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Saudações Leitores!
Logo que Jogos Mentais* foi publicado eu fiquei eufórica para ler, pois já conhecia a escritora da trilogia Slated, então eu necessitava conhecer o novo livro dela. Desejo realizado. Hoje trago para vocês minha opinião sobre o livro...


Jogos Mentais, Teri Terry, São Paulo: Farol Literário, 2015, 480 pág.
Traduzido por Sandra Pina

Mind Games (2015) no Brasil Jogos Mentais foi escrito por Teri Terry, mesma autora da trilogia Slated, composta pelos livros: Reiniciados, Fragmentada e Despedaçada.
O que dizer desse livro? Estou bastante confusa em relação a ele, pois considerei a trama bastante intrigante, curiosa, original, no entanto, não consegui “entrar” nessa história, achei-a bizarra demais e muito futurista, fiquei bastante confusa em relação a muitas coisas e por já conhecer a escritora, Teri Terry, foi um pouco decepcionante me deparar com algo tão surreal.
"Mas às vezes você não pode evitar que as coisas aconteçam, mesmo com pessoas que ama. Esteja lá ou não." (p.164)
Jogos Mentais é narrado por Luna, uma adolescente considerada rebelde por não aceitar ter um implante disponibilizado pela PareCo onde possibilita que qualquer pessoa possa ir ao mundo virtual – ironicamente chamado de Temporeal – onde vivem uma vida baseada em jogos e numa realidade virtual complexa pois há todo um mercado financeiro e uma ‘vida real’ dentro dessa vida virtual.
Assim sendo, aparentemente, as pessoas estão cada vez mais dependentes desse implante porque estão cada vez mais dependentes do Temporeal – tanto que há verdadeiro doentes e viciados – nesse ínterim, empresas tecnológicas estão constantemente em busca de pessoas cada vez mais inteligentes e capazes de aumentarem o poderio tecnológico e virtual.
"Eu posso buscar a verdade, mas ainda tenho meus segredos." (p.474)
Sim, é bem complicado, mas o que é necessário saber é que enquanto uns supervalorizam esses avanços tecnológicos e estão submersos no Temporeal, há pessoas e Hackers que tentam impedir isso e Luna está entre esses rebeldes, só que é mais complicado do que a personagem imagina, pois tudo parece estar ligado a jogos de interesses muito maiores.
O fato é que, Jogos Mentais é um livro bem complicado de resenhar e explicar e só apenas lendo para entender, não obstante, não consegui apreciar o enredo mesmo a narrativa sendo fluída, mas acredito que os personagens pouco cativantes e a falta de um romance foram pontos cruciais que desfavoreceram o livro.
Em suma, apesar de ter sido uma leitura muito confusa e não ter gostando dos personagens, acredito que para quem gosta da escritora Teri Terry, é uma ótima opção de leitura, vale até salientar que há um momento no livro em que ela cita o mundo de Reiniciados e é bem legal ver algo conhecido. Essa parte eu achei brilhante. 


*Esse livro foi cortesia da Editora Farol Literário, para mais informações Clique AQUI.

Resenha: Jogos Mentais - Teri Terry

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016

Saudações Leitores!
A trilogia Slated tem um espaço cativo no meu coração ❤ e claro que eu não poderia deixar de conferir Despedaçada* já que este é o livro do desfecho e quanto peguei nesse livro fiquei tão eufórica que o devorei. Agora vocês ficam por dentro do que eu realmente achei da trilogia, porque no último livro é que a gente decide se a trilogia é boa ou não... confiram:


Despedaçada, Teri Terry, São Paulo: Farol Literário, 2014, 400 pág. 
Tradução de Flávia Côrtes

Shattered, no Brasil Despedaçada é o terceiro e último livro da trilogia Slated, precedido por Reiniciados e Fragmentada.
Neste desfecho, completamente coerente com todo o desenvolver da história no decorrer dos três livros, nos colocou diante de uma nova Kyla, que agora após os acontecimentos do livro anterior e passar por transformações estéticas da TAI (Tecnologia de Aperfeiçoamento de Imagem) passa a se chamar Riley, nome bastante peculiar e que demonstra que a ex-Kyla/Lucy/Chuva está tentando se encontrar.

