Saudações Leitores!
A trilogia Slated tem um espaço cativo no meu coração ❤ e claro que eu não poderia deixar de conferir Despedaçada* já que este é o livro do desfecho e quanto peguei nesse livro fiquei tão eufórica que o devorei. Agora vocês ficam por dentro do que eu realmente achei da trilogia, porque no último livro é que a gente decide se a trilogia é boa ou não... confiram:
Despedaçada, Teri Terry, São Paulo: Farol Literário, 2014, 400 pág.
Tradução de Flávia
Côrtes
Shattered, no Brasil Despedaçada é o terceiro e último livro da trilogia Slated, precedido por Reiniciados
e Fragmentada.
Neste
desfecho, completamente coerente com todo o desenvolver da história no decorrer
dos três livros, nos colocou diante de uma nova Kyla, que agora após os
acontecimentos do livro anterior e passar por transformações estéticas da TAI
(Tecnologia de Aperfeiçoamento de Imagem) passa a se chamar Riley, nome
bastante peculiar e que demonstra que a ex-Kyla/Lucy/Chuva está tentando se
encontrar.
"Não parece grande coisa visto aqui de fora. Mas é basicamente isso que se consegue ao olhar algo pelo lado de fora. As pessoas, principalmente, podem ser tão diferentes do que aparentam que você nunca imaginaria o que elas guardam dentro de si. Do que são capazes. No meu caso, o que espreitava em meu interior estava tão bem escondido que nem mesmo eu tinha conhecimento." (p.7)
Após as
transformações, Riley, vai encontrar-se com sua mãe [mãe antes de ser
reiniciadas] através das artimanhas do DEA (Desaparecidos em Ação) e na nova
cidade e ao lado de sua mãe ela começa a fazer muitas ligações de sua antiga
vida, sua vida de reiniciada e a atual vida. Em sua casa ela acaba tendo
lembranças de fatos e acontecimentos que ocorreram dentro daquelas paredes.
Muita
coisa acontece desde o momento em que Riley/Kyla fica ligando os pontos soltos
de sua vida: a sociedade ainda vive temerosa com os Lordeiros que ao invés de
proteger a população acabam se tornando ditadores e apavorando a todos. Muitas
surpresas, perigos e descobertas sobre o programa de reiniciação das pessoas
vêm à tona.
"_A cada dia que passa, percebo mais e mais que há momentos em que, não importa o risco, alguma coisa precisa ser feita. Algumas coisas devem ser ditas. Este é um desses momentos?" (p.35)
O que acho
mais impressionante na distopia criada por Teri Terry é a capacidade que ela tem
de dar uma reviravolta tremenda nos fatos, soltar pistas no decorrer da
narrativa e sempre deixar um suspense pairando.
Outro
ponto que me faz gostar ainda mais desse livro é que a personagem principal
Riley/Kyla é muito madura e forte, bastante objetiva e apesar de seus medos e
dúvidas ela não é o tipo de personagem que faz drama, ela é forte e decidida.
Até mesmo diante de um massacre horroroso que acontece o livro, surpreendi-me
com ela.
Sobre o
desfecho, não quero soltar spoiler, mas só digo uma coisa: foi surpreendente e
coerente. Sei que vai surpreender a uns e frustrar a outros, mas que tiver o
bom senso de analisar desde o primeiro livro até este, vai ver que o destino que
a Teri proporcionou para Kyla, Ben, Aiden, doura Lysander e outros personagens
que encontramos neste livro e que nem pensávamos que existiam foi um destino
que agrada, que não tem final completamente feliz quando a sociedade mudou
drasticamente, mas que há recomeços mesmo diante de tantas perdas.
"[...] é então que eu me dou conta de que tanto a dor quanto a alegria são necessários para que a vida cresça." (p.394)
Despedaçada foi um livro maravilhoso,
no geral, a trilogia toda foi fabulosa e incrível. Esta distopia foi uma
surpresa incrível e já se tornou uma de minhas queridinhas, antes de saber como
ela terminaria já indicava a leitura imagina agora que sei o que acontece e que
achei um final bom: claro que indico ainda mais!
*Este livro foi cortesia da Farol Literário, para saber mais sobre ele, acesse AQUI.