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A Traição (A Prometida, vol. 2) - Kiera Cass (resenha)

terça-feira, 9 de novembro de 2021

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Ao terminar A TRAIÇÃO chego a conclusão de que, talvez, 

Kiera Cass não seja mais para mim

Saudações Leitores!

A TRAIÇÃO (The Betrayed, 2021) de Kiera Cass, é o segundo e, também, o livro de encerramento da duologia que começou com A Prometida. Para quem leu minha resenha ou assistiu a review no canal (AQUI) sabe que fiquei absolutamente desapontada com A Prometida, então por que resolvi dar continuidade a duologia?

A resposta é simples: gosto de sofrer (LOL), na verdade, o livro anterior teve um final até empolgante e criei algumas teorias que queria ver se vigoravam aqui, além disso, por mais que o livro não empolgue em sua história, Kiera Cass escreve de uma forma leve e fluída, então sabia que a leitura seria rápida e arrisquei ler.

"Às vezes, eu tinha a sensação de que fazia anos que Silas estava morto, de que era um capítulo num livro lido muito tempo antes. Outras vezes, porém, a sensação era de que a dor da perda era tão recente que abria uma ferida e rasgava a pela à força, fazendo meu coração sangrar por um amor tão jovem que mal aprendera a andar."

Demorei mais do que pensei que demoraria lendo A TRAIÇÃO porque o livro mesmo tendo uma leitura fluída e cheia de diálogos que dão mais velocidade a leitura, não teve um enredo envolvente, pelo contrário, seguiu o mesmo padrão do livro anterior, onde 60% do livro não acontece nada de interessante e as poucas coisas que acontecem são coisas tão óbvias que parece uma livro que testa o leitor na sua paciência e intelectualidade, de modo que não empolgam e tampouco convencem o leitor.

Porém estou me antecipando, deixem-me falar sobre o que encontramos - de maneira geral - nesse livro, após os acontecimentos trágicos do final de A Prometida, Hollis Brite deixa Coroa e vai para Isolte com sua mais nova família. Assim, o que restou dos Eastoffe vai ficar em Northcott e juntos tentarão derrubar o rei Quinten, pois suspeitam que ele seja culpado pela tragédia que aconteceu a família e também pelo fato dele ser abusivo com todos, inclusive com sua esposa.

"Quando um rei é péssimo de verdade, não costuma acontecer uma rebelião? As pessoas não ficam enfurecidas e simplesmente tomam o castelo?"

É diante dessa perspectiva e das interações entre Hollis e Etan que vemos um maior desenvolvimento de um romance que não aconteceu no livro anterior: um romance cão e gato, mas que em muitos momentos pode chegar a irritar pelos comportamentos bobos de ambos (além do mais acabou fazendo desmoronar uma das minhas teorias de que Silas voltaria), ou seja, o romance continua sem convencer, mas ao menos tem uma construção minimamente razoável.

"_Eu ergui um murro ao meu redor para manter minha família longe, para que eles não achem tão difícil suportar quando eu estiver ausente. Mas você é diferente. Você ilumina qualquer ambiente, se não estiver em casa quando eles acordarem, Hollis, minha família se sentirá completamente derrotada."

Outra coisa que merece destaque é que, agora Hollis é a estrangeira e de repente ela sabe de vários detalhes de conversas que teve com a rainha ou que soube na corte de Coroa que vão ser fundamentais para a solução da problemática proposta neste livro (pelo menos aqui também temos uma problemática) e o que me deixou irritava é que Hollis acaba sendo a salvadora e a heroína do livro, no entanto, um complô que prenunciava uma guerra pelo trono acaba não levando a guerra, apenas uma destituição, o que para quem esperava algo grandioso e no mínimo empolgante, torna-se mais uma coisa que deixa o volume frustrante.

Depois disso, temos que Hollis descobre que os verdadeiros culpados pela morte de Silas e a morte de várias outras pessoas era o próprio rei de Coroa, Jameson, então ela decide enfrentar seu destino e voltar para a Coroa.

É aí que temos mais desenrolamento político que poderia também ter sido melhor desenvolvido, porém, Kiera Cass fracassou e tornou as cenas finais desse livro uma verdadeira comédia, principalmente levando em consideração as consequências sofridas por Jameson (que foram patéticas) e como a resolução dos novos reis de Isolte e Coroa foi absurdamente conveniente e ao mesmo tempo não convencem. Final absolutamente frustrante, mais infantil impossível, uma verdadeira palhaçada ler um livro com mais de 300 páginas e deparar com algo tão bobo.

"_Porque Coroa é minha! É minha, e eu tenho direito de falar como as leis ou o meu rei são péssimos. Quando você fala, machuca, porque aquele era o meu lar, faz parte de mim, e é como se você estivesse dizendo que sou péssima também, o que aliás, você nunca precisou verbalizar."

Mesmo tendo um carinho especial pela série A Seleção, chego a conclusão que talvez Kiera Cass não seja mais para mim. Realmente gosto da forma fluída que ela escreve, mas a história é tão desempolgante que levei dias para concluir a leitura, achei bem tosca, sem romance, sem relevância. Infelizmente, antes de ler outro livro de Kiera Cass vou pensar muito e ler muito bem a sinopse, talvez até espere surgir opiniões sobre o livro para ver se vale mesmo a pena.

"O mundo mudava quando escolhíamos não entrar em uma sala encarando todos os presentes como inimigos."

FICHA TÉCNICA
A Traição
Autor: Kiera Cass
Tradutor: Cristian Clemente
São Paulo: Seguinte 
2021 | 328 págs.

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