Saudações Leitores!
Só em pensar em Fangirl* já fico com o coração saltitando, foi um livro que começou de forma mediana, mas foi me preenchendo de tal forma que passei a viver dentro da história, também tem o detalhe fantástico da escritora escrever de uma forma tão fofa e fluída que a leitura acontece rapidamente e de forma envolvente, saiba mais o que achei lendo a resenha abaixo...
Fangirl, Rainbow Rowell,
São Paulo: Novo Século, 2014, 424 pág.
Tradução de Caio
Pereira
Fangirl (2013) trata-se de mais um
livro infanto-juvenil escrito por Rainbow Rowell, mesma autora do aclamado
best-seller
Eleanor
& Park.
O enredo
não tem uma profundidade dramática, mas tem tudo na medida certa: conflito,
romance, brigas, mistério e personagens – novamente, tal como em Eleanor e Park,
incrivelmente bem construídos – Cath e sua irmã Wren vão para a faculdade,
entretanto as gêmeas que sempre viveram juntas e faziam todas as coisas juntas
acabam se separando porque Wren (a irmã descolada) decide que quer mais liberdade
e autonomia, e na faculdade vai viver em um dormitório com outra amiga ao invés
de com a irmã Cath.
"Não era certo. Ter
uma irmã gêmea devia ser como ter um guardião só seu. Seu próprio guardião.
Melhor amiga embutida [...] Qual é o sentido de ter uma irmã gêmea se você não
a deixa tomar conta de você? Se não a deixa lutar por você?" (p.114)
Cath que
ama a irmã e sempre dividiu tudo com ela se vê traída, mas tenta superar sua
tristeza através de sua escrita, Cath escreve uma fanfiction gay de Simon Snow
muito interessante e altamente popular na internet. Cath é completamente nerd,
ama escrever, ficar em casa, ler e acessar a internet. Tal é sua surpresa
quando sua colega de quarto Reagan acaba gostando dela mesmo com suas
esquisitices e ainda maior a surpresa quando Cath se vê apaixonada por Levi um
garoto bonito e totalmente seu oposto: gosta de festas, balada e não costuma
ler.
“Eu tenho medo de tudo. E
sou maluca. Tipo, talvez você ache que eu sou um pouco maluca, mas eu só deixo
as pessoas verem a ponta do meu iceberg de maluquice. Por baixo dessa aparência
de um pouco maluca e levemente retardada socialmente, eu sou um completo
desastre." (p.181)
Quando li
a sinopse de Fangirl eu achei um
pouco confusa e não muito atrativa, mas fui fundo, porque ao ler Eleanor & Park me apaixonei de tal
forma que sou incapaz de descrever que não titubeei em ler Fangirl. De fato, a sinopse não faz jus ao livro e é muito
inferior. Fangirl é fantástico!
Tal como
em Eleanor & Park tive um
estranhamento inicial e achei um pouco lendo, mas após esse ‘estranhamento’ eu
simplesmente devorei o livro: não consegui soltá-lo e quando soltava ficava
pensando nos personagens o tempo todo: fiquei completamente apaixonada pela
Cath e pelo Levi, são fofos e desejei que fossem reais. Rainbow Rowel faz isso
comigo: desejar que seus personagens existam.
"_Sempre me perco na
biblioteca_ disse ele_, não importa quantas vezes eu vá. Na verdade, acho que
me perco lá mais quanto mais eu vou. Como se ela fosse me conhecendo e
revelando mais passagens." (p.62)
Tanto Fangirl quanto Eleanor & Park não são livros dramáticos e com mimimis de
adolescentes ou com histórias tristes ou felizes demais, são livros que
retratam personagens diferentes – assim como existem pessoas diferentes –
conflitos diferentes e delineia o primeiro amor: inocente, fofo, romântico,
diferente.
Atrevo-me
a dizer que é impossível ler Rainbow Rowell e não se apaixonar e cito uma frase
que a Novo Século escreveu em seu twitter que concordei completamente: “Todo
mundo precisa de um pouco de Rainbow Rowell”, sim, precisamos não só um pouco,
mas de bastante: que venham outros livros tão delicados e singelos e que nos
façam relembrar de nosso primeiro amor e de como é estar perdida e
completamente apaixonada(o). “Shippando” Cath e Levi forever!
"_Tô com saudade.
_Que bobagem. Te vi hoje de
manhã.
_Não é o tempo_ disse Levi,
e ela podia escutar seu sorriso._ É a distância." (p.346)
E só tenho
mais uma coisa para acrescentar: pensava que a história não ia me envolver
tanto, mas me enganei redondamente, gostei demais do livro e passei por uma
tremenda DPL, que livro bom! Chorar, rir com estes personagens valeu a pena: já
posso reler Fangirl? Ai ai meu
coração!
*Esse livro foi cortesia da Editora Novo Século, para saber mais sobre ele, clique
AQUI.