"Não parece grande coisa visto aqui de fora. Mas é basicamente isso que se consegue ao olhar algo pelo lado de fora. As pessoas, principalmente, podem ser tão diferentes do que aparentam que você nunca imaginaria o que elas guardam dentro de si. Do que são capazes. No meu caso, o que espreitava em meu interior estava tão bem escondido que nem mesmo eu tinha conhecimento." (p.7)

Após as transformações, Riley, vai encontrar-se com sua mãe [mãe antes de ser reiniciadas] através das artimanhas do DEA (Desaparecidos em Ação) e na nova cidade e ao lado de sua mãe ela começa a fazer muitas ligações de sua antiga vida, sua vida de reiniciada e a atual vida. Em sua casa ela acaba tendo lembranças de fatos e acontecimentos que ocorreram dentro daquelas paredes.
Muita coisa acontece desde o momento em que Riley/Kyla fica ligando os pontos soltos de sua vida: a sociedade ainda vive temerosa com os Lordeiros que ao invés de proteger a população acabam se tornando ditadores e apavorando a todos. Muitas surpresas, perigos e descobertas sobre o programa de reiniciação das pessoas vêm à tona.

"_A cada dia que passa, percebo mais e mais que há momentos em que, não importa o risco, alguma coisa precisa ser feita. Algumas coisas devem ser ditas. Este é um desses momentos?" (p.35)

O que acho mais impressionante na distopia criada por Teri Terry é a capacidade que ela tem de dar uma reviravolta tremenda nos fatos, soltar pistas no decorrer da narrativa e sempre deixar um suspense pairando.
Outro ponto que me faz gostar ainda mais desse livro é que a personagem principal Riley/Kyla é muito madura e forte, bastante objetiva e apesar de seus medos e dúvidas ela não é o tipo de personagem que faz drama, ela é forte e decidida. Até mesmo diante de um massacre horroroso que acontece o livro, surpreendi-me com ela.
Sobre o desfecho, não quero soltar spoiler, mas só digo uma coisa: foi surpreendente e coerente. Sei que vai surpreender a uns e frustrar a outros, mas que tiver o bom senso de analisar desde o primeiro livro até este, vai ver que o destino que a Teri proporcionou para Kyla, Ben, Aiden, doura Lysander e outros personagens que encontramos neste livro e que nem pensávamos que existiam foi um destino que agrada, que não tem final completamente feliz quando a sociedade mudou drasticamente, mas que há recomeços mesmo diante de tantas perdas.

"[...] é então que eu me dou conta de que tanto a dor quanto a alegria são necessários para que a vida cresça." (p.394)

Despedaçada foi um livro maravilhoso, no geral, a trilogia toda foi fabulosa e incrível. Esta distopia foi uma surpresa incrível e já se tornou uma de minhas queridinhas, antes de saber como ela terminaria já indicava a leitura imagina agora que sei o que acontece e que achei um final bom: claro que indico ainda mais!


*Este livro foi cortesia da Farol Literário, para saber mais sobre ele, acesse AQUI.

Resenha: Despedaçada (Slated, livro 3) - Teri Terry

quinta-feira, 23 de outubro de 2014

Saudações Leitores!
Quando li Reiniciados, primeiro livro da trilogia Slated, gostei bastante, tanto que ansiei por ler Fragmentada* e embora soubesse que iria gostar eu simplesmente me surpreendi, porque eu não gostei, apenas, eu amei. Resumidamente: não conseguia soltar o exemplar! Leia os comentários que teci na resenha abaixo e espero que sintam-se seduzidos a conhecer a trilogia:

Fragmentada, Teri Terry, São Paulo: Farol Literário, 2013, 424 pág.
Traduzido por Flávia Côrtes

Fractured (2013) é o segundo volume da trilogia Slated escrita por Teri Terry, cujo livro Reiniciados é o primeiro livro da trilogia.
Novamente a história é narrada em primeira pessoa, por Kyla, e começa exatamente onde terminou o livro anterior, ou seja, para ler Fragmentada é necessário ter lido ou conhecer os fatos de Reiniciados, caso contrário ficará meio perdido. Neste segundo volume a narrativa começa em ritmo bem mais eletrizante do que no livro anterior e o ritmo não desvanece ou diminui, durante todas as 424 páginas da obra nos deparamos com mistérios, medos, incerteza e aquela sensação de que sempre está para acontecer alguma coisa muito séria.

