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Saudações Leitores!
Quando soube do lançamento de mais um livro da Jodi Picoult no Brasil: Coração de Mãe* confesso que fiquei emocionada e já fui logo pensando que precisava ler esse livro o quanto antes. Tudo me agradou desde a capa lindíssima até a sinopse com gosto de emoção, então solicitei para a Editora que, gentilmente, cedeu um exemplar e pude me comover com a leitura e, hoje, resenhar esta história para vocês. Espero que gostem:


Coração de Mãe, Jodi Picoult, Campinas, SP: Verus, 2014, 576 pág.
Tradução de Cecília Camargo Bartalotti

Harvesting the Heart publicado originalmente em 1993 foi lançado recentemente no Brasil com o título Coração de Mãe, que ficou bem mais interessante do que se tivessem feito a tradução literal do título. Jodi é uma atora americana de grande sucesso e que eu tenho uma admiração incrível por seus livros, já li e resenhei aqui no blog A Guardiã da Minha Irmã e As Vozes do Coração.
Ler Jodi Picoult é saber que irá se emocionar e em Coração de Mãe é impossível deixar de lado as emoções, por vários momentos eu me pegava aos prantos lendo esse livro. Jodi Picoult faz um jogo na narrativa em que podemos ficar a par do pensamento, sentimento e ações de cada um dos principais personagens e nesse meio tempo ficamos impossibilitados de julgá-los, porque compreendemos seus sentimentos, pensamentos e ações.
Em Coração de Mãe conhecemos Paige e Nicholas, os capítulos do livro são sob a visão de Paige e de Nicholas. Em cada capítulo vamos nos aprofundando sobre cada um personagem e seu circulo social e história familiar – é comum Jodi Picoult fazer isso, os livros que já li da escritora ela usa esse mesmo esquema que, para mim, parece ser sua marca registrada, além de sempre escrever histórias dramáticas e com muito sentimentalismo a flor da pele.

"O que eu queria lhe dizer era: Não estou pronta para ser mãe. Não consigo nem ser sua esposa enquanto não juntar os pedaços da minha vida e preencher os buracos. Eu vou voltar, e recomeçaremos de onde paramos. Não vou esquecer você, eu te amo." (p.237)

Paige cresceu sem mãe, sua mãe a abandonou quando ela tinha cinco anos e isso foi um trauma doloroso, até porque ela cresceu escutando o pai lhe dizer que ela era parecida com a mãe. Como crianças não entendem bem o que os adultos falam ela cresceu acreditando que seu destino era seguir os passos da mãe. Nicholas cresceu numa família rica e bem estruturada, tinha que ser o melhor em tudo o que fazia, por isso ele luta para ser o melhor médico.
Quando Paige e Nicholas se conhecem é um sentimento que vai surgindo aos poucos, mas num piscar de olhos se tornou algo grande, os dois casam e vivem normalmente até Paige descobrir que está grávida e viver inúmeros conflitos: Como ela que nunca teve mãe poderá ser uma? Por que ela não contou todos os seus segredos para Nicholas?

"[...] ao fazer amor com Nicholas, descobri que o que estava faltando tinha sido preenchido. Um pouco com um remendo, mas ainda assim, estava melhor. Nicholas tinha a capacidade de me preencher." (p.76)

O livro vai girar em torno de várias perguntas e respostas, ações precipitadas, medos, lutas, amor e conquistar um coração que está quebrado. Em momento algum o livro se torna monótono, pois quando falando que o livro fala de relações familiares pode soar como algo clichê e chato, mas não é. Pelo contrário, a história é fabulosa, os sentimentos são intensos, os personagens são incríveis e tudo é amor e sentimento e intensidade o que faz qualquer pessoa se emocionar independente de ter passado por algo parecido ou não.
Chorei, fiquei apaixonada e encantada por Paige e Nicholas. Coração de Mãe só me fez refletir que não temos o direito de julgar alguém, sobretudo porque não conhecemos seu coração e as suas razões, é um livro lindo e se tornou um de meus favoritos e gostaria que muitas outras pessoas tivessem a oportunidade de lê-lo. Simplesmente recomendo muito esta leitura. Perfeito!


*Este livro foi cortesia da Editora Verus, para saber mais sobre ele clique AQUI.

