Saudações Leitores!
Dos lançamentos do mês de Março da Novo Conceito As Violetas de Março era, sem dúvida, o que eu mais esperava, além de uma diagramação lindíssima o enredo me cativou completamente o que me proporcionou uma leitura bastante rápida. Li esse livro no final de abril, mas só agora estou conseguindo postar a resenha, de qualquer forma, quero agradecer a NC pelo exemplar para resenha e fico na torcida para que vocês todos curtam o que escrevi:
As
Violetas de Março, Sarah Jio, Ribeirão Preto, SP: Novo Conceito, 2013, 304
pág.
Traduzido por Ronaldo Luís da Silva
Com o título original The Violets of March foi escrito por Sarah Jio, autora best-seller
do New York Times, trata-se do primeiro livro escrito por Jio, entretanto, ela
também é autora de “The Bungalow”, “Blackberry Winter” e “The Last Camellia” ainda não publicados
no Brasil.
As Violetas
de Março tem duas histórias uma que
acontece em tempo cronológico ao da narrativa e outra que aconteceu em 1943, no
fim, as histórias se unem numa harmonia incrível e admirável.
Na primeira história conhecemos Emily, uma escritora frustrada
de um único livro, que está enfrentando um típico caso de traição e divórcio do
marido, Joel. Emily está profundamente abatida com o divórcio e com a sua
incapacidade de voltar a escrever [tudo o que ela escreve ela considera
medíocre], mas após uma conversa com sua melhor amiga Annabelle decide
passar o mês de março e ‘se curar’ na casa de sua tia-avó Bee que fica em
Bainbridge Island, local em que ela passava todos os verões quando adolescente.
"Deixo-lhe um pensamento, um
pensamento sobre o amor que me levou a passar por muitos fracassos: o grande
amor perdura ao tempo, à mágoa e a distância. E mesmo quando tudo parece
perdido, o verdadeiro amor vive." (p.276)
Quando Bee lhe hospeda e lhe dá um quarto, Emily,
acaba encontrando um velho diário e é através dele, da leitura de Emily, que
conhecemos a segunda história, ocorrida no passado, no ano de 1943, e traz como
protagonista Esther, uma mulher apaixonada por Elliot, mas tem toda a sua
paixão privada, pois ela é casada com Bobby.
"Pensei muito sobre a possibilidade
de escrever para você, e minha conclusão é esta: a vida é muito curta para se
preocupar com as consequências quando se ama alguém como eu a amo. Por isso,
escrevo-lhe esta carta como um soldado faria, sem medo, sem dúvida e sem saber
se ela pode ser minha última." (p.81)
Numa tênue linha do tempo entre o passado e o
presente, ficamos conhecendo a história dessas duas mulheres e como elas foram
magoadas e a possibilidade de serem curadas. Mas para isto, Emily, precisa
tentar curar seu coração, encontrar um novo sentido para seguir em frente e
inspiração para escrever e, também, desvendar todo o mistério que gira em torno
no diário e da vida de Esther.
Mas por que o nome do livro é As Violetas de Março? No decorrer da história tem todo um sentido
para o nascimento dessa flor e o significado desse nascimento. Condiz muito com
o enredo e deu uma delicadeza toda especial à narrativa.
"Evelyn tem uma teoria sobre essas
flores. [...] Ela costumava dizer que elas crescem onde são necessárias, que
elas sinalizam cura... e esperança." (p.132)
Sarah Jio me cativou desde a primeira página, ela
escreve de maneira fácil e cativante. O enredo é belíssimo e consegue prender o
leitor, em alguns momentos o livro emociona e faz o leitor refletir muito sobre
as situações de vida.
Entretanto, teve algo que me incomodou no livro, agora
vou expor uma coisa que pode ser considerada spoiler e você só seleciona o
trecho se quiser e não se importar de saber: não me conformo com o fato de
Esther ter forjado sua morte mesmo depois de ver o sofrimento e desespero de
Elliot, tudo bem que ela estava magoada, mas após ver a cena como ela teve
coragem de ver o homem que amava e que a amava incondicionalmente sofrendo e
não fazer nada? Incomoda-me o fato disso ter ficado vago e mesmo com o final do
livro não ficamos sabendo os reais motivos dessa atitude de Esther, supomos
apenas que suas ações foram motivadas por orgulho e nenhum pouco de
arrependimento.
O final do livro foi, para mim, perfeito, pois o
leitor poderá fazer muitas suposições e essas suposições irão de encontro com o
coração e o sentimento de cada leitor. Um final cheio de magia e encanto é
assim que o descrevo.
Também não posso deixar de salientar que a diagramação
do livro está belíssima e cheia de detalhes que enchem os olhos e as páginas!
Acredito que todos os que gostam de romances vão gostar deste livro: os que
gostam de romances que contam histórias do passado entremeadas com histórias do
presente, os que gostam de livros com partes de cartas e diários, As Violetas De Março é mais do que
indicado: é leitura obrigatória!
Camila Márcia