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Saudações Leitores!
Gosto de livros que nos fazem questionar e pensar em muitas coisas dentro daquela história na medida em que vamos lendo e O Gigante Enterrado* me proporcionou esse sentimento. O livro foi recentemente lançado pela Companhia das Letras que me enviou uma prova do mesmo para que eu pudesse resenhar, agora vocês conferem abaixo o resultado da leitura.

O Gigante Enterrado, Kazuo Ishiguro, São Paulo: Companhia das Letras, 2015, 400 pág.
Traduzido por Sonia Moreira

O Gigante Enterrado (2015, The Buried Giant) é um livro de Kazuo Ishiguro, que há 10 anos sem escrever presenteia, novamente, seus leitores com mais uma obra. Ishiguro é nasceu no Japão, mas erradicou-se na Inglaterra. Trata-se de um escritor com romances premiados e já adaptados cinematograficamente, escreveu o livro Não Me Abandone Jamais, Noturnos, Quando Éramos Órfãos e Os Resíduos do Dia.
Logo no começo da obra começamos a acompanhar um casal de idosos Axl e Beatrice que saem do lugar onde moram para ir a procura de seu filho, já que estão há anos sem se encontrarem. Portanto, a narrativa fala sobre essa viagem do casal, os percalços, as aventuras e descobertas.
É interessante ressaltar que a história se passa em uma terra marcada por guerras e há algo místico onde os personagens não conseguem se lembrar quem são e nem de seus passados com exatidão. No princípio do livro pensei que isso se dava porque o casal era idoso, com o desenrolar da narrativa percebi que havia um mistério, uma névoa (como os personagens chamam) de esquecimento que se alastrou por todas as pessoas, com o prosseguimento da narrativa, vão surgindo outros personagens que acompanham o casal de idosos nessa jornada, que acaba mudando completamente de rumo.
"É muito esquisito mesmo como o mundo está esquecendo das pessoas e de coisas que aconteceram ontem ou anteontem. É como se uma doença tivesse contagiado a todos nós." (p.27)
Nesse ínterim, surgem o guerreiro Wistan, o menino aprendiz Edwin, e o cavaleiro de Artur, Sir Gawain. Todos os personagens juntos debatem sobre diversas temáticas e conceitos que nos fazem questionar e recordar um pouco da nossa própria vida. Ficamos a par que a névoa do esquecimento é fruto do bafo da dragoa, que deve ser morta para que todos possam recordar de seu passado.
Na medida em que essa viagem torna-se uma aventura e ao mesmo tempo algo além do que Axl e Beatrice imaginaram ao sair da comunidade em que moravam, vamos percebendo descobrindo fatos sobre a vida de cada um dos personagens que de certa forma estão todos ligados, mas que por conta da névoa, jamais poderiam saber, tais detalhes vão se delineando em sonhos, pequenas recordações, coisas que aparentemente os próprios personagens têm dúvida se o que lembram é/foi real ou não.
"Eu me pergunto se, sem as nossas lembranças, o nosso amor não está condenado a murchar e morrer." (p.59)
Esse é um ponto genial do livro, porque o leitor se coloca sob a névoa do esquecimento também, ou seja, não somos apenas leitores passivos, nós acabamos participando dessa narrativa, estamos sob o efeito da névoa, não recordamos o nosso passado, que é o passado da humanidade, porque nem toda a história possível seria capaz de nos fazer lembrar todas as vitórias, guerras, perdas e dores pelas quais a humanidade já passou.
