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Saudações Leitores!
Olhem essa capa! Como pode ser tão apaixonante? Confesso que Novamente Você tem uma capa tão bonita que me lembrou muito a capa de Nosso Último Verão (Ann Brashares) - livro dono do meu coração. Então como pestanejar? Não deu outra: solicitei e agora vocês podem conferir minha impressão de leitura.

>>> Para saber mais sobre o livro, clique AQUI.


Novamente Você, Juliana Parrini, Rio de Janeiro: Suma de Letras, 2016, 237 pág.

Novamente Você, recentemente publicado pela Suma de Letras, foi um livro que me chamou atenção, de cara, pela capa, depois quando o recebi descobri que foi escrito pela brasileira Juliana Parrini  - portanto, um livro nacional - que é autora também dos livros: Depois do que Aconteceu e Antes que Aconteça, também publicado pela Suma de Letras. Não é que eu não conhecesse os livros, já tinha visto os títulos por aí, mas não tinha atentando para o fato de terem sido escritos por uma brasileira.


Como descobri que era um livro nacional? Assim que comecei a ler, percebi. Gente é incrível como dá para perceber alguns detalhes de escrita que só o brasileiro tem. De início Novamente Você começou muito bem, querendo seguir uma linha de Chick Lit com todo aquele exagero caricatural e humorístico da personagem Miah/Maria Rita, e o do personagem "cabeça dura" de Leonardo Júnior, daí eu pensei: vai ser um clichê gostosinho, mas, quando menos esperava, surgiu um mistério girando em envolta da família de Miah/Maria Rita e do que ela fez durante todos os anos que "fugiu" e os reais motivos dela ter optado por voltar para o lugar que ela mais odiava.


Quando iniciei Novamente Você não sabia o que esperar, mas depois criei uma certa expectativa que não se concretizou e isso me deixou desanimada com a leitura, além do mais, achei que Juliana Parrini enrolou muito para desvendar o mistério, enrolou um pouco mais do que o necessário para soltar algumas informações e isso foi chato - sempre reclamo disso quando o escritor demora a disponibilizar dicas ou pistas, não me parece justo com quem está lendo.


Apesar de não ter sido bem como eu criei esperança que fosse, o livro tem partes bem engraçadas e muito boas, mas acredito que faltou um pouco de trabalho com os personagens e o desenvolvimento e amadurecimento deles, ou seja, poderia ter sido bem melhor!

Resenha: Novamente Você - Juliana Parrini

terça-feira, 13 de setembro de 2016

Saudações Leitores!
Encontro-me sem palavras para dizer o quanto Stephen King é um ótimo escritor e, Mr. Mercedes* é a prova disso, pois a tensão rola solta nesse livro e quero dividir a fantástica experiência que tive ao ler com vocês.
>>> Esse livro foi cortesia da Suma de Letras, saiba mais sobre o mesmo AQUI.


Mr. Mercedes, Stephen King, Rio de Janeiro: Suma de Letras, 2016, 400 pág.
Traduzido por Regiane Winarski

Mr. Mercedes é mais um livro de Stephen King, conhecido autor e ganhador de vários prêmios... Alguém já deve ter lido, assistido ou ouvido falar dele... Ou seja, dispensa apresentação. Do autor, eu já li Sob a Redoma.

Mr. Mercedes é um romance policial e não um thriller como tinha muita gente imaginando e vem a contar as peripécias de um assassino psicopata que ao roubar um Mercedes, vai até uma feira de empregos na cidade e atropela várias pessoas matando oito, incluindo uma mãe e sua bebezinha. 


Para vocês terem noção do doente que é esse terrível assassino, numa carta que ele enviou para o detetive Hodges (que cuidava do caso do Mr. Mercedes) ele afirma que após matar aquelas pessoas ele ficou excitado e se masturbou, tamanha foi sua euforia. Ler isso me deu uma repulsa tão grande que fui preparando meu "espírito" para este livro - afinal, estamos falando de King!


O enredo traz o seguinte: Bill Hodges é um detetive aposentado que solucionou diversos casos importante, mas não foi capaz de solucionar o massacre envolvendo um Mercedes numa feira de emprego e isso o deixa frustrado. De certo modo, após a aposentadoria, ele se sente um inútil e pensa em dar cabo de sua vida, no entanto, ele recebe uma carta do próprio Mr. Mercedes. 


