Como fã assumida da Trilogia Verão, escrita por Jenny Han, é claro que não deixaria de vir aqui comentar o que achei da 3ª Temporada.
Aqui no site já compartilhei minhas opiniões tanto sobre a 1ª temporada quanto da 2ª temporada, então fiquem à vontade para conferir também essas postagens e acompanhar toda a trajetória dessa história tão querida que me acompanha há anos tanto nos livros quanto nas telas. (Resenha dos livros AQUI)
Título Original: The Summer I Turned Pretty (Season 3)
Ano: 2025
Direção: Jesse Peretz, Erica Dunton e outros
Duração: 696 min (11 episódios)
Classificação: +15 anos
Gênero: Drama, Romance
País de Origem: Estados Unidos
Minha Avaliação: ⭐⭐⭐⭐
Sinopse: O penúltimo ano da faculdade chega ao fim, e Belly está animada para passar outro verão em Cousins Beach com sua alma gêmea, Jeremiah. O futuro parece estar definido, até que eventos inesperados trazem seu primeiro amor, Conrad, de volta à sua vida. Agora, chegando à fase adulta, Belly se encontra numa encruzilhada e deve decidir qual irmão é dono do seu coração. O verão nunca mais será o mesmo…
UM DESFECHO AGRIDOCE, MADURO E UM POUCO MENOS INTENSO
Chegamos ao final da jornada e posso dizer que me empolguei bastante acompanhando essa 3ª temporada. Ela entrega tudo aquilo que esperamos de uma história de encerramento: amadurecimento, reflexão, reencontros e despedidas. Um clichê? Sim, mas algo esperado para séries de romance jovem e com triângulos amorosos, pois é aqui que a protagonista fará sua verdadeira escolha, né?
Porém, mesmo que o desenvolvimento da temporada tenha me envolvido e emocionado, confesso que o final deu uma esfriada, parecendo mais contido do que o necessário, especialmente após tantas temporadas construindo emoções tão fortes e tem mais, o final foi diferente dos livros, então talvez tenha sido esse o motivo que me deixou menos "apaixonada" por essa última season.
Assim como nas temporadas anteriores, Jenny Han (que continua envolvida na produção) manteve o foco no triângulo amoroso entre Belly, Conrad e Jeremiah, mas aqui vemos uma abordagem mais realista, menos sobre o “verão dos sonhos” e mais sobre o fim da inocência.
Enquanto o terceiro livro, Sempre Teremos o Verão, tem uma narrativa mais acelerada e cheia de viradas emocionais, a série opta por uma versão mais introspectiva, dando mais espaço para os personagens Belly e Jeremiah se desenvolverem com lentidão e a gente se desapaixonar pelo casal. Juro que não sei explicar isso, mas ambos parecem distantes e suas decisões repentinas, então a série passa lentamente e rapidamente ao mesmo tempo os 8 episódios e os 3 últimos parece uma lesma, com salto temporal, com um distanciamento ainda maior de todos. É normal na vida real acontecer isso? Sim, mas é doloroso ver isso nessa série, achei desnecessário.
Essa diferença pode dividir opiniões: os fãs do livro vão perceber que alguns acontecimentos foram reorganizados (ou até suavizados) para se encaixar melhor no tom da série, o que faz o encerramento parecer mais leve, mas também um pouco menos impactante.
PRODUÇÃO E ESTÉTICA
Mais uma vez, a produção entrega tudo. A fotografia continua deslumbrante, a trilha sonora impecável, e cada cenário parece cuidadosamente pensado para reforçar o tom de despedida que permeia a temporada.
Há um ar melancólico no ar, tanto nas cores mais suaves quanto nas cenas noturnas ou nos pequenos detalhes da casa de Cousins, que segue sendo quase uma personagem da história, porque a casa ainda continua conectando e sendo ponto de reencontro dos personagens.
A estética continua sendo um dos grandes trunfos da série, mantendo a sensação de nostalgia e de último verão com maestria. É uma estética que nos faz se sentir em casa. Amo, amo, amo.
ELENCO E ATUAÇÕES
O trio principal: Lola Tung, Christopher Briney e Gavin Casalegno mostram o quanto amadureceram desde a primeira temporada.
Lola entrega uma Belly mais centrada, ainda confusa em suas emoções, mas com uma postura mais decidida, embora insegura, totalmente uma interpretação de pessoas reais no limiar entre juventude e vida adulta. Achei incrível. Ela dá vida muito bem a sua personagem.
Christopher, como Conrad, continua a ser o mais introspectivo, e infelizmente eu senti falta dele nessa temporada, achei que não conseguiu entregar e marcar tanto. Sei que é o personagem que é assim, mas acho que merecia ele ter mostrado - mesmo de forma sutil - as emoções de Conrad.
Já Gavin, como Jeremiah, brilha em um papel que finalmente ganha mais camadas, especialmente nas cenas em que deixa o romance de lado e mostra vulnerabilidade, apesar de eu ter me chateado com algumas atitudes do personagem, reconheço que o ator foi genial na interpretação.
O elenco de apoio segue competente, e há até algumas participações rápidas de personagens secundários que ajudam a amarrar pontas soltas das temporadas anteriores, um toque que os fãs certamente vão apreciar.
LIVRO X SÉRIE: DIFERENÇAS SENTIDAS, MAS COERENTES
Enquanto o livro traz um final mais drástico, com reviravoltas que fecham de forma intensa a trilogia, a série escolheu o caminho da maturidade emocional, trocando o drama por uma sensação de vida que segue e o que for para ser, será.
Ainda que eu tenha sentido falta de um clímax mais forte, que me tirasse o fôlego ou me fizesse chorar copiosamente, reconheço que essa decisão torna o desfecho mais coerente com o crescimento dos personagens ao longo das três temporadas, mas o mesmo tempo deixa mais monótono. Não sei explicar, rsrsrs, só vendo, só vendo...
A série também suaviza algumas tensões e adiciona pequenas cenas que não estão no livro, mas que aprofundam o vínculo entre Belly, sua família e seus amigos, reforçando a ideia de que o amadurecimento não vem apenas do amor romântico, mas das relações que sustentam quem somos.
VEREDITO
A terceira temporada de O Verão que Mudou a Minha Vida encerra a trilogia de forma doce, reflexiva e satisfatória, ainda que com menos intensidade do que eu esperava.
Gostei bastante da jornada, me empolguei com os reencontros, com os arcos fechando e com a carga dramática que permeia cada episódio, mas não posso negar que o final me deixou um pouco fria, como se faltasse aquele último mergulho que faz o verão ser inesquecível.
Ainda assim, foi um encerramento digno de uma história que marcou uma geração, com um elenco carismático, uma direção sensível e uma trilha sonora que continuará ecoando na minha memória. É uma série que facilmente assistira de novo e de novo e de novo - que nem faço com Gilmore Girls... talvez se torne uma série de conforto para mim.
Espero que tenham gostado da resenha, obrigada pela leitura e até a próxima postagem!
Caso você tenha assistido a série/temporada e queira compartilhar comigo, fique a vontade nos comentários....









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