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O Ódio que Você Semeia (Filme)

domingo, 28 de abril de 2019

Saudações Leitores!
Desde que soube da adaptação de O Ódio que Você Semeia fiquei ansiosa para assistir, mas o lançamento do filme pareceu-me pouco divulgado, meio obscuro e não vi muitos comentários a respeito e o tempo foi passando e passando e acabei esquecendo desse filme na minha lista para assistir. Outro dia fuçando meu filmow vi a lista e encontrei - finalmente - o filme e assisti. Não entendo o motivo de um filme com um tema tão importante ter ficado obscurecido.

O Ódio que Você Semeia
Título Original: The Hate U Give
Direção: George Tillman Jr.
Duração: 132 min
Gênero: Drama
Ano: 2018
País de Origem: Estados Unidos da América
Sinopse: Starr Carter (Amandla Stenberg) é uma adolescente negra de dezesseis anos que presencia o assassinato de Khalil, seu melhor amigo, por um policial branco. Ela é forçada a testemunhar no tribunal por ser a única pessoa presente na cena do crime. Mesmo sofrendo uma série de chantagens, ela está disposta a dizer a verdade pela honra de seu amigo, custe o que custar.
UM FILME NECESSÁRIO
Quando li O Ódio que Você Semeia, já foi uma experiência extremamente única e reflexiva, por sua vez, o filme, me fez reviver essa mesma experiência e com uma vivacidade que me fez arrepiar e derramar lágrimas.

Não creio que o filme seja melhor que o livro ou vice-versa, porque os dois cumprem seus papéis sociais. Há sutis mudanças na adaptação, o que também é normal e, para mim, deram um toque a mais ao filme.

Apesar do tema pesado, triste, denunciador e real, o filme também tem suas partes fofas e com uma carga dramática de deixar o espectador lacrimoso. Várias cenas são, sim, de partir o coração, sobretudo o assassinato de Khalil, acontecido tão covardemente.
TEMA POLÊMICO, POUCO ABORDADO
Sei que o tema é polêmico, porque o personagem levava uma vida não muito honesta, mas ele era fruto de um meio que se enraizou na sua vida, a falta de possibilidades  levou para aquela vida.

Sua morte foi, sim, um ato covarde de um policial irresponsável e despreparado. O que choca mais foi como aconteceu. É evidente que por Khalil ser negro, a forma como o policial o tratou e o que ocorreu de fato com ele se deu por conta disso.


















Existem milhares de histórias reais sobre isso, só que são pouco valorizadas e abordadas tanto em livros como em filmes. O filme O Ódio que Você Semeia foi uma tentativa de denunciar o preconceito e o racismo enraizados na sociedade, além da falta de oportunidades dessa parte da população. Não é uma forma de generalizar e nem vitimizar os negros, porque é um fato real e há estatísticas a respeito.

No entanto, enquanto o livro teve uma marketing relativamente boa, o filme O Ódio que Você Semeia foi lançado e ficou obscurecido. Não houve tantos comentários, as pessoas parecem que não deram importância.
AS PESSOAS AINDA NÃO GOSTAM DE DEBATER SOBRE RACISMO
É doloroso perceber que nosso mundo ainda é racista e preconceituoso, uma prova é essa falta de debate que aconteceu com o lançamento do filme, as pessoas não querem debater porque não querem admitir que são racistas, e enquanto não existir essa admissão, muitas vidas negras serão perdidas como a do personagem Khalil.

Obviamente O Ódio que Você Semeia tem seus clichês, sua cota um tanto quanto exagerada de drama, mas mostra de fato como é a vida de uma pessoa negra, quão mais difícil ela é em comparação com a de uma pessoa branca.

Além disso o filme traz à tona toda a vida de violência em bairros da periferia, como muitas crianças, desde cedo, vêem a violência, tráfico e mortes de perto, tirando assim sua inocência e, de certa forma, matando seus sonhos também.
EU AMEI ESSE FILME E VOU INDICAR ETERNAMENTE
Achei o filme tão incrível, tão reflexivo e que dá margens há vários temas para debate que, definitivamente, vou indicá-lo para todas as pessoas que eu puder.

Às vezes nosso preconceito, egoísmo ou vida de privilegiados nos leva a pensar que um bandido poderia ter escolhido uma vida melhor - alguns sim, claro - quando foram frutos de uma sociedade capitalista e que não há tantas possibilidades nem para os brancos, imagina a dificuldade de um negro?

Policial Matou um traficante - diz a manchete de um jornal. Aquele traficante pode não ter tido escolha melhor para sustentar sua família, aquele traficante tem uma família, tem amigos e uma vida de sonhos, talvez? Mas a gente não lembra disso. O que a gente costuma dizer é: "Menos um bandido no mundo", será que esse tipo de fala e pensamentos nos faz pessoas melhores?


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