Saudações Leitores!
Amo obras feministas, pois mostram a luta da mulher - o grito - para conquistarem cada vez mais espaço numa sociedade preponderantemente machista e preconceituosa, portanto, mesmo O Papel de Parede Amarelo não sendo uma obra inédita, acreditem: só vim "descobrir" o título muito recentemente, assim, não perdi tempo em comprar e devorar o exemplar (como é pequenininho em poucas hora dá para ler).
O Papel de Parede Amarelo, Charlotte
Perkins Gilman,
Rio de Janeiro: José Olympio, 2016, 112 pág.
Rio de Janeiro: José Olympio, 2016, 112 pág.
Traduzido por Diogo Henriques
The
Yellow Wallpaper, ou O Papel de Parede Amarelo foi escrito pela americana Charlotte Perkins Gilman, uma escritora e personalidade feminista de sua época. O Papel de Parede Amarelo ainda hoje é considerado uma referência de livro feminista, pois apresenta questionamentos não convencionais às mulheres.
Vale frisar que O Papel de Parede Amarelo se trata, na verdade, de um conto, e o livro em si é bem diminuto (tanto em tamanho e volume), mas seu conteúdo é bastante denso e provocante, para dar uma perspectiva maior a obra, no exemplar contamos com a apresentação escrita por Marcia Tiburi e o Posfácio de Elaine R. Hedges.
No conto somos apresentados a uma personagem diagnosticada por seu marido e seu irmão - ambos médicos - com propensão a histeria, e assim foi proposto um tratamento de isolamento e descanso. O casal vai para uma casa de campo onde a personagem tem que ficar hospedada num quarto que detesta e com um terrível papel de parede amarelo que hora mostra uma imagem, horas mostra outra.
O marido da personagem a priva de companhia e até mesmo da escrita, pedindo que ela apenas repouse e descanse o dia todo. No entanto, aparentemente o que a personagem tem é uma depressão pós-parto, pois ao que dá para depreender da narrativa ela acabou de dar a luz e sua criança está aos cuidados de outra pessoa, além do mais, há várias representações do feminino como uma mulher do lar, atenciosa, prestativa e submissa, no entanto a personagem não é convencional, ela está absurdamente infeliz e não consegue ser igual as outras mulheres.
Através dos sentimentos da personagem percebemos que o não enquadramento ou padronização da mesma ao modelo feminino gera um grande drama a vida da personagem e até mesmo os médicos diagnosticam-na com algo para tentar justificar a falta de convenção da personagem.
Ainda é interessante a percepção do papel de parede amarelo criar formas a partir da perturbação e inclinações da personagem. De maneira geral, tudo dentro do conto tem um significado superficial e profundo, e muitas das coisas têm um brilho simbólico e metafórico, além de questionador e angustiante.
Em resumo, O Papel de Parede Amarelo, surpreendeu-me bastante, não sei bem o que esperava, mas não era o que encontrei e mesmo tendo sentido alguns estranhamentos diante da leitura, nada no conto me desagradou, mas me fez refletir com sua profundidade em algo tão sucinto.
Vale frisar que O Papel de Parede Amarelo se trata, na verdade, de um conto, e o livro em si é bem diminuto (tanto em tamanho e volume), mas seu conteúdo é bastante denso e provocante, para dar uma perspectiva maior a obra, no exemplar contamos com a apresentação escrita por Marcia Tiburi e o Posfácio de Elaine R. Hedges.
No conto somos apresentados a uma personagem diagnosticada por seu marido e seu irmão - ambos médicos - com propensão a histeria, e assim foi proposto um tratamento de isolamento e descanso. O casal vai para uma casa de campo onde a personagem tem que ficar hospedada num quarto que detesta e com um terrível papel de parede amarelo que hora mostra uma imagem, horas mostra outra.
O marido da personagem a priva de companhia e até mesmo da escrita, pedindo que ela apenas repouse e descanse o dia todo. No entanto, aparentemente o que a personagem tem é uma depressão pós-parto, pois ao que dá para depreender da narrativa ela acabou de dar a luz e sua criança está aos cuidados de outra pessoa, além do mais, há várias representações do feminino como uma mulher do lar, atenciosa, prestativa e submissa, no entanto a personagem não é convencional, ela está absurdamente infeliz e não consegue ser igual as outras mulheres.
Através dos sentimentos da personagem percebemos que o não enquadramento ou padronização da mesma ao modelo feminino gera um grande drama a vida da personagem e até mesmo os médicos diagnosticam-na com algo para tentar justificar a falta de convenção da personagem.
Ainda é interessante a percepção do papel de parede amarelo criar formas a partir da perturbação e inclinações da personagem. De maneira geral, tudo dentro do conto tem um significado superficial e profundo, e muitas das coisas têm um brilho simbólico e metafórico, além de questionador e angustiante.
Em resumo, O Papel de Parede Amarelo, surpreendeu-me bastante, não sei bem o que esperava, mas não era o que encontrei e mesmo tendo sentido alguns estranhamentos diante da leitura, nada no conto me desagradou, mas me fez refletir com sua profundidade em algo tão sucinto.