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Insana (Filme)

sábado, 12 de agosto de 2023

Saudações Leitores!

Em 2015 li o livro Insana: Meu Mês de Loucura de Susannah Cahalan e achei sensacional e apesar de já saber que teria o filme, somente agora encontrei a película dirigida por Gerard Barrett para assistir. Este filme, que não teve um grande destaque na mídia, é baseado em eventos reais e traz uma narrativa intrigante sobre saúde mental. Vamos ao meu veredito sobre...

Insana
Título Original: Brain on Fire  
Ano: 2016  
Direção: Gerard Barrett  
Duração: 89 min.  
Classificação: +14 anos  
Gênero: Drama, Biografia  
País de Origem: Estados Unidos  
Minha Avaliação: ⭐⭐⭐  
Sinopse: Uma jovem repórter de um grande jornal começa a sofrer de surtos inexplicáveis e comportamentos erráticos. Após uma série de diagnósticos errados, ela luta para encontrar a verdade sobre sua condição, desafiando os médicos e sua própria sanidade.

FILME vs LIVRO

O filme "Insana" é uma adaptação do livro autobiográfico de Susannah Cahalan, e como toda adaptação, traz algumas mudanças em relação ao material original. O livro de Cahalan oferece um relato detalhado e pessoal de sua experiência, descrevendo sua jornada através de um diagnóstico de encefalite autoimune, uma condição rara e frequentemente mal compreendida. 

Apesar de fazer bastante tempo que li o livro, a leitura me impactou de tal forma que tenho a história bem vívida na minha mente e considerei que o filme suavizou diversas coisas, modificou outras e ainda colocou um romance com um certo destaque mas, honestamente, fui assistir para conferir a adaptação e não me preocupei tanto com a presença ou ausência de detalhes.

Desse modo, no filme, muitos dos detalhes clínicos e a complexidade emocional que tornam o livro tão envolvente foram simplificados. Enquanto o livro mergulha profundamente nos aspectos médicos e psicológicos da doença de Cahalan, o filme opta por uma abordagem mais direta e visualmente impactante, o que nem sempre captura a profundidade da experiência real. As nuances da luta interna e os momentos de dúvida e desespero são, por vezes, deixados de lado para manter o ritmo da narrativa cinematográfica.

Para quem leu o livro, essa simplificação pode ser um ponto de decepção. A riqueza de detalhes e a introspecção que o livro proporciona não se traduzem completamente na tela, fazendo com que algumas das partes mais emocionantes e reveladoras da história de Susannah fiquem aquém.

ATORES E ATUAÇÕES

A atuação é um ponto crucial para a qualidade de qualquer adaptação e, felizmente, Insana conta com um elenco talentoso.

Chloë Grace Moretz, que interpreta Susannah Cahalan, oferece uma performance convincente e emocionalmente carregada. Ela consegue transmitir a angústia e a confusão de sua personagem com grande autenticidade. No entanto, em alguns momentos, a atuação de Moretz parece limitada pelo roteiro, que não permite explorar plenamente a profundidade emocional do livro.

Thomas Mann, interpretando o namorado de Susannah, também entrega uma atuação sólida. Sua presença oferece um contraponto necessário ao caos que Susannah enfrenta, trazendo uma sensação de estabilidade e apoio emocional. 

Richard Armitage e Carrie-Anne Moss, como os pais de Susannah, conseguem capturar a desesperança e a frustração de verem sua filha sofrendo sem um diagnóstico claro. Suas atuações são tocantes e adicionam camadas emocionais à narrativa, embora, como no caso de Moretz, sejam limitadas pelo roteiro.

VEREDITO: EXPECTATIVAS E REALIDADE

Insana é uma adaptação que consegue transmitir a essência da história de Susannah Cahalan, mas com algumas limitações. Enquanto o filme mantém um ritmo tenso e envolvente, a profundidade emocional e a complexidade dos dilemas médicos presentes no livro são, em grande parte, simplificadas até porque o livro é rico em detalhes e não iria comportar todos na película, então muita coisa ficou de fora e/ou foi sintetizado/omitido, até para dar fluidez ao filme.

Para aqueles que não leram o livro, Insana oferece uma experiência cinematográfica interessante e educativa sobre uma condição rara e devastadora. No entanto, para os leitores da obra original, o filme pode parecer uma versão superficial da história real de Susannah. As omissões e simplificações podem ser frustrantes, mas é importante relembrar que adaptações cinematográficas muitas vezes precisam fazer esses ajustes para se adequar ao formato e ao público.

Em suma, Insana é um filme que vale a pena ser assistido, especialmente para aqueles interessados em dramas biográficos e temas de saúde mental. Mesmo com suas limitações, é uma obra que provoca reflexão e empatia. Apreciei bastante e, apesar de reconhecer que poderia ter sido mais fiel e profundo, recomendo para quem busca um bom drama biográfico.

Espero que tenham gostado desta crítica e que assistam ao filme, caso ainda não tenham assistido e se assistiu, compartilhe nos comentários sua opinião.

Até o próximo post!

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