Saudações Leitores!
Após ler Persépolis é claro que eu parti para a leitura de Bordados, comprei o exemplar pela internet e assim que ele chegou em minhas mãos devorei.
Bordados, Marjane Satrapi, São Paulo: Companhia das Letras (Quadrinhos
na Cia), 2010, 136 pág.
Traduzido por Paulo Werneck
Broderies (2003) no Brasil Bordados foi escrito por Marjane Satrapi nascida
no Teerã (Irã). Marjane é uma quadrinista muito conhecida por sua série de quadrinhos
intitulada Persépolis que, inclusive, é ganhadora de alguns prêmios.
Após a
leitura de Persépolis não hesitei em
comprar meu exemplar de Bordados e
posso dizer com toda a certeza do mundo: novamente me encantei com o trabalho
da Marjane e com o que encontrei nas páginas desse livro.
Trata-se
de uma Graphic Novel cujo título, Bordados, faz alusão a uma cirurgia de
reconstituição do hímen e também poderíamos associar ao trabalho de Marjane ao
traçar diálogos/conversas/fofocas (como se estivesse bordando o livro) até
chegar ao ponto a que se propôs abordar.
Aqui,
Marjane está na sala de chá de sua avó com sua mãe e várias outras amigas
quando começam um diálogo envolvendo o universo feminino, os tabus de sua
sociedade e os relacionamentos a que as mulheres estavam sujeitas ou se
sujeitavam.
Pode
parecer bem simples, mas Bordados
tem uma carga ideológica, social e cultural bem grande (tal como em Persépolis) e trata de tabus como a
sexualidade, homossexualidade, traição, virgindade, decisões, medos, casamentos
arranjados, filhos e sexo. São assuntos bem polêmicos para a época e o lugar
geográfico em que as "personagens" se encontravam, atrevo-me até a
dizer que era um assunto tabu em boa parte do mundo até algumas décadas atrás.
O que me
agradou bastante em Bordados foi a linguagem fácil e humorística, em diversos
momentos me pegava rindo dos assuntos e histórias que as personagens iranianas
falavam.
Sem sombra
de dúvida, índico esse livro, foi bem interessante ver que muitos dos assuntos
abordados são assuntos pertinentes e presentes em qualquer país, independente
da posição religiosa ou geográfica, o certo é que as mulheres estão cada vez
mais determinadas a escreverem sua própria história sem ter que seguir um padrão
de certo ou errado importo pelos outros ou opiniões sexistas.
Sendo um
pouco audaciosa atrevo-me a dizer que Marjane Satrapi cresceu com a mente
aberta e se torna um exemplo de feminista autêntica e proficiente, ou seja, ela
tem propriedade para sê-lo já que viveu numa sociedade e em um território tão
limitado e restrito no que se refere ao comportamento das mulheres.
Já li Persépolis e adorei.... claro que quero conferir Bordados... inclusive eu o vi numa livraria há um tempo atrás e só lamentei pq o tamanho dele é diferente do de Persépolis.
ResponderExcluirabraços.
Juhhhhh,
Excluircomo você deixou isso acontecer: após conhecer Persépolis e não ter corrido para conferir Bordados?
Menina, eu comprei urgentemente esse livro assim que terminei de ler Persépolis. É lindaaaaaaaaa.
xoxo
Mila F.