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Resenha: O Clube dos Oito - Daniel Handler

sexta-feira, 1 de junho de 2018

O Clube dos Oito, Daniel Handler, São Paulo: Seguinte, 2018, 400 pág.
Tradução: Fabrício Waltrick
COMPRAR: Amazon

Saudações Leitores!
O Clube dos Oito (The Basic Eight) é o mais novo lançamento de Daniel Handler, também autor de Por Isso A Gente Acabou e da série Desventuras em Série (esta usando o pseudônimo de Lemony Snicket) e Quem Poderia Ser a Uma Hora Dessas?.

Quando vi a divulgação sobre este lançamento já fiquei bastante curiosa, principalmente porque amei a capa e a sinopse: seria uma espécie de thriller psicológico e mistério para jovens adultos (um Young Adultos, ou YA).
Quando coloquei minhas mãos no livro o volume teve que furar a fila de leitura, pois realmente estava ansiosa pelo que estas páginas me reservavam. No entanto, quando comecei a leitura achei o livro estranho, bizarro e confuso, a sorte é que já conhecia a escrita de Daniel e sabia que era peculiar, então insisti um pouco mais e CATAPIMBA, viciei no livro. 

Em O Clube dos Oito , vamos acompanhar Flannery Culp, que conta através de seus diários como ela foi parar na cadeia por ter matado Alex, e a história beira a bizarrice sobretudo quando conhecemos o grupo de oito pessoas (jovens) que se reúnem para jantares regados a bebidas, brincadeiras e conversas irônicas e sarcásticas.
"Apesar de todo o meu cinismo e preguiça, acho que sempre acreditei na existência de uma pessoa, em algum lugar do universo, para quem se está realmente destinado _ a quem se está destinado_, e fico bastante incomodada com o fato de existir no mundo duas ou até mais pessoas por quem você possa se apaixonar. Isso dá a entender que, caso se esforce muito, você pode estar destinado a qualquer pessoa. Talvez essa.seja uma ideia mais reconfortante."
Daniel Handler conta uma estória cheia de suspense, ironia em um tom debochado que já podemos considerar marca registrada do escritor, em O Clube dos Oito, também somos expostos a elementos próprios de YAs, ou seja, por mais que haja um suspense e seja o que podemos considerar um thriller psicológico fica evidente que o enredo é para um público mais jovem, no entanto, fãs e adultos, definitivamente, podem apreciar o volume.
Desse modo, temos um livro com muitas partes com sexo e até violência sexual - acho importante dizer isso porque há leitores que não gostam de livros que tragam ou levantem esse tema - partes onde os jovens abusam bastante de álcool e drogas em prol do lazer e divertimento, ou seja, como algo recreativo, contudo, como desde de o começo ficamos sabemos, algo foge bastante do controle, então todo o desenrolar da narrativa/diários vai nos levar a saber como os fatos se desenrolaram e culminaram no assassinato de Alex, que falando francamente, era um escroto, mas putz... não merecia morrer, né? 
"Eu não sentia tanto nojo de alguém desde pequena, quando os meninos nos provocavam no parquinho dando chutes, jogando pedrinhas e falando com a voz aguda para nos provocar. "Se eles fazem isso é porque gostam de você", os adultos diziam, sorrindo como abóboras de Halloween. Naquela época, acreditávamos e nos sentíamos atraídas por todas aquelas maldades, porque elas significavam que éramos especiais: deixem que eles nos chute, quer dizer que gostam da gente, então devemos gostar deles também. Mas agora eu me dava conta de que nossos primeiros instintos estavam certos. Os garotos não eram maus porque gostavam de alguém. Eles só eram daquele jeito e pronto."
O fato é que mesmo sabendo mais ou menos o que esperar  do enredo, surpreendi-me com o desfecho, até porque no começo do livro eu não estava conseguindo me apegar, mas depois, simplesmente não conseguia soltá-lo e ficava absolutamente intrigada com algumas coisas, muito chateada com outras, e falei alguns palavrões durante a leitura, pois MEU DEUS, como aconteceram coisas que deixaram meu sangue fervendo... Obviamente, que tudo tornou a leitura ainda mais viciante. E cheia de coisas que me fizeram refletir sobre o psicológico e o comportamento humano. 
Agora, que finalizei a leitura, poderei voltar a viver (rsrsrs). Sério, nem sei como explicar para vocês... Sinceramente, de verdade, super amei a narrativa debochada, os personagens loucos, o enredo surreal, todos os componentes do livro tornaram a experiência de leitura algo peculiar e singular. Pra completar: que plot twist, meu povo!!!... Tá certo que sou meio lesada para me tocar das coisas, mas, obviamente, foi surpreendente.

Pra completar esse final me deixou meio cheia de pensamentos e reflexões, com certeza vou ficar pensando em O Clube dos Oito por algum tempo. 

Só leiam.
"_Somos só oito? Fazemos tanto barulho que sempre acho que somos mais." 

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