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Resenha: Onde Deixarei meu Coração - Sarra Manning

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2020

Onde Deixarei Meu Coração, Sarra Manning, Rio de Janeiro: Galera Record, 2014, 236.
Tradução: Fabiana Colasanti
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Saudações Leitores!
Onde Deixarei Meu Coração (Nobody's Girl, 2010), livro da escritora e jornalista inglesa Sarra Manning é um romance jovem, absolutamente leve e fofo, capaz de encantar completamente adolescentes e jovens.

Antes de mais nada, preciso dizer novamente que esse livro é muito fofo - FOFO MESMO - e senti que tem uma mensagem bonita e personagens extremamente reais e que vão deixar marcas no leitor, tanto por seus pensamentos, caráter, ações ou pelo que eles nos induzem a pensar/refletir.

A Sra. Wilson, nossa orientadora, estava errada quando disse que nada fazia mais mal do que metanfetamina; a pressão social era muito, muito pior.
Minha maior vontade de ler Onde Deixarei Meu Coração era porque sabia que sua história se passava em Paris - quem nunca desejou conhecer Paris que atire a primeira pedra - então, aproveitei-me do #DesafioMulheresdaLiteratura2020, cuja proposta para Janeiro era "Livro de um país que você quer visitar" e devorei essa belezura.

Em Onde Deixarei Meu Coração vamos acompanhar nossa protagonista Bea, que sempre se considerou uma "velha" na pele de uma adolescente, pois todas as coisas que seus amigos ou colegas da escola gostavam não a atraiam, de modo que, para ela, ficar em casa cuidando de seus irmãos gêmeos era muito mais atrativo do que ir para uma festa.

Entretanto, Bea sempre teve o grande sonho de ir para Paris já que era lá que seu pai desconhecido morava, entretanto ela não sabia nada sobre ele porque sua mãe simplesmente se recusava a conversar sobre o assunto.

Mas quando você chega a idade avançada de 17 anos sem nunca encostar a boca em outra, aquele primeiro beijo tinha que ser especial. Na verdade, precisava ser espetacular, acompanhado pelo êxtase. O único elemento sobre o qual eu não tinha certeza, apesar de ter passado horas aprimorando os detalhes, é quem seria o meu beijado. Bem, ele seria francês de malar proeminente e de cabelo despenteado, mas tirando isso eu não conseguia realmente imaginá-lo, apesar dos fogos de artificio serem muito claros já que o meu primeiro beijo aconteceria no Dia da Bastilha na Pont Neuf em Paris.
Logo no começo de Onde Deixarei Meu Coração somos situados ao estilo de vida de Bea e também a algumas mudanças que estão ocorrendo, quando, do dia para a noite, as meninas mais populares da escola começam a se aproximar dela.

Obviamente, Bea acha aquilo estranho e apesar de não conseguir se identificar com essas meninas,  gosta de saber que "está fazendo amizades e saindo de sua zona de conforto e invisibilidade social", de modo que aceita a aproximação e começa a sair com elas e frequentar festas.

Porque não sei se eu sou a Bea que você acha que sou ou a Bea que conheço, que é chata e sem graça e passa o tempo todo nesse mundo de sonhos idiota porque não consegue descobrir como fazer com que sua vida de verdade corra como ela quer.

Nesse meio tempo, as férias estão se aproximando e todas combinam de ir para a Espanha, convencendo, inevitavelmente, Bea a ir junto. E aqui quero fazer um adendo sobre a amizade tóxica dessas meninas: Bea não se dava conta, mas elas queriam o tempo todo forçar Bea a ser como elas, a ser periguete, pegar geral, fazer o que elas queriam e a gastar dinheiro com elas. Eu simplesmente as odiei e logo depois vejo que meu ódio era completamente embasado.

O fato é que a viagem para a Espanha não saí como Bea supunha que seria, porém, essa viagem corresponde a um marco muito importante para ela se tornar uma mulher mais independente, segura e autônoma, então é justamente nesse momento que acaba tomando uma decisão por impulso de ir para Paris.
Essa viagem para Paris também não será muito o que Bea tinha idealizado todas as vezes que sonhou em conhecer o país, porém vai trazer além de maturidade e experiências importantes para sua vida, um crush: o fofíssimo Toph. É aí que o livro fica de tirar o fôlego.

"E" e "se" haviam se tornado minhas duas palavras menos favoritas na língua inglesa, superando completamento "gorjal" e "lenços umedecidos". Eu não sabia o que Paris guardava para mim, mas tinha essa sensação horrível de que não era nada bom.

Onde Deixarei Meu Coração pode até ser um livro jovem (e eu já passei dessa fase faz tempo) porém, ainda traz reflexões importantes sobre a vida, amizade, família e sobre expectativas: as vezes nem a família, nem os amigos, nem o boy e nem os países vão corresponder nossas expectativas, mas inevitavelmente teremos que lidar com tudo isso de maneira inteligente e tentar enxergar o "lado bom da coisa" e, sobretudo, desabafar, não podemos nos calar e achar que as coisas vão se resolver sozinhas, as vezes precisamos falar e/ou fazer para conquistarmos o que queremos.

Como vocês podem já ter percebido, com tudo o que mencionei acima, eu gostei do livro e me diverti bastante tanto com o enredo, com as partes bem humoradas e com os personagens fofos e uma história de amor lindinha, entretanto, confesso que poderia ter gostando muito mais desse livro se o tivesse lido na minha adolescência, teria conseguido me conectar e até me identificar mais com o que estava lendo. Mas foi muito bom, então recomendo bastante Onde Deixarei Meu Coração.

Paris pelos olhos e Bea e Toph é super incrível, mesmo quando os planos dão tudo errado ou quando não para de chover!

Foi como se tivesse acordado de um sonho profundo e eu vi o mundo de uma nova maneira. Que eu não precisava mais sonhar porque a vida que estava vivendo era melhor que qualquer coisa que pudesse inventar. 


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