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Garota, Interrompida, Susanna Kaysen, São Paulo: Editora Gente/Única, 2013, 189 pág.
Tradução: Márcia Serra

Saudações Leitores!
Girl, Interrupted, traduzido literalmente para o português por Garota, Interrompida se trata de um livro com contornos autobiográfico escrito por Susanna Kaysen que vem contar recortes de sua vida durante quase dois anos em que passou internada num Hospital Psiquiátrico. Eis o motivo do título, Susanna tinha 18 anos quando foi internada e teve sua vida interrompida, como se houvesse ali uma vírgula.

Resenha: Garota, Interrompida - Susanna Kaysen

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2017

Saudações Leitores!
Não sei se fiquei curiosa com o título ou a proposta do livro, mas Alice no País das Armadilhas* foi mais bizarro do que o que eu previ e não curti tanto assim, mas quero apontar as reflexões bárbaras que esse livro proporciona, espero que curtam essa resenha feita especialmente para vocês...


Alice no País das Armadilhas, Mainak Dhar, São Paulo: Única Editora, 2015, 256 pág.
Traduzido por Alice Klesck

Alice in Deadland (2012), no Brasil Alice no País das Armadilhas foi escrito pelo indiano Mainak Dhar que comumente escreve livros de ficção de terror.
Alice no País das Armadilhas conta a história de uma garota chamada Alice que vive no País das Armadilhas, no que antes de algo que podemos chamar de apocalipse era conhecido como Nova Déli, Índia. O País das Armadilhas está tomado por Mordedores (zumbis) que voltam a vida, portanto, o restante da população humana luta contra eles para se manterem vivos.
Alice não conheceu a vida antes dos Mordedores, pois ela já nasceu diante desse nosso paradigma. Alice tenta sobreviver dia após dia até ir atrás de um Mordedor com orelhas de coelho que a faz cair em um buraco e lá nesses túneis ela acaba por descobrir que os Mordedores não são bem o que ela e o restante das pessoas vivas acreditavam ser. 
Nesses túneis ela conhece a Rainha, uma espécie de humana e de zumbi que lhe conta toda a história sobre como surgiram os mordedores e a possibilidade de ter uma vacina que impede o vírus se espalhar, mas que os poderosos lutam para manter em segredo.
Alice demora a acreditar que o que a Rainha fala possa ser verdade, e uma das maiores dificuldades é tentar convencer os outros de que foram os humanos que provocaram todo esse apocalipse. Mas após as pessoas tomarem partido dessa empreitada contra uma organização poderosa chamada Zeus, muita coisa vai acontecer, muita luta, aventura, mistério e morte entraram na história para conseguirem vencer a organização.
Alice no País das Armadilhas é um livro extremamente cheio de ação, é eletrizante ao passo que nos faz refletir sobre a sociedade, os seres humanos, seus interesses, ideologias e tudo o que vem na bagagem. É um pouco difícil ler o quanto o ser humano pode ser bom, mas carrega dentro de si um imenso e devastador poder de destruição, vingança e interesses pessoais.
Um ponto que achei incrível foi a criatividade de Mainak Dhar para associar uma história clássica com algo extremamente futurista e escrever uma distopia eletrizante. De fato o livro é muito bom mesmo.
Não obstante, apesar de reconhecer que o livro é bom, também sou boa em admitir coisas, em especial para mim mesma, esse tipo de literatura não me agrada, como leitora eu tenho algumas preferências literárias e o que encontrei em Alice no País das Armadilhas não vai de encontro com o que espero encontrar nos livros que leio.


*Este livro foi cortesia da Editora Única, para saber mais sobre o mesmo clique AQUI.

Resenha: Alice no País das Armadilhas - Mainak Dhar

sábado, 12 de dezembro de 2015

Saudações Leitores!
Solicitei Incrível* porque achei que seria algo parecido com Gossip Girl, ou um livro juvenil bem interessante, no entanto, as expectativas não foram superadas, embora, também não considere o livro ruim... Ok, vou tentar explicar na resenha abaixo, confiram:
Incrível, Sara Benincasa, São Paulo: Única, 2015, 256 pág.
Traduzido por Alice Klesck

