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Resenha: Tudo o que eu sempre quis dizer, mas só consegui escrevendo - Maria Ribeiro

segunda-feira, 11 de junho de 2018

Tudo o que eu sempre quis dizer, mas só consegui escrevendo, Maria Ribeiro, São Paulo: Planeta do Brasil, 2018, 304 pág.
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Saudações Leitores!
Tudo o que eu sempre quis dizer, mas só consegui escrevendo é o segundo livro da atriz e escritora brasileira Maria Ribeiro, seu primeiro livro é Trinta e Oito e Meio publicado em 2015.

Confesso minha total ignorância sobre atrizes brasileiras, pois não costumo assistir nem TV e nem filmes nacionais (coisa raríssima), por isso eu não conhecia os trabalhos de Maria Ribeiro, mas fiquei impressionada com a sinopse do livro e quando o tive em minhas mãos comecei a leitura de forma despretensiosa, mas fui arrebatada e confesso: fiquei impressionada, de tal modo que estou bastante curiosa para ler o primeiro livro que ela escreveu.
Em Tudo o que eu sempre quis dizer, mas só consegui escrevendo temos uma "coletânea" de cartas escritas pela própria Maria, cartas pessoais, mensagens de textos e em redes sociais para amigos, conhecidos, familiares, ex-namorados, ex-maridos, cantores, atores, etc. Toda essa expressividade e espontaneidade de Maria para dizer o que sempre quis, mas às vezes não teria coragem pessoalmente me deixaram encantada, porque é exatamente assim: por mais difícil que seja elaborar um texto coerente, muitas vezes a atividade se torna mais fácil do que se fôssemos falar cara a cara. 
"Quando eu me apaixonei por você, aos 21 anos, eu praticamente morava nesse lugar. Do otimismo. Dá ignorância. Da fé. Amores para sempre, país imortais, amizades inquebráveis, ídolos, livros marcados com o meu nome e com o seu. Fofo..."
Nesse livro, Maria Ribeiro, expõe seus sentimentos em relação a vida é as pessoas, fala sobre saudosismo, infância, recordações, também fala sobre questões políticas e sociais, sobre pessoas que admira, são muitas composições que nos possibilita conhecer mais da pessoa de Maria Ribeiro. Acredito que todas as cartas tem um teor de autenticidade e honestidade bem profundas.
Obviamente não comungo de todas as ideais e ideologias da escritora, mas acho fascinante a exposição dela e os argumentos, inclusive sobre assuntos tão contemporâneos e preocupantes como a atual gestão do Brasil e os escândalos políticos, enfim.
"Sempre quis quase tudo nessa vida, mas, por ordem de importância, diria que ser correspondida no amor e fazer parte da mesa de jantar ocuparam, desde que me entendo por gente, o topo da pirâmide da minha lista de sentidos da existência e ideias de felicidade."
Tudo o que eu sempre quis dizer, mas só consegui escrevendo é um livro que me impressionou e que amei a forma como foi escrita, tanto que o li bem rápido. Confesso, no entanto, que ainda estou para entender o motivo dos títulos de músicas e filmes colocados logo no princípio de cada "carta", contudo, parece legal criar uma playlist com eles, já que muitas músicas são realmente incríveis, já os filmes eu saí anotando vários para assistir depois. Cogito a possibilidade de as músicas e os filmes terem a ver (muito a ver) com as pessoas para quem a atris-escritora destinou as cartas, ou mesmo que relembrem momentos que ela viveu com os destinatários.
Por fim, fica a dica de leitura, principalmente para quem é fã da atriz-escritora, pois esse livro o aproximará da pessoa dela, além disso é fantástico vermos cartas escritas para alguns outros atores e cantores que conhecemos e mostra uma versão mais real dessas personalidades.
"Às vezes não acho que ser atriz seja uma profissão do tipo profissão, assim uma coisa "de adulto". Respeito mesmo sinto por médico e professor, e admiro também gente que manja de passarinho e de constelação. Mas reconheço no ofício um certo romantismo, ou no mínimo uma boa dose de empatia. Porque pra ser outro há que se olhar em volta, e duvidar de si, e ensaiar mudar. Há também de se gastar o que se é, e oferecer o que se tem."
É sempre muito gratificante pegar um livro de forma despretensiosa - apenas para se entreter - e acabar tão viciada e envolvida com o conteúdo e nos depararmos com uma leitura leve, mas também profunda e cheia de conteúdo.  Fica a dica.
"Porque há muitos motivos pelos quais seres humanos se aproximam, mas nenhum deles é mais nobre do que a gratidão."

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