A Cidade do Sol é uma obra inesquecível, que inspira e emociona, deixando marcas profundas no coração de quem a lê.
Saudações, Leitores!
Finalmente li A Cidade do Sol do escritor Khaled Hosseini e olha que já tenho esse volume na minha estante desde 2011, do escritor americano-afegão li O Caçador de Pipas e A Memória do Mar há algum tempo, porém O Caçador de Pipas fiz releitura este ano e já senti anseio por ler A Cidade do Sol, agora preciso compartilhar minha impressões de leitura.
Mergulhar em A Cidade do Sol foi uma experiência que me marcou profundamente. Khaled Hosseini, com sua habilidade narrativa magistral, entrega uma história arrebatadora sobre amizade, resiliência e a busca por dignidade em meio ao caos. Publicado originalmente em 2007 o livro é um testemunho poderoso das adversidades enfrentadas pelas mulheres no Afeganistão e um tributo à força indomável do espírito humano.
A história é centrada em Mariam e Laila, duas mulheres de origens completamente diferentes, cujos caminhos se cruzam em um contexto de violência, opressão e guerra. Mariam, filha ilegítima, uma harami, de um rico comerciante, é criada em isolamento e enfrenta desde cedo os desafios de ser marginalizada. Laila, por outro lado, cresce em um lar amoroso e educado, tem relacionamentos saudáveis e uma expectativa de futuro brilhante, podendo estudar e exercer uma profissão, mas tem sua vida devastada pela guerra que consome o Afeganistão.
Quando as circunstâncias as unem no casamento com o brutal Rashid, as duas inicialmente se veem como rivais. No entanto, à medida que compartilham dores, desafios e esperanças, constroem uma relação de amizade que transcende as barreiras culturais e sociais impostas a elas.
Hosseini possui um talento único para entrelaçar histórias individuais com o pano de fundo histórico e cultural do Afeganistão. O leitor é imerso em décadas de conflitos que transformaram o país, desde a invasão soviética até o regime talibã, sem que o contexto histórico ofusque a narrativa emocional e íntima das protagonistas. Na verdade, o contexto histórico é perfeitamente desenvolvido, questões políticas e sociais são explanadas de forma magnífica sem tirar o brilho dos protagonistas e da trama.
Os personagens são complexos e profundamente humanos. Mariam, com sua luta por aceitação, e Laila, com sua coragem inabalável, são exemplos de como Hosseini retrata as mulheres afegãs como pilares de força e resistência, mesmo diante das adversidades mais brutais.
Outro destaque é a escrita de Hosseini, que é poética e carregada de emoção. Ele tem a habilidade de capturar a beleza nos momentos mais sombrios, criando cenas que nos arrancam lágrimas e nos deixam contemplativos sobre o significado do sacrifício, da amizade e da esperança.
Além disso, A Cidade do Sol é uma celebração do papel transformador do afeto e da solidariedade. A amizade entre Mariam e Laila é o coração pulsante da narrativa, mostrando como a conexão humana pode ser uma fonte de redenção mesmo nas circunstâncias mais difíceis.
A Cidade do Sol é uma leitura que nos sensibiliza e nos torna mais conscientes das realidades enfrentadas por milhões de pessoas ao redor do mundo. Embora trate de sofrimento e injustiça, é, acima de tudo, uma história de amor — amor pelas pessoas, pela liberdade e pela esperança de um futuro melhor e por seu próprio país.
A grandiosidade da obra reside em sua capacidade de criar empatia, fazendo-nos enxergar o mundo pelos olhos das personagens. É impossível não se sentir profundamente conectado às histórias de Mariam e Laila, torcendo por elas e se emocionando com cada pequeno triunfo. Eu chorei, me angustiei e fiquei com o coração apertado em diversas páginas do livro, mesmo sendo uma história cheia de dor (mas também de esperança) não conseguia soltar o volume.
Khaled Hosseini entrega mais do que um romance; ele nos oferece um pedaço da alma do Afeganistão e uma reflexão poderosa sobre o que significa ser humano em meio à adversidade. A Cidade do Sol é uma obra inesquecível, que inspira e emociona, deixando marcas profundas no coração de quem a lê.
Recomendo esta leitura a todos que buscam uma narrativa rica em sentimentos e significado. Preparem-se para uma jornada emocionante e transformadora.
FICHA TÉCNICA |
Título Original: A Thousand Splendid Suns Autor: Khaled Hosseini Tradutor: Maria Helena Rouanet Gênero: Ficção. Drama. Romance Histórico. Editora: Nova Fronteira Ano: 2007/2007 | 367 págs. País de Origem: Afeganistão. EUA. Classificação: +16 Aviso de Conteúdo: Guerra. Violência. Violência Doméstica. Estupro. Luto. Aborto. Tortura (menção). Machismo. Talibã. Assassinato. Minha avaliação:⭐⭐⭐⭐⭐❤️(5/5) |
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