Great (2008) é o título de origem de Incrível escrito por Sara Benincasa. Confesso que não conhecia a escritora até a Única Editora publicar este livro.
Quando recebi Incrível eu o achei um livro bem bonito e atrativo, até mesmo a sinopse parecia ter algo de Gossip Girl, então fiquei curiosa, mas na quando fui me jogar na leitura eu comecei a perceber que apesar do mundo de riqueza e pessoas metidas o livro não tinha propósito algum.
O livro gira em torno das férias de Naomi, que passa ao lado da mãe na High Island onde todas as famílias ricas, famosas e importantes se reúnem para confabulares e fofocarem. Esse é o típico livro adolescente cheio de fofocas e futilidades de famílias ricas, mas apesar de ser um livro raso e bobinho, ele é bem escrito. Isso salva o livro.
Naomi é a adolescente que não se enquadra na vida de luxo da mãe e nem das pessoas que moram na ilha, mas tudo muda durante esse verão quando ela conhece Jacinta, a famosa blogueira de moda e fofocas do site Incrível. Jacinta promove grandes festas, muda um pouco quem Naomi é, tanto que esta passa a não se sentir tão deslocada no meio dos ricos.
Naomi que vive a criticar os riquinhos fúteis e superficiais acaba por conhecer um carinha que vai balançar seu coração, mas será que ele é tão diferente dos outros riquinhos? Incrível não é um livro ruim, mas passa longe de ser uma leitura boa, a história é bem fraquinha, e o pior quando a gente pensa que está melhorando o livro acaba. Isto me deixou um pouco frustrada.
A única salvação de Incrível é ter uma narrativa tão fluida que lemos e nem nos sentimos, mas tirando isso a história não tem muito a acrescentar, tampouco envolver e os personagens não chegam a ser os mais bem estruturados, mas vale a pena a leitura para diversão.


*Esse livro foi cortesia da Editora Única, para saber mais sobre o mesmo, clique AQUI.

Resenha: Incrível - Sara Benincasa

quarta-feira, 23 de setembro de 2015

Saudações Leitores!
Eu entrei nessa onda de livros interativos porque achei a ideia maravilhosa, acho que além do autor do livro, nós leitores nos tornamos meio autores também, por isso não perdi a oportunidade de conferir Minha Vida Dava Um Livro*, aliás eu achei a proposta do livro diferente das outras que já tinha visto e gostei ainda mais por ser de dois brasileiros que acompanho há algum tempo, através do blog deles... Juntei o útil com o agradável e a diversão foi completa, vem ver porque eu gostei do livro:

Minha Vida Dava Um Livro, Guilherme Cepeda e Larissa Azevedo, São Paulo: Única Editora,
2015, 160 pág.

Minha Vida Dava Um Livro podia ser mais um livro interativo, contudo, ele tem dois diferenciais: 1 foi escrito pelos brasileiros: Guilherme Cepeda e Larissa Azevedo, do blog Burn Book; 2 o livro é pra quem ama ler, porque tudo é destinado ao universo literário e ao mundo de quem é viciado em livro. Esse publico, definitivamente, somos nós!


Sabemos que a pessoa que muito lê tem muita história pra contar e uma criatividade incrível, além de vários livros favoritos, desejados e que odeia. Tem leitor que se apaixona pelo personagem, que odeia, que sofre, ri e chora, portanto, Minha Vida Dava Um Livro, torna-se um dos livros interativos que são capazes de nos fazer reviver algumas leituras e refletir sobre boa parte do que já lemos, nos ajuda a nos posicionar ou relembrar do que achamos de acordo com o que é solicitado.


Quem pensa que preencher Minha Vida Dava Um Livro é uma tarefa fácil, está completamente enganado, pois o livro pede pra gente escolher entre nossos livros desejados os que mais desejamos no momento. Escolher nossos casais literários favoritos, nossos autores prediletos, ressuscitar e matar personagens, fazer playlist literária, escolher quais livros deveriam se tornar filme e quais filmes de adaptações literárias nos decepcionaram. Muita coisa. Para um leitor, não existe questionamentos e escolhas mais difíceis que essas!


Na atualidade os livros interativos e de colorir estão bastante em gosto e tem movimentado muito o mercado editorial, são tantas opções que é difícil escolher o preferido. Mas dos livros interativos que conheço esse é bastante especial e com publico alvo certeiro: o próprio leitor, o blogueiro, o artista.


