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Vox é uma distopia bestseller que se passa em um "futuro próximo" nos EUA e que gerou um frisson por ser comparado a O Conto da Aia, de Margaret Atwood

Saudações Leitores!

Vox (Vox, 2018), trata-se do livro de estreia da escritora e linguista norte-americana Cristina Dalcher, porém a autora já escreveu e publicou diversos contos. 

O livro teve um forte marketing, na época de sua publicação, por ser muito comparado ao aclamadíssimo O Conto da Aia, de Margaret Atwood, afinal além de se tratar de uma distopia que se passa em um futuro próximo nos Estados Unidos, o romance, aborda a opressão das mulheres e um governo de extrema-direita ultraconservador.

Devo ter esperado muito do livro, pois como já li O Conto da Aia e gostei, fiquei com muita vontade de ler Vox, mas a experiência não foi tão maravilhosa quanto imaginei que seria. Foi uma leitura apenas OK e com um final muito conveniente e que de certa forma boicota uma experiência ainda melhor.

Vamos por parte, deixe-me explicar o que encontraremos em Vox, pois a escritora nos coloca diante de um plano mirabolante para que nas eleições presidenciais nos EUA, um governo de extrema-direita ultraconservadora ganhasse e após esse marco histórico a vida de todos os cidadãos mudariam para sempre, principalmente para as mulheres.

As mulheres, sejam elas bebes, crianças, jovens ou adultas receberam uma pulseira contadora de palavras e cada mulher só pode falar no máximo 100 palavras por dia, caso contrário são torturadas pelo aparelhos e punidas pelos policiais e políticas "atuais". Além disso, as mulheres são proibidas de trabalharem fora de casa, tem seus estudos limitados apenas para o gerenciamento doméstico, são ensinadas a obedecerem os homens e se dedicarem total e exclusivamente a sua família.

Esse cenário completamente opressor nos é apresentado pelos olhos da neurolinguista Dra. Jean McClellan que vai apresentando tanto o cenário atual dos EUA com essa política absurdamente assustadora, como vai mostrando através de fashbacks fatos que se passaram antes e que acabaram levando a situação política atual e como muitas pessoas - inclusive ela - negligenciaram e acharam que todas as movimentações e manifestações não passavam de bobagem. Todos que não acreditaram tiveram que pagar as consequências de não terem sido oposição e se manifestado contra.

Contudo, mesmo com o governo opressor, algo "imprevisto" acontece e a Dra. Jean tem a oportunidade, por conta de seus estudos e autoridade em neolinguística, de trabalhar - mesmo que sob pressão - para o governo, porém com esse trabalho ela vê a oportunidade de lutar pela sua voz e por todas as outras pessoas que foram silenciadas ao longos dos anos.

É em decorrência desse trabalho que Dra. Jean acaba se reconectando com outros amigos do passado e também descobrindo que existe um grupo de resistência contra o governo, no entanto, ela precisa ser cautelosa e não pode confiar nem mesmo em sua família, pois todos os homens e crianças são ensinados a denunciarem os "não puros".

Como já mencionei, Vox, tem uma proposta bem sinistra e interessante, mas algo não saiu como eu imaginei e creio que isso se deve a dois motivos que tem um peso muito grande em qualquer narrativa: não me conectei e nem simpatizei a personagem principal, que mesmo inteligente e sensata, não me convenceu de que foi capaz de ignorar todas as manifestações e só perceber o caos que seu país ficaria depois de tudo ter ocorrido, sem contar que detestei a família dela.

Outro ponto que me incomodou foi Christina Dalcher ter colocado um suposto triângulo amoroso desnecessário com cenas quentes e sensuais sem motivação alguma e de repente fazer com que o romance se tornasse um grande amor capaz de fazer o triângulo se colocar em risco e até ser consensual com a situação.

