Saudações Leitores!
Conheçam os últimos lançamentos da Editora Companhia das Letras, Seguinte e Paralela, tem muita coisa bacana em nossas livrarias e é imprescindível conhecermos.
O mundo é plano – uma breve história do século XXI, de Thomas L Friedman (Tradução de Cristina Serra, Sergio Duarte, Nruno Casotti, Cristina Cavalcanti)
Elogiado pela crítica e sucesso mundial de vendas, O mundo é plano tornou-se já referência na história das relações internacionais. Thomas Friedman, um dos principais articulistas do New York Times
e vencedor de três prêmios Pulitzer, foi pioneiro em enxergar e definir
a “nova globalização”, era em que os avanços da tecnologia e da
comunicação permitiram que os indivíduos se conectassem como nunca
antes, transformando as noções conhecidas de distância, tempo e
trabalho. Momento este, defende o autor, que se mostrou positivo para os
países emergentes, seus negócios e meio ambiente, ao contrário da era
da “velha” globalização, que só beneficiava quem já detinha
capital. Através da ideia de achatamento do mundo, Friedman descreve
como as pessoas passaram a colaborar umas com as outras e também
competir em um mundo de forças mais igualitárias, e procura assim
explicar a ascensão de novos players mundiais, como Índia e China.
Leitura indispensável para a compreensão do novo jogo de forças do
capitalismo social.
Entre amigos, de Amós Oz (Tradução do hebraico e notas: Paulo Geiger)
Nas oito histórias interligadas que compõem Entre amigos, Amós
Oz recria com precisão a realidade de um kibutz. Inicia com o solitário
Tzvi Provizor, que se ocupa diligentemente de seus jardins, mas no tempo
livre espalha com especial prazer as notícias de tragédias e
calamidades que escuta no rádio. A narrativa final retrata os últimos
dias do velho sobrevivente do Holocausto, Martin Vanderbeg, que acredita
na abolição de todos os estados nacionais e numa fraternidade mundial e
pacifista, coroada pelo uso do esperanto como idioma comum a todas as
pessoas. No arco que compreende essas duas histórias, outras passagens
da vida no kibutz trazem caos de amor e traição, inveja, orgulho e
abandono. Partindo dos males do mundo que Tzvi espalha de seu rádio para
chegar à esperança do velho Martin no futuro, Amós Oz cria uma pequena
comédia humana, que dá conta de dramas universais sem sair do kibutz
Ikhat.
A cabeça do santo, de Socorro Acioli
Sob o sol torturante do sertão do Ceará, Samuel empreende uma
viagem a pé para encontrar o pai que nunca conheceu. Ele vai
contrariado, apenas para cumprir o último pedido que a mãe lhe fez antes
de morrer. Quando chega à cidade quase fantasma de Candeira, encontra
abrigo num lugar curioso: a cabeça gigantesca de uma estátua inacabada
de santo Antônio, que jazia separada do resto do corpo. Coisas
extraordinárias começam a acontecer depois que Samuel descobre ter o dom
de ouvir as preces e os segredos do coração das mulheres das
redondezas, que não param de reverberar dentro da cabeça do santo.
Doze anos de escravidão, de Solomon Northup (Tradução de Caroline Chang)
Doze anos de escravidão narra a história real de Solomon Northup, negro
americano nascido livre que, por conta de uma proposta de emprego,
abandona a segurança do Norte e acaba sendo sequestrado e vendido como
escravo. Durante os doze anos que se seguirem ele foi submetido a
trabalhos forçados em diversas fazendas na Louisiana. Este relato
autobiográfico, publicado depois da libertação de Northup, em 1853, logo
se tornou um best-seller, e hoje é reconhecido como a melhor narrativa
sobre um dos períodos mais nebulosos da história dos Estados Unidos.
Verdadeiro elogio à liberdade, esta obra apresenta o olhar raro de um
homem que viveu na pele os horrores da escravidão.
Orlando, de Virginia Woolf (Tradução de Jorio Dauster)
Neste que é seu romance mais celebrado e popular, uma obra construída
com exuberância estilística e imaginativa, Virginia Woolf (1822-1941)
conebeu um dos personagens mais emblemáticos e paradoxais de toda a
literatura universal. ascido no seio de uma família de boa posição em
plena Inglaterra elisabetana, Orlando acorda com um corpo feminino
durante uma viagem à Turquia. Como é dotado de imortalidade, sua
trajetória então atravessa mais de três séculos, ultrapassando as
fronteiras físicas e emocionais entre os gêneros masculino e feminino.
Suas ambiguidades, temores, esperanças, reflexões – tudo é observado com
inteligência e sensibilidade nesta narrativa que, publicada
originalmente em 1928, permanece como uma das mais fecundas discussões
sobre a sexualidade humana. Esta edição inclui introdução e notas de
Sandra M. Gilbert, especialista em estudos de gênero e literatura
inglesa, e uma brilhante crônica-ensaio de Paulo Mendes Campos, um dos
grandes leitores brasileiros da obra de Virginia Woolf.
Goya à sