Aurora não é um livro para ser lido de uma vez só; ele convida a ser degustado aos poucos, em momentos de silêncio ou de necessidade de acolhimento
Saudações, Leitores!
Recentemente finalizei a leitura de Aurora – O despertar da mulher exausta que me conquistou com sua escrita direta, sensível e, acima de tudo, honesta. Marcela Ceribelli, autora desse livro, apresenta através dessas 288 páginas uma conversa íntima entre mulheres: confissões, reflexões e desconstruções que tocam temas do cotidiano feminino com profundidade e, em muitos casos, vulnerabilidade.
Acredito que tenha ficado evidente que gostei demais da leitura — foi acolhedora, provocadora e, por vezes, desconfortável (no bom sentido). Ainda assim, é importante dizer que há temas e posicionamentos com os quais não concordo 100%, mas que, mesmo assim, reconheço como fundamentais para o debate e para expandir o olhar acerca dessas temáticas e visões. Além do mais, foi através do posicionamento neste livro que consegui identificar meu posicionamento particular sobre o tema.
Em Aurora – O despertar da mulher exausta, encontramos uma coletânea de textos curtos, quase crônicas, que tratam de temas como exaustão emocional, autocobrança, autoestima, corpo, feminilidade, relacionamentos, trabalho, ambição, saúde mental e pertencimento. A autora compartilha vivências pessoais e também experiências coletivas, colhidas a partir de sua escuta ativa nas redes, no projeto e podcast Bom dia, Obvious. A ideia central é abrir espaço para uma mulher que não precisa dar conta de tudo, que pode se vulnerabilizar e que está buscando novos caminhos para existir sem se anular.
Por ser um livro que transita por vários temas, é natural que alguns textos ressoem mais fundo enquanto outros passem com menos impacto. Isso não diminui o valor da leitura — pelo contrário, mostra a pluralidade de vivências que o livro tenta abarcar. Há capítulos que me tocaram de maneira imediata, como os que tratam sobre cansaço crônico e padrões de produtividade impostos às mulheres, enquanto outros me pareceram mais distantes da minha realidade ou das minhas percepções.
A linguagem de Marcela é fluida e acessível, com um toque confessional que aproxima. Ela não escreve para dar respostas prontas, mas para abrir caminhos de reflexão. É um convite à pausa, à escuta e ao autocuidado — sem clichês, mas com afeto e firmeza, além do mais todos os textos trazem algum tipo de embasamento teórico, científico e de profissionais, especialistas sobre as temáticas que propõe abordar.
Aurora não é um livro para ser lido de uma vez só; ele convida a ser degustado aos poucos, em momentos de silêncio ou de necessidade de acolhimento. Mesmo com algumas discordâncias pontuais, considero uma leitura extremamente válida, potente e, acima de tudo, necessária. Um despertar, como o título sugere — ainda que cada mulher o vivencie à sua maneira.
Se recomendo? Com certeza, leiam, vale a pena demais!
Obrigada por terem lido esse post e até o próximo!
FICHA TÉCNICA |
Título Original: Aurora: o despertar da mulher exausta Autor: Marcela Ceribelli Tradutor: - Gênero: Autoajuda. Autoconhecimento. Editora: HarperCollins Ano: 2022 | 288 págs. País de Origem: Brasil Classificação: +14 Aviso de Conteúdo: Vários temas. Feminismo. Minha avaliação:⭐⭐⭐⭐(4/5) |
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