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Mostrando postagens com marcador Gregorio Duvivier. Mostrar todas as postagens
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Saudações Leitores!
Sabe quando um de seus escritores favoritos publica um livro e você fica vibrando para logo colocar as mãos nele e 'devorá-lo'? Foi bem isso que aconteceu com Percatempos* eu ansiei para ler e, quando enfim li, eu devo dizer que fiquei um pouco frustrada e quero explicar para vocês meus motivos:


Percatempos: Tudo o que faço quando não sei o que fazer, Gregório Duvivier, São Paulo: Companhia das Letras, 2015, 112 pág.

Percatempos: Tudo o que faço quando não sei o que fazer é mais um livro do Gregório Duvivier, também autor de Ligue os Pontos Put Some Farofa.
Acredito que quem acompanha o blog sabe que tenho uma grande admiração pelo trabalho do Gregório Duvivier, acho um escritor bem crítico, irônico, sarcástico e bem humorado, ele tem sempre algo a falar e é polêmico e reflexivo, o que é uma grande característica em um mundo tão vazio de pensamentos originais e críticos, mas infelizmente essa nova produção do escritor não me envolveu.
Percatempos é uma leitura bem visual e mesmo trazendo as características primordiais das produções de Duvivier (humor, crítica, pegadas rápidas) não consigo esconder meu desapontamento e após a leitura (que levou uns 10 minutos) cheguei a conclusão de que um livro assim não tinha muita necessidade de ser publicado.
Não vou dizer que não é criativo e engraçado – algo que Duvivier faz quando não está fazendo nada, mas o pensamento continua ali a martelar na cabeça, só que diferente das outras produções do escritor Percatempos carece de uma substância maior que dê um sentido a publicação e, como leitora, não consigo encontrar sentido para um livro assim.
Em suma, estou desapontada, senti que o livro deu todas as pistas de que seria uma “perda de tempo”, mas eu fui na fé que tenho no escritor e acabei tomando um banho de água fria.

*Esse livro foi cortesia da Companhia das Letras, para mais informações sobre o mesmo, clique AQUI.

Resenha: Percatempos - Gregório Duvivier

quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

Saudações Leitores!
Sou simplesmente fã desse escritor e na primeira oportunidade que tive de ler Put Some Farofa* não deixei passar e só tenho uma coisa a dizer: que livro incrível! Um livro que podemos nos ver diante de vários pensamentos, ideias e colocações de Duvivier e todas elas valem a pena: questionam, intrigam, inquietam. Saiba mais na resenha:


Put Some Farofa, Gregorio Duvivier, São Paulo: Companhia das Letras, 2014, 208 pág.

Put Some Farofa é um livro de crônicas e roteiros de Gregorio Duvivier, na nota dos editores ficamos sabendo que vários dos textos encontrados foram publicados em jornais e no canal Porta dos Fundos.
Quando li Ligue os Pontos, um livro de poemas de Duvivier, fiquei encantada com a forma irônica, sarcástica e humorística de encarar o cotidiano e os pequenos e quase invisíveis e menosprezados fatos da vida, portanto a publicação de Put Some Farofa foi muito bem-vinda.

"O primeiro comentário sobre uma mulher é sempre este: feia. Bonita. Gorda. Gostosa. Comeria. Não comeria. Só que ela não perguntou, em momento nenhum, se alguém queria comê-la. Não era isso que estava em julgamento (ou melhor: não deveria ser). Tinham que ensinar na escola: 1. Nem toda mulher está oferecendo o corpo. 2. As que estão não são pessoas piores. " (p. 56-57)

Este livro de Duvivier é uma leitura obrigatória para os fãs do escritor/ator/roteirista/poeta, porque aqui ele mostra suas múltiplas facetas da forma mais incrível possível: é perceptível que Gregorio Duvivier tem tato para olhar todas as coisas sob vários ângulos e daí surge as ideias mais engraçadas, bizarras e críticas para criar seus textos que sempre são um sucesso.
Todas as crônicas são maravilhosas, simplesmente gostei de todas, mas vou ressaltar uma que me divertiu bastante: "Pardon Anything". Certamente quem ler este livro irá apreciar todas.