Desse modo, quando chegamos ao clímax da história e tem várias partes de ação, tiros, mortes e fugas, ficamos até eletrizados pelos acontecimentos tantos prévios (punições, traições, etc.) quanto as ações de fato, porém, quando chegamos ao final do romance o desfecho é aquele típico desfecho "quase feliz" para ser conveniente para todos os personagens. 

Finais assim me incomodam muito mais do que finais abertos. Acreditem. Por conta disso, foi difícil encarar esse livro como "UAU que mara!", como muita gente classificou o volume, para mim, FOI TUDO BEM OK. Apenas 3 estrelas (o que não é ruim).

FICHA TÉCNICA
Vox
Autor: Christina Dalcher
Tradução: Alvez Calado
São Paulo: Arqueiro, 2018, 320 págs

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Vox - Christina Dalcher (resenha)

quinta-feira, 11 de março de 2021

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O Impulso é um drama psicológico interessante, perturbador e viciante!

Saudações Leitores!

O Impulso (The Push, 2021) é o livro de estreia da canadense Ashley Audrain e trata-se de um drama, ou suspense psicológico que está sendo divulgado como um dos mais aguardados do ano, porém, nunca gostei desse tipo de marketing já que na maioria das vezes não fazem jus ao que o livro entrega e, embora O Impulso seja uma excelente leitura não considerei um dos melhores que já li.

Ao ler O Impulso me peguei imediatamente viciada na leitura, porque Audrain usou uma estratégia de narrativa incrível: narrado em primeira pessoa (por Blythe Connor) e capítulos bem curtos o que nos leva àquela vontade imediata de ler "só mais um capítulo" e quando percebemos já lemos o livro inteiro, sem contar que a própria escrita dele Audrain é bastante fluída.

O volume ainda conta com temas bem pesados, pertinentes e alguns tabus como: ambivalência materna, depressão pós-parto, mommy burnout, expectativas x realidade de uma maternidade idealizada, natureza x criação, maternidade compulsória, abandono afetivo e trauma familiar.

"Eu compreendia. Todos temos o direito de alimentar certas expectativas em relação aos outros e a nós mesmos. Com a maternidade não é diferente. Todos esperamos ter uma boa mãe, nos casar, ser uma boa mãe."

Dito isso, vamos acompanhar Blythe contanto sua história familiar em paralelo com fragmentos da história de sua avó e sua mãe, de modo que mostra que veio de uma família sem grandes referências maternas, porém ao se casar e estar esperando o primeiro filho ela decide que irá se esforçar para ser um bom exemplo de mãe.

Porém, quando Violet nasce o trabalho que Blythe tem com a garota ultrapassa suas forças e ela quase não consegue suportar criar a filha, principalmente por ter abnegado tanto de si mesma para se dedicar a criação de Violet, que independente de seus esforços tem comportamentos mal-educados e cruéis com a mãe.

Depois de alguns anos, já em sua segunda gravidez, Blythe parece ter conseguido viver a maternidade dos sonhos, mas um acidente irá balançar as estruturas dessa família de uma forma que ficará marcada para sempre e a própria Blythe nunca mais será ela mesma.

"O coração de uma mãe se parte de um milhão de maneiras em sua vida."

Como já salientei antes, gostei bastante da leitura de O Impulso, sobretudo porque é um livro bastante fluido, porém, não vi muita coisa original no volume, na verdade é algo que a gente já até suspeita desde o começo, aí o desenvolvimento e o fim se revela o que já sabemos.

No entanto, a forma como O Impulso é contado por alguém que está sofrendo com alguns problemas emocionais, faz com que duvidemos de seus relatos e até mesmo os invalide, porém, ao chegar ao fim do livro temos um choque de realidade, além do fato de Blythe está emocionalmente abalada e fisicamente desgastada, ela ainda é uma mulher o que faz com que a própria sociedade (e até mesmo nós leitores) duvidemos de sua estabilidade psicológica. 