Essa leitura foi tão gratificante, não só para divertimento, mas para poder refletir sobre minhas leituras: quais livros mais gostei, quais me decepcionei, meus livros mais desejados no momento, os personagens que eu gostaria de encontrar na vida real, enfim, me fez pensar sobre a leitura e pensar sobre a leitura é tão impressionante quanto ler. É bastante prazeroso.


Para finalizar, só quero reafirmar o quanto acredito que Minha Vida Dava Um Livro é uma das leituras mais que especiais para um leitor viciado, já imaginou responder o livro e as atividades maravilhosas presentes nele e daqui a um ano, ou dois, ou três... pegá-lo para folhear e atentar se você mudou alguma das opinião ou gostos?Achei fantástica a proposta do livro, e você vai amar também, corre pro abraço e vem conferir se a sua vida dava um livro também.


*Esse livro foi cortesia da Editora Única, para maiores informações sobre o mesmo, clique AQUI.

Resenha: Minha Vida Dava Um Livro - Guilherme Cepeda e Larissa Azevedo

terça-feira, 30 de junho de 2015

Saudações Leitores!
Quando uma biografia chama minha atenção eu necessito lê-la, foi isso o que aconteceu com A Teoria de Tudo*, sem dúvida, senti-me atraída por essa leitura e não pensei duas vezes em ler, além do mais após tantos comentários positivos e também do filme, tornou-se quase uma obrigação conhecer este livro, portanto, agora, compartilho com vocês minha experiência de leitura.

 Teoria de Tudo, Jane Hawking, São Paulo: Única Editora, 2014, 448 pág.
Traduzido por Sandra Martha Dolinsky e Júlio de Andrade Filho

Travelling to Infinity (1999-2007) no Brasil A Teoria de Tudo, foi escrito por Jane Hawking, ex-esposa de Stephen Hawking, um importante cosmólogo da atualidade, Jane trata neste livro de sua história com Stephen, seu casamento, a vida privada e o nascimento e desenvolvimento dos filhos do casal, concluindo o livro com a separação ocorrida em 1991.
É muito raro eu ler uma biografia, é um tipo de livro que não me chama muito atenção, mas sempre que leio é de quem realmente tenho curiosidade. Desse modo, por Stephen Hawking ser um famoso cosmólogo e ter uma vida curiosa fiquei completamente ansiosa por essa biografia, além do mais era contada pela primeira esposa do cientista, então fiquei ainda mais curiosa: poderia haver escândalos e detalhes da vida privada dos dois. Para completar, o livro sofreu uma adaptação cinematográfica indicada ao Oscar! Lacrou: eu precisava conferir.
A Teoria de Tudo é de fato um livro muito bom, Jane Hawking tem uma forma de contar sua história ao lado de um ícone de forma bem simples e envolvente. A narrativa é em primeira pessoa, por Jane, que começa contando como conheceu Stephen, como começou a se apaixonar, o casamento e no meio disso, conta a vida da própria Jane, suas viagens, estudos, sonhos.
Ficamos a par de como a doença de Stephen, diagnosticado com ELA (Esclerose Lateral Amiotrófica), uma rara doença degenerativa que paralisa os músculos do corpo sem atingir as funções cerebrais – doença que ainda não tem cura – deu os primeiros sinais, qual foi a reação de todos e as expectativas mínimas de vida do mesmo, como ele encarou – de forma reservada – o problema e como ele não costumava falar sobre a doença e as suas limitações.
Jane e Stephen se casaram e tiveram três filhos, mas no meio das descobertas cosmológicas, palestras, viagens de Stephen, vamos ficando a par de como Jane teve que abandonar todos os seus anseios para poder estar ao lado de Stephen e para cuidar dos filhos, os problemas financeiros e pessoais que o casal passou durante o casamento.
Jane conta na biografia as principais dificuldades que passou estando casada com Stephen, o quanto teve que lutar, como Stephen aprendeu a conviver com seu problema, e também não esconde o surgimento de Jonathan em sua vida, o quanto ele ajudou o casal, e aos poucos se apaixonaram, também mostra as dificuldades encontradas no momento em que Stephen passa a ter um relacionamento amoroso com Elaine, sua enfermeira.
De fato em A Teoria do Tudo vemos um pouco da vida privada de Stephen, os escândalos, as premiações e até mesmo suas bizarrices, mostra o estudioso e intelectual em sua face humana. Como salientei, a narrativa é muito agradável e envolvente. Para mim, esta foi uma das leituras mais válidas e prazerosas que já fiz este ano, porque mostra como a ciência, o amor, a esperança e a família fizeram parte da vida de Stephen e como foram fatores primordiais para ele passar por tempos tão difíceis.
Quanto a Jane Hawking, para mim, ela se provou uma mulher de garra e batalhadora, que mesmo diante de todas as limitações de seu casamento ela nunca foi capaz de desistir de lutar por ele, mesmo tendo que se sacrificar, o que ela fez – ficou claro – foi tudo por amor. Eu admirei Jane Hawking em cada uma das páginas desse livro, sem dúvida ela foi a grande mulher por trás do homem/cientista Stephen Hawking. Uma mulher humana tem suas falhas e defeitos, mas buscou força e fé para superar e contornar as limitações do marido e as suas próprias.
O mito que é Stephen Hawking continua, mas podemos ver outras facetas de sua vida e da vida familiar. O que é fascinante. É claro que eu amei o livro e li tão rápido que ao terminar a leitura fiquei ansiando por mais. Foi fantástico conhecer essa história e exemplo de vida e superação. Sem dúvida um livro mais do que indicado [apesar de Jane ter, em alguns momentos, repetido muito as coisas que já tinha escrito – isso foi a única coisa que me incomodou um pouquinho, apenas] e agora me resta conhecer ao filme. Estou ansiosa!!!

