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Resenha As Brumas de Avalon: O Gamo-Rei (Livro 3) - Marion Zimmer Bradley

terça-feira, 12 de março de 2019

As Brumas de Avalon (Volume Único), Marion Zimmer Bradley, São Paulo: Planeta, 2017, 970 pág
Livro 3: O Gamo-Rei (pág 499-718),
Tradução: Marina Della Valle
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Saudações Leitores!
Não estou sabendo lidar com o fato de já ter lido o 3º tomo de As Brumas de Avalon (The mists Of Avalon) - intitulado O Gamo-Rei - e só faltar mais um livro para terminar esta série tão sensacional! Vale lembrar que, aqui no blog, tem resenha dos dois volumes anteriores:  A Senhora da Magia e A Grande Rainha. Também vou ter de alertá-los que esta resenha vai ter SPOILER, então se você a ler será por conta e risco seu.

Quando terminei o 2º tomo dessa série eu já percebia que a estória estava caminhando para uma situação inexplicável e beirando a alguma catástrofe, no entanto, eu jamais esperei ser tão surpreendida com os acontecimentos logo nas primeiras páginas de O Gamo-Rei. Foi "bomba" por cima de "bomba" e eu fiquei completamente chocada e sem chão. Falei todos os palavrões que conhecia durante toda a leitura, porque foi fenomenal! Todos os eventos, incluindo os mais chocantes e que mais me pegaram desprevenida foram extremamente incríveis e essenciais. É tão bom ler um livro bem escrito, bem construído e por personagens que tem um motivo de estarem ali.

"Apenas sangue real não faz um rei, mas sim a coragem, a sabedoria e a sagacidade. Eu lhe digo, Gwydion, que aquele que leva o dragão pode ser mais rei do que aquele que se senta em um trono, pois o trono pode ser conquistado pela força das armas, ou por astúcia, ou, como fez Lot, por ter nascido na cama certa e ter sido gerado pelo rei certo. Mas o Grande Dragão pode ser conquistado apenas pelos próprios esforços, não nesta vida apenas, mas nas que se passaram antes. E isto que ele conto aqui é um mistério."
Em O Gamo-Rei vamos nos deparar com várias visões dos livros anteriores acontecendo realmente e isso é bem alarmante, porque as visões nem sempre eram boas. Também é nesse volume que vamos dar adeus para alguns dos principais personagens, pois eles irão morrer, e alguns será de forma chocante e inesperada.

Toda a paz promovida pelas vitórias de Artur começam a ruir, não só por conta de nos depararmos com uma possível guerra que se delineia, mas consequência também da quebra de juramento do rei para com o povo de Avalon, que quer que ele cumpra esse juramento ou devolva a Escalibur.
"Um Grande Rei é um líder de batalha, não é dono da vida de seus súditos, nem mesmo de seus reis vassalos, como se fosse um daqueles tiranos do leste que pensam que o mundo e a vida de todos os homens e mulheres lhes pertencem."
Quanto as personagens principais da série, eles estão em constante mudança e isso é incrível, já que ninguém é imutável e, a tendência, é que, com o passar do tempo haja transformações. Aqui, Lancelote está cada vez mais atormentado por seu amor por Artur e Gwenhwyfar e ao fazer confissões à Morgana, esta toma a decisão de casá-lo com uma prima de Gwen, Elaine, para tal feito ela faz algumas manipulações e pede a Elaine algumas promessas.
Por conta desse casamento manipulado, Gwen, por puro despeito, faz com que Artur case Morgana com um rei idoso e já viúvo. É um golpe para Morgana que esperava um outro noivo, mas de certa forma é com esse casamento que ela volta a sua essência como Sacerdotisa de Avalon. E esse momento é muito, muito, muito, muito MARAVILHOSO. Ela volta a ser poderosa, um mulherão independente ao invés de ficar à sombra de Artur ou de seu marido idoso.
"Não posso ouvi-la amaldiçoar minha religião, Gwenhwyfar. Jamais amaldiçoei a sua, lembre-se disso. Deus é Deus, não importa como seja chamado, e é sempre bom. Acho que é pecado acreditar que Deus possa ser cruel ou vingativo, e você o torna mais malvado que o pior de seus padres."
Sério, eu já estava super chateada por Morgana ter se tornado tão passiva e envolta numa culpa e quase penitência. Falando nisso, devo comentar que é assim também que Artur fica em relação a Gwen e sua religiosidade exacerbada. Acaba sendo controlado completamente pela esposa e pelos Padres.

O Gamo-Rei foi, para mim, um misto de sentimento: por horas me via revoltada, sensibilizada, angustiada, raivosa e absolutamente triste, mas tinha hora que eu me enchia de esperança. Até o presente momento este se tornou o meu livro favorito da série.

Um ponto me mexeu muito com meus sentimento foram as atitudes do Merlin (Kevin), até o momento ainda não consigo entender porque ele foi tão passivo diante dos acontecimentos e isso até o final do livro me revoltou.
Sim, estou muito ansiosa pelo 4º tomo O Prisioneiro no Carvalho e, ao mesmo tempo, arrasada com os futuros acontecimentos que se delineiam, principalmente em relação ao filho de Artur e Morgana, não parece nada fácil o destino que o espera e o tamanho da responsabilidade que ele carrega em relação ao povo de Avalon. Sofri com os momentos de total melancolia do rapaz.
"Avalon está se afastando, morrendo; poucos vêm buscar os ensinamentos antigos, e não há ninguém para manter os rituais... Até que um dia não haverá absolutamente ninguém..."
Após todos os acontecimentos de O Gamo-Rei não sei o que esperar do último volume da série, no sentido restrito, porque no sentido geral sei que os acontecimentos serão devastadores, até porque algo que colocará em cheque o destino da Bretanha e de Avalon não pode ser algo pequeno.

Enfim, só quero que O Prisioneiro no Carvalho me surpreenda e seja tão bom quanto os volumes anteriores da série.

Para finalizar esta resenha quero dizer que lá no Canal estou fazendo um Diário de Leitura dessa série e vocês já podem conferir a Parte I  e a Parte II, logo em breve terá outros vídeos sobre essa experiência literária.

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