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Resenha: A Química - Stephenie Meyer

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2017

A Química, Stephenie Meyer, Rio de Janeiro: Intrínseca, 2016, 496 pág.
Tradução: Adalgisa Campos da Silva, Cássia Zanon, Maria Carmelita Dias

The Chemist (2016), no Brasil A Quimica, trata-se do lançamento e obra inédita da escritora Stephenie Meyer, mesma autora da Saga Crepúsculo. Além da Saga (que não tenho resenhado no blog, pois quando a li não tinha e nem sonhava em ter um blog) a autora escreveu, A Breve Segunda Vida de Bree Tanner, Crepúsculo: Guia Oficial Ilustrado da Série, A Hospedeira e Vida e Morte - Crepúsculo Reimaginado.

Comprei A Química em pré-venda de tão curiosa que fiquei ao saber que Meyer estava publicando uma obra inédita, mas quando o livro chegou em minhas mãos, confesso que fiquei com "medinho" de ler e de ser uma baita decepção, mas encarei o livro e não posso dizer que amei, porque não amei, mas também não foi ruim, foi normal, sabe? Eu não queria que fosse um livro normal, pelo contrário, queria que mexesse comigo, No entanto, se tem uma coisa que a Stephenie Meyer soube fazer bem foi se reinventar, veja bem: saiu de uma fantasia polêmica e sucesso mundial (Saga Crepúsculo), passeou por livro de Ficção Científica (A Hospedeira) e agora escreveu um livro de ação/espionagem.
De fato a proposta é interessante, mas acho que Stephenie pecou nos personagens, são ingênuos demais para serem espiões e torturadores, não foram cativantes em momento nenhum e isso diminui - grandemente - o gosto pelo livro, além disso, Meyer não manteve o mesmo ritmo, ou seja, o começo é absurdamente arrastado, o meio lento e o final rápido demais. De fato, precisa-se de muita força de vontade para terminar a leitura. Mas eu gostei do livro? Sim! É da Meyer, ela é criativa e mesmo sendo bem moroso, escreve muito bem, de forma a deixar o leitor curioso para saber o desfecho da história. Sim, ela consegue manter o suspense do começo ao fim.
Em A Química temos uma personagem que trabalhava para o governo Americano, uma agência desconhecida e super secreta, mas de torturadora especial, a personagem, que agora utiliza-se do nome Alex, se tornou a caça e não a caçadora, no entanto, seu ex-chefe entra em contato com ela passando uma última missão e dizendo que após o cumprimento dela, ela estaria livre e não precisaria mais fugir. Claro que Alex aceita o desafio, entretanto fica sempre com o pé atrás. A partir desse momento o livro é cheio de ação e torturas , identidades secretas e fugas. O suspense rola solto durante todo o livro e, de fato, nem nós leitores, sabemos em quem acreditar.
"No contexto de sua vida atual, matar significava ganhar. Não a guerra, apenas uma pequena batalha por vez. Ainda assim, cada batalha representava uma vitória. O coração de outra pessoa deixaria de bater e o dela continuaria pulsando. Alguém iria atrás dela e, em vez de uma vítima, encontraria um predador. Uma aranha-marrom, invisível por trás de sua teia traiçoeira." (p.13)
Como eu disse, A Química, poderia ter sido um livro excelente, mas Meyer introduziu um romance no meio de todo o caos que ficou tão forçado e sem fundamento algum, de repente os dois se amavam profundamente e irreparavelmente, mesmo após muita coisa bizarra tendo acontecido entre o casal, contudo, o ponto positivo foi que desta vez, Stephenie não introduziu nenhum drama em relação a triângulos amorosos, o que foi muita sorte, porque se houvesse isso aqui, CÉUS, não ia ser nada, nada, nada bom.

Acredito que para ter sido mais coerente o lance do romance deveria ter acontecido só no final, mas como aconteceu pelo meio e foi dedicada várias páginas para isso se tornou tão chatinho, o casal simplesmente não consegue cativar.
"A gente cria tantas ideias sobre as pessoas, fabrica a pessoa que deseja e, depois, tenta manter a pessoa real dentro do molde falso. Nem sempre funciona bem." (p.67)
Um ponto que percebi em A Química é que Meyer usou uma linguagem mais cômica e tentou fazer piadinhas nas falas e ações dos personagens e tornou a leitura mais despretensiosa e engraçadinha, mas o fato é que nem isso serviu para me fazer criar alguma espécie de afeto pelos personagens. Simplesmente serão personagens que daqui há algum tempo nem conseguirei lembrar dos nomes.

Em fim o que mais gostei de verdade neste livro é que depois de Bella (Crepúsculo) e Melaine/Peregrina (A Hospedeira) Meyer criou uma personagem completamente inversa: uma super mulher calculista, corajosa, independente e uma máquina mortífera, ela não precisa que ninguém a defenda ou proteja, pode fazer isso por ela mesma. Alex é, sim, uma Girl Power!
"Você vai cometer erros, porque é impossível saber o que é erro e o que não é até estar feito. Mas erros não significam que você é culpado pelo que está acontecendo." (p.318)
Sendo bastante sincera nesta conclusão sobra a leitura de A Química, este livro mostra o quanto uma escritora está sempre se reinventando, no entanto, mas acho que não irá agradar todos os leitores da escritora, é um livro que não será capaz de chamar tanta atenção quanto  a Saga Crepúsculo chamou. Portanto, aproveitem a leitura, mas não esperem muito e, assim, quem sabe vocês poderão se surpreender!

2 comentários :

  1. Oi Mila, uma grande maioria se apaixonou pelos livros do Crepúsculo na época do lançamento né, e confesso que minha vontade de ler esse livro é mais pelo carinho que eu tenho pela autora. Tomara que eu goste.
    Beijos
    [SORTEIO] Aniversário de 1 Ano: Livro - Perdida
    Quanto Mais Livros Melhor

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    Respostas
    1. Verdade Priscila, também resolvi ler o livro porque tenho carinho pela Meyer, mas não curti muito, no entanto, a escrita dela continua cativante.

      xoxo
      Mila F.

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Muito obrigada pelo Comentário!!!!

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