Resenha: Coração de Mãe - Jodi Picoult

terça-feira, 16 de dezembro de 2014

Saudações Leitores!
Tem escritores que nos marcam profundamente, isso aconteceu com Jodi Picoult, então, quando soube do lançamento de As Vozes do Coração* não poderia deixar de ler e a leitura ocorreu como previ, foi maravilhosa, mas me deixem falar um pouco mais desse livro para vocês...


As Vozes do Coração, Jodi Picoult, Campinas, SP: Verus, 2014, 392 pág.
Traduzido por Sandra Martha Dolinsky

Songs of the Humpback Whale, cuja tradução literal do título não tem nada a ver com o título brasileiro As Vozes do Coração [que na minha humilde opinião ficou bem melhor], foi escrito pela americana Jodi Picoult, escritora best-seller que também escreveu A Guardiã da Minha Irmã que sofreu adaptação cinematográfica: Uma Prova de Amor. As Vozes do Coração não é um livro novo, foi publicado originalmente em 1992, entretanto, apenas agora foi traduzido para o Brasil.
As Vozes do Coração é um livro lento que visa nos fazer entender psicologicamente várias situações e emoções que os personagens viveram, mas é bom deixar claro que mesmo ele sendo lendo não significa que seja ruim ou monótono. Jodi Picoult tem um dom incrivelmente fabuloso de encantar seus leitores com suas narrativas e independente de algumas repetições de um mesmo fato sob a visão de vários personagens de cada uma dessas 'repetições' ficamos sabendo de algo mais - algo que só aquele personagem percebeu - o que é interessante porque, na medida em que as mesmas pessoas estejam no mesmo local e vivendo a mesma situação elas a vivem de forma diversa.

"A maçã, digo-lhes, veio antes de Adão e Eva na história da Criação. Deve ter sido pelo menos três anos antes, porque esse é o tempo que leva para uma nova árvore dar frutos, imagine então conhecimento carnal." (p.69)

O livro é narrado em primeira pessoa sob a visão de seus personagens: Jane, Oliver, Rebecca, Joley, Hardley e Sam, personagens que não são particularmente especiais, mas que tem suas vidas cruzadas e são incrivelmente humanos e impressionantes à medida em que a narrativa se desenvolve.
Jane e Oliver são casados, mas vivem um casamento nublado: cheio de mágoas, compromissos e abandonos. É como na medida em que os anos passavam o amor fosse diminuindo e morrendo por falta de cultivo. Os dois tem uma filha Rebecca, com 15 anos, ela guarda mágoa do pai por ele não dar atenção a sua família, por estar ausente e não participar de sua vida. Rebecca vive na companhia da mãe. E quando Jane resolve fugir de casa, por muitos motivos, Rebecca foge com a mãe, elas viajam por cidades até chegarem ao pomar de Sam, onde Joley, irmão de Jane e tio de Rebecca, trabalha e mora. O trajeto até o pomar é uma descoberta de vida para Jane que terá que aprender a viver e conhecer seus sentimentos, isto é, descobrir-se. 

"Apesar disso tudo, Oliver tem alguma coisa. Você sabe do que estou falando - ele foi o primeiro homem que realmente me tirou o fôlego, e às vezes ainda consegue. É a única pessoa com quem me sinto à vontade o suficiente para partilhar uma casa, uma vida, uma filha. Ele consegue me fazer voltar quinze anos no tempo só com um sorriso. Apesar das diferenças, Oliver e eu temos Oliver e eu." (p.14)

Quando chegam ao pomar de Sam, Jane o conhece como ninguém jamais o conheceu e o faz confrontar seus medos e os dois desabafam suas mágoas até se verem apaixonados e vivendo uma avassaladora paixão. Talvez estivesse escrito este sentimento, talvez não, mas ambos aprenderam muitas coisas juntos, inclusive, perdoarem-se.
Nesse ínterim, Rebecca descobre o amor, por Hardley e os dois vivem intensamente cada momento, mesmo Hardley sendo dez anos mais velho que Rebecca. Hardley é como se fosse um porto seguro para Rebecca, ele não carrega os problemas do abandono do pai, os sofrimentos da mãe e os dois desabafam. Fica evidente a importância dele na vida de Rebecca.