Como todo psicopata, Mr. Mercedes, que se vangloria de ter matado todas aquelas pessoas e ter saído ileso do crime e mais, quer fazer com que o detetive que cuidou do caso sinta-se culpado e tire sua própria vida. Contudo, o "tiro" sai pela culatra e Hodges fica empolgado e disposto a procurar e encontrar Mr. Mercedes. Então, detetive e assassino trocam mensagens através de um site Under Debbie's Blue Umbrella em que não deixa nada salvo ou codificado.

Fiquei assustada com a capacidade de Stephen King criar uma história tão doente e assustadora e tão esplendida ao mesmo tempo, tanto é que não conseguia parar de agradecer o fato de Stephen King ser um escritor (ótimo escritor, a propósito) e não um Serial Killer. 


Diferente de muitos dos romances policiais, Stephen King não faz segredo sobre seu assassino, logo no começo ele identifica Mr. Mercedes como Brady Hasrtsfield e mais, vai nos mostrando a mente psicologicamente doente desse assassino, e tudo o que ele faz para tentar destruir Hodges e seus amigos: Janelle, Jerome e Holly. Ou seja, ao passo que acompanhamos os avanços das pesquisas e investigações de Hodges, também acompanhamos o que Brady Hasrtsfield está fazendo e seus planos mirabolantes e doentes.


Fiquei absurdamente chocada com o desenrolar dos fatos e em vários momentos me vi soltando palavrões terríveis quando eu sabia que algo ia dar merda, quando algo ia sair errado e, juro, não tenho estrutura para tanta tensão... eu estava temerosa por todos os personagens que me cativaram (King sabe criar personagens extremamente inteligentes, loucos, carismáticos e ativos).


Chega um momento na narrativa em que a situação é tão caótica que você sabe que algo crucial vai acontecer a qualquer momento e não consegue mais soltar o livro, aí você pensa:" Putz, Stephen King é o MESTRE da Narrativa", porque mesmo com o desenrolar das pistas sendo algo muito lento (e alguns leitores podem considerar cansativos, prevejo isso) ele consegue prender o leitor de tal forma que parece errado soltar o livro antes de terminá-lo. É impossível abandonar Hodges, Jerome, Janelle e Holly no meio dessa investigação. É um ato revoltante largar o livro e não conhecer os passos de Mr. Mercedes!

Confesso que esperei outro final - um mais clichê - mas é claro que King foge ao clichê e vai para o que surpreende e, puxa, quando eu pensava que tudo já tinha dado o que tinha que dar e eu estava me habituando com o final, King foi lá e na última página, nas últimas linhas lança uma surpresa que faz o leitor terminar a leitura com um palavrão saindo pela boca. Simples. Estilo Stephen King de terminar o livro.


Então é isso, se você gosta de Romances Policiais não percam mais nenhum segundo dessa vida preciosa, corram para ler Mr. Mercedes, e caso não curta romances policiais, mas goste de Stephen King, vá em frente porque esse escritor dificilmente ira decepcionar. 

"[...] para os jovens, tragédias que não acontecem não passam de sonhos.As lembranças: elas sim são realidade." (p.377)

Resenha: Mr. Mercedes - Stephen King

quarta-feira, 15 de junho de 2016

Saudações Leitores!
Já faz algum tempo que li O Vilarejo*, na verdade foi minha leitura de Halloween (quem me acompanha no Instagram sabe), mas somente hoje estou conseguindo postar a resenha (desculpem-me por isso), pois estou com alguns posts atrasados, mas pretendo ir atualizando o blog aos poucos... Fiquem com a resenha da minha leitura 'tenebrosa' de Halloween...

O Vilarejo, Raphael Montes, Rio de Janeiro: Suma de Letras (Objetiva), 2015, 93 pág.
Ilustrado por Marcelo Damm