*Esse livro foi cortesia da Única Editora, para saber mais dobre o mesmo clique AQUI.

Resenha: A Teoria de Tudo - Jane Hawking

segunda-feira, 11 de maio de 2015

Saudações Leitores!
Já faz um tempinho que li A Formatura* mas por um descuido, ou melhor, falta de tempo somente agora estou postando a resenha, não escondo de ninguém que essa é uma das minhas trilogias favoritas e teve um bom desfecho e na minha resenha eu falo um pouco mais sobre o que achei, entretanto, se você não leu os demais livros (O Teste e Estudo Independente) alerto que a resenha abaixo TEM SPOILLER, vamos combinar, é quase impossível não soltar um spoiller ou dois dos livros que antecederam este. Espero que gostem


A Formatura, Joelle Charbonneau, São Paulo: Única Editora, 2014, 320 pág.
Tradução de Elisa Nazarian

Graduation Day ou no Brasil: A Formatura, é o terceiro e último livro da trilogia O Teste (O Teste e Estudo Independente), escrita por Joelle Charbonneau que fechou com chave de ouro sua trilogia, não foi um final completamente perfeito, mas pelo andar da carruagem era o final mais esperado e o mais coerente.
Novamente estamos diante de Cia que irá narrar a história do ponto em que parou em Estudo Independente, entretanto neste último volume ela estará cada vez mais incerta em quem confiar e o que realmente ela é capaz de fazer. Seus valores são colocados em xeque, seus sentimentos se intensificam e seus medos se tornam ainda maiores.

"Meus pais me educaram para acreditar nos meus conterrâneos e na Comunidade Unida para consertar as coisas. Fico imaginando o que diriam se soubessem que me disseram que, para consertar o país pelo qual eles deram duro, eu agora tenho de, deliberadamente, tirar vidas."  (p.49)

Acredito que A Formatura teve um desenvolvimento incrível e detalhista, pudemos ver a transformação psicológica de Cia, Tomas, Raffe, Stacia e Zeen, mas nesse ínterim, a autora também soube nos confundir e nos fazer suspeitar de cada um dos personagens, medo deles estarem agindo como 'Cavalos de Troia' e a qualquer momento destruírem todo o complô rebelde.
O que fica claro desde o início é que Cia almeja fazer com que Os testes acabem, pois enquanto eles existirem e existirem os redirecionamentos, nunca poderá ter uma evolução. O teste vão contra tudo o que Cia acreditava e ela não quer que eles continuem.

