Implacáveis não é o ponto mais alto da série, mas continua sendo aquele tipo de leitura que te pega pelo "só mais um capítulo” até perceber que já terminou o livro.
Saudações, Leitores!
Nem acredito que finalizei o 10º volume (ainda faltam 6 + alguns extras) da interminável, viciante e altamente dramática série Pretty Little Liars: Implacáveis (Ruthless, 2011), segundo livro do Arco 3 dessa série, escrita pela estadunidense Sara Shepard. Acredito que ainda não comentei, mas vocês devem saber que a autora é praticamente uma fábrica de segredos e reviravoltas, responsável não só pela série Pretty Little Liars, mas também por outras séries e livros como The Lying Game, As Perfeccionistas e Os Amadores e tantos outros (tenho muita curiosidade de ler outros livros da autora, mas o objetivo é finalizar PLL antes).
Vale a pena lembrar que, aqui no site, temos as resenhas dos livros anteriores: Arco 1 - Maldosas, Impecáveis, Perfeitas e Inacreditáveis. Livro extra: Os Segredos Mais Secretos. Arco 2 - Perversas, Destruidoras, Impiedosas, Perigosas. E Arco 3 - Traiçoeiras.
Em Implacáveis, voltamos à cidade de Rosewood, onde Aria, Spencer, Hanna e Emily continuam na sua maratona de más decisões e péssimos instintos de sobrevivência. É impressionante como, depois de 10 livros, elas ainda acreditam e confiam segredos a pessoas que acabaram de conhecer, dão palco a mensagens misteriosas, estranhos charmosos e desculpas mal contadas. Se o "A" mandasse “me encontre sozinha no beco escuro”, elas levariam lanche e ainda agradeceriam o convite. Essas coisas me incomodam, além do mais quando elas suspeitam que alguém é "A" ao invés de ponderarem e não saírem sozinhas, elas ficam ainda mais bobinhas tomando decisões erradas.
Em Implacáveis, tal como nos volumes anteriores, temos várias tramas paralelas: Aria continua temerosa com alguma coisa que aconteceu na Islândia (esse mistério está acabando comigo), sem contar que ela se encontra rodeada por sentimentos de culpa e ciúmes de seus ex que não tem como ser saldável, novidade zero, né?; Spencer encara os fantasmas do verão passado ao aparecer uma personagem com quem ela agiu de uma maneira covarde e pode ser que esse reencontro dê muito ruim; Hanna continua na sua luta para manter a imagem social impecável (enquanto tudo desmorona nos bastidores), principalmente ao se envolver e se apaixonar perdidamente (e muito rapidamente, diga-se de passagem) por um bonitão que acabou de conhecer, tudo bem, essa atitude dela pode ter a ver com sua baixa autoestima, mas será que já não deu para aprender?; e Emily ainda está tentando entender como se meteu nessa bagunça toda da pior forma possível se apaixonando por uma garota que talvez não goste de garotas, parece-me que isso não é novidade afinal ela tem sempre essa atitude de gostar demais de pessoas que não estão na mesma sintonia.
O mais aterrorizante para as Belas Mentirosas é que por trás dessas pequenas tragédias pessoais, paira uma sombra maior: quem é o novo "A" e, como já mencionei, um enigmático mistério sobre algo que aconteceu na Islândia. A história vai jogando pistas de forma quase cruel, e você fica naquela ansiedade: O que, raios, aconteceu lá? Tô para pirar, JURO!
Acho importante frisar que neste volume nos deparamos não só com várias tramas para cada uma das Liars, mas também com temáticas e pautas importantes que trazem debates como infrações cometidas por menores de idade, abuso de drogas, menores bebendo bebidas alcoólicas, problemas mentais, ansiedade e tentativa de cometer suicídio. Tudo isso é explorado de maneira mais profunda ou não, mas a questão é que levanta as pautas que giram em torno do universo dos adolescentes e que se faz pertinente a reflexão.
Sem dúvida, Sara Shepard sabe como manter o leitor grudado nas páginas, mesmo quando o enredo dá uma leve esfriada. E aqui está a minha confissão: gostei muito de Implacáveis, mas achei o mais morno da série até agora. Não que não tenha reviravolta (tem, e várias), mas porque parece que as meninas estão vivendo um looping de ingenuidade infinita. É como se elas fizessem questão de aprender zero com as experiências traumáticas anteriores. A cada página, eu queria gritar: minha filha, ACORDA, isso é claramente uma armadilha!.
Ainda assim, a escrita de Shepard é tão ágil e direta que você lê sem sentir o tempo passar. Ela sabe dosar fofoca, tensão e drama adolescente de uma forma que, mesmo quando o volume não é explosivo, ainda é divertido.
Definitivamente, Implacáveis não é o ponto mais alto da série, mas continua sendo aquele tipo de leitura que te pega pelo "só mais um capítulo” até perceber que já terminou o livro. Sara Shepard mantém seu talento de transformar dramas adolescentes em quase thrillers, e mesmo quando as meninas erram feio (de novo), a gente segue acompanhando porque, no fundo, estamos tão viciados quanto elas estão em se meter em encrenca.
E cá entre nós: se algum dia eu descobrir o que realmente aconteceu na Islândia, prometo que conto. Ou não… afinal, aprendi com PLL que segredos são muito mais divertidos quando guardados. Já viram que estou ansiosa para o próximo volume, certo?
Espero que tenham gostado do veredito, até a próxima postagem!
FICHA TÉCNICA |
Título Original: Ruthless: A Pretty Little Liars Novel Autor: Sara Shepard Tradutor: Fal Azevedo Gênero: Ficção. Drama. Jovem. Suspense. Mistério. Editora: Rocco Ano: 2011-2014 | 320 págs. País de Origem: Estados Unidos Classificação: +15 Aviso de Conteúdo: Traição. Assassinato. Problemas mentais. Mentiras. Manipulação. Uso de drogas. Ideação suicida. Minha avaliação:⭐⭐⭐ (3,5/5) |
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