"Nosso cérebro está sempre alerta. Procurando por perigo. Uma ameaça pode surgir a qualquer momento. Quando a informação chega, duas coisas acontecem: ela atinge o subconsciente, onde uma pequena seção do cérebro em forma de amêndoa chamada amígdala a filtra em busca de sinais de perigo. Somos capazes de sentir medo em menos tempo do que levamos para estar cientes do que estamos vendo, ouvindo ou cheirando. Levamos apenas doze milésimos de segundo. Nossa resposta é tão rápida que pode acontecer antes de termos consciência de que há algo errado."

É fenomenal como Audrain soube trabalhar isso e fazer com que nos colocássemos numa posição de juízes também e que a partir do que lemos possamos ter mais empatia e refletir que há muitas verdades que são invalidades porque são verdades de mulheres ou porque a vítima está traumatizada.

Pra finalizar, não vou dizer que este é o melhor drama psicológico do ano, acho que não chegará nem perto de ser, mas é bem interessante mesmo e vale super a pena a leitura.

Aliás, uma novidade super legal é que os direitos do filme também já foram comprados, então pode ser que venha um filme desse livro em breve, acredito que se houver um filme será muito interessante. Ansiosa desde já.

FICHA TÉCNICA:
O Impulso.
Autor: Ashley Audrain
Tradução: Lígia Azevedo
São Paulo: Paralela. 2021. 328 págs. 

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O Impulso - Ashley Audrain (resenha)

terça-feira, 9 de março de 2021

Para Sir Phillip, com Amor. Julia Quinn. São Paulo: Editora Arqueiro 2015, 288 págs. 
Tradução: Viviane Diniz
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Saudações Leitores!

Para Sir Phillip, com Amor (To Sir Phillip, with Love, 2003), de Julia Quinn, é o 5º livro da série Os Bridgertons, precedido por O Duque e Eu, O Visconde que Me Aamava, Um Perfeito Cavalheiro e Os Segredos de Collin Bridgerton. Nesse volume, vamos acompanhar de pertinho a história de Eloise Bridgerton que, diga-se de passagem, é minha Bridgerton feminina favorita até agora.

A história de Eloise traz as características marcantes da personagens como o fato de querer resolver suas coisas sozinhas, embarcar numa jornada para conhecer alguém com quem poderá casar, o enfrentamento dos desafios que vão surgindo, contudo, no meio da narrativa algumas coisas vão se perdendo, como a própria habilidade de falar o que pensa: Eloise parece que fica travada na presença de seu par romântico: Sir Phillip Crane e acabava não sendo tão comunicativa e animada quanto foi nos livros anteriores da série.

"Será que isso era pedir muito em uma esposa? Um sorriso, pelo menos uma vez por dia? Talvez até mesmo uma gargalhada? Ela precisava amar os filhos dele. Ou pelo menos fingir tão bem que os dois nunca soubessem a diferença. Não era pedir muito, era?"

Estou me antecipando muito, deixem-me situá-los a cerca do enredo de  Para Sir Phillip, com Amor, pois aqui a narrativa começa - tal como nos livros anteriores - com um prólogo destinado a nos "apresentar" o par romântico do Bridgerton, no caso: Sir Phillip. É nesse prólogo que sabemos que ele é viúvo, sua falecida esposa, Marina, era uma mulher muito melancólica e com sua morte Phillip ficou com dois filhos (Oliver e Amanda) para criar sozinho. 

Os filhos representam uma grande preocupação para o pai que não sabe como se aproximar deles e ao mesmo tempo reconhece que os dois são mal-educados e duas "pestinhas" travessas, tanto é que não há uma babá que aguente ficar muito tempo cuidando delas sem se demitir.

Então, Phillip acaba decidindo que precisa se casar novamente para dar uma mãe para seus filhos e eles poderem ter uma referência de família, de modo que, quando ele começa a se comunicar por cartas com Eloise (e já sabemos que Eloise está trocando cartas com alguém desde o livro passado), ele vê uma oportunidade de contrair matrimônio e dar uma mãe para os filhos, sendo que ele acaba apenas desejando uma mulher que seja uma boa mãe (essa era a prioridade dele) e cumpra com as obrigações matrimoniais, sem a necessidade de haver um grande amor envolvido.

