Saudações Leitores!
Vinte Garotos no Verão* é um daqueles livros que eu não colocava muita fé, julguei-o erroneamente e achava que ele seria uma leitura adolescente e sem marcos. Ledo engano: este livro se tornou um de meus favoritos e esta no hall de livros que me comoveram e me fizeram sentir algo que senti ao ler poucos livros. Já gritei e praticamente obriguei minhas amigas a comprarem e lerem, agora digo para vocês: Vocês Precisam Desse Livro, sério!
Vinte
Garotos no Verão, Sarah Ockler, Ribeirão Preto, SP: Novo Conceito,
2014, 288 pág.
Traduzido por Paulo Polzonoff Jr.
Twenty Boy
Summer (2009), no Brasil Vinte Garotos no Verão é o primeiro
romance de Sarah Ockler e tem uma sinopse interessante o que nos dá uma boa
impressão sobre a premissa do livro e nos atiça a curiosidade.
O título em si já me chamou atenção, pois amo livros
cujas histórias acontecem no verão e no inverno, neste caso no verão,
entretanto, eu imaginava que Vinte
Garotos no Verão fosse uma história boa, adolescente e que arrancasse
suspiros, nunca estive preparada para o que encontrei ao virar de cada página.
O livro simplesmente me surpreendeu de uma forma superpositiva.
Sabe aquelas histórias que nos fazem suspirar, sorrir,
chorar e viver? Vinte Garotos no Verão
me deixou completamente entusiasmada e me colocou diante de inúmeros sentimentos:
amor, ódio, raiva, tristeza, solidão. Eu me sentia como a personagem principal,
Anna, era como se eu fosse ela – será que dá para entender?
Neste livro temos a história de Anna, Frankie e Matt
que são os melhores amigos desde SEMPRE. Só que com o passar dos anos, Anna
começa a se apaixonar por Matt (que é irmão de Frankie), mas não conta para sua
melhor amiga seu sentimento com medo dela ficar chateada. Quando Anna completa
15 anos o impossível acontece: Matt beija Anna, os dois começam um secreto caso
de amor de arrancar suspiros. Matt quer contar para sua irmã que está
saindo com Anna e a faz prometer que seria ele a contar. Anna promete e diz que
ela jamais contará antes dele.
Contudo o destino prega uma peça terrível: Matt morre
aos 17 anos escondendo um segredo, nunca realizando o sonho de ir para a
faculdade e nem tirado suas férias de verão na Califórnia. Tudo munda, todos
parecem sofrer e carregar feridas não cicatrizadas e o pior: sentimentos de dor
silenciosos.
Um ano depois, Anna viaja com a família de Frankie para
a mesma praia que sempre iam com Matt. Ela tem a oportunidade de ver tudo o que
Matt viu e lembrar-se de todas as histórias que ele contava. Assim sendo, Frankie
e Anna planejaram tudo o que iam fazer em seu M.V.T.T. (Melhor Verão de Todos
os Tempos) e quando chegam a Califórnia muita coisa acontece, inclusive
aparecem garotos lindos e bronzeados de arrancar o fôlego. Elas realmente têm
um verão cheio de grandes emoções, de lembranças e revelações. E, claro, o
destino pregando novas peças.
Este livro tem tudo para agradar um leitor: uma
narrativa poética, pensamentos lindos, personagens fantásticos (Anna, Matt e
Sam são meus favoritos: quando Sam
diz "Anna Abby de Nova Yawk" me lembra o Gus, de ACEDE, chamando
"Hazel Grace” – ai meu coraçãozinho! ) e um enredo emocionante e encantador.
Vinte
Garotos no Verão é um livro que mexe
com os sentimentos do leitor, e me ganhou desde a primeira frase, sobretudo,
quando percebi que havia muita poesia e delicadeza nas palavras. É uma prosa
poética, de modo que faz o leitor sentir o que os personagens sentiram; você se
vê na pele do personagem e o bom de uma narrativa poética é que faz os
sentimentos se tornarem reais e palpáveis. Poucos livros me fizeram sentir o
que senti ao ler Vinte Garotos no Verão,
no momento consigo me lembrar apenas de três: Crepúsculo, Nosso
Último Verão e Anna
e o Beijo Francês.
O que eu esperava de Vinte Garotos no Verão era que fosse um livro adolescente com uma
história fofinha e a surpresa que tive ao lê-lo e me emocionar com a história o
tornou um de meus favoritos. Não esperem mais nenhum segundo: leiam já este
livro, principalmente se você gostar de romance e de sentimentos nostálgicos da
adolescência – ou se for adolescente – é quase impossível não se identificar
com algumas situações. Na minha opinião, para um primeiro livro Sarah Ockler
foi extremamente fabulosa!
"Eu o beijei. Esqueci o tempo. Esqueci meus pés. Esqueci as pessoas lá fora esperando que voltássemos à festa. Esqueci o que acontece quando amigos cruzam esse limite, E, se meus pulmões não se enchessem, se meu coração não batesse e meu sangue não pulsasse contra a minha vontade, eu teria me esquecido deles também." (p.11)"Cair em prantos é diferente de chorar. O pranto consome seu corpo todo e, quando acaba, você sente como se não tivesse ossos para mantê-lo em pé." (p.30)"Assim que Frankie adormece, minha superforça de melhor amiga desaparece. Minha respiração se parte, lágrimas mancham as estrelas no céu e todos os velhos fantasmas que tentei deixar em casa voam como sementes de dente-de-leão pelo quarto." (p.87)
*Este livro foi cortesia da Editora Novo Conceito, para saber mais sobre ele clique Aqui.