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Resenha: Razão e Sensibilidade - Jane Austen

quinta-feira, 5 de dezembro de 2019

Razão e Sensibilidade, Jane Austen, São Paulo: Martin Claret, 2012, 453 págs.
Tradução: Roberto Leal Ferreira
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Saudações Leitores!
Razão e Sensibilidade (Sense and Sensibility, 1811) escrito por Jane Austen, dispensa apresentações porque se trata de um romance clássico da literatura inglesa, acho que vale a pena mencionar que este é o segundo livro da escritora que leio, cujo primeiro foi Orgulho e Preconceito (que amei).

Fiquei bastante surpresa ao ler Razão e Sensibilidade, pois esperava um enredo e personagens tão incríveis como os que encontrei em Orgulho e Preconceito, porém, não foi bem isso que aconteceu aqui e mais, o ritmo desse livro também é bastante diferente do outro. Dupla surpresa, hein?!


Não é o tempo nem a oportunidade que determinam a intimidade, é só a disposição. Sete anos seriam insuficientes para algumas pessoas se conhecerem, e sete dias são mais que suficientes para outras.

Aqui iremos acompanhar a Sra. Dashwood e suas três filhas Elinor, Marianne e Margareth, que ficam praticamente desamparadas quando o Sr. Dashwood falece. No período de transição e de luto elas acabam indo morar com John Dashwood filho do primeiro casamento do falecido.
No entanto, a vida naquela casa não é tão fácil e a Sra. Dashwood e suas filhas se mudam para um chalé em Devonshire, onde conhecem John Middleton e sua família.

Ao contrário do que imaginavam ao se mudarem para Devonshire, elas acabam tendo uma vida bastante agitada e cheias de eventos sociais para irem, além disso terão que lidar com uma infinidade de novas pessoas, seus sentimentos em relação a elas e, a descoberta do amor e tudo de bom e ruim que pode advir dele.

Sabe muito bem que a minha opinião não teria nenhum peso para a senhorita, a menos que fosse a favor dos seus desejos.

O título da obra, Razão e Sensibilidade, não poderia ser mais conveniente, apesar de falar de algo praticamente comum em todos os personagens, essas características (de razão e de sensibilidade) são incrivelmente bem desenvolvidas nas personagens Elinor e Marianne, elas são completamente opostas: enquanto Elinor é racional (até demais) e melindrosa, Marianne é absolutamente sentimental e se joga de cabeça aos seus sentimentos, esquecendo de proteger seu coração da maldade humana.
Razão e Sensibilidade irá colocar um verdadeiro paradoxo entre Elinor e Marianne que terão que pesar essas características para viverem suas vidas com mais maturidade e até mesmo mais responsabilidade.

Odeio todos os lugares comuns com um subentendido picante, e "dar em cima de um homem" ou "fazer uma conquista" são os mais abomináveis de todos. Tendem à grosseria e à vulgaridade, esse a criação de tais expressões pôde alguma vez ser considerada inteligente, o tempo há muito destruiu toda essa engenhosidade.

Jane Austen, realmente, soube trabalhar tudo isso nesse romance e colocou muito a questão de conceitos de certo e errado presentes na época e todos os costumes sociais, além do mais é possível ver com grande categoria como todos os personagens vão evoluindo e amadurecendo de acordo com as circunstâncias, responsabilidades e convenções sociais.

Apesar de reconhecer que a obra tem características incríveis que nos levam a debates e reflexões, confesso que achei todo o livro bem arrastado e, nem o enredo, nem as personagens me empolgaram tanto.

... quando a mente não quer ser convencida, sempre encontra algo para inspirar-lhe dúvidas...

No entanto, acredito que houve fatores externos que prejudicaram muito a minha leitura, quando estava lendo esse livro realmente não tinha muito tempo para ler e quando pegava o volume era a noite, antes de dormir, já estava tão cansada que pegava no sono e no dia seguinte tinha que ler tudo de novo, ou seja, demorei bastante tempo para ler. Por outro lado, também fico pensando que se o livro tivesse realmente me envolvido eu teria superado o sono e lido mais rápido (será?).

Mas enfim, Razão e Sensibilidade, é uma boa obra e só em ser um clássico vale a pena conhecer, pois além dos costumes, experiências sociais da época nos deparamos com vários outros pontos dignos de nota e de serem estudados.


... por mais fascinante que seja a ideia de um único e constante amor e apesar de tudo o que se possa dizer sobre a felicidade de alguém depender completamente de uma pessoa determinada, as coisas não devem ser assim, nem é adequado ou possível que sejam.

2 comentários :

Muito obrigada pelo Comentário!!!!

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