"Os sonhos dela não passavam disso: sonhos. Ilusões, coisas que criara. se ele não era quem esperava, a culpa era só dela. Vinha ansiando por algo que nem mesmo existia."

Já Eloise, vai ao encontro de Sir Phillip em busca de um amor e fica óbvio o quanto se frustra por perceber que o homem tão atencioso das cartas, não é o mesmo que encontra na vida real, ainda mais quando descobre que ele tem dois filhos e nunca os mencionou nas cartas trocadas.

É evidente que, mesmo sendo a Bridgerton menos passional, ao ver sua melhor amiga Penélope casando-se com seu irmão e ter outras várias referências de amor em sua vida ela busca por esse sentimento tão belo e altruísta, mas fica difícil quando ela percebe que decorou todas as cartas de Phillip e ele não lembra de nada do que escreveu; para intensificar a frustração, Eloise percebe que Phillip não lhe dá atenção, ficando trancado o dia todo trabalhando na estufa, ignorando também seus filhos e suas travessuras.

"Mas gratificante, também. Ela fizera uma coisa maluca ao fugir de casa no meio da noite esperando encontrar a felicidade com um homem que nunca vira. Era um alívio pensar que talvez tudo aquilo não tivesse sido um engano completo, que talvez ela tivesse vencido a aposta que fizera com o destino."

Portanto, conquistar o coração desse homem não será uma tarefa fácil para Eloise, tão pouco será fácil cativar Oliver e Amanda, mas ela vai se esforçar ao máximo. Porém, é claro que vamos ter uma pequena confusão nesse volume.

Ao perceberem a fuga da irmã, os homens do clã Bridgerton saem em sua caçada e para proteger a honra e o nome da família agora exigem que Phillip se case com Eloise, isso vai deixar a atmosfera mais carregada, os sentimentos abalados e decisões deverão ser tomadas.

Ao passo que Eloise e Phillip vão se conhecendo, também surge um sentimento muito bonito entre os dois, ambos vão começar a se abrir um para o outro - mesmo com as relutâncias iniciais -, além do mais, teremos uma química muito grande entre Eloise e Phillip que irá render cenas de sensualidade ao livro.

"Ele a amava. Não tinha procurado o amor, nem se preocupara com isso, mas ali estava ele, e era a coisa mais preciosa que Phillip podia imaginar."

Para Sir Phillip, com Amor é um dos primeiros livros de Julia Quinn que não vejo ser tão problemático como os anteriores, apesar de ter uma coisa aqui e acolá que pode deixar o leitor com o pé atrás, sobretudo com as atitudes dos irmãos Bridgertons, mas eram costumes da época então temos que contextualizar esse recorte de época que é muito diferente de nossa contemporaneidade.

Realmente, amei a leitura de Para Sir Phillip, com Amor, de modo que é um livro bem leve, fofo e deixa várias reflexões sobre família, maternidade, amor, etc.. Porém, devo ser honesta e admitir que esperei um pouco mais de romance, drama, sensualidade, irreverência, audácia e humor no livro de Eloise, já que essas eram características da personagem que não foram exploradas aqui. Uma pena.

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Para Sir Phillip, com Amor (Os Bridgertons - vol. 5) - Julia Quinn (resenha)

segunda-feira, 8 de março de 2021

Saudações Leitores!
Mês de Fevereiro chegaram alguns livros e mostro tudinho para vocês nesse Unboxing, espero que gostem!

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Unboxing de Fevereiro de 2021

sábado, 6 de março de 2021

Saudações Leitores!
Último dia de Fevereiro e ainda venho conversar e dar dicas de leituras que realizei no mês de Janeiro. Aquele famoso resumão de leituras, espero que assistam e gostem das dicas e minha opinião pessoal sobre os volumes.

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Leituras de Janeiro de 2021

domingo, 28 de fevereiro de 2021

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Vow of Thieves é uma verdadeira aventura do começo ao fim!

