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Resenha: Herdeiro de Sevenwaters - Coleção Sevenwaters (Livro 4) - Juliet Marillier

sexta-feira, 15 de junho de 2018

Herdeiro de Sevenwaters - Coleção Sevenwaters (Livro 4), Juliet Marillier, 
São Paulo: Butterfly Editora, 2015, 496 pág.
Tradução: Yma Vick
COMPRAR: Amazon

Saudações Leitores!
Heir to Sevenwarters (2008) ou Herdeiro de Sevenwaters é o quarto volume da Coleção Sevenwaters escrita por Juliet Marillier e precedido por: Filha da Floresta, Filho das Sombras, Filha da Profecia

Sou muito suspeita para falar sobre essa série, pois amo todos os livros que já li e estou triste pois existem outros dois volumes que ainda não foram (e nem sei se serão) publicados no Brasil e em tradução livre seriam: A Vidente de Sevenwaters (2011) e A Chama de Sevenwaters (2013). Queria tanto, anseio por eles.
"Naquele momento era melhor ter o apoio dos Seres da Floresta, independentemente de minha opinião sobre eles. Afinal, habitávamos o mesmo território. Minha família estava incumbida, havia várias gerações, de proteger e manter o lugar seguro para eles. Sevenwaters era um dos últimos refúgios das raças antigas de Erin. As grandes florestas agora estavam sendo destruídas, e o Cristianismo tinha se espalhado por toda parte, dizimando druidas e sábios. Para as crenças e rituais antigos haviam restado apenas os recônditos mais secretos do planeta. E Sevenwaters era um deles."
Herdeiro de Sevenwaters é um livro incrível e apesar de fazer parte da série Sevewaters não é literalmente uma continuação do livros anteriores, já que estamos sempre, em cada livro, acompanhando uma geração da família responsável por proteger Sevenwsters.

Dessa vez vamos acompanhar a filha de Lorde Sean (governante de Sevenwaters e filho de Sorcha) Clodagh que logo após presenciar o casamento da irmã gêmea que parte para as terras dos marido e o parto em idade avançada de sua mãe que deu a luz a um menino chamado Finbar, o herdeiro de Sevenwaters. Vê-se no meio de um problema enorme, pois o bebê é sequestrado enquanto estava sob seus cuidados.
"Ele começou a tocar e senti algo estranho como se, ao tocar as cordas da harpa, ele estivesse deslizando as mãos em meu corpo, com suavidade e segurança. Fiquei completamente sem graça e fiz força para deixar de lado os pensamentos absurdos e me concentrar na música."
Finbar é sequestrado pelos seres do Outro Mundo, que deixam no seu lugar um changeling, que nada mais é do que uma criança do outro mundo feita de ganhos e pedras (eu fiquei arrepiada nessa parte, para mim isso é assustador!). Clodagh é a única que vê que o punhado de galhos e pedras é na verdade um bebê, filho dos seres da floresta, mas ninguém mais consegue ver isso, pelo contrário ficam contra a jovem, que se vê na obrigação de sair com o changeling e tentar cruzar para o Outro Mundo e fazer a troca das crianças novamente.

Nessa empreitada perigosíssima, Clodagh encontra-se com Cathal, um guerreiro muito grosso que está foragido, e ambos vão tentar trocar as crianças e se aventurar pelo Outro Mundo. Durante essa "aventura" eles vão descobrir sentimentos e muitos segredos um sobre o outro. Nem tudo será fácil e ambos estão sendo desafiados constantemente pelos seres da floresta.
"Mas, como vocês devem saber, os Seres da Floresta não são exatamente conhecidos por seus sentimentos nobres. Não têm muita capacidade para amor, perdão, lealdade ou compaixão. Conhecem apenas o desejo, a inveja, a raiva e o orgulho. Quando desejam algo usam de todo o seu poder para obtê-lo, sem muita consideração para com quem quer que seja. E quando perdem algo não hesitam em destruir o inimigo para recuperar seu bem ou aplacar seu ódio. Os Thuatha De não gostam de ser contrariados e não admitem ser passados para trás."
Herdeiro de Sevenwaters é um livro que me surpreendeu bastante, pois além de ter transcorrido de uma forma bem diferente do segundo e do terceiro volume da série, se assemelhou bastante com o primeiro volume quando vimos Sorcha se sacrificar para salvar os irmãos, aqui vemos que Clodagh também sacrifica-se para recuperar o irmão sequestrado; é um volume onde conhecemos mais sobre os seres da floresta e seu instinto egoísta, além de entendermos os motivos das mudanças desses seres, por conta das consequências do fatos acontecidos no livro anterior.

Sem dúvida o livro, os personagens só crescem durante a narrativa e as muitas conexões com as gerações passadas vão se tornando mais claras. E o final do volume já nos dá uma perspectiva da próxima geração de Sevenwaters que está por vir, sem dúvida estou bastante curiosa.
"Aquilo era estranho, com certeza, mas totalmente inocente. E me fez até ver Cathal sob outra perspectiva. Ele colecionava lembranças de bons momentos, de amizade, de amor e de reconhecimento. Provavelmente usava tudo aquilo como proteção e para ter forças nos momentos de solidão, que.provavelmente eram mais comuns em sua vida que os instantes de carinho e alegria."
Alguns pontos que valem a pena frisar antes de finalizar minha opinião sobre o livro é que Juliet Marillier continua com sua narrativa que parece conto de fadas, e nos faz comprar a ideia da estória como se de fato ela houvesse acontecido a milhares de anos atrás. É difícil separar realidade e ficção de tão bem trabalhado que o livro é. Por fim, também sou encantada pela escritora sempre descrever e criar personagens femininas tão empoderadoras, inteligentes, destemidas e sexys. Acho incrível isso, pois diante de um mundo onde os homens que são responsáveis pelas mulheres, essas personagens de Marillier são capazes de se defenderem e de pensarem por si só.

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