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Resenha: Ousadas: Mulheres que só fazem o que querem - Pénélope Bagieu

quarta-feira, 24 de outubro de 2018

Ousadas: Mulheres que só fazem o que querem, Pénélope Bagieu, São Paulo: Nemo, 2018, 144 pág.
Tradução: Fernando Scheibe
COMPRAR: Amazon | Saraiva

Saudações Leitores!
Ousadas: Mulheres que só fazem o que querem (Culottées: des femmes qui ne font que ce qu'elles veulent) me chamou logo a atenção por ter sido escrito/desenhado pela Pénélope Bagieu autora de uma das melhores e mais surpreendentes Graphic Novel que já li: Uma Morte Horrível, portanto, foi algo bem natural eu correr atrás desse lançamento da escritora em terras tupiniquins. 

Esse livro, no entanto, tem uma proposta bem diferente da Graphic Novel anterior, pois aqui o foco é o Feminismo (embora Uma Morte Horrível seja bem feminista também), isto é, apresentar às pessoas várias mulheres reais que tinham personalidade e foram de encontro com as convenções de sua época fazendo o que quiseram, lutando contra o mundo, seus conceitos e definições machistas sobre o feminino. 

Ousadas segue uma proposta bem parecida com alguns livros que temos no mercado (por exemplo: Extraordinárias), mas seu diferencial é que as biografias são contadas através de Quadrinhos, além de que as personalidades femininas que Bagieu resolveu apresentar em sua obra não são de apenas um lugar específico, mas de vários países distintos.

De fato, fiquei feliz em conhecer a obra e estas mulheres poderosíssimas, mas também me deixou triste porque percebi que não conhecia nenhuma das mulheres apresentadas por Pénélope. Fico grata por agora conhecê-las. 
Dei-me conta que, existem milhares de mulheres maravilhosas que marcaram a história da humanidade, mas que ficam no nimbo do esquecimento, pois a maioria das histórias e personalidades que conhecemos são homens, porque a história deles foram disseminadas por homens ao longo dos séculos. Agora chegou a vez das mulheres falarem sobre as mulheres e nos fazermos conhecer suas histórias, sua representatividade.

Sabe aquele ditado de que só podemos nos conhecer se soubermos de nossas origens, acredito que com as mulheres também é assim, podemos ser melhores e conseguir muito mais quando conhecemos e nos inspiramos em histórias de mulheres que enfrentaram o mundo.
Estou muito feliz mesmo por ter lido esse volume e gostaria que muitas outras garotas o lesse, porque somos bombardeados com ideias de que somos o sexo frágil, precisamos ser defendidas, precisamos ser educadas, castas, "do lar", essas ideias estão tão enraizadas que para mudá-las precisamos entrar em contato constante com exemplos de mulheres que lutam, defendem-se, e vão contra as convenções para serem e fazerem o que querem.

Somos tão boas, quanto qualquer pessoa, chega de deixarmos que a cultura machista anule nossas qualidades, nosso potencial de luta e desejos. De verdade, acho que vale a pena tu ler esse livro, que aliás, é o volume número um, ou seja, já estou na expectativa para o próximo.

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