"Não sei como manter unida uma família, especialmente uma que parece um vaso de relíquia, quebrado, mas que foi colado porque é bonito, e ninguém menciona que dá para ver as rachaduras, tão claras como o dia." (p.37)

Contudo, Oliver se vê desolado ao perceber que não conseguiria viver sem sua mulher e sua filha, apesar de achar que isso fosse possível, então parte em busca delas para tentar convencê-las a voltar, mas em sua trajetória ele também vai se descobrir e descobrir os motivos de querer que Jane e Rebecca voltem a fazer parte de sua vida, ele terá que aprender a perdoar e sobretudo, pedir perdão.

"Não vou procurá-las enquanto não souber que dizer. Não vou aparecer sem ter nada para mostrar. Tenho muita coisa a fazer, mas, neste momento, estou agindo puramente por instinto. É terrivelmente difícil, mas eu as deixo ir." (p.226)

Cada personagem é maravilhosamente delineado e cada história e fato narrado leva a um fim que nem sempre será o que nós mesmos escolheríamos, mas é plausível quando se analisa toda a história ao redor não só de Jane, Oliver e Rebecca, mas de todos os personagens. É impressionante como Jodi Picoult escreveu As Vozes do Coração de uma forma harmônica e singela, a história é cruel e ao mesmo tempo mágica, além do mais Jodi segue seu padrão de tratar em seus livro de temas fortes e marcantes, neste ela traz temas como violência família e sexual a tona. Há um choque de emoção em cada página e uma mensagem incrível quando percebemos que boa parte da história se passa num pomar onde todos estão rodeados do fruto proibido.

"O problema é que, quando temos idade suficiente para realmente encontrar uma alma gêmea, já estamos carregando todo um excesso de bagagem. Como onde crescemos, e quanto dinheiro ganhamos, e se gostamos, e se gostamos do interior ou da cidade. E, às vezes, na maioria das vezes, nós nos apaixonamos profundamente por alguém que simplesmente não podemos comprimir dentro dos limites de nossa vida. A questão é: quando o coração define nossa visão sobre alguém, não consulta a mente." (p.380)

Em suma, este livro é incrível e não posso deixar de indicá-lo além de dizer que toda a trajetória dos personagens é também uma trajetória de descobrimento do leitor. Eu sou fã da Jodi Picoult e creio que é difícil não se tornar apaixonado por sua escrita quando se lê algo dela. 

Camila Márcia


*Este livro foi cortesia da Editora Verus, para saber mais sobre ele acesse aqui.

Resenha: As Vozes do Coração - Jodi Picoult

segunda-feira, 21 de julho de 2014

Saudações Leitores!
Fazia algum tempo que queria ler esse livro. Para falar a verdade, desejei ler esse livro no momento em que assisti ao filme e soube que era adaptação de um livro. A Editora Verus me concedeu a oportunidade de lê-lo ao me enviá-lo para resenhar. Eis que agora vocês podem conferir minha resenha, confesso: resenha sentimental, pois o livro me fez derramar lágrimas.


A Guardiã da Minha Irmã, Jodi Picoult, Campinas, SP: Verus, 2011, 433 pág.
Traduzido por Julia Romeu

My Sister’s Keeper publicado originalmente em 2004 foi publicado no Brasil com o título A Guardiã da Minha Irmã, escrito pela americana Jodi Picoul, que tem vários livros escritos e publicados e, muitos deles, sofreram adaptações cinematográficas, entre os que sofreram adaptação está A Guardiã da Minha Irmã, em 2009, entretanto o filme no Brasil tem o título Uma Prova de Amor.
Sem sombra de dúvida o livro é bem escrito e Picoult tem uma narrativa cativante que faz com que o leitor não tenha vontade de largar seu livro, além desse detalhe, há algo que pode ser considerado por muitos um ponto positivo ou não: a escritora, é bastante detalhista. Por que digo isso?