"A busca pela novidade escraviza. O apego ao passado não é uma prisão: a pior escravidão é a necessidade de frescor. A felicidade pode estar, sim, na repetição do passado, na encenação da memória, nas nossas velhas falhas de sempre. Não há nada de errado com tudo o que a gente tem errado." (p.183)

Put Some Farofa é um livro de leitura rápida, mas nem todos os textos são de simples entendimento, Duvivier escreve de forma sagaz e suas ironias e sátiras atacam emissoras de televisão, políticos, religião, sociedade e até o vizinho acolá da esquina [rsrsrs, eu queria soar engraçada nessa parte].
O que mais me agrada nesse tipo de livro é que nos vemos diante de um escritor multifacetado e podemos apreciar a visão de mundo e as ideologias desse escritor, além de vermos como ele se porta passeando pelos mais variados assuntos, geralmente leitura de contos, crônicas e poemas nunca me cansam e acredito que isso aconteça com todos os apreciadores deste gênero.
Eu só tenho elogios para com Put Some Farofa e acredito de o gigante Duvivier tem muito ainda a mostrar para nós, leitores, e sempre será um prazer demasiadamente grande poder ler o que ele escrever e, gostaria de indicar a todos os leitores que gostam de uma boa literatura que inquieta e te coloca contra a parede de suas próprias ideias, é bom ser confrontado e questionado e uma obra literária que consegue tal feito certamente será perene.


* Este livro foi cortesia da Companhia das Letras, para saber mais sobre ele clique AQUI.

Resenha: Put Some Farofa - Gregorio Duvivier

sábado, 17 de janeiro de 2015

Saudações Leitores!
Eu sempre gostei de poesia e, por isso, não é novidade eu ter solicitado Ligue os Pontos* e assim poder matar minha curiosidade em conhecer a escrita de Duvivier, confesso que fiquei impressionada porque se trata de um livro simples, mas foi escrito de uma maneira tão complexa que é impossível soltá-lo.


Ligue os Pontos – Poemas de Amor e Big Bang, Gregorio Duvivier, São Paulo: Companhia das Letras, 2013, 88 pág.

Gregório Duvivier dispensa apresentações, basta dizer que ele faz parte do famoso canal no YouTube: Porta dos Fundos, mas ele não é só um humorista sarcástico e inteligente, ele também é escritor e Ligue os Pontos é um de seus livros de poesia.
Trata-se de um livro que em pouco tempo dá para devorá-lo, mas sua essência fica muito mais visível se for saboreado calmamente. É um livro simples, singelo e – na minha concepção – é quase uma ode ao Rio de Janeiro, em que Duvivier faz seu próprio mapa sobre bairros cariocas e vai ligando cada bairro e cada história de forma simples e sarcástica.
Ligue os Pontos também trata de amor, de luz, trevas e de sentimentos intangíveis e fugazes, é um livro pequeno, mas que traz de tudo um pouco, exaltando aquilo que se deve exaltar e ironizando e criticando outras tantas coisas abomináveis.
Mesmo não conhecendo o Rio de Janeiro e mesmo me perdendo na hora de ligar os pontos – por conta da minha falta de conhecimento – dá para ler tranquilo e apreciar a genialidade e o jogo de palavras e mistérios que envolvem cada poema e trecho.
Definitivamente este livro se trata de um daqueles que vez por outra vamos querer pegá-lo, abrir numa página qualquer e ler, degustar as palavras e os sentimentos por trás de cada uma delas, desvendar o mistério das palavras e da escolha delas por Duvivier é uma tarefa incrivelmente fascinante.
Nada do que está em Ligue os Pontos foi escrito sem pretensão, nota-se logo nos primeiros poemas que há um objetivo e cada leitor pode ver de um prisma diferente e este é um dos grandes legados da poesia.
Ligue os Pontos também é um livro que vem a me alegrar, pois vejo a força da poesia brasileira, que ela não morreu e que há ainda bons poetas hoje em dia. Que Duvivier seja sempre uma caixa de surpresa para todos os leitores - cariocas ou não - brasileiros.

* Esse livro foi cortesia da Companhia das Letras, para saber mais clique AQUI.

Resenha: Ligue os Pontos – Poemas de Amor e Big Bang - Gregorio Duvivier

segunda-feira, 24 de novembro de 2014

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