Saudações Leitores!

Vow of Thieves (2019) de Mary E. Pearson é a conclusão da duologia intitulada de Dinastia dos Ladrões, que se iniciou com Dance of Thieves. Além do mais, outro ponto interessante sobre essa duologia é que a história de passa no mesmo universo da Trilogia Crônicas de Amor e Ódio.

Dito isso vamos acompanhar a conclusão da jornada de Kazi e Jase que acontece imediatamente após os acontecimentos bombásticos do final de Dance of Thieves e, diga-se de passagem, que me deixaram completamente mortificada - aqui também quero deixar claro que esperei com muita ansiedade pela continuação, por Vow of Thieves, e não entendo o porquê demorei tanto para ler, mesmo tendo o livro em mãos - Enfim...

Apenas agora eu entendia o peso insuportável dos segredos. Nunca se pode conhecer seu verdadeiro fardo até que ele tenha sido tirado da pessoa. Nessas últimas semanas, nós tínhamos sido varridos para dentro da leveza quase vertiginosa da verdade.

O fato é que devo alertar você, caro leitor, que mesmo com o final eletrizante de Dance of Thieves, este volume começa um pouco lento, pois vamos acompanhar Kazi e Jase voltando para a Boca do Inferno e nessa viagem de volta o casal parece dois" pombinhos em lua de mel" e isso é meio maçante, porque já sabemos que algo está acontecendo na Boca do Inferno e só queremos acompanhar as ações por lá e não a "curtição" de Kazi e Jase.

Passado esse início lento, quando o casal se aproxima da Torre da Vígilia de Tor e  Kazi percebe que algo está errado, principalmente após verem uma mensagem estranha, no entanto Jase, como um amador em guerras, deixa seu lado passional falar mais alto e saí em disparada rumo a construção para tentar saber como estão sua família, os Ballengers. É quando ele é atacado por várias flechas, mas Kazi consegue fazer o cavalo de Jase e o seu fugirem, no entanto ela acaba se tornando uma prisioneira.

Às vezes as mensagens davam um jeito de encontrar as pessoas. Os fantasmas, eles nos chamam em momentos inesperados.

A partir desse momento nós teremos uma narrativa intercalada (como já é de práxis nos livros de Mary E. Pearson) por capítulos narrados por Kazi e capítulos narrados por Jase, já que ambos estão separados.

Ao se tornar prisioneira Kazi descobre que a Boca do Inferno foi tomada por um forte inimigo e que no momento da invasão os Ballengers fugiram para as montanhas com alguns resistentes aos atos do novo "rei", porém, os irmãos mais novos de Jase foram capturados e, por conta disso, Kazi se vê tendo que fazer de tudo para proteger não só as crianças, mas também tentar salvar a Boca do Inferno, ainda sem saber se Jase conseguiu sobreviver aos ferimentos e se a família dele algum dia irá perdoá-la pelos atos que praticou (presentes no volume anterior).

Às vezes você precisa se lembrar de que não é impotente. De que tem alguma medida de controle. Talvez seja isso que o torne valente o suficiente para encarar um outro dia.

Enquanto isso, também acompanhamos Jase tentando se curar dos ferimentos e montar uma resistência para lutar pela Boca do Inferno, recuperar Kazi e sua família.

É nesse momento que Vow of Thieves fica ainda mais emocionante porque vamos acompanhar os planos de Kazi e Jase e aos poucos percebemos que em algum momento esses planos vão colidir, porém eu ficava me questionando se eles não acabariam atrapalhando um ao outro. Quase roí as unhas de tanta ansiedade!

Às vezes é necessário apenas uma pessoa para impedir que o mal vença.

Vow of Thieves é um livro eletrizante do começo ao fim! Você leu certo: mesmo com algumas partes maçantes e lentas, no geral, o livro é muito bom, cheio de aventuras, adrenalina e Mary E. Pearson sabe muito bem como escrever essas cenas e nos fazer ficar empolgados com as partes de ação. Já estou bastante ansiosa para conferir um próximo livro que a escritora vier a escrever, pois virei fã.

