Roubada é um livro interessante e tem muitas coisas impactantes na trama, mas não consegui me envolver tanto
Saudações, Leitores!
Roubada (Stolen, 2010) foi escrito pela britânica Lesley Pearse, autora bastante conhecida por seus romances de drama, suspense e fortes doses de emoção. Ela já publicou diversos títulos de sucesso, como Esperança, que eu já li, Belle, Entre o Amor e a Paixão (publicados no Br) e muitos outros que ainda não tem tradução brasileira. Lesley Pearse costuma construir narrativas cheias de dilemas humanos, personagens femininas fortes e histórias que transitam entre mistério, dor e superação.
Nesse volume, especificamente, temos a história de uma jovem, chamada Lotte, que é encontrada em uma praia sem nenhuma memória de quem é ou de como foi parar ali. A partir desse ponto, a trama se desenrola tentando conectar as peças de seu passado, misturando segredos, investigações e personagens que aos poucos ajudam (ou atrapalham) a reconstrução de sua identidade. É um enredo que se propõe a trabalhar a busca por si mesmo e, ao mesmo tempo, as sombras que envolvem a vida de alguém que perdeu tudo, incluindo a memória. Uma premissa de enredo extremamente intrigante, não é mesmo?
Roubada é diferente da maioria dos livros que encontramos hoje em dia pois é narrado em terceira pessoa. Esse detalhe soa curioso e até um pouco diferente, já que estamos mais acostumados a leituras em primeira pessoa, especialmente em thrillers e dramas contemporâneos. Essa escolha narrativa dá um certo distanciamento, o que para alguns leitores pode soar como algo sofisticado, mas para mim acabou deixando a leitura um pouco indiferente. Não é que seja ruim, não é, mas não consegui criar uma conexão forte com a protagonista ou com sua trajetória e nem com os demais personagens, porém acredito que isso se deve porque não é mais tão comum eu ler um livro em terceira pessoa. Preciso fazer isso com mais frequência!
Apesar do comentário sobre a pessoa da narrativa, compreendo que a escolha faz total sentido e é coerente se pensarmos que a protagonista perdeu a memória e não poderia contar sua história, então eu compreendo os pontos técnicos, mas acho que faltou algo ou talvez eu o tenha lido no tempo errado, sempre tem essa possibilidade, porque pra falar a verdade esse livro é repleto de tragédias e o livro é bem descritivo, por isso na trama tem emoção, só não me fisgou.
A experiência com Roubada foi, portanto, morna. Lesley Pearse tem uma escrita acessível, cria boas tramas e sabe como segurar o mistério até o fim. Entretanto, para mim, esse livro em específico não despertou emoções profundas nem gerou uma leitura memorável. É uma narrativa que cumpre o que promete, mas não foi além. Talvez por já conhecer outra obra da autora, Esperança, eu esperava ser mais envolvida ou surpreendida como fui pelo livro mencionado.
No fim das contas, foi apenas uma leitura correta, mas indiferente, daquelas que não deixam marcas duradouras, mas que não me arrependo de ter lido.
Espero que tenham gostado do veredito, obrigada por terem lido e até a próxima postagem!
FICHA TÉCNICA |
Título Original: Stolen Autor: Lesley Pearse Tradutor: Ivar Panazzolo Júnior Gênero: Ficção. Suspense. Drama. Romance. Editora: Novo Conceito Ano: 2010-2011 | 384 págs. País de Origem: Inglaterra Classificação: +14 Aviso de Conteúdo: Traumas Psicológicos. Estupro. Sequestro. Venda de Bebês. Afogamento. Assassinato. Assédio no Trabalho. Tentativa de esquartejamento. Avaliação:⭐⭐⭐⭐ (4/5) |
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