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Saudações Leitores!
Já faz um tempinho que li A Formatura* mas por um descuido, ou melhor, falta de tempo somente agora estou postando a resenha, não escondo de ninguém que essa é uma das minhas trilogias favoritas e teve um bom desfecho e na minha resenha eu falo um pouco mais sobre o que achei, entretanto, se você não leu os demais livros (O Teste e Estudo Independente) alerto que a resenha abaixo TEM SPOILLER, vamos combinar, é quase impossível não soltar um spoiller ou dois dos livros que antecederam este. Espero que gostem


A Formatura, Joelle Charbonneau, São Paulo: Única Editora, 2014, 320 pág.
Tradução de Elisa Nazarian

Graduation Day ou no Brasil: A Formatura, é o terceiro e último livro da trilogia O Teste (O Teste e Estudo Independente), escrita por Joelle Charbonneau que fechou com chave de ouro sua trilogia, não foi um final completamente perfeito, mas pelo andar da carruagem era o final mais esperado e o mais coerente.
Novamente estamos diante de Cia que irá narrar a história do ponto em que parou em Estudo Independente, entretanto neste último volume ela estará cada vez mais incerta em quem confiar e o que realmente ela é capaz de fazer. Seus valores são colocados em xeque, seus sentimentos se intensificam e seus medos se tornam ainda maiores.

"Meus pais me educaram para acreditar nos meus conterrâneos e na Comunidade Unida para consertar as coisas. Fico imaginando o que diriam se soubessem que me disseram que, para consertar o país pelo qual eles deram duro, eu agora tenho de, deliberadamente, tirar vidas."  (p.49)

Acredito que A Formatura teve um desenvolvimento incrível e detalhista, pudemos ver a transformação psicológica de Cia, Tomas, Raffe, Stacia e Zeen, mas nesse ínterim, a autora também soube nos confundir e nos fazer suspeitar de cada um dos personagens, medo deles estarem agindo como 'Cavalos de Troia' e a qualquer momento destruírem todo o complô rebelde.
O que fica claro desde o início é que Cia almeja fazer com que Os testes acabem, pois enquanto eles existirem e existirem os redirecionamentos, nunca poderá ter uma evolução. O teste vão contra tudo o que Cia acreditava e ela não quer que eles continuem.

"Pensava que soubesse o que significava liderança, e o que enfrentaria se fosse selecionada para o Teste. As cinco cicatrizes em relevo me lembram de quanto fui longe e de quanto mudei. Porque não é apenas o exterior que ficou marcado. Onde minhas crenças eram, um dia, preto no branco, agora vejo tons de cinza."(p.76)

Uma aliança inesperada e de certo modo esperada (devido aos acontecimentos de Estudo Independente) entre Cia e a presidente Collindar faz com que muitas revelações sejam feitas e ainda mais: irá mudar Cia irreversivelmente. Cia mesmo mudando, não consegue deixar de se preocupar com seus amigos e seus familiares.
A Formatura foi uma leitura muito esperada, realmente estava ansiosa por esse livro e ele correspondeu as minhas expectativas de uma certa forma, só tenho uma coisa que não gostei mas não foi questão de fatos, foi mais questão de desenvolvimento, achei que Joelle Charbonneau passou muito tempo nas preliminares e tentou ao máximo explicar todos os acontecimentos e fios soltos e até mostrar as mudanças de personalidade dos personagens, mas quando enfim chegou a hora da ação foi muito rápido e corrido, em poucas páginas tem-se a conclusão. 

