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Eu, Você e a Garota que Vai Morrer (Filme)

terça-feira, 22 de setembro de 2020

Saudações Leitores!
É bizarro que, mesmo tendo lido Eu, Você a Garota que Vai Morrer há anos atrás já sabendo da adaptação, nunca me empolguei para assistir, afinal o livro não foi lá uma boa leitura e não consegui entender até hoje o motivo do hype.

Porém, entendo que, na época, o sic-lit estava super no auge e interpretei o livro como uma tentativa de tratar um tema tão pesado e sério de uma forma menos dramática (como nos outros livros) e trazer um certo humor para a trama, no entanto, essa perspectiva não funcionou para mim e pareceu tão de mau gosto que foi penoso finalizar o livro.

Mas, num domingo sem querer ler e sem vontade de assistir nada muito complexo, apertei o play nessa produção e vim compartilhar o que achei.

Eu, Você e a Garota que Vai Morrer
Titulo Original: Me and Earl and the Dying Girl
Gênero: Drama. Comédia.
Duração: 105 min.
Ano: 2015
País de Origem: Estados Unidos
Minha Avaliação: 
Sinopse: Greg (Thomas Mann) está levando o último ano do ensino médio o mais anonimamente possível, evitando interações sociais, enquanto, em segredo, está fazendo animados filmes bizarros com Earl (RJ Cyler), seu único amigo. Mas tanto o anonimato quanto a amizade dos dois é abalada quando a mãe de Greg o força a fazer amizade com uma colega de classe que tem leucemia.

APARENTEMENTE O FILME SAIU MELHOR QUE O LIVRO

Talvez porque fui com zero expectativas, mas a verdade é o que filme me pareceu melhor que o livro, ou talvez seja porque li o livro há anos atrás e eu tinha uma forma de interpretar diferente, mas a mais pura verdade é que o livro me frustrou e não me comoveu e tão pouco me fez rir.

Talvez pelo livro também ter sido escrito meio que no formato de um roteiro, deu a impressão de muitas quebras, algo meio sem pé nem cabeça e com pouca profundidade e emoção, mas o filme conseguiu superar essa barreira e até me prendeu bastante.


Não é que o filme tenha me emocionado. Não chegou a tanto. No entanto, consegui entender melhor um pouco a graça desse filme após compreender que Greg não estava, no fundo, sendo total insensível ao sofrimento e dor de Rachel, mas querendo animar a garota fazê-la sorrir enquanto enfrentava seu momento de maior dor e insegurança.

Só consegui ver essa perspectiva após assistir ao filme, porque no livro dá a impressão de que Greg só está sendo escroto, insensível e lembro que isso me dava muita raiva durante a leitura.

O TRABALHO COM A CÂMERA FEZ MILAGRE COM O ENREDO

Outro ponto que favoreceu esse filme (que nada mais é do que o filme feito por Greg e Earl para Rachel) é que a narração de Greg, os efeitos, enquadramento, fotografia e momentos singelos e reais, como conversas nada a ver com momentos de reflexão, ou momentos de profundo silêncio e com gestos como um abraço e um olhar fizeram mágica com esse filme.

Parece que tudo colidiu para que o filme funcionasse muito melhor que o livro e, se eu tivesse que indicar um ou outro, não pensaria duas vezes em indicar o filme.


Claro que outro ponto que não posso deixar de mencionar foi a escolha dos atores e suas respectivas atuações. Não conhecia nenhum deles (ou se conheço, realmente não lembro), mas até que gostei bastante de ver suas interações, diálogos e a química que tinham nas cenas, pois parecia não ser atuação, mas algo real.

Quando atores conseguem encarnar um personagem, fazê-los se tornarem reais e passar a impressão de realidade para o telespectador é como se fosse uma mágica, é como se estivéssemos passando pela rua e vendo realmente um grupo de amigos interagir sem a preocupação de convencer ninguém ou chamar atenção de ninguém... sendo eles mesmos.

ISSO MESMO, O FILME ME GANHOU

Sim! Prefiro mil vezes ao filme do que o livro e este é um dos raros casos que isto acontece, mas para mim o filme consegue passar melhor as emoções e intencionalidades, o que no livro não funcionou bem (provavelmente por conta do estilo da narrativa/roteiro), até porque o escritor é roteirista, então ele claramente manda muito melhor escrevendo roteiros para filmes, né?

Por outro lado, não estou dizendo que o livro é horrível, só me frustrou porque esperava outra coisa, talvez quem o ler sem muitas expectativas pode ser que tenha outra impressão. Porém, para mim foi exageradamente insensível.


Também não estou dizendo que o filme é PERFEITO e SEM DEFEITOS, o filme também tem seus problemas, porque em alguns momentos quer ser engraçado demais, porém nem sempre o é, mas o que eu mais gostei é que conseguiu mostrar a parte mais emotiva dos personagens que no livro não ficou visível, no livro os personagens pareciam debochados demais, no filme, mostrou um esforço para ajudarem a amiga, para anima-la, mesmo que eles estivessem sofrendo junto com ela.

Contudo, mesmo preferindo o filme, devo alertar que quem espera um bom drama ou um filme que emocione, não vai encontrar totalmente em Eu, Você e a Garota que Vai Morrer, aqui a intenção é quebrar o padrão desse tipo de filme e ser mais engraçado do que dramático.

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