"Pensava que soubesse o que significava liderança, e o que enfrentaria se fosse selecionada para o Teste. As cinco cicatrizes em relevo me lembram de quanto fui longe e de quanto mudei. Porque não é apenas o exterior que ficou marcado. Onde minhas crenças eram, um dia, preto no branco, agora vejo tons de cinza."(p.76)

Uma aliança inesperada e de certo modo esperada (devido aos acontecimentos de Estudo Independente) entre Cia e a presidente Collindar faz com que muitas revelações sejam feitas e ainda mais: irá mudar Cia irreversivelmente. Cia mesmo mudando, não consegue deixar de se preocupar com seus amigos e seus familiares.
A Formatura foi uma leitura muito esperada, realmente estava ansiosa por esse livro e ele correspondeu as minhas expectativas de uma certa forma, só tenho uma coisa que não gostei mas não foi questão de fatos, foi mais questão de desenvolvimento, achei que Joelle Charbonneau passou muito tempo nas preliminares e tentou ao máximo explicar todos os acontecimentos e fios soltos e até mostrar as mudanças de personalidade dos personagens, mas quando enfim chegou a hora da ação foi muito rápido e corrido, em poucas páginas tem-se a conclusão. 

"Gostaria de poder voltar para quem eu era, mas estou diferente. Esta é minha casa, mas já não pertenço a este lugar."(p.317) 

Não estou reclamando do final rápido, mas acho que poderia ter sido mais sanguinolento, com mais ação, entretanto gostei da forma rápida que aconteceu e, principalmente o fato de que todos os personagens saíram transformados, mas achei que faltou uma explicação maior sobre o que a população achou dos 'atentados' porque não foi algo sutil e a população não merecia mais continuar sendo enganada. No entanto, na vida real nem todos conhecem toda a verdade.
No geral, a trilogia O Teste é ótima e incrivelmente bem escrita e estruturada, os três livros tem uma razão de ser e cada um deles tem um detalhe a mais, o que é muito importante porque conseguimos ver o objetivo de cada livro e que eles não são uma tentativa de fazer mais volumes, fica claro que desde o primeiro livro haveria uma evolução paulatina e uma conclusão maravilhosa como aconteceu em A Formatura, sobretudo com a imensidade de significado da última frase do livro (uma frase de efeito). Que o poder não corrompa Cia.
Para concluir, ainda quero salientar que gostaria muito que essa trilogia tivesse um maior destaque, já indiquei para todas as minhas amigas que amam distopias e convido você, leitor, a conhecer esse universo também.


*Este livro foi cortesia da Única Editora, para saber mais sobre ele clique AQUI.

Resenha: A Formatura (O Teste, Vol. 3) - Joelle Charbonneau

quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

Saudações Leitores!
O que falar de Uma Vez na Vida*? Com uma premissa boa, personagens encantadores, mas que, infelizmente, travou, mesmo assim, afirmo, categoricamente, que este livro não é ruim, tente me entender lendo a resenha abaixo.
Uma Vez na Vida, Marianne Kavanagh, São Paulo: Única Editora, 2014, 96 pág.
Traduzido por Elisa Nazarian

For once in my life (2009) é o primeiro romance da escritora e jornalista Marianne Kavanagh e apesar de ter tido boas críticas lá fora, na minha concepção foi um livro frio, não teve clímax e em nenhum momento você fica a suspirar pelo casal.
Tudo começa em 2002 quando Tess cruza com sua alma gêmea, George, na rua, mas como ambos não se conhecem, passam indiferentes um pelo outro. Entretanto, Tess tem uma amiga, Kristy, que conhece George e que sempre afirmou, categoricamente, que os dois tinham nascido um para o outro, a partir daí ela se esforça ao máximo para fazer com que os dois se conheçam, mas o destino parece não estar disposto a facilitar as coisas para os dois e ambos não têm a oportunidade de se conhecer até terem se passado quase dez anos, embora diversas vezes tenham estado sob o mesmo teto.
É apenas em 2011, quando ambos estão bem maduros e que desistiram de seus sonhos, porque a vida não lhes foi generosa é que Tess e George tem a oportunidade de se conhecerem. George já está casado e tem uma filha. Tess está morando com seu namorado e já tem uma vida planejada com ele. Nesse ínterim, quando Tess e George se conhecem tudo parece mudar: primeiro, ambos se dão conta de que são almas gêmeas; segundo, eles percebem que a vida deles seguiram caminhos diversos; e terceiro, os dois não são felizes com suas escolhas, mas aprenderam a viver com elas.
Tess é uma personagem encantadora ela ama roupas vintage e sonha com sua própria loja de roupas vintage claro. George é, também, um bom personagem, ele ama música e sonha em ser um cantor famoso. Ele tem talento, Tess também, mas as circunstâncias de suas vidas castraram seus sonhos, até que Tess e George se conheceram e se deram conta de que valia a pena lutar pelos sonhos.
Uma Vez na Vida é um livro que tem tudo para ser bom: um enredo interessante, personagens interessantes e histórias que se passam em vários lugares e países, mas – infelizmente – a história não se desenvolveu, foi lenta e os sentimentos são tão frios quanto gelo. Apesar de ter gostado do casal Tess e George e ter sofrido pelos dois nunca terem se encontrado, esse casal não conseguiu me fazer ficar na torcida deles.
Considerando todos os pontos que este livro tinha para ser maravilhoso e não foi, culpo a forma como ele foi escrita: muito fragmentado, distante e frio, era como se cada palavra do livro fosse um tijolo formando uma parede ao redor dos personagens e nos privando de seu carisma. Uma Vez na Vida é uma leitura fria e sem emoção, não tem clímax, o leitor espera, espera, espera, espera e espera para que algo aconteça e NADA. Nem quando Tess e George ENFIM se conheceram não houve aquele clima de fogos de artifícios...
Então, Uma Vez na Vida é um livro ruim? Não, não é. O livro é regular e é uma leitura agradável, embora seja lenta – quase se arrastando – por isso, não quero desmotivar ninguém a lê-lo, se você ficou com vontade de ler, vá em frente, mas vá preparado para não ter grandes surpresas.