O Vilarejo foi escrito pelo brasileiro Raphael Montes conhecido por seus romances policiais: Suicidas (2012) e Dias Perfeitos (2014).
Basicamente o livro O Vilarejo traz vários contos que se passam em um vilarejo, os contos independem um do outro e podem ser lidos em ordem diversa, mas é comum vários personagens participarem dos mesmos contos. No final, podemos compreender a história que se passa no vilarejo.
O livro traz contos que deveriam ser assustadores, e no sentido latto podemos considerar assustadores, acontece muita coisa ruim no vilarejo, algumas são bastante triste, outras assustadoras e outras revoltantes. Fica evidente logo no começo do livro que o autor se propõe a escrever sobre os "diabos" presentes no vilarejo e ao falar deles, e da população acabamos nos defrontando com os sete pecados capitais apresentados de forma cruel, sem rodeios.
Sem dúvida alguma, em O Vilarejo nos defrontamos com uma narrativa envolvente e misteriosa e apesar dos acontecimentos do livro serem terríveis, o livro em si não chega a assustar.
Ainda não tinha me deparado com nenhuma obra de Raphael Montes, mas eu gostei bastante dos contos apresentados em O Vilarejo e gostei da forma como ele elaborou os contos, na verdade, fico pensando em como será um romance do autor, afinal nos romances há muito mais espaço para trabalhar com a história e os personagens. Se Raphael Montes já foi um gênio desenvolvendo super bem os contos imagino que no romance se torne impecável.
Em resumo, minha opinião sobre o livro foi muito boa, fiquei desejando mais contos, pois me agradei da leitura e desejo ter mais oportunidade de ler o autor, mas esse contos em particular não chegam a deixar o leitor assustado, mas trazem uma reflexão crua sobre a capacidade do ser humano ser cruel quando se deixa levar tão somente pelos seus instintos e/ou ganância.

*Esse livro foi cortesia da Editora Suma de Letras, para saber mais sobre o mesmo, clique AQUI.

Resenha: O Vilarejo - Raphael Montes

quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

Saudações Leitores!
Quando eu descobri que o livro Meu Nome é Memória tinha sido lançado no Brasil não pensei duas vezes e comprei junto com minhas amigas do Clube do Livro que faço parte, como todas nós somos fãs da autora Ann Brashares decidimos que essa seria nossa leitura do mês e agora vocês podem conferir minha opinião sobre o livro. Check out!


Meu Nome é Memória, Ann Brashares, Rio de Janeiro: Suma de Letras (Objetiva), 2014, 280 pág.
Traduzido por Lívia de Almeida

My name is memory foi publicado originalmente 2010, mas apenas este ano (2014) chega a versão brasileira: Meu Nome é Memória. Escrito pela americana Ann Brashares, escritora best-seller da série Quatro Amigas e um Jeans Viajante e do livro Nosso Último Verão.
Sou suspeita para falar de Ann Brashares, pois tive uma experiência incomparável quando li Nosso Último Verão e como dizem: a primeira impressão deixa marcas profundas, então eu leria qualquer coisa que a autora escrevesse, portanto, ao saber do lançamento deste livro, não titubeei ao comprá-lo e lê-lo.
Para minha surpresa e desespero a narrativa começa arrastada e minuciosa ao excesso – a autora quis explicar demais (o que é bom, mas às vezes se torna cansativo e enfadonho), entretanto depois de passadas 125 páginas, mais ou menos, a narrativa fica maravilhosa e não tive mais vontade de soltar o exemplar, novamente Ann Brashares me encantou com mais um de seus livros.

"Vivi mais de mil anos. Morri incontáveis vezes. Esqueço o número exato. Minha memória é uma coisa extraordinária, mas não é perfeita. Sou humano." (p.09)

Meu Nome é Memória conta a história de Daniel, que é um personagem peculiar, pois ele já teve muitas vidas e sempre guarda em sua memória todas as lembranças de suas vidas passadas. A primeira vida de quem tem memória foi a que viveu no ano de 541 na África, desde então quando morre, volta a vida, cresce, recorda-se de suas vidas passadas e escolhe sempre o mesmo nome: Daniel.
Em sua primeira vida ele tem o destino cruzado de uma forma trágica com uma garota desconhecida e que se torna seu grande amor, mas ele só vem a encontrá-la muitas vidas depois com o nome de Sophia, esposa de seu irmão Joaquim. A tragédia não poderia ser pior nesta vida também. Dessa forma, Ann Brashares, vai contando as vidas de Daniel e todas as vezes que ele teve a sorte de encontrar-se com seu grande amor e os motivos da ira que o irmão de Daniel, Joaquim, vai guardando e se transformando em algo tenebroso.