Ficha Técnica
Vow of Thieves (Dinastia dos Ladrões, vol.2). Mary E. Pearson. 
Rio de Janeiro: Darkside Books. 2019, 464 págs. 
Tradução: Ana Death Duarte

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Vow of Thieves (Dinastia de Ladrões, vol. 2) - Mary E. Pearson (resenha)

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2021


Saudações Leitores!
Final de mês e eu anda venho fazer o Unboxing de janeiro! Claramente estou um pouco atrasada com esse vídeo, mas sempre gosto de dizer que "antes tarde do que nunca", então como eu sei que vocês gostam e eu também, mesmo atrasada trago esse vídeo queridinho. Divirtam-se!

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Unboxing de Janeiro de 2021

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2021

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Rupi Kaur, em Meu Corpo Minha Casa, escreveu mais um livro que impressiona pelos temas contemporâneos e chega a emocionar e deixar o leitor inquieto.

Saudações Leitores!

Meu Corpo Minha Casa (Home Body, 2020) escrito por Rupi Kaur (que nasceu na Índia mas aos 4 anos emigrou para o Canadá), é o mais novo lançamento da escritora publicado no Brasil, por aqui já temos: Outros Jeitos de Usar a Boca (2015) e O que o Sol faz com as Flores (2017).

Desde que me deparei com as poesias curtas e espaçadas de Kaur foi "match" total, fiquei arrepiada, me emocionei, chorei e saí que nem louca indicando seus livros e presenteando várias amigas. Tal como aconteceu com as duas obras anteriores, o mesmo aconteceu com Meu Corpo Minha Casa

Os temas que Rupi abordam são muito fortes e não são maquiados com palavras bonitas: são crus, ou seja, são verdadeiros tapas na cara e, em Meu Corpo Minha Casa, vamos acompanhar a autora falando sobre depressão/ansiedade/saúde mental, violência, abuso infantil, feminismo, capitalismo e relações e sentimento humanos que são temas totalmente passíveis de identificação.

Para fazer ainda mais sentido, durante a leitura, Meu Corpo Minha Casa é dividido em quatro partes:  mente, coração, repouso, despertar. Todas essas partes podem ser lidas de uma forma a deixar a interpretação mais real e mais subjetiva, no entanto trazem como tema comum o Corpo e a Casa.

O volume realmente ressalta que nosso corpo é nossa casa e é preciso que vençamos cada uma das lutas, perigos ou tristezas que nos oprime para que sejamos felizes e capazes de lidar com nós mesmos. Além disso, até mesmo a capa de Meu Corpo Minha Casa foi pensada para trazer esse significado, pois ela tem uma cor amadeirada, representando a madeira que construímos nossa casa ou mesmo o piso que andamos.

Mas a grande mensagem aqui é que o nosso corpo deve ser nossa grande fortaleza, pois é com ele que conseguimos enfrentar o mundo, mas só conseguimos amar o corpo que temos se cuidarmos de nosso interior (alicerce): nossa saúde mental, curar nossas feridas e evoluirmos como seres humanos.

Obviamente, não posso dizer que amei todas as poesias que encontrei aqui, pois teve umas que me identifiquei bem mais que outras e também teve algumas que me deixaram em choque e triste por saber que aquilo que eu estava lendo, mesmo não fazendo parte da minha realidade, faz parte da realidade de muitas garotas e mulheres.

Confesso que as poesias que mais gostei foram as que abordavam sobre depressão/ansiedade/saúde mental, pois muito recentemente tive uma crise de ansiedade que me deixou muito para baixo e sei que a ansiedade está em mim e vou ter que lutar contra ela todos os dias, então ler as palavras de Rupi Kaur me fez sentir que está tudo bem pedir ajuda e que devemos, sim, cuidar de nosso corpo e mente e lembrar diariamente que somos seres humanos incríveis mesmo quando falhamos, porque não existe ninguém perfeito, não é mesmo?