*Este livro foi cortesia da Única Editora, para saber mais sobre ele clique Aqui.

Resenha: Uma Vez na Vida - Marianne Kavanagh

quinta-feira, 9 de outubro de 2014

Saudações Leitores!
Eu realmente, realmente - realmente, mesmo - estava esperando a publicação de Estudo Independente* no Brasil, não tinha como não desejá-lo após a leitura de O Teste e, claro, agarrei a oportunidade de lê-lo com unhas e dentes. Além do que escrevi na resenha preciso dizer apenas mais uma coisa: O próximo livro, por favor!


Estudo Independente, Joelle Charbonneau, São Paulo: Única Editora, 2014, 220 pág.
Traduzido por Elisa Nazarian

Estudo Independente do original Independent Study é o segundo livro da trilogia O Teste cujo primeiro livro é O Teste, escrita pela americana Joelle Charbonneau, que foi considerada uma das mais importantes descobertas de 2013. A trilogia O Teste teve os direitos de adaptação cinematográfica adquiridos pela Paramount. E, cá entre nós: sinto-me esperançosa pelos filmes.
Sou um pouco suspeita para falar de distopias, aparentemente é difícil me deparar com alguma que eu realmente não goste [como Starters]. Pra quem já leu minha resenha de O Teste deve ter se dado conta do quanto eu amei o livro [apesar dele ser muito parecido com Jogos Vorazes] e deixei tão claro como o dia o quanto estava ansiosa pela continuação, por tanto, não pestanejei quando consegui ter Estudo Independente entre minhas mãos.
A narrativa segue o modelo do primeiro livro, embora eu tenha achado esse livro um pouco cansativo, reconheço que ele foi esclarecedor sob diversas perspectivas, o que me deixou fascinada com o brilhantismo da autora. Em Estudo Independente temos grandes diferenças entre outras distopias que já li, enquanto o primeiro livro foi tudo um clichê, neste segundo volume houve surpresas louváveis.

Neste volume, que parte exatamente de onde terminou o anterior, ficamos por dentro de mais testes que são incrivelmente maquiados como provas e intitulados de "iniciação à vida dos universitários" [como as pegadinhas que fazem com os calouros no primeiro dia da faculdade], nesses testes cada pessoa que passou n'O Teste será direcionada para uma área: biologia, medicina, mecânica, governo, etc.. Cia, a personagem que acompanhamos, e aprendemos a amar, quer estudar mecânica, mas infelizmente os 'gerentes' da faculdade decidem que ela tem habilidade para cursar Governo.


"_Acho que não existe ninguém em quem eu confiaria mais para dirigir nosso país. O governo nem sempre é consistente, nem sempre é justo. No entanto, deveria ser. Confio em você para tentar fazer com que o nosso seja as duas coisas." (p.27)

Basicamente todos os que começaram em O Teste acabam tomando rumos diversos e alguns não conseguem seguir rumo algum a não ser o Redirecionamento – não se engane: ser redirecionado é o mesmo que dizer que a pessoa será assassinada por não corresponder as expectativas. O motivo disso é explicado no livro, mas não deixa de ser algo absurdo, abusivo e assustador.