"Desde que comecei a compreender a minha memória, penso nos meus atos de uma forma diferente. Sei que o sofrimento não se encerra com a morte. Isso vale para todos nós, quer nos lembremos disso ou não. Na época, eu não sabia disso. Talvez ajude a explicar porque fiz o que fiz, mas não atenua." (p.30)

Daniel, em uma de suas vidas conhece Bem, que lhe conta e lhe fala sobre o poder de suas memórias – dom ou maldição? – de fato os anos vão passando e a história das aventuras e desventuras de Daniel vão parar no ano de 2004 quando ele volta a encontrar o amor de sua vida na pele de Lucy, no entanto, ele a assusta ao tentar explicar suas ligações através do tempo e ela foge.
Lucy sempre se sentiu obcecada por Daniel e nunca soube explicar essa obsessão até ter umas visões – que na realidade eram lembranças de sua vida passada como Constance – e passa a buscar por Daniel, só que se encontra com Joaquim que se passa por Daniel dizendo que teve que mudar de corpo, assim, o pior acontece, porque Joaquim está em busca de vingança e sofrimento. O que Daniel pode fazer? Ele tentará fazer algo, não esperou diversas vidas para ver sua amada sofrer novamente, então em 2009 os dois se reencontram. Algo decisivo está para acontecer e mudar toda a história.

"As pessoas às vezes falam sobre o poder das primeiras impressões e, acredite, existe verdade nisso. A trilha da vida pode mudar de um instante para outro. Não só a trilha da vida, mas a trilha de todas as nossas vidas, a trilha da nossa alma. Quer você se lembre ou não. Isso faz a gente querer pensar duas vezes antes de agir." (p.56)

Se não fosse o fato do começo do livro ter sido tão arrastado e maçante, cheio de informações desnecessárias – ainda acho que a escritora tentou explicar muitas vidas e poderia ter só contado as mais importantes. Objetividade às vezes é bom – Meu Nome é Memória teria sido um livro ótimo, mas mesmo com os pontos negativos admito que é um livro fabuloso e que o final é surpreendente demais, fantástico e de tirar o fôlego, na verdade, nos deixa mil possibilidades. Preciso de uma continuação urgente! Ai meu Deus, não sei se esse livro terá continuação, mas já li na web [fontes não confiáveis] de que esse livro faria parte de uma série, será? Acho bem provável.

"O amor exige tudo, pelo que dizem. Mas meu amor exige apenas uma coisa: que, não importa o que aconteça ou o quanto demore, você continue a acreditar em mim, que você se lembre de quem somos e que você nunca se desespere." (p.278)

Acredito que Meu Nome é Memória é uma história de amor linda e encantadora que atravessa tempos e tem os mais variados planos de fundo: Inglaterra, Antioquia, Congo Belga, Constantinopla, Georgia, México, enfim, todos os apaixonados por um romance encantador e surreal poderão se encantar com este livro, além do mais Ann Brashares escreve muito bem, sempre considero uma proeza pegar um livro realmente bem escrito, ou seja, não é só o enredo que é bom, mas a escrita é boa e coerente, no entanto, tentem superar as primeiras 125 páginas, prometo que depois disso tudo fica bem melhor!


Resenha: Meu Nome é Memória - Ann Brashares

quarta-feira, 15 de outubro de 2014

Saudações Leitores!
Depois de mais de um mês - quase dois - enrolada nessa leitura trago a resenha para vocês, lembro-me que logo que os livros foram lançados aqui no Brasil eu desejei bastante lê-los, em parte porque li muitas resenhas positivas dele, mas infelizmente achei-o maçante, portanto, se você leu A Sombra do Vento e gostou, que ótimo e por favor, não me condene, todo mundo tem sentimentos diferentes acerca de determinados livros: é normal. E se você está perguntando o motivo de eu ter insistido e terminado a leitura, bem, a resposta é simples: era a leitura do Clube do Livro Floreios & Borrões - do qual faço parte -  e a história é bacana, mas... enfim, se quer saber mais sobre os detalhes, leia a resenha:


A Sombra do Vento, Carlos Ruiz Zafón, Rio de Janeiro: Suma de Letras (Objetiva), 2007, 400 pág.
Traduzido por Marcia Ribas