"Gostaria de poder voltar para quem eu era, mas estou diferente. Esta é minha casa, mas já não pertenço a este lugar."(p.317) 

Não estou reclamando do final rápido, mas acho que poderia ter sido mais sanguinolento, com mais ação, entretanto gostei da forma rápida que aconteceu e, principalmente o fato de que todos os personagens saíram transformados, mas achei que faltou uma explicação maior sobre o que a população achou dos 'atentados' porque não foi algo sutil e a população não merecia mais continuar sendo enganada. No entanto, na vida real nem todos conhecem toda a verdade.
No geral, a trilogia O Teste é ótima e incrivelmente bem escrita e estruturada, os três livros tem uma razão de ser e cada um deles tem um detalhe a mais, o que é muito importante porque conseguimos ver o objetivo de cada livro e que eles não são uma tentativa de fazer mais volumes, fica claro que desde o primeiro livro haveria uma evolução paulatina e uma conclusão maravilhosa como aconteceu em A Formatura, sobretudo com a imensidade de significado da última frase do livro (uma frase de efeito). Que o poder não corrompa Cia.
Para concluir, ainda quero salientar que gostaria muito que essa trilogia tivesse um maior destaque, já indiquei para todas as minhas amigas que amam distopias e convido você, leitor, a conhecer esse universo também.


*Este livro foi cortesia da Única Editora, para saber mais sobre ele clique AQUI.

Resenha: A Formatura (O Teste, Vol. 3) - Joelle Charbonneau

quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

Saudações Leitores!
Eu realmente, realmente - realmente, mesmo - estava esperando a publicação de Estudo Independente* no Brasil, não tinha como não desejá-lo após a leitura de O Teste e, claro, agarrei a oportunidade de lê-lo com unhas e dentes. Além do que escrevi na resenha preciso dizer apenas mais uma coisa: O próximo livro, por favor!


Estudo Independente, Joelle Charbonneau, São Paulo: Única Editora, 2014, 220 pág.
Traduzido por Elisa Nazarian

Estudo Independente do original Independent Study é o segundo livro da trilogia O Teste cujo primeiro livro é O Teste, escrita pela americana Joelle Charbonneau, que foi considerada uma das mais importantes descobertas de 2013. A trilogia O Teste teve os direitos de adaptação cinematográfica adquiridos pela Paramount. E, cá entre nós: sinto-me esperançosa pelos filmes.
Sou um pouco suspeita para falar de distopias, aparentemente é difícil me deparar com alguma que eu realmente não goste [como Starters]. Pra quem já leu minha resenha de O Teste deve ter se dado conta do quanto eu amei o livro [apesar dele ser muito parecido com Jogos Vorazes] e deixei tão claro como o dia o quanto estava ansiosa pela continuação, por tanto, não pestanejei quando consegui ter Estudo Independente entre minhas mãos.
A narrativa segue o modelo do primeiro livro, embora eu tenha achado esse livro um pouco cansativo, reconheço que ele foi esclarecedor sob diversas perspectivas, o que me deixou fascinada com o brilhantismo da autora. Em Estudo Independente temos grandes diferenças entre outras distopias que já li, enquanto o primeiro livro foi tudo um clichê, neste segundo volume houve surpresas louváveis.

Neste volume, que parte exatamente de onde terminou o anterior, ficamos por dentro de mais testes que são incrivelmente maquiados como provas e intitulados de "iniciação à vida dos universitários" [como as pegadinhas que fazem com os calouros no primeiro dia da faculdade], nesses testes cada pessoa que passou n'O Teste será direcionada para uma área: biologia, medicina, mecânica, governo, etc.. Cia, a personagem que acompanhamos, e aprendemos a amar, quer estudar mecânica, mas infelizmente os 'gerentes' da faculdade decidem que ela tem habilidade para cursar Governo.


"_Acho que não existe ninguém em quem eu confiaria mais para dirigir nosso país. O governo nem sempre é consistente, nem sempre é justo. No entanto, deveria ser. Confio em você para tentar fazer com que o nosso seja as duas coisas." (p.27)

Basicamente todos os que começaram em O Teste acabam tomando rumos diversos e alguns não conseguem seguir rumo algum a não ser o Redirecionamento – não se engane: ser redirecionado é o mesmo que dizer que a pessoa será assassinada por não corresponder as expectativas. O motivo disso é explicado no livro, mas não deixa de ser algo absurdo, abusivo e assustador.