"_Você sabe como fico desapontado cada vez que um estudante que promete é redirecionado, mas não tenho outra opção. A revitalização exige harmonia. Não se pode permitir que estudantes com o potencial de Obidiah trabalhem fora da estrutura da Comunidade. As pessoas poderiam começar a se voltar para ele em busca de liderança, em vez de seguir o curso que nossos líderes atuais nos apresentaram. Esse tipo de desarmonia minaria tudo o que fizemos nos últimos cem anos." (p.35)

O romance de Tomas e Cia segue firme, mas não forte: há muitos segredos e mentiras envolvidas. Cia começa a descobrir coisas assustadoras sobre o regime político em que toda a sociedade de Tosu City e das Colônias vivem: o poder de alguns gera a corrupção e a tirania. Nesse ínterim, Cia não sabe em quem confiar e, apesar de saber superficialmente o terror que aconteceu no teste e ter pesadelos que lhe esclarecem muitas coisas ocorridas, acaba descobrindo, através do soldado Michael que há duas facções rebeldes que estão determinadas a mudar o governo. Cia decide que quer ajudar a facção que quer agir pacificamente, mas tudo tem uma reviravolta surpreendente. O desfecho do livro não poderia ter sido mais brilhante!
A forma como Joelle Charbonneau conseguiu idealizar e jogar com o leitor que mesmo descrente acabava tentando escolher um lado, a forma como confunde a todos acerca de quem e no que confiar foi fantástica,  nem preciso comentar o fato da escolha do lado rebelde ser determinante e tão crucial e cruel quanto o terror vivido em O Teste. De fato, ninguém está seguro, não se pode confiar em ninguém.


"A história mostra que é preciso apenas uma centelha para dar início a um fogo que não pode ser facilmente controlado. Os Sete Estágios da Guerra tiveram início com a indignação de um líder." (p.239)

Outro ponto fabuloso em Estudo Independente é a maior presença do doutor Barnes e da professora Holt que são vilões fabulosos e que me arrepiavam só na menção de seus nomes, sem contar no vilão que assustadoramente me chocou ao aparecer no final [vai chocar a todos, acredite nisso!]
Ok, ok, preciso dizer que amei Estudo Independente, mas também, realmente, achei a narrativa mais lenta e com menos aventura, mas isso não importa porque, até agora, esse livro explicou coisas que tinham passado 'batido' no primeiro livro e deu um gancho tão impressionante para a continuação que me vejo receosa – isso mesmo: estou com medo – do próximo livro não corresponder as minhas expectativas. Ai, meu Deus, tem tudo para ser fan-tás-ti-co!
Veja bem: quando o primeiro livro de uma trilogia é bom você fica com vontade de ler o próximo, quando o próximo segue com as explicações altamente necessárias e tem uma revelação incrível você anseia loucamente pelo desfecho da trilogia e seria uma judiação se ela não correspondesse as expectativas.
Calma, não estou dizendo que deva ser um final perfeito e agradar a todo mundo [isso é impossível], mas deve ser coerente com a situação calamitosa que é viver sobre um mundo cujos valores e ideologias são distorcidos e maquiados, um mundo em que não se pode confiar nas palavras, nos sentimentos e nem no que os olhos veem.
Se você gosta de distopias, mas não conhece a trilogia O Teste, pelo amor de Deus, precisam conhecer! Vamos lá gente, não me deixem sofrendo sozinha. Leiam e corram para compartilhar comigo, estou agoniada por não ter com quem desabafar! 


* Este livro foi cortesia da Única Editora, para saber mais sobre ele clique AQUI.

Resenha: Estudo Independente (O Teste, Vol. 2) - Joelle Charbonneau

segunda-feira, 15 de setembro de 2014

Saudações Leitores!
Ok, sou fã de distopias e esta me pegou de jeito O Teste* é uma distopia incrivelmente viciante, vou apontar alguns detalhes na resenha e espero que gostem, claro, se tiverem a oportunidade de ler este livro não a deixem passar, enfim, nem preciso dizer o quanto estou ansiosa pela continuação. PRE-CI-SO-!

