ter medo de se desvencilhar daquilo.
Rupi também falou muito em O que o Sol faz com as Flores sobre o sentimento de emigrar, o que se perde, o que se ganha, o que se traz na bagagen os sonhos para um futuro, é muito bonito e intenso quando ela fala sobre isso e, como leitor, consegui entrar na pele dela.
O fato é que, nunca consigo expressar tão bem, em palavras todos, os sentimentos que os livros de Rupi Kaur me proporcionam, mas tem algo que sinto forte e consigo dizer: ao ler Rupi Kaur me sinto mais poderosa, mais feminina, mais resistente e não fragilizada, como muitos ficam supondo que somos.
Rupi Kaur e sua voz me representam: quando falam do medo da violência, do medo de ser traída, do medo de ser abusada, da felicidade que é encontrar um amor, realizar sonhos e da força que a mulher tem de superar toda a dor e transformar o ódio e os desafetos em flor.
Contudo, devo alertar que O que o Sol faz com as Flores continuou seguindo a fórmula que deu certo em Outros Jeitos de Usar a Boca, afinal, para quê arriscar outro estilo ou outras temáticas se já tem uma tática certeira? A diferença é que aqui e acolá há algumas poesias mais longas, no entanto, os temas seguem os mesmos e, aquela expressão, de que devemos repetir as mesmas coisas com palavras diferentes a fim de fixar e mostrar o quanto estes assuntos são relevantes funciona muito bem para este novo livro.
Já aguardo ansiosamente o próximo livro, porque sei com absoluta certeza que vou me identificar e me emocionar e vou querer que todas as minhas amigas leiam e tenham um exemplar deste livro.
Eu li o primeiro livro dela e fiquei completamente apaixonada. eu tbm n consigo expressar em palavras as vezes o quanto os poemas dela me tocam.
ResponderExcluirespero poder ler esse livro ainda esse ano.
Seguindo o Coelho Branco
Espero que você o leia em breve, vale muito a pena, e eu estava até com medo de Rupi Kaur errar a mão, mas a diva acertou novamente.
ExcluirSão poemas tão profundos, mas acredito que isso se dá porque é uma mulher que passou por muitas coisas que está diretamente falando com outras mulheres que passaram por muitas coisas... Não somos uma folha de papel em branco, somos experiências e é isso que Kaur mostra nas poesias. De mulher para mulher sob o angulo feminino e não uma versão romantizada pelos olhos masculinos.
xoxo
Mila F.