La Sombra Del Viento (2001) ou A Sombra do Vento é o primeiro livro da trilogia O Cemitério dos Livros Esquecidos, escrita por Carlos Ruiz Zafón, este livro antecede O Jogo do Anjo e O Prisioneiro do Céu, entretanto os três livros podem ser lido de forma aleatória, isto é, não necessita ser lido na sequência que mencionei. Zafón é um escritor espanhol bastante conhecido e premiado.
O que falar de A Sombra do Vento? Após tantas resenhas superpositivas é claro que desejei ler este livro com todas as minhas forças, não obstante, ele não foi absolutamente nada do que eu esperava. Passei mais de um mês para ler 400 páginas e isso é um absurdo, porque sou uma leitora voraz e, de acordo com meu vício é possível ler essa mesma quantidade de páginas em um ou dois dias, mas isso não aconteceu com este livro.
A Sombra do Vento traz a história de Daniel Sempere, na Barcelona de 1945, que logo após ser levado por seu pai ao Cemitério dos Livros Esquecidos e descobrir um exemplar de A Sombra do Vento, de Julián Carax, intriga-se com o exemplar e sua história misteriosa, além disso, todos os livros de Carax, segundo Daniel descobriu, foram ou eram comprados e queimados. Alguém estava determinado a apagar o nome de Carax da história, fazer com que seu autor fosse morbidamente esquecido.
O desenrolar da história é lento e isso pode ser notado pelo fato de Daniel ter conhecido o livro em 1945 e só vir a descobrir os mistérios em torno do escritor, Julián Carax, apenas em 1955. De pré-adolescente Daniel passa para adulto na saga das investigações e colhendo todas as informações possíveis, nesse ínterim Daniel encontra aliados para o auxiliarem na investigação. Durante a narrativa acontecem muitas coisas – de maneira lenta e paulatina – e muitos perigos, vingança, amor e ódio fazem parte da história de Julián Carax e, sobretudo, de Daniel Sempere, ambos tem muito em comum. O fato de Daniel buscar o autor Carax e o fato de Carax ter se personificado em seu próprio livro e suas histórias mirabolantes e góticas, fazem com que a narrativa esteja constantemente sob um manto sombrio e misterioso, sem dúvida, A Sombra do Vento, é um livro cheio de mistérios e dramas.
Contudo, no meu ponto de vista, apesar de não desmerecer a história, porque lá pela página 300 ela começa a se desenrolar, porque até a 299 era um emaranhado e uma enorme enrolação, o pior foi a narrativa lenta, minuciosa e arrastada de Zafón; por várias vezes eu pensei em abandonar a leitura, mas não o fiz por conta do mistério que me deixou muito curiosa, eu precisava saber o que diabos tinha acontecido com Carax e o que iria acontecer com Daniel, no fim, o desenrolar foi surpreendente e convincente, pra falar a verdade, eu já até suspeitava de acordo com as ‘dicas’ que Zafón foi deixando durante a história.
Não ouso dizer que não lerei mais Zafón, porque ainda tenho vontade, apesar da narrativa cansativa o autor escreve bem e elaborou uma boa história, apenas eu não consegui ser cativada por ela e isso me entristece: meu primeiro contato com o autor me deixou um pouco apavorada, vai levar um tempo para eu ter vontade de voltar a ler Carlos Ruiz Zafón novamente, mesmo eu já tendo em mãos os outros dois livros dessa trilogia.

Camila Márcia

Quotes 

"Cada livro, cada volume que você vê, tem alma. A alma de quem o escreveu, e a alma dos que o leram, que viveram e sonharam com ele. Cada vez que um livro troca de mãos, cada vez que alguém passa os olhos pelas suas páginas, seu espírito cresce e a pessoa se fortalece.
Na loja, nós os vendemos e compramos, mas na verdade os livros não têm dono. Cada livro que você vê aqui foi o melhor amigo de um homem." (p.9)

"[...] poucas coisas marcam tanto um leitor como o primeiro livro que realmente abre caminho ao seu coração. As primeiras imagens, o eco dessas palavras que pensamos ter deixado para trás, nos acompanham por toda a vida e esculpem um palácio em nossa memória ao qual mais cedo ou mais tarde - não importa os livros que leiamos, os mundos que descubramos, o quanto aprendamos ou nos esqueçamos - iremos retornar." (p.11)

"Nunca uma história me seduziu e me envolveu tanto como aquela que narrava o livro [...] Até então para mim as leituras eram uma obrigação, uma espécie de multa a pagar a professores e tutores sem se saber muito bem para quê. Eu não conhecia o prazer de ler, de explorar portas que se abrem na nossa alma, de abandonar-se à imaginação, à beleza e ao mistério da ficção e da linguagem. Tudo isso para mim começou com aquele livro." (p.26)