"Se as nossas lembranças voltarem e, entre elas, a de momentos em que te desapontei, ou de atos condenáveis que eu um dia possa ter cometido e que a façam olhar para mim e não enxergar mais o homem que você está vendo agora, me prometa uma coisa pelo menos: prometa, princesa, que não vai esquecer o que sente por mim no fundo do seu coração neste momento. Pois de que adianta uma lembrança voltar da névoa se for para apagar outra? Você me promete isso, princesa? Promete que vai guardar para sempre no seu coração o que está sentindo por mim agora, não importa o que você veja quando a névoa passar?" (p.320)
Sem dúvida, O Gigante Enterrado, é um desses livros que nos fazem refletir sobre nossa própria história, sobre tudo aquilo que esquecemos e já não somos mais capazes de lembrar. Durante toda a leitura me deparei com temas absurdamente fantásticos e passíveis de um estudo mais aprofundado, de uma pesquisa e análise literária, sem dúvida, se eu tivesse algum artigo para fazer sobre algum livro, eu escolheria esse.
Não vou dizer que a leitura é fácil, leve, fluida, os livros de Ishiguro, pelo menos o que já tinha lido anteriormente (Não Me Abandone Jamais) não é uma leitura fácil e bonitinha, é uma narrativa lenta, lenta como uma viagem a pé, para fazer o leitor pensar e assimilar o que está lendo. Kazuo Ishiguro tem uma narrativa madura, um estilo próprio, um jeito lento de contar estórias e uma forma peculiar de misturar realidade, ficção e elementos fantásticos/absurdos.
"_Axl, me dia uma coisa, se a dragoa morrer mesmo e a névoa começar a se dissipar... Axl, você alguma vez já teve medo do que nós vamos descobrir quando isso acontecer? 
_ Mas você mesma não disse, princesa, que a nossa vida juntos é como uma história com final feliz, não importa que curvas ela tenha feito no caminho." (p.308)
O leitor tem que se entregar a essa leitura para poder tentar recuperar sua essência, não é apenas uma leitura para entreter e passar o tempo, é um livro para inquietar. Apesar de eu ter gostado muito, sei e reconheço que o livro pode não agradar a todo tipo de leitor, acredito que é uma leitura madura, complexa e metafórica que merece ser observada, sobretudo, as entrelinhas, o não-dito.
Para concluir, quero ressaltar o próprio título do livro O Gigante Enterrado, daria um bom estudo sobre o que é o gigante enterrado e o porquê desse título tão metafórico, Fabuloso desde a escolha do título ao seu desenvolvimento.
"O gigante, que antes estava bem enterrado, agora se remexe." (p.369)
Minha experiência anterior com o escritor, fez-me apreciar bem mais esse livro do que o anterior, porque antes eu não sabia que estilo de narrativa esperar e agora, bem mais preparada e mais madura literalmente e literariamente, inclinei-me a apreciação da obra e gostei, não obstante, creio que em alguns momentosa narrativa se tornou brevemente maçante, mas o escritor soube contornar esse detalhe, com partes bastante eletrizantes e misteriosas. No fim da leitura fiquei com saudade, confesso que fiquei afeiçoada aos personagens – sobretudo ao casal de idosos – e chegar ao fim, com aquele Fim, me deixou saudosista.