"Ao contrário do resto do mundo, não cheguei aqui por acidente. E, se seus pais só tiveram você por um motivo, é melhor esse motivo existir. Porque, quando ele desaparecer, você vai desaparecer também." (p.14)

O enredo é simples e complexo: Anna Fitzgerald, de 13 anos, foi geneticamente feita em laboratório para ser uma doadora compatível para sua irmã, Kate (16 anos) que tem leucemia promielocítica aguda (LPA) diagnosticada aos três anos de idade e desde esse tempo, toda a família Fitzgerald tem como centro Kate, e, portanto, acaba esquecendo Jesse, o irmão mais velho que se torna um rebelde, e Anna é vista numa boa parte das vezes apenas como a doadora de Kate.

"Houve algum erro. Foi o vidrinho de sangue infeliz de outra pessoa que a médica analisou. Olhe para minha filha, para o brilho de seus cachinhos revoltos e para o voo de borboleta que há em seu sorriso - esse não é o rosto de alguém que está morrendo aos poucos.
Eu a conheço há dois anos. Mas se você pegar cada lembrança, cada momento, e colocá-los um ao lado do outro, eles se estenderão até o infinito." (p.40)

Sara e Brian, pais de Jesse, Kate e Anna acabam negligenciando e não escutando a família por conta das muitas recaídas e crises de Kate, e quando chega a um dia fatídico em que Anna entra com um pedido de emancipação junto com seu advogado Campbell Alexander, pois ela se recusa a continuar sendo doadora de Kate e assim ter que doar um rim para ela.
Sara, sua mãe, revolta-se e tenta brigar judicialmente contra a emancipação já que se Anna não doar um rim para Kate, Kate que está morrendo, morrerá muito mais rápido. Brian, o pai, está muito dividido sobre o que considerar certo e errado: se Anna não doar o rim Kate morre, mas Anna não quer doar o rim e Kate já viveu com essa doença um tempo muito maior do que todas as expectativas. Será justo obrigar Anna doar uma parte de seu corpo para que Kate viva por mais tempo?

"Ser pai é apenas uma questão de seguir as pegadas dos filhos, torcendo para que eles não se afastem tanto que você não consiga mais ver seus passos." (p.157)

A Guardiã da Minha Irmã é um livro forte que lhe coloca de frente com o que é certo, errado, ético ou não. Na verdade, o próprio leitor não sabe de que lado ficar nessa história e para completar, magnificamente Jodi Picoult coloca cada capítulo narrado por um dos personagens: Anna, Sara, Brian, Jesse, Campbel Alexander e até a curadora ad litem, Júlia. É tremendamente atordoante saber os pensamentos, os sentimentos e os motivos que cada personagem tem.

"Agora que isso não é mais uma situação hipotética, me parece que um pai ou mãe só pode fazer duas coisas quando lhe dizem que seu filho tem uma doença fatal. Ou você se desmancha e vira uma poça, ou leva aquele tapa na cara e se força a erguer o rosto de novo para levar mais." (p.241)

Este é o primeiro livro da Jodi Picoult que leio e confesso que gostei tanto que pretendo ler outros livros da escritora, há vários já publicados no Brasil. De forma bem pessoal, tenho que dizer que há tempos não chorava tanto lendo um livro como chorei lendo A Guardiã da Minha Irmã e mesmo que ele tenha partes bem jurídicas e médicas, pois tudo gira em torno do processo de Anna e da saúde de Kate, devo dizer que me surpreendi lendo e que me emocionei bastante, afinal tem muito sentimento envolvido nas palavras, frases, parágrafos e capítulos deste livro. Às vezes, a vida nos reserva surpresas e, às vezes, são os livros que escondem surpresas, fico grata por ter tido a oportunidade de me surpreender e emocionar com A Guardiã da Minha Irmã.

"Mas ser mãe é completamente diferente. Você quer que seu filho tenha mais do que você jamais teve. Quer acender um fogo debaixo dele e vê-lo subir aos céus. É mais que as palavras. Mas cabe tudo direitinho aqui dentro." (p.415)

Desejo que muitas outras pessoas ao lerem essa resenha se interessem por esse livro que tem uma história linda para contar, dolorosa e triste, mas linda. Que tal se confrontarem com questionamentos tão complexos que você jamais saberia resolvê-los se estivesse vivendo a mesma situação? Que lado é o certo de ficar? Leia e descubra.

Camila Márcia

Resenha: A Guardiã da Minha Irmã - Jodi Picoult

sexta-feira, 25 de outubro de 2013

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