Saudações Leitores!
Li esse livro em Dezembro e foi uma experiência fantástica, muitas emoções me invadiram durante a leitura e sei que esta resenha não chega aos pés do que senti ao ler e que nem mesmo é digna do livro, provavelmente, o leitor só entenderá esta minha afirmação se conhecer ou após conhecer a obra que, já adverto, merece ser lida. Tem muita crítica social e nos faz refletir acerca da sociedade, política, humanidade e ideologias.
Um ponto que preciso salientar é que é impossível resenhar uma série ou trilogia sem soltar spoiller, então já os deixo avisados: contém spoiller!
Em Chamas. Suzanne Collins. Rio de Janeiro: Rocco, 2011, 413 pág.
Tradução de Alexandre D’elia.
Tradução de Alexandre D’elia.
Catching fire é o segundo livro da trilogia Jogos Vorazes (ler resenha do primeiro livro Aqui) e foi publicado em 2009, mas ganhou maior destaque depois da adaptação cinematográfica de Jogos Vorazes (ler minha opinião do filme Aqui). O livro foi escrito pela norte-americana Suzanne Collins, autora também de As Crônicas do Subterrâneo.
Após os trágicos acontecimentos em Jogos Vorazes, Em
Chamas temos a continuação dos fatos, um ano após os Jogos, há a preparação
para a Septuagésima Quinta Edição dos Jogos Vorazes, que vem marcada por um
evento que acontece a cada 25 anos que é o Massacre Quaternário. Os
vitoriosos também tem que sair em uma turnê pelos 12 distritos de Panem a fim
de provar que o amor entre eles continua.
Entretanto, após a edição anterior dos Jogos Vorazes
começam a existir uma onda de insatisfação em alguns distritos a qual o
presidente Snow tenta contornar com tirania e manipulação de ideologias e
informações.
A narrativa se desenvolve e para tentar contornar a
catástrofe geral e “comemorar” a nova edição dos jogos e o Massacre
Quaternário, o presidente Snow anuncia que dois dos vitoriosos de cada distrito
terão de voltar à arena e jogar até a morte ou matar.
Sim, os vitoriosos são os nossos mais fortes. São os que sobreviveram à arena e escaparam das agruras da pobreza que estrangula o esto de nós. Eles,ou será que deveria dizer nós, somos a própria esperança encarnada onde não há nenhuma esperança. E agora vinte e três de nós serão mortos para mostrar como até mesmo a esperança era uma ilusão. (p189)
É terrível tudo o que Katniss e Peeta vão passar nesse segundo livro da trilogia, mas é incrível o que o leitor pode conhecer dos personagens. Confesso que minha admiração por Peeta cresceu consideravelmente e percebi o quanto ele é genial (
Enquanto na arena dos Jogos um verdadeiro terror se
instaura e formam-se aliados é incrível e ao mesmo tempo assustador o que
acontece lá. Durante os jogos são terríveis as provações para todos os
participantes.
É também nesse volume que conhecemos melhor o
presidente Snow e o quanto ele pode ser um vilão terrivelmente cruel e
impassível. Eu o detestei mais que tudo nessa vida, a cada aparição dele ou
menção de seu nome eu ficava revoltada.
Também é em Em
Chamas que conhecemos novos personagens (Johanna, Beetee, Finnick) que são
imprescindíveis e muito misteriosos e que o leitor passará o livro inteiro se
questionando se pode ou não confiar nestes novos personagens. Claro que Effie,
Cinna, Prim, Gale, Haymitch também continuam dando o ar da graça e ao mesmo
tempo irritando o leitor ou fazendo o coração ficar apertadinho de emoção.
Só posso dizer que nem bem começou o livro e já estava
revoltada com a Capital, os Pacificadores, os Jogos e toda a manipulação.
Definitivamente, essa trilogia mexe com meus sentimentos e Suzanne Collins
merece o meu total e completo respeito. Caramba, tem cenas no livro que espero
urgentemente ver no próximo filme (que será lançado agora em 2013).
Outra coisa que não posso deixar de dizer é a respeito da arena dos Jogos
Vorazes: eu achei fabuloso o local, foi uma ótima sacada!
Em Chamas é dividido em três partes: A Fagulha, O
Massacre, O Inimigo e Suzanne Collins, novamente, foi capaz de proporcionar um
final tipo: cadê A Esperança? Quero
ler, quero ler!
Camila Márcia