*Esse livro foi cortesia da Companhia das Letras, para maiores informações acerca do mesmo acesse AQUI.

Resenha: O Gigante Enterrado - Kazuo Ishiguro

quarta-feira, 1 de julho de 2015

Saudações Leitores!
Venham conferir os últimos lançamentos da Companhia das Letras e Paralela, tem muita coisa boa para ler e claro que todos nós temos que ficar a par das novidades!


O fim do terceiro Reich, de Ian Kershaw (tradução de Jairo Arco e Flexa)

Como se explica a sobrevida do Estado nazista quando estava evidente que não havia chance de vitória? Por que o Exército alemão concordou em lutar se o abismo era certo? Por que a sociedade alemã permaneceu fiel ao regime a ponto de tolerar o extermínio dos poucos que se insurgiam contra a luta inútil? Em O fim do terceiro Reich, Ian Kershaw — autor da monumental biografia de Hitler — se lança à resolução dessas perguntas armado de conhecimento inigualável da Alemanha nazista. Fugindo de explicações fáceis, procura demonstrar que a autoridade carismática do Führer, a ambição de sua “corte” e a perseverança das Forças Armadas são os ingredientes principais dessa autoaniquilação sem par na história ocidental.

Fome de saber — a formação de um cientista, de Richard Dawkins (tradução de Érico Assis)

Filho de pais naturalistas e de uma família de cientistas consumados, Richard Dawkins estava fadado a levar a biologia nos genes. Mas que influências moldaram seu desenvolvimento intelectual? E quem o inspirou a tornar-se o cientista pioneiro e a autoridade intelectual cuja fama (ou infâmia, para alguns) alcança todo o planeta? EmFome de saber, Dawkins traça um panorama colorido e encorpado de seus primeiros anos de vida. A autorreflexão sincera e as anedotas espirituosas são intercaladas com reminiscências da família, dos amigos, da literatura, da poesia e da música. Finalmente podemos compreender as influências que moldaram o intelectual que buscou explicar nossas origens.


O primeiro ensaio deste volume trata da novela Gradiva, do alemão Wilhelm Jensen. Ao analisar o delírio de um jovem arqueólogo que se apaixona por uma moça retratada numa antiga escultura romana, Freud faz o primeiro estudo psicanalítico de uma obra literária. O segundo ensaio conta a história do “pequeno Hans”, um saudável garoto de cinco anos que repentinamente passa a ter fobia de cavalos. A partir do relato que o pai faz de conversas com o menino, Freud compreende os complexos por trás da fobia e obtém a cura do paciente. O volume inclui também “Caráter e erotismo anal”, “Atos obsessivos e práticas religiosas”, “O escritor e a fantasia” e “O esclarecimento sexual das crianças”, entre outros.

Sombras na Place des Vosges, de Georges Simenon (tradução de André Telles)

Raymond Couchet, dono de uma grande rede de farmácias, é assassinado em seu escritório na Place des Vosges, endereço nobre de Paris. Uma grande soma em dinheiro foi roubada. No mesmo prédio onde ocorreu o crime, moram Edgar e Juliette Martin, a primeira mulher de Couchet. É por ali que o comissário Maigret resolve começar suas investigações. Não longe do local, no Hotel Pigalle, vivem, sem se conhecer, Nine Moinard, amante da vítima, e Roger Couchet, filho do primeiro casamento de Raymond. Problemático, Roger logo desperta as suspeitas de Maigret. Mas, de repente, comete suicídio. Ele sabia o que estava por trás da morte do pai.


Walter Kirn conheceu por acaso o homem que se apresentou como Clark Rockefeller, herdeiro de uma das famílias mais poderosas dos Estados Unidos. Era um sujeito esquisito, mas nada que causasse desconfiança. Depois de quinze anos de amizade, porém, o escritor ficou devastado ao descobrir que seu amigo milionário não passava de um farsante, acusado de assassinato, sequestro e outros crimes. Combinando memórias, jornalismo investigativo e análise cultural, este livro tem o brilhantismo literário que encontramos em A sangue frio, de Truman Capote. Kirn expõe as camadas complexas da ilusão e da corrupção, das ambições e do autoengano que estão por trás de um grande impostor.

Paralela

Samba, de Delphine Coulin (tradução de Julia da Rosa Simões)

Depois de uma árdua jornada que começou no Mali, o imigrante africano Samba desceu do ônibus e se viu, enfim, livre pela primeira vez. Olhou em volta e lá estava ele: Paris, França. Ao caminhar pelas construções antigas, estava radiante. Seus pés estavam cansados e seus sapatos cheios de buracos, mas o céu estava claro, as paredes refletiam luz, e tudo parecia brilhar só para ele. Dez anos depois, seu encantamento com a cidade-luz só havia aumentado. Mesmo atrás das grades, mesmo algemado, ele ainda amava a França. Só lhe faltava pensar em um jeito de permanecer — e sobreviver — como um clandestino naquele país.

