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Resenha: Morte no Nilo - Agatha Christie

segunda-feira, 27 de janeiro de 2020

Morte no Nilo, Agatha Christie, Rio de Janeiro: HarperCollins Brasil, 2017, 256 pág,
Tradução: Newton Goldman
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Saudações Leitores!
Morte no Nilo (Death on the Nile, 1937), de Agatha Christie, é um dos romances policiais mais aclamados da inglesa e famosa Dama do Crime e foi uma experiência de leitura tão incrível que vou me esforçar bastante para colocar em palavras.

O pior do nosso trabalho é que as pessoas não dizem toda a verdade pelas razões mais infantis.

De qualquer forma, se você preferir conhecer minha opinião através de vídeo eis AQUI, porque esse foi o primeiro volume lido para o #PJLendoAgathaChristie2020 e fiquei super empolgada com essa leitura.

Primeiramente preciso admitir que já faz um tempão que não leio Agatha Christie e assim que comecei Morte no Nilo percebi o quanto estava com saudade de lê-la.

Tem razão, não se pode voltar ao passado, precisamos aceitar o presente. Infelizmente, nestes casos temos também que aceitar as consequências pelos atos cometidos.

Nesse volume Agatha Christie me surpreendeu porque ela apresentou vários dos personagens relevantes para a história logo nas primeiras páginas e o leitor poderá observar algumas de suas personalidades e caráter. De modo que Morte no Nilo vai nos apresentar toda uma situação, nos colocar diante dos protagonistas e só mais adiante é que seremos conduzidos para o crime de fato.
Então, aqui vamos acompanhar de perto história da belíssima Linnet Ridgeway que é uma riquinha mimada acostumada a ter absolutamente tudo o que quer, portanto, não é nenhuma novidade que quando sua melhor amiga Jacqueline de Bellefort pede que ela empregue o seu noivo Simon Doyle e o apresenta, Linnet acaba olhando o jovem com outros olhos.

_Deve haver algo errado! Além de rica, bonita, é demais! Uma mulher rica desse jeito não tem o direito de ser bonita... e ela é linda... é realmente uma mulher que tem tudo! Isso não é justo!

Pouco tempo depois, Agatha Christie joga a "bomba" de que Linnet e Simon se casaram e estão indo passar a lua de mel no Egito, e é nesse período da lua de mel que tudo pode acontecer... e vai acontecer!
Em um barco de turistas cruzando o Nilo, encontra-se um grupo absurdamente improvável, mas que ao desenrolar da narrativa vamos perceber que nem tudo é improvável, mas que a escritora foi genial ao colocar esses personagens todos reunidos.

É tão fácil matar... E depois a gente passa a acreditar que não tem importância... que o que importa é você. Isto é que é perigoso.

Inclusive, é nesse mesmo barco que se encontra o famoso e conceituado detetive particular Hercule Poirot que está tirando férias no Egito, mas que logo que "entra em cena" percebe uma atmosfera pesada e trágica, pois descobre que Jacqueline de Bellefort está perseguindo o ex-noivo e a ex-amiga, ameaçando-os de vingança por a terem traído.
Os contorno de Morte no Nilo vão se delineando realmente trágico e dramático, a escritora conseguiu, com maestria, fazer a atmosfera do barco ficar gradualmente mais carregada, mais pesada e tensa, antes que o assassinato realmente acontecesse. E quando acontece uma série de outros eventos trágicos acontecem que deixam o leitor ainda mais impactado.

Que absurdo dizer que a juventude é a época da felicidade. A juventude é a época da vulnerabilidade.

Tive várias surpresas nesse livro e foram todas maravilhosas, de forma que não consigo explicar o quanto Morte no Nilo me encantou e me surpreendeu, além do mais veja bem, a atmosfera que Agatha Christie criou foi um trunfo na manga, logo no começo do livro ela coloca algo descontraído: cheio de fofocas e intrigas bobas, mas depois o negócio vai pesando e pesando, até se converter na tragédia.
Ora, outro ponto que merece uma nota ilustre é que Hercule Poirot está em sua melhor forma nesse livro, a gente consegue perceber a "massa cinzenta dele em funcionamento", o quanto ele percebe que tem algo que não está obscuro e que as pessoas ali presentes escondem segredos e, portanto, para descobrir quem cometeu o crime ele precisa descobrir os segredos de todos no navio.

_ Acha que estou perdendo tempo? Me divertindo? E isso o aborrece? Mas não é bem assim. Uma vez segui profissionalmente uma expedição arqueológica e aprendi muito. Durante um escavação, quando se descobre uma peça, primeiro limpa-se cuidadosamente em volta. Retira-se a terra, raspam-se certos lugares com uma faca, até finalmente chegar-se ao objeto. Só então é exibida e fotografada a peça., livre de impurezas e imperfeições. É o que estou tentando fazer: limpar o supérfluo para podermos ver a verdade. A verdade nua e crua.

Em suma, achei Morte no Nilo um livro estupendo e percebo que há reais motivos para ser um dos romances policiais mais aclamados de Agatha Christe, simplesmente genial!

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