"_Você sabe como fico desapontado cada vez que um estudante que promete é redirecionado, mas não tenho outra opção. A revitalização exige harmonia. Não se pode permitir que estudantes com o potencial de Obidiah trabalhem fora da estrutura da Comunidade. As pessoas poderiam começar a se voltar para ele em busca de liderança, em vez de seguir o curso que nossos líderes atuais nos apresentaram. Esse tipo de desarmonia minaria tudo o que fizemos nos últimos cem anos." (p.35)

O romance de Tomas e Cia segue firme, mas não forte: há muitos segredos e mentiras envolvidas. Cia começa a descobrir coisas assustadoras sobre o regime político em que toda a sociedade de Tosu City e das Colônias vivem: o poder de alguns gera a corrupção e a tirania. Nesse ínterim, Cia não sabe em quem confiar e, apesar de saber superficialmente o terror que aconteceu no teste e ter pesadelos que lhe esclarecem muitas coisas ocorridas, acaba descobrindo, através do soldado Michael que há duas facções rebeldes que estão determinadas a mudar o governo. Cia decide que quer ajudar a facção que quer agir pacificamente, mas tudo tem uma reviravolta surpreendente. O desfecho do livro não poderia ter sido mais brilhante!
A forma como Joelle Charbonneau conseguiu idealizar e jogar com o leitor que mesmo descrente acabava tentando escolher um lado, a forma como confunde a todos acerca de quem e no que confiar foi fantástica,  nem preciso comentar o fato da escolha do lado rebelde ser determinante e tão crucial e cruel quanto o terror vivido em O Teste. De fato, ninguém está seguro, não se pode confiar em ninguém.


"A história mostra que é preciso apenas uma centelha para dar início a um fogo que não pode ser facilmente controlado. Os Sete Estágios da Guerra tiveram início com a indignação de um líder." (p.239)

Outro ponto fabuloso em Estudo Independente é a maior presença do doutor Barnes e da professora Holt que são vilões fabulosos e que me arrepiavam só na menção de seus nomes, sem contar no vilão que assustadoramente me chocou ao aparecer no final [vai chocar a todos, acredite nisso!]
Ok, ok, preciso dizer que amei Estudo Independente, mas também, realmente, achei a narrativa mais lenta e com menos aventura, mas isso não importa porque, até agora, esse livro explicou coisas que tinham passado 'batido' no primeiro livro e deu um gancho tão impressionante para a continuação que me vejo receosa – isso mesmo: estou com medo – do próximo livro não corresponder as minhas expectativas. Ai, meu Deus, tem tudo para ser fan-tás-ti-co!
Veja bem: quando o primeiro livro de uma trilogia é bom você fica com vontade de ler o próximo, quando o próximo segue com as explicações altamente necessárias e tem uma revelação incrível você anseia loucamente pelo desfecho da trilogia e seria uma judiação se ela não correspondesse as expectativas.
Calma, não estou dizendo que deva ser um final perfeito e agradar a todo mundo [isso é impossível], mas deve ser coerente com a situação calamitosa que é viver sobre um mundo cujos valores e ideologias são distorcidos e maquiados, um mundo em que não se pode confiar nas palavras, nos sentimentos e nem no que os olhos veem.
Se você gosta de distopias, mas não conhece a trilogia O Teste, pelo amor de Deus, precisam conhecer! Vamos lá gente, não me deixem sofrendo sozinha. Leiam e corram para compartilhar comigo, estou agoniada por não ter com quem desabafar! 


* Este livro foi cortesia da Única Editora, para saber mais sobre ele clique AQUI.

Resenha: Estudo Independente (O Teste, Vol. 2) - Joelle Charbonneau

segunda-feira, 15 de setembro de 2014

Saudações Leitores!
Ok, sou fã de distopias e esta me pegou de jeito O Teste* é uma distopia incrivelmente viciante, vou apontar alguns detalhes na resenha e espero que gostem, claro, se tiverem a oportunidade de ler este livro não a deixem passar, enfim, nem preciso dizer o quanto estou ansiosa pela continuação. PRE-CI-SO-!

