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Resenha: A Maldição do Espelho - Agatha Christie

segunda-feira, 8 de junho de 2020

A Maldição do Espelho, Agatha Christie. Rio de Janeiro: HarperCollins Brasil, 2016, 258 págs.
Tradução: Ana Maria Mandim
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Saudações Leitores!
A Maldição do Espelho (The Mirror crack'd From Side to Side, 1962), de Agatha Christie, é mais um livro lido para o #PJLendoAgathChristie2020, portanto, já tem vídeo-resenha no canal sobre esse livro, espero que vocês possam conferir também.

Não é a primeira vez leio A Maldição do Espelho, portanto, minhas impressões aqui serão sobre essa releitura, certo? Outro detalhes acerca desse volume é que, esse romance policial, traz a detetive amadora Miss Marple que é figurinha carimbada em vários livros da escritora.

Assim, A Maldição do Espelho vai trazer uma história que se passa na cidade/vilarejo fictício St. Mary Mead, na zona rural da Inglaterra, toda a comunidade está se adaptando as transformações do vilarejo que está se modernizando e já até conta com vários loteamentos e pessoas novas morando na cidade.


Tinha-se que encarar o fato: St. Mary Mead não era mais o mesmo lugar. Em certo sentido, naturalmente, todas as coisas tinham mudado. Você poderia culpar a guerra (as duas) ou a nova geração de mulheres trabalhando fora, ou a bomba atômica, ou apenas o governo, mas o que realmente fazia sentido era o simples fato de que se estava envelhecendo. Miss Marple, que era uma velha senhora muito sensível, sabia perfeitamente disso. Apenas, de uma maneira singular, ela o sentia mais em St. Mary Mead, porque ali fora seu lar por muito tempo.

É nesse ínterim, que uma atriz muito famosa e adorada, chamada Marina Gregg, juntamente com seu atual marido, Jason Rudd, que é muito devotado à esposa, compram a mansão Gossington Hall (que já foi palco dos holofotes no livro Um Corpo na Biblioteca) da sra. Dolly Bantry e, decidem, se mudar para a região.

Todos os moradores de St. Mary Mead ficam excitados com a perspectiva de terem uma atriz morando no vilarejo e, principalmente, de terem a possibilidade de cruzarem com ela em algum momento.


Então, Marina Gregg acaba oferecendo uma festa beneficente no terreno de Gossington Hall, convidando as principais personalidades da vila para se encontrarem numa recepção privada dentro da mansã - inclusive convidam a sra. Bantry por ela já ter sido dona de Gossington Hall.

Só que um infeliz incidente acontece nessa festa e uma mulher, chamada Heather Badcock, morre envenenada e choca toda a comunidade, que passa a falar sobre o assunto e, claro que Miss Marple toma conhecimento do ocorrido e decide fazer suas próprias investigações.

Devo dizer que, no caso de Heather Badcock, não acredito que poderia ser um crime deliberado. Não direi que é impossível. Nada é impossível, mas não parece ser. Não, acho que a verdade está aqui, em algum lugar.


Miss Marple, já bem mais idosa e com problemas de saúde (está convalescendo de uma bronquite), acaba não indo à campo para as investigações, mas consegue juntar pistas e observar os falatórios para chegar as suas próprias conclusões.

Não é à toa que quando a Scotland Yard fica responsável para desvendar o crime, Dermot Craddock, o detetive oficial responsável pelo caso, conhecendo a fama de Miss Marple, não pensa duas vezes ao entrar em contato com Miss Marple e pedir conselhos e indicações para solucionar o caso.

Apesar de A Maldição do Espelho ser uma releitura, devo confessar que não conseguia me lembrar de nada, apenas tive uma sensação de familiaridade com o livro, mas talvez meu subconsciente tenha feito com que eu conseguisse "desvendar" o caso, pois eu descobri quem foi o assassino, porém, não consegui chegar ao cerne e compreender a motivação para o crime.


Se você olha dentro da alma de alguém por acidente, você se sente um pouco embaraçado em aproveitar-se disto

Devo confessar que A Maldição do Espelho conseguiu me surpreender em várias partes e me chocar também com alguns eventos inesperados, o que foi algo realmente bom, pois amo quando Agatha Christie me deixa impactada.

Sempre vou amar Miss Marple e a forma como ela soluciona "seus casos" de assassinato fazendo associação com algum conhecido e apontando o quanto os tempos podem mudar, mas as pessoas e os sentimentos continuam os mesmos.

O novo mundo era exatamente como o velho. As casas eram diferentes, as ruas chamavam-se vilas, as roupas diferentes, assim como as vozes, mas os seres humanos eram os mesmos. E, apesar de usarem linguagem um pouco diferentes, os assuntos das conversas eram iguais.


No entanto, também devo admitir que nunca consigo me conectar tanto com os livros de Miss Marple porque como ela atua de forma amadora, acabamos não acompanhando efetivamente sua investigação, por exemplo, aqui em A Maldição do Espelho quem acompanhamos de perto é o detetive Dermot Craddock.

Todavia, os livros com Miss Marple são realmente geniais e Agatha Christie consegue explorar todos os aspectos da história e ainda trazer pontos interessantíssimos como o desenvolvimento das cidades do interior da Inglaterra, os costumes dessas regiões, etc. A Maldição do Espelho é uma leitura deliciosa e absolutamente envolvente, portanto, não poderia terminar este post sem recomendá-lo.

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