Resenha: A Sombra do Vento - Carlos Ruiz Zafón

domingo, 17 de agosto de 2014

Saudações Leitores!
Quando, no clube do livro, houve a votação para o livro do mês e a maioria dos votos foi para o livro Sob a Redoma, fiquei feliz, pois já queria lê-lo, mas também fiquei receosa por conta do preço: e se eu o comprasse e ele não fosse bom? Mas durante e após a leitura comprovei que meus receios não tinham fundamento e, cada centavo investido na compra desse livro, valeu a pena. Saiba mais sobre minha primeira experiência em ler Stephen King:

Sob A Redoma, Stephen King, Rio de Janeiro: Suma de Letras (Objetiva), 2012, 960 pág.
Traduzido por Maria Beatriz de Medina


Under the dome (título original) foi publicado em 2009, pelo escritor americano Stephen King, que descarta qualquer apresentação, mas para quem não o conhece ele tem fama de ser o maior escritor de horror fantástico e ficção de sua geração. Stephen King tem vários livros de ficção, não ficção, contos e séries publicadas (destaque para a série A Torre Negra). Além disso, várias de suas obras já foram adaptadas para o cinema ou se tornaram séries e minisséries. Inclusive, em 2013, o livro Sob a Redoma tornou-se uma série com o mesmo nome.
Sob a Redoma foi a experiência mais fantástica que já vivi nos últimos tempos, para ser mais clara, Stephen King, teve o poder de me transportar para a cidade de Chester’s Mill. Definitivamente, através da narrativa de King, conseguimos viver o que os personagens vivem.
O enredo em si é extremamente fabuloso e muito complicado de tentar colocar em palavras: misteriosamente a cidade de Chester’s Mill é envolta com muros invisíveis, chamado de Redoma, não se sabe o motivo, mas é perceptível – ao longo da semana – as terríveis consequências da redoma. Além da redoma, que é uma verdadeira catástrofe, há pessoas em Mill que se aproveitam da situação para manipularem a população. Acidentes verdadeiros, acidentes forjados, mentiras, acusações e um poder político e religioso despótico tomam conta da cidade. A população se torna marionete e, indefesa, tenta se apegar a algo palpável, mas que nem sempre é verdadeiro. Resultado: escassez de mantimentos, energia, catástrofes, assassinatos, mal uso do poder, drogas, tudo isso leva Chester’s Mill ao caos, que irá culminar num final de tirar o fôlego, literalmente.
Os personagens são complexos e bem estruturados, são tão reais e cheios de conflitos como qualquer pessoa. Temos o mocinho Dale Barbara que traz toda uma complexa história do passado. Temos Julia Shumway a jornalista que também tem um passado bem interessante, mas que principalmente quer ajudar Mill enxergar as verdades por traz do poder político. Ainda temos dois personagens intrigantes em excesso: Jim Rennie, segundo vereador local, e Junior, filho do vereador; acredito que estes dois personagens são muito peculiares e psicologicamente perturbados.
Sob a Redoma, faz uma crítica muito grande a sociedade capitalista de hoje, a ambição pelo poder e consequentemente dinheiro, critica fervorosamente o fanatismo religioso e ao próprio ser humano: o que ele é capaz ou não de fazer na hora de uma verdadeira calamidade. Stephen King mostra em Sob a Redoma o melhor e o pior do ser humano, o melhor e o pior da sociedade. Mostra a humanidade com uma propensão para ações desumanas.
Após a leitura desse livro, que foi minha primeira experiência com Stephen King, só tenho a dizer que me despertou o interesse de conhecer outros livros do autor, pois sua forma de escrever é fabulosa, suas descrições são fascinantes e tão concretas que nos sentimos dentro do livro. 
Para finalizar, Sob a Redoma, para quem tem dúvida, não se trata de uma história de terror, apesar de muita coisa ruim acontecer durante a narrativa, mas é um livro de muita ficção e envolve o leitor desde a primeira página à última. Depois de concluir essa magnífica leitura só me fica o desejo de tentar fazer com que muitas outras pessoas leiam esse livro: Sob a Redoma é um livro necessário a todo amante de literatura. Vocês precisam ler!

Camila Márcia

Resenha: Sob a Redoma - Stephen King

segunda-feira, 10 de março de 2014

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