"O medo que ainda resta em mim após o sonho se converte em frustração, depois em raiva. Dou um soco no colchão. Por que não consigo lembrar o que realmente aconteceu, agora que tenho todas essas outras lembranças de volta? Por quê?" (p.141)

Desse modo, fica quase impossível no principio da narrativa não se apegar com unhas e dentes ao livro e imaginar muitas teorias a respeito do que é verdadeiro ou falso. Estamos tão perdidos quanto Kyla, pois o que sabemos é pela visão de Kyla e, como sabemos, ela não tem memórias: ela foi reiniciada.
Após os acontecimentos do livro anterior e da luta de Kyla com Wayne, o Nivo de Kyla não funciona mais e essa luta foi o gatilho para recuperar algumas partes das lembranças de Kyla, mas ela está confusa e insegura a respeito de quem é e quem foi, aparentemente há três versões dela: Kyla, a reiniciada; Lucy, a garota dos sonhos e Chuva, integrante da R.U. Livre.
Com a entrada do personagem Nico já no finalzinho de Reiniciados, que é o chefe do grupo de Terrorista, ou melhor, R.U. Livre as coisas ficam mais ágeis e misteriosas. Em Fragmentada todos os personagens guardam segredos e muita coisa do passado virá à tona. Para Kyla é importante guardar todas essas informações para que possa chegar ao seu verdadeiro eu. Kyla lembra-se através de visões de seu passado como Chuva e há sonhos – que não deveriam existir – sobre quando ela era Lucy. A memória de Kyla foi fragmentada, destruída, reconstruída e agora, neste volume, ela tentará descobrir quem é, juntar os fios soltos de suas recordações e sonhos para ver em quem pode confiar.

"Memórias podem ser fragmentadas, encobertas por medo e negação, e trancadas atrás de uma parede." (p.07)

Kyla é uma personagem com muito potencial, o mundo desabando e cheia de inseguranças, mas ela mantém sua força inabalável e tenta encontrar soluções. Kyla é esperta, só teve uma coisa que me irritou nela: o fato dela confiar em alguém que ela tem medo. Ter medo de alguém, sentir os pelos arrepiarem não é motivo o suficiente para se afastar e desconfiar dessa pessoa? Sei que é difícil para ela decidir em quem confiar, principalmente porque ela está diante de fortes emoções sempre: Dr. Lysander e suas perguntas estranhas, Ben desaparecido, um incêndio, sua mãe filha de um referencial para os Lordeiros e seu pai doce e ao mesmo tempo assustador.
Fragmentada é um livro eletrizante do começo ao fim, ao começar é quase impossível largar até chegar a última página, novos personagens como o Lordeiro Coulson, Dr. Craig, Katran são fundamentais para atrair-nos ao mundo dessa trilogia e percebermos os jogos políticos e as manipulações psicológicas.

"Por muito tempo fui empurrada para um lado, depois para o outro, entre quem eu era e quem eu sou. Mas quem eu quero ser?
Quem eu sou agora e o que eu faço, agora, será decidido por mim, e apenas por mim." (p. 369)

Em minha opinião, após me apaixonar por Reiniciados e começar a ler Fragmentada a paixão virou amor. O segundo volume superou Reiniciados e, certamente, a continuação tem tudo para ser ainda melhor. Todas as ideias e a trama foi costurada e encaminhada para um ponto auge de muito suspense, emoção e dúvida. Simplesmente fantástico e o fim do livro... UAU, dá um gancho para o próximo livro e nos faz perder o fôlego.
Gostaria muito de indicar esse livro para todos, é uma leitura fabulosa e que irá agradar muito a quem gosta de distopias ou não, a trama é intensa, costurada e original. A personagem é forte e não tem mimimis. A narrativa de Teri Terry é encantadora e cativante. Aventure-se!

Camila Márcia

 * Este livro foi cortesia da Farol Literário

Resenha: Fragmentada (Slated, Vol. 2) - Teri Terry

quinta-feira, 29 de maio de 2014

Saudações Leitores!
Este livro foi cortesia da Editora Farol Literário, a quem agradeço muito. Estou encantada com está história. A protagonista, para mim, foi uma das maiores surpresas. Espero que vocês gostem da resenha e sintam-se impulsionados a ler este livro.

