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Resenha: A Última Estrela - A 5ª Onda, vol.3 - Rick Yancey

segunda-feira, 18 de março de 2019

A 5ª Onda (vol.3): A Última Estrela, Rick Yancey, São Paulo: Editora Fundamento, 2016, 264 pág.
Tradução: E. Siegert & Cia
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Saudações Leitores!
Finalmente conclui a trilogia A 5ª Onda com o livro final: A Última Estrela (The 5th Wave - The Last Star) que iniciei a leitura tem alguns anos. Posso dizer que fechei um ciclo e isso é algo realmente bom, mas também me deparei com muitos pontos positivos e negativos dessa trilogia, principalmente neste último livro.

Aqui no blog tenho resenha dos dois primeiros volume: A 5ª Onda e O Mar Infinito, caso vocês queiram conferir também!
"Reduzir a população humana a um número sustentável, depois tirar a humanidade de dentro dela, visto que a confiança e a cooperação são ameaças reais para o delicado equilíbrio da natureza, os pecados inaceitáveis que impediram o mundo para a beira do penhasco. Os outros concluíram que a única forma de salvar o mundo era aniquilar a civilização. Não pelo exterior, mas do interior. A única forma de aniquilar a civilização humana era mudar a natureza humana."
Acredito que antes de falar sobre o que achei do livro, tenho de frisar que devido ao tempo que demorei para concluir a trilogia, acabei esquecendo muitos detalhes e tive que ler resenhas (com spoilers) e até mesmo ao filme para relembrar de alguns fatos, já que não queria reler aos dois volumes anteriores novamente, mas mesmo assim, acredito que a experiência de leitura não tenha sido prejudicada de maneira nenhuma.

Após a conclusão de O Mar Infinito, era mais do que necessário a continuação dessa trilogia, afinal muitas coisas foram jogadas no livro e seriam melhor explicadas nesse volume de conclusão. Então,era praticamente natural criar expectativas, no entanto, tentei me controlar e, creio, que esse controle autoinfligido foi positivo.
"É de enlouquecer a rapidez com que deslizamos para a anarquia depois que eles puxaram o fio da tomada. Como foi fácil semear confusão e medo e desconfiança. E como caímos depressa. Você diria que um inimigo comum nos teria obrigado a deixar de lado as diferenças e nos unir contra a ameaça cada vez mais intensa. Em vez disso, construímos barricadas. Estocamos comida e suprimentos e armas. Expulsamos o desconhecido, o forasteiro, a face não conhecida. Duas semanas após a invasão, e a civilização já estava com as fundações a baladas. Dois meses,b e ela desabou como um edifício implodido, caindo à medida que os corpos se empilhavam."
Sabemos que a situação dos sobreviventes humanos está cada vez pior e todos estão sendo perseguidos, além do mais há uma falha interna no conceito dos Outros e se chama Evan, que por ter adquirido sentimentos por Cassie, precisa ser "estudado" e corrigido. Especialista é melhorada com o 12º sistema pelo grande vilão Vosch para capturar Evan, mas a garota decide que deve matá-lo.
Em contrapartida a essa "missão" pessoal de Esp, os Outros planejam explodir as grandes cidades e acabar de vez com os sobreviventes. Neste ínterim, os demais personagens tentam se esconder e sobreviver, além de bolarem um plano para destruírem os Outros.
"O inimigo destruiu parte da cola fundamental que nos une, transformando cada estranho em um intolerável outro. Isso é engraçado, uma espécie de graça doentia: depois que os alienígenas chegaram, nós nos transformamos em alienígenas."
Indubitavelmente A Última Estrela é um livro cheio de ação, mas me deixou com uma sensação de que poderia ter sido melhor em vários aspectos. Fiquei bastante incomodada com o fato de Cassie estar tão insegura, tão imatura e CHATA nesse livro. Ben também está insuportável, o irmão de Cassie virou uma máquina e faz eu pensar: será que valeu a pena Cassie passar por tudo o que passou para salvá-lo? Evan está trancado em uma bolha que, não consigo descrever o quanto ele não parece se importar com ninguém mesmo amando Cassie.
Durante a leitura fiquei pensando se foi os personagens que mudaram tanto ou fui eu, como leitora, que mudei e não consegui mais me conectar com eles. Ainda não sei a resposta desta pergunta, porque, por outro lado eu amei alguns dos pensamentos, reflexões e ações destes mesmos personagens que acabei de criticar.

Amei todas as reflexões sobre coragem e admito que os personagens TODOS são corajosos e mesmos com suas inseguranças, são capazes de lutar por aquilo que acreditam e salvar aqueles que amam.
"Mentir é como matar: depois da primeira, cada uma que se segue fica mais fácil."
Vamos ter baixas em A Última Estrela? Sim, vamos, mas é até normal, não é? A situação em que o mundo estava não tinha como ter um final absolutamente feliz, portanto o final pessimista e as mortes que ocorreram eram esperada, não que já soubesse quem iria ou não iria morrer, mas já esperava algo do tipo.
De um modo bem geral, acredito que A Última Estrela teve seus pontos positivos e negativos, só para vocês terem uma ideia: eu amei o final, apesar de compreender que, provavelmente, nem todos vão se agradar da solução dada pelo autor, Rick Yancey.

Um dos pontos mais negativos que achei durante a leitura? A mudança do foco da narrativa: tinha horas que era narrado por Cassie, outras por Ben, outras por Evan, outras por Esp e em vários momentos me vi perdida sem saber quem estava "contando" o quê. Daí me obrigada a voltar as páginas para saber se ainda era tal personagem ou se já tinha mudado.
"Suportamos o insuportável. Toleramos o intolerável. Fazemos o que precisa ser feito até que nós mesmos nos desfaçamos."
Em alguns livros essas narração por pontos de vistas diferentes (personagens) é bem favorável, mas como aqui temos muitos personagens narradores, vez por outra o leitor pode acabar se perdendo. Enfim, se você já leu os dois primeiros livros da série, vale muito a pena concluí-la, já caso você tenha vontade de ler, tente refletir se: você gosta de ficção científica mais adulta ou jovem, porque essa é totalmente jovem e voltada para um quase triângulo-quarteto amoroso.

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