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Resenha: Divergente - Trilogia Divergente, vol.1 - Veronica Roth

segunda-feira, 30 de outubro de 2017

Divergente, Veronica Roth, Rio de Janeiro: Rocco Jovens Leitores, 2012
Tradução: Lucas Peterson
COMPRAR: Amazon, Box Amazon

Saudações Leitores!
Divergente é uma trilogia escrita pela norte americana Veronica Roth, que ficou muito conhecida e se tornou queridinha de muitos leitores, muitos chegaram disseram que era bem parecida com Jogos Vorazes e foi isso que me fez ter vontade de ler Divergente, pois amo, amo, amo JV, mas foi também por isso que tive receio e somente recentemente me joguei dentro destas páginas, até porque este livro estava figurando na minha meta de leitura para este ano de 2017.

Sinceramente achei bem parecido com a trilogia Jogos Vorazes (Jogos Vorazes, Em Chamas, A Esperança e a trilogia O Teste (O Teste, Estudo Independente, A Formatura), trilogias que amei ler e que acontece nesse futuro distópico, então até que o ponto de ser parecido foi algo favorável e esse universo criado por Veronica Roth se tornou bem aceitável.

Em Divergente vamos acompanhar Tris Prior, uma adolescente de 16 anos que se prepara para fazer um teste e saber a qual facção pertence, pois nesse mundo distópico de Roth após a "grade guerra" as pessoas são divididas em facções, a fim de modificarem o mundo: Abnegação, Erudição, Amizade, Audácia, Franqueza, mas existem os excluídos: os sem-facção. O processo é totalmente arbitrário e ser de uma facção apenas é meio bizarro, mas naquela sociedade é comum isso, então eu consegui entrar/comprar essa ideia. 
"Viver sem facção não significa apenas viver na pobreza e no desconforto: significa viver afastado da sociedade, separado da coisa mais importante da vida: a comunidade. Minha mãe me disse certa vez, que não podemos sobreviver sozinhos e, mesmo se pudéssemos, não desejaríamos tal destino. Sem uma facção, não temos qualquer propósito ou razão de viver."
Tris não consegue se encaixar na facção de sua família que é a Abnegação, mas também não sabe a qual facção pertence, até fazer o teste e descobrir que é uma Divergente (alguém capaz de ter características de todas as facções, ou algo do tipo). Assim no dia da cerimônia de escolha da facção, Tris acaba escolhendo a Audácia e seu irmão Caleb a Erudição, deixando seus pais completamente chocados por nenhum dos filhos terem escolhido a Abnegação. Mudar de facção é considerado traição, de certa forma, é como se dissesse que não concorda com os valores ali disseminados.
Tris passa para o árduo treinamento na Audácia e lá conhece alguns amigos com quem vai dividir o peso dos dias de ter escolhido uma facção diferente daquela que nasceu. Inclusive é na Audácia que vai conhecer Quatro, apelido de Tobias Eaton, alguém por quem ela começa a ter sentimentos.

O livro inteiro Tris fica inquieta a respeito de várias coisas, e está em constante questionamento a respeito de tudo e de todos, sua curiosidade vai além e está sempre tendo que provar que consegue tudo o que deseja.
"Já percebi que ser da Audácia, em parte, significa estar disposto a dificultar as coisas para si mesmo, para que você se torne uma pessoa autossuficiente. Vagar por ruas escuras sem uma lanterna não é algo particularmente corajoso, mas o fato é que nós não devemos depender de ajuda, nem mesmo da luz. Devemos ser capazes de encarar qualquer coisa."
Além de tudo isso há uma associação de facções com planos de revolução e quando menos espera Tris se vê no meio dessa confusão e tendo que ter ações audaciosas se quiser proteger aquilo acredita e aqueles que ama. 
Ao final de Divergente fiquei completamente chateada com algumas perdas, pois logo no primeiro volume da trilogia tivemos perdas dolorosas, Veronica Roth não nos poupou. Restam ainda muitas perguntas para serem solucionadas, inclusive com é essa forma de governo, o que aconteceu depois da revolução, como lidar com o problema que surgiu.

Divergente, é sim, um livro questionador que nos coloca em frente dos nossos piores pensamentos e ações, além de acabarmos questionando o quanto somos capazes de governar de maneira justa, aonde tanto conhecimento e tecnologia pode nos levar e o quanto não somos abnegados o suficiente para buscarmos um mundo mais justo. 
"Valorizar o conhecimento acima de todas as coisas provoca uma sede de.poder que leva o ser humano a lugares sombrios e vazios."
Achei fascinante e indico demais esse livro que, inclusive, tem adaptação cinematográfica!
"Todas as facções condicionam seus membros a pensar e agir de determinada maneira. E a maioria das pessoas fazem exatamente isso. Para a maior parte das pessoas, não é difícil aprender, encontrar uma linha de pensamento que funcione e seguir por ela. Mas nossas mentes movem-se em dezenas de direções diferentes. Não podemos ficar confinados a única maneira de pensar, e isso apavora nossos líderes. Isso significa que não podemos ser controlados. E significa também que, não importa o que eles façam, nós sempre causarem os problemas para eles."
Já li alguns comentários menos favoráveis sobre a sequencia dos livros: Insurgente e Convergente, mas não estou disposta a abandonar a leitura sem conferir por mim mesma. O primeiro livro deixou-me uma ótima impressão então vou seguir lendo, mas vou colocar freios na minha leitura. 

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