A Outra é um livro fenomenal e consegue manter a tensão do início ao fim!
Saudações Leitores!
Há alguns anos atrás (lá em 2016) li um livro da escritora norte-americana Mary Kubica e fiquei bem impressionada (o livro que li foi A Garota Perfeita), então, ao longo dos anos adquiri outros livros dela, mas por pura negligência ainda não tinha lido mais nada. Tudo tem seu tempo, não é mesmo? Acabei lendo o livro A Outra pela audible e já quero o volume físico (porque quero reler algum dia), a propósito os direitos para a adaptação do livro tinham sido comprados pela Netflix, mas não encontrei informações se ele foi produzido ou ainda não.
De antemão já quero dizer que A Outra é um thriller psicológico que deixa o leitor investido na narrativa do começo ao fim e, atrevo-me a dizer que se você tiver tempo para ler, é capaz de você lê-lo em um dia, pois é praticamente impossível largá-lo e outra: é possível que você vá por uma linha de raciocínio e o enredo se mostre totalmente diferente do que você supôs! Eu amo quando isso acontece: adoro ser enganada pela história!
Vamos acompanhar A Outra através de diversas perspectivas (narradores) diferentes, mas todas elas conseguem manter o suspense eletrizante e não entregam de cara o que está acontecendo - pelo menos, não consegui descobrir até quase no finalzinho quando comecei a suspeitar de algo do gênero, mas ainda assim foi bem diferente da minha linha de raciocínio.
Dito isso, vamos agora saber mais sobre o enrede e sobre esses personagens narradores. A perspectiva de maior dominância é Sadie, uma mulher que acaba de se mudar com seu marido e seus dois filhos para uma pacata ilha do Maine. O casal se mudou para "cuidar" da sobrinha de Will (marido de Sadie), cuja mãe cometeu suicídio, deixando a menina órfã. Porém o que parecia ser um "recomeço" para a família (vamos fazer algumas descobertas a respeito disso ao longo da narrativa), acaba virando um pesadelo, pois o assassinato da vizinha de Sadie e uma teia de outros acontecimentos bizarros, dentro e fora de casa, vão tornar a vida de Sadie e sua família um verdadeiro "inferno".
Entremeado a narrativa de Sadie temos o segundo ponto de vista: o de Camille, a ex-amante de Will que aparentemente é obcecada pelo amante, apesar de já terem terminado a relação. Outro ponto de vista que também acompanhamos é de uma menina, uma criança, porém este é o ponto de vista mais estranho e que não temos muitas informações a respeito e que por boa parte da história eu ficava me questionando o motivo desse ponto de vista aparecer. Mais para o final do livro também teremos alguns capítulos narrados pela perspectiva de Will.
Ao longo do enredo iremos acompanhar cada um dos personagens, suas peculiaridades ao passo que também iremos acompanhar os motivos de Will e Sadie terem se mudado, o que aconteceu no assassinato da vizinha e dos muitos outros detalhes na história.
Ao finalizar o volume só consigo pensar o quanto A Outra é um livro fenomenal e consegue manter a tensão do início ao fim, como a autora consegue nos passar sensações, medo, ansiedade com suas palavras, fazendo-nos entrar em todo o jogo psicológico encontrado em A Outra. É impressionante como vamos criando teorias, tentando preencher as lacunas da história, tentando fazer suposições sobre os personagens e acontecimentos e o melhor: suspeitando de tudo e todos!
Sabe o que é engraçado? É que mesmo diante de todo o meu trabalho intelectual de tentar resolver o mistério envolvendo Camille, Sadie, Will e sua família, o plot twist foi uma baita reviravolta que me pegou inesperadamente, apesar de não ser um plot inédito, foi sensacional a forma como foi desenvolvido em A Outra fazendo com que eu não suspeitasse dessa possibilidade.
A Outra é um volume que flui maravilhosamente bem, tanto pela narrativa de suspense viciante quanto pelo fato de cada capítulo ser pequeno e a gente cair na ilusão de ler "só mais um capítulo, porque é pequenininho" e quando vemos já terminamos o livro.
Finalizei a história e passei alguns dias refletindo sobre a mesma e apesar de no final achar que foi incrível, quando penso em pequenos detalhes vejo algumas pontas soltas (como a foto da sobrinha com um homem, quem era ele? Entre outras coisas sem explicação) e ter achado o desfecho da história/epílogo rápido demais e sem todas as informações necessárias para me causar a sensação de convencimento. Aliás, para um livro que foi trabalhado perfeitamente tantos detalhes, achei o final apressado e preguiçoso, faltou o detalhamento que Mary Kubica foi desenvolvendo em todo o enredo, aqui parece que ela quis apressar demais.
Acredito que já me estendi demais nessa resenha, vou ficar por aqui só fazendo uma reflexão particular sobre não ter justificativa convincente para não ler tantos thrillers, sobretudo quando sei que gosto desse gênero demais. Será que vou demorar para pegar o próximo?
Deixo aqui a recomendação de leitura para os amantes de thrillers psicológicos, para quem gosta de livros inteligentes, viciantes e de rápida leitura. Até a próxima postagem!
PS.: Se vocês souberem de alguma informação sobre a adaptação desse livro para filme (ou será que é série?) deixem nos comentários. Procurei na web e não encontrei nada (ou não estou sabendo procurar, será que é outro nome?)
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