Reiniciados, Teri Terry, São Paulo: Farol Literário, 2013, 432 pág.
Traduzido por Flávia Côrtes

Reinicidados ou Slated (2012) título original, trata-se do primeiro livro de uma trilogia distópica escrita por Teri Terry.
Neste primeiro livro da série somos apresentados a um mundo futurista e diferente do qual vivemos, a história é narrada através da perspectiva de Kyla, adolescente de 16 anos que foi reiniciada. Por meio de Kyla descobrimos que o governo reinicia as crianças e adolescentes infratores que tenham menos de 17 anos e que seria um meio de dar uma segunda chance para eles. Entretanto, Kyla é diferente, ela não consegue entender e agir como todas as pessoas reiniciadas e ao longo da narrativa vamos colhendo pistas do porquê. Ser reiniciado significa ter suas memórias e lembranças apagadas e ser inserido em outra família.

"[...], mas ser transformada numa Reiniciada faz isso com você. Deixa a pessoa vazia de experiências." (p.09)

Kyla quando vai para a nova família: David, Sadra Davis (seus novos pais) e Amy Davis (irmã também reiniciada), vai com a responsabilidade de ter um comportamento normal para um reiniciado e tendo que passar por todos os processos para ser reinserida na sociedade além, é claro, de ter que manter seus Nivos estáveis – Nivo seria um aparelho que controla o cérebro do reiniciado, para que ele sofra um colapso caso ele baixe excessivamente – portanto, há um grande percurso que Kyla tem que seguir, mas ela não é uma reiniciada comum, ela tem sonhos que a apavoram e algo dentro dela diz que ela é outra pessoa.

"Minhas memórias se foram, mas parte de mim se lembra. Meu corpo, meus músculos. Como a mão esquerda com o lápis. Ela sabia o que fazer no instante em que o coloquei ali. Então não é a mesma coisa que começar do zero, não mesmo. É como se , ao dar o impulso certo, você consiga fazer coisas que tinha esquecido. Quem sabe do que mais sou capaz?" (p.77)

Nesse ínterim, Kyla conhece outras pessoas na escola como Ben, um garoto por quem se apaixona e, de certa forma, esse romance rouba muitas páginas de assuntos que deveriam ser mais interessantes, mas mesmo assim os dois são fofos. Ben também é um reiniciado, mas ele está entre os reiniciados com comportamentos normais.
Kyla também descobre várias coisas que comprometem sua permanência como reiniciada, como a DEA (Desaparecidos em Ação) e a TAG (Terroristas Antigovernistas), e percebe que a dr. Lysander, sua médica particular, pode esconder coisas comprometedoras. É tudo novo para Kyla, mas tudo o que se desenrola é assustador principalmente quando os Lordeiros entram em ação.

"Mas, sob todas essas ideias sensatas, há algo sombrio, algo enterrado. Na boca do estômago, bem lá no fundo, há uma fria certeza: eu não sei por que fui dada como desaparecida, porque tenho certeza de que o governo estava certo em me transformar em uma Reiniciada. Há algo de errado comigo, bem lá no fundo, e eu não quero saber o que é." (p.291)

Reiniciados é um livro maravilhoso e envolvente, bem juvenil o que significa dizer que traz todo um conflito adolescente sobre descoberta do amor e essas coisas, mas traz em sua essência uma crítica a sociedade e as ações humanas. Teri Terry foi magnifica ao escrever uma história tão viciante, fluida e convincente que é capaz de agradar não só o público jovem, mas adultos também, outro ponto a favor da leitura rápida é os capítulos breves – particularmente, amo capítulos pequenos. O final do primeiro livro também foi genial, com um gancho fabuloso para a continuação: Fragmentada, que, já foi publicado no Brasil.
Em resumo, só posso indicar Reiniciados, é uma narrativa encantadora e muito rápida e apesar do livro ser narrado por uma perspectiva feminina Kyla não é a protagonista cheia de mimimis adolescentes, ela é forte e determinada o que me cativou bastante.

Camila Márcia

Resenha: Reiniciados (Slated, Vol.1) - Teri Terry

domingo, 2 de março de 2014

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