Lançamento: Samba... e outros

terça-feira, 26 de maio de 2015

Saudações Leitores!
Como eu queria ler A Insustentável Leveza do Ser*! Fazia anos que ouvia falar da obra e nunca tinha atentado para de fato realizar o desejo de leitura, enfim a oportunidade chegou e abracei-a com gosto. Foi uma leitura que me surpreendeu: não foi o que eu esperava, mas foi algo muito bom e intensa.


A Insustentável Leveza do Ser, Milan Kundera, São Paulo: Companhia das Letras, 2008, 312 pág.
Traduzido por Tereza Bulhões Carvalho da Fonseca

Nesnesitelná Lekkost Bytí no Brasil A Insustentável Leveza do Ser foi publicado originalmente no ano de 1984, pelo autor tcheco Milan Kundera. Foi adaptado para o cinema em 1988 com o título The Unbearable Lightness of Being.
O romance acontece na cidade de Praga e Zurique em 1968, mas não se detém apenas nesse ano, ela começa aí e segue por décadas. A narrativa também acontece na época da invasão da Tchecoslováquia pela Rússia, ou seja, o clima de tensão política também é encontrado nas páginas do livro. A Insustentável Leveza do Ser acompanha a trajetória de Tomas, Tereza, Sabina e Franz. Tudo o que está relacionado ao amor e as traições pertinentes ou não numa relação.
"Só o acaso pode nos parecer uma mensagem. Aquilo que acontece por necessidade, aquilo que é esperado e se repete cotidianamente é coisa muda apenas. Somente o acaso tem voz. Tenta-se ler no acaso como as ciganas lêem no fundo de uma xícara os destinos deixados pela borra do café." (p.51)
A Insustentável Leveza do Ser é dividido em sete partes: A leveza e o peso; A alma e o corpo; As palavras incompreendidas; A alma e o corpo; A leveza e o peso; A grande marcha; O sorriso de Karenin. Estas partes versam sobre os quatro personagens e a forma de viver e refletir sobre a vida e suas relações pessoais e amorosas.
O que posso falar mais sobre esse livro? Sabe aquele livro superestimado que todo mundo fala, que tem filme e que todo mundo tem vontade de ler [mas geralmente não leram]? Pra mim, esse livro era A Insustentável Leveza do Ser, na verdade eu nem ao menos me preocupei em saber sobre o que era o livro, de fato, além do mais quase não tinha informações sobre o escritor, mas eu criei uma vontade enorme de lê-lo e ano após anos a vontade foi apenas crescendo.
"O amor não se manifesta pelo desejo de fazer amor (esse desejo se aplica a uma multidão inumerável de mulheres), mas pelo desejo do sono compartilhado (esse desejo diz respeito a uma só mulher)." (p.20)
Enfim, o grande dia chegou e pude ter em mãos a obra de Milan Kundera, não pestanejei em ler. Minha opinião é que o livro aborta temas muito filosóficos, mas que são muito pertinentes porque nem sempre paramos para refletir sobre eles e o livro nos ajuda a lembrar de tais temas e, de certa forma, acabamos por perceber que já temos alguma opinião formada sobre o assunto.
Não obstante, eu achei A Insustentável Leveza do Ser muito [muito mesmo] filosófico e como já faz algum tempo que não tenho uma leitura tão densa eu meio que me arrastei e percebi que tenho que ler mais clássicos, porque eles são demasiadamente indispensáveis para uma compreensão mais universal da vida e a leitura que entretém também ensina-nos a pensar sobre a universalidade dos sentimentos.
"A história é tão leve quanto a vida do indivíduo, insustentavelmente leve, leve como a pluma, como uma poeira que voa, como uma coisa que vai desaparecer amanhã." (p.219)
Gostei bastante da leitura, apesar de achar difícil e diferente do que estou lendo nesses últimos tempos, foi muito gratificante e, sim, espero reler este livro e poder retirar dele ainda mais reflexões filosóficas que me passaram despercebidas na minha primeira leitura.
Para finalizar, vou me abster de indicações, porque não quero ter culpa no cartório caso vocês leiam e não gostem, Milan Kundera, definitivamente, não é uma leitura para todos, atrevo-me a dizer que A Insustentável Leveza do Ser teria me frustrado se eu soubesse mais ou menos do que se tratava, mas como eu só tinha vontade de ler o livro acabei me surpreendendo, e isso foi um dos pontos positivos durante minha leitura, mas foi bem arriscado.
"Não se brinca com as metáforas. O amor pode nascer de uma simples metáfora." (p.16)
 