O Teste, Joelle Charbonneau, São Paulo: Única Editora, 2014, 320 pág.
Traduzido por Santiago Nazarian


The Testing (2013) no Brasil O Teste, trata-se de uma trilogia escrita por Joelle Charbonneau. O Teste entrou para a lista de best-sellers dos Estados Unidos e os direitos dos livros foram adquiridos para o cinema pela Paramount. Os próximos livros são: Independent Study (já publicado nos EUA) e Graduation Day (lançamento previsto no EUA em 17 de junho 2014). A trilogia também tem um volume 0.5: The Testing Guide (seria legal se a editora traduzisse para os brasileiros).
Essa é uma trilogia distópica narrada em primeira pessoa por Malencia Vale (ou Cia) de 16 anos que vive na Colônia Cinco Lagos. É dia de formatura e tudo o que Cia deseja é ser a escolhida para fazer O Teste, que se trata de um programa elaborado pela Comunidade das Nações Unificadas cujo objetivo é selecionar os melhores e mais inteligentes recém-formados para irem para a Universidade e se tornarem lideres além de ajudar inteiramente na reconstrução do mundo pós-guerra. Detalhe: cada Colônia pode ter um ou mais selecionados para O Teste, bem como nenhum – a Colônia Cinco Lagos há muito tempo não tinha nenhum selecionado para O Teste.
Por sorte, ou infelicidade, Cia e outros alunos de sua Colônia são selecionados para fazer o Teste. Quando o pai de Cia vê que a filha foi escolhida ele se enche de alegria, mas infelizmente – por já ter participado do Teste – ele desconfia que não seja algo simples e que suas memórias foram apagadas, mas que seu subconsciente não lhe deixa esquecer vários horrores que possivelmente viveu no Teste, por isso tantos sonhos horríveis sempre lhe acompanham.
Cia vai para o Teste em Tosu City (o centro de todas as colônias – Capital das Comunidades das Nações Unificadas) de sobreaviso e muito preocupada com a revelação de seu pai, desconfia que O Teste não seja apenas uma prova difícil, mas algo que teste sua resistência. Cia conta para um de seus companheiros da Colônia Cinco Lagos: Tomas e os dois acabam numa parceria e em um clima romântico, entretanto, quando seus limites são testados será que dá para confiar nas pessoas, mesmo que as conheça desde o berço? Na minha concepção, não sei se gostei de Tomas, achei ele tão frágil e tão sem noção, como se ele fosse um pobre coitado e a Cia tivesse que defendê-lo e cuidar dele o tempo todo. Faltou muita atitude e força para o Tomas. Não curti o envolvimento deles e também não consegui confiar nesse rapaz. #ProntoFalei
Essa é mais uma distopia que se tornou viciante para mim, não conseguia largar o livro e quando o largava ficava as voltas com a história na minha cabeça [nem preciso dizer que estou ansiosa pela continuação, não é?], como ainda não li a trilogia Divergente não posso comparar com ela, mas como já li a trilogia Jogos Vorazes só tenho a dizer que embora haja algumas mudanças, sobre tudo nos objetivos de testar a resistência dos alunos selecionados, há muita similaridade entre elas, uma delas é colocar várias pessoas num campo grande e fechado em que tudo é permitido para a sua sobrevivência.
O Teste é um livro cheio de tensão e terror, porque nos faz questionar se a nossa sociedade não caminha para uma situação tão fria e calculista como a que encontramos nestas páginas. Simplesmente acho que quem é fã de distopia e amou Jogos Vorazes tem 100% de chances de amar esse livro, entretanto, alerto que as semelhanças são bem grandes e isso também pode frustrar o leitor. Confesso que só não dei cinco estrelas porque não achei a história tão inédita, mas que, sem dúvida, foi inspirada em JV e como muitos dizem em Divergente.
Portanto, se você gosta de distopias ou se está numa vibe para lê-las é praticamente impossível soltar O Teste antes de virar a última página: narrativa cativante, personagens misteriosos e muita ação e mistérios para serem resolvidos. Um pequeno detalhe que não posso deixar de comentar antes de finalizar esta resenha é o trabalho gráfico da Única Editora, este livro ficou belíssimo e, na minha concepção, a capa ficou bem melhor do que original.

Camila Márcia
 


* Este livro é cortesia da Editora Única

Resenha: O Teste (Livro 1) - Joelle Charbonneau

segunda-feira, 2 de junho de 2014

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