O Teste, Joelle Charbonneau, São Paulo: Única Editora, 2014, 320 pág.
Traduzido por Santiago Nazarian


The Testing (2013) no Brasil O Teste, trata-se de uma trilogia escrita por Joelle Charbonneau. O Teste entrou para a lista de best-sellers dos Estados Unidos e os direitos dos livros foram adquiridos para o cinema pela Paramount. Os próximos livros são: Independent Study (já publicado nos EUA) e Graduation Day (lançamento previsto no EUA em 17 de junho 2014). A trilogia também tem um volume 0.5: The Testing Guide (seria legal se a editora traduzisse para os brasileiros).
Essa é uma trilogia distópica narrada em primeira pessoa por Malencia Vale (ou Cia) de 16 anos que vive na Colônia Cinco Lagos. É dia de formatura e tudo o que Cia deseja é ser a escolhida para fazer O Teste, que se trata de um programa elaborado pela Comunidade das Nações Unificadas cujo objetivo é selecionar os melhores e mais inteligentes recém-formados para irem para a Universidade e se tornarem lideres além de ajudar inteiramente na reconstrução do mundo pós-guerra. Detalhe: cada Colônia pode ter um ou mais selecionados para O Teste, bem como nenhum – a Colônia Cinco Lagos há muito tempo não tinha nenhum selecionado para O Teste.
Por sorte, ou infelicidade, Cia e outros alunos de sua Colônia são selecionados para fazer o Teste. Quando o pai de Cia vê que a filha foi escolhida ele se enche de alegria, mas infelizmente – por já ter participado do Teste – ele desconfia que não seja algo simples e que suas memórias foram apagadas, mas que seu subconsciente não lhe deixa esquecer vários horrores que possivelmente viveu no Teste, por isso tantos sonhos horríveis sempre lhe acompanham.
Cia vai para o Teste em Tosu City (o centro de todas as colônias – Capital das Comunidades das Nações Unificadas) de sobreaviso e muito preocupada com a revelação de seu pai, desconfia que O Teste não seja apenas uma prova difícil, mas algo que teste sua resistência. Cia conta para um de seus companheiros da Colônia Cinco Lagos: Tomas e os dois acabam numa parceria e em um clima romântico, entretanto, quando seus limites são testados será que dá para confiar nas pessoas, mesmo que as conheça desde o berço? Na minha concepção, não sei se gostei de Tomas, achei ele tão frágil e tão sem noção, como se ele fosse um pobre coitado e a Cia tivesse que defendê-lo e cuidar dele o tempo todo. Faltou muita atitude e força para o Tomas. Não curti o envolvimento deles e também não consegui confiar nesse rapaz. #ProntoFalei
Essa é mais uma distopia que se tornou viciante para mim, não conseguia largar o livro e quando o largava ficava as voltas com a história na minha cabeça [nem preciso dizer que estou ansiosa pela continuação, não é?], como ainda não li a trilogia Divergente não posso comparar com ela, mas como já li a trilogia Jogos Vorazes só tenho a dizer que embora haja algumas mudanças, sobre tudo nos objetivos de testar a resistência dos alunos selecionados, há muita similaridade entre elas, uma delas é colocar várias pessoas num campo grande e fechado em que tudo é permitido para a sua sobrevivência.
O Teste é um livro cheio de tensão e terror, porque nos faz questionar se a nossa sociedade não caminha para uma situação tão fria e calculista como a que encontramos nestas páginas. Simplesmente acho que quem é fã de distopia e amou Jogos Vorazes tem 100% de chances de amar esse livro, entretanto, alerto que as semelhanças são bem grandes e isso também pode frustrar o leitor. Confesso que só não dei cinco estrelas porque não achei a história tão inédita, mas que, sem dúvida, foi inspirada em JV e como muitos dizem em Divergente.
Portanto, se você gosta de distopias ou se está numa vibe para lê-las é praticamente impossível soltar O Teste antes de virar a última página: narrativa cativante, personagens misteriosos e muita ação e mistérios para serem resolvidos. Um pequeno detalhe que não posso deixar de comentar antes de finalizar esta resenha é o trabalho gráfico da Única Editora, este livro ficou belíssimo e, na minha concepção, a capa ficou bem melhor do que original.

Camila Márcia
 


* Este livro é cortesia da Editora Única

Resenha: O Teste (Livro 1) - Joelle Charbonneau

segunda-feira, 2 de junho de 2014

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