*Este livro foi cortesia da Editora Companhia das Letras, para saber mais sobre o mesmo, clique AQUI.

Resenha: A Insustentável Leveza do Ser - Milan Kundera

sábado, 9 de maio de 2015

Saudações Leitores!
Venham comigo conferir os últimos lançamentos da última semana da Companhia das Letras, Companhia das Letrinhas, Editora Seguinte e Paralela! Uma das editoras mais conceituadas do Brasil e que mantêm-se firme nos gostos literários que agradam os mais variados tipos de leitores!

Despertar, de Sam Harris (tradução de Laura Teixeira Motta)
Além de filósofo da moral e célebre ateísta, Sam Harris é um praticante entusiasmado de meditação, tendo viajado o mundo para estudar com diversos gurus. Neste livro, ele concilia os dois aspectos de sua vida e comprova como a meditação e a prática contemplativa não têm como pré-requisito qualquer tipo de crença “mística” ou “espiritual”; pelo contrário, para ele a meditação provaria que esses conceitos não existem. Harris se vale de seu próprio envolvimento com a prática e de aspectos da neurociência e da filosofia para provar seu argumento.
Mundo escrito e mundo não escrito, de Italo Calvino (tradução de Maurício Santana Dias)
Ler, escrever, traduzir; a vanguarda e a tradição; a forma do romance — eis os temas de Mundo escrito e mundo não escrito, coletânea de textos em que Italo Calvino, um dos maiores autores do século XX, investiga o significado da experiência literária. Nos ensaios produzidos ao longo de sua vida, o que se nota é uma atenção constante para a fronteira entre o universo escrito e o não escrito, para o limite entre o real e o que é possível expressar por meio da linguagem.

Seguinte

A aliança – Crônicas de Salicanda Vol.3, de Pauline Alphen (tradução de Dorothée de Bruchard)
Depois de passar um tempo na ilha, Claris volta para esse mundo quase irreconhecível e caminha sozinha em direção ao Nomadstério, para cumprir o que acredita ser seu destino: tornar-se uma Nômade da Escrita. Jad, por sua vez, é guiado por Gabriel e continua suas explorações no limbo. Em Salicanda, os moradores se reúnem: Ugh, que se torna herói sem querer; Blaise, que chega acompanhado do enigmático Povo das Árvores; e Maya, que está na cidade junto com Ellel e Falcão Branco. Juntos, eles farão tudo para compreender os diversos mistérios daquele lugar.

Paralela

Acesso aos bastidores, de Olivia Cunning (tradução de Juliana Romeiro)
Myrna é professora de psicologia e uma fã ardorosa da pela banda Sinners. Especialmente por Brian Sinclair, o guitarrista e compositor que, além de talentoso, é deliciosamente lindo. Ela se surpreende ao encontrar a banda no mesmo hotel em que está hospedada para participar de uma conferência de psicologia. Mais surpreendente ainda é despertar o desejo de Brian após alguns drinques juntos. Ela sabe que essa vida de astro de rock tem um preço e estaria feliz deixando essa paixão para trás. Mas será que Brian e Myrna conseguirão ficar separados?

Companhia das Letrinhas

Isso é meu!, de Blandina Franco (ilustrações de José Carlos Lollo)
Dividir as coisas nem sempre é fácil, especialmente para as crianças pequenas. Essa é a dificuldade enfrentada pela menina desta história, que deixa bem claro para o leitor: o boneco é dela e de mais ninguém! Afinal, ela merece mais que as outras pessoas… Mas será mesmo? Neste diálogo muito bem arquitetado entre personagem e leitor, o que fica evidente no final é que ser egoísta não leva a nada.
Meu vizinho é chato pra cachorro, de Maria Amália Camargo (ilustrações de Silvana Rando)
Quem nunca ficou irritado com o vizinho? Seja pelo barulho, a sujeira na calçada, algum comentário inadequado, mais cedo ou mais tarde surge algum desentendimento. O fato é que não é fácil conviver com outras pessoas — cada uma em um ritmo, com suas manias e aqueles dias de mau humor. Para o vizinho desta história, a vida é um verdadeiro pesadelo. Mas por culpa dele, que implica com tudo o que se possa imaginar. Ainda bem que, ali no fundo do peito, todo mundo tem um coração pronto para entrar em ação — e acabar com as brigas, deixando todos por perto mais felizes…

Lançamento: Despertar... e outros

segunda-feira, 20 de abril de 2015

Saudações Leitores!
Que tal conferirem os últimos lançamentos da Companhia das Letras? Espiem abaixo as novidades e suspirem... porque todo leitor ama suspirar por livro novo.





A imortalidade, de Milan Kundera (Tradução de Teresa Bulhões Carvalho da Fonseca e Anna Lucia Moojen de Andrada)
O narrador-autor dá corpo a um romance em sete partes, que intercala as histórias de Agnes, seu marido Paul e sua irmã Laura com uma narrativa retirada da história da literatura: a relação de Goethe e Bettina von Arnim. Com seus personagens reais e inventados, Kundera reflete sobre a vida moderna, a sociedade e a cultura ocidentais, o culto da sentimentalidade, a diferença entre essência individual e imagem pública individual, os conflitos entre realidade e aparência, as variedades de amor e de desejo sexual, a importância da fama e da celebridade, e a típica busca humana pela imortalidade.
Eu não preciso mais de você e outros contos, de Arthur Miller (Tradução de José Rubens Siqueira)
Nos contos deste livro, Arthur Miller dirige a atenção para temas mais íntimos, mas sem nunca perder a extrema clareza, humanidade, empatia e perspicácia de sua obra dramática. Esta coleção de histórias inclui clássicos como “Eu não preciso mais de você”, o conto “Os desajustados” — que deu origem ao célebre filme de John Huston, estrelado por Marilyn Monroe, Clark Gable e Montgomery Clift —, “Presença” e “Moça do lar, uma vida”, contos que apresentam uma série de retratos de personagens extraordinários com a vida transformada pelo indizível.

Companhia de Bolso

A ignorância, de Milan Kundera (Tradução de Teresa Bulhões Carvalho da Fonseca)
Namorados de adolescência, Josef e Irena passam vinte anos longe de sua terra natal, ele vivendo na Dinamarca, ela em Paris. Irena reencontra Josef por acaso no aeroporto de Paris. Os dois decidem retornar a Praga, reerguida segundo as regras capitalistas depois da queda dos regimes comunistas do Leste europeu, em 1989. Em comum, eles têm uma história de exílio e um sentimento profundamente nostálgico em relação à paisagem tcheca. Reviver essa relação de amor significa refazer todo o percurso da separação.

Companhia das Letrinhas

Aldeias, palavras e mundos indígenas, de Valéria Macedo (Ilustrações de Mariana Massarani)
Yano, Ëjcre, Üne, Oo — por incrível que pareça, essas quatro palavras significam a mesma coisa. Representam, na língua de quatro povos indígenas diferentes (os Yanomami, os Krahô, os Kuikuro e os Guarani Mbya), o vocábulo casa. Através delas e de muitas outras palavras, neste livro o leitor é convidado a conhecer um pouco da vida e dos costumes desses grupos: onde moram, como se enfeitam, suas festas, sua língua.