Sei que tem muita gente que não lê poesia e, já expus minha opinião sobre esse gênero que tanto amo, portanto, fica aqui uma dica de leitura que acho que pode ser bastante interessante para quem quer começar a ler esse gênero: leia poetas contemporâneos, como Rupi Kaur e seu fabuloso Meu Corpo Minha Casa, para só depois embarcar na leitura dos cânones da poesia.

Ficha técnica
Meu Corpo Minha Casa, Rupi Kaur. 
São Paulo: Planeta. 2020. 192 págs.
Tradução: Ana Guadalupe

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Meu Corpo Minha Casa - Rupi Kaur (resenha)

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2021

Poirot Perde uma Cliente. Agatha Christie. Rio de Janeiro: HarperCollins, 2017, 256 págs.
Tradução: Archibaldo Figueira
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Saudações Leitores!

Poirot Perde uma Cliente (Dumb Witness, 1931), de Agatha Christie, obviamente é mais um caso de Poirot, além disso é o último livro lido no #PJLendoAgathaChristie2020 que fiz no canal e aqui no blog, inclusive, vocês já podem conferir o bate-papo em vídeo sobre o volume.

Essa foi a primeira vez que li Poirot Perde uma Cliente e me surpreendi com o enredo que parece bem simples, mas ao mesmo tempo nada é exatamente o que aparenta ser, não é atoa que o final me surpreendeu enormemente, no entanto, pode ter havido outro motivo: 

Como foi o último livro do Projeto de Leitura de Agatha Christie em 2020 e eu já estar cansada por também ser o final de ano e, inclusive, o último livro que li em 2020, não consegui me apegar tanto a história a ponto de ir tentando "pegar" as pistas e tentar descobrir o desfecho, li mais por entretenimento e acompanhei os acontecimentos em Poirot Perde uma Cliente apenas como uma observadora.


Neste volume vamos acompanhar Poirot recebendo uma carta muito tempo depois dela ter sido enviada e quando ele vai investigar a procedência da carta, descobre que a mulher que a emitiu: Emily Arundell faleceu e deixou um testamento extremamente duvidoso e que deixou todos os herdeiros inconformados.

Mesmo com sua "cliente" morta, Poirot, juntamente com seu amigo, capitão Hastings, acabam investigando o que de fato aconteceu, pois na carta enviada a Poirot, Emily alegava ter sofrido uma tentativa de assassinato, então, o detetive belga investiga a situação mesmo Emily estando falecida.

Para descobrir o que de fato aconteceu aqui Poirot irá inventar algumas mentiras, utilizar nomes falsos e é impecável nas suas farsas, porém, tais atitudes incomodam exacerbadamente o incorruptível e correto capitão Hastings.

No entanto, o incomodo do capitão Hastings não impedirá de Poirot ir a fundo e descobrir o que se propôs a descobrir, na realidade, devo admitir que Hastings - pela primeira vez nos livros da dama do crime - me incomodou um pouco pela sua ingenuidade e inúmeros convites para irem embora sem descobrir o que aconteceu com Emily Arundell e os motivos dela ter mudado tão drasticamente seu testamento.


Ao concluir Poirot Perde uma Cliente, fiz uma análise geral da leitura e cheguei a decisão de que eu poderia ter apreciado muito mais a leitura se eu tivesse lido tentando descobrir as pistas e não na ligeireza de tentar terminar o volume dentro do prazo que me impus.

Com certeza, Poirot Perde uma Cliente é um livro que vou querer reler novamente com mais calma e tranquilidade, buscando as pistas com Poirot e fazendo deduções. No mais estou muito feliz pela conclusão do projeto ter sido com este volume trazendo um caso de Hercule Poirot e capitão Hastings, personagens tão icônicos de Agatha Christie.

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Resenha: Poirot Perde uma Cliente - Agatha Christie

sábado, 20 de fevereiro de 2021

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