Lançamento: A imortalidade... e outros

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

Saudações Leitores!
Sou simplesmente fã desse escritor e na primeira oportunidade que tive de ler Put Some Farofa* não deixei passar e só tenho uma coisa a dizer: que livro incrível! Um livro que podemos nos ver diante de vários pensamentos, ideias e colocações de Duvivier e todas elas valem a pena: questionam, intrigam, inquietam. Saiba mais na resenha:


Put Some Farofa, Gregorio Duvivier, São Paulo: Companhia das Letras, 2014, 208 pág.

Put Some Farofa é um livro de crônicas e roteiros de Gregorio Duvivier, na nota dos editores ficamos sabendo que vários dos textos encontrados foram publicados em jornais e no canal Porta dos Fundos.
Quando li Ligue os Pontos, um livro de poemas de Duvivier, fiquei encantada com a forma irônica, sarcástica e humorística de encarar o cotidiano e os pequenos e quase invisíveis e menosprezados fatos da vida, portanto a publicação de Put Some Farofa foi muito bem-vinda.

"O primeiro comentário sobre uma mulher é sempre este: feia. Bonita. Gorda. Gostosa. Comeria. Não comeria. Só que ela não perguntou, em momento nenhum, se alguém queria comê-la. Não era isso que estava em julgamento (ou melhor: não deveria ser). Tinham que ensinar na escola: 1. Nem toda mulher está oferecendo o corpo. 2. As que estão não são pessoas piores. " (p. 56-57)

Este livro de Duvivier é uma leitura obrigatória para os fãs do escritor/ator/roteirista/poeta, porque aqui ele mostra suas múltiplas facetas da forma mais incrível possível: é perceptível que Gregorio Duvivier tem tato para olhar todas as coisas sob vários ângulos e daí surge as ideias mais engraçadas, bizarras e críticas para criar seus textos que sempre são um sucesso.
Todas as crônicas são maravilhosas, simplesmente gostei de todas, mas vou ressaltar uma que me divertiu bastante: "Pardon Anything". Certamente quem ler este livro irá apreciar todas.

"A busca pela novidade escraviza. O apego ao passado não é uma prisão: a pior escravidão é a necessidade de frescor. A felicidade pode estar, sim, na repetição do passado, na encenação da memória, nas nossas velhas falhas de sempre. Não há nada de errado com tudo o que a gente tem errado." (p.183)

Put Some Farofa é um livro de leitura rápida, mas nem todos os textos são de simples entendimento, Duvivier escreve de forma sagaz e suas ironias e sátiras atacam emissoras de televisão, políticos, religião, sociedade e até o vizinho acolá da esquina [rsrsrs, eu queria soar engraçada nessa parte].
O que mais me agrada nesse tipo de livro é que nos vemos diante de um escritor multifacetado e podemos apreciar a visão de mundo e as ideologias desse escritor, além de vermos como ele se porta passeando pelos mais variados assuntos, geralmente leitura de contos, crônicas e poemas nunca me cansam e acredito que isso aconteça com todos os apreciadores deste gênero.
Eu só tenho elogios para com Put Some Farofa e acredito de o gigante Duvivier tem muito ainda a mostrar para nós, leitores, e sempre será um prazer demasiadamente grande poder ler o que ele escrever e, gostaria de indicar a todos os leitores que gostam de uma boa literatura que inquieta e te coloca contra a parede de suas próprias ideias, é bom ser confrontado e questionado e uma obra literária que consegue tal feito certamente será perene.


* Este livro foi cortesia da Companhia das Letras, para saber mais sobre ele clique AQUI.

Resenha: Put Some Farofa - Gregorio Duvivier

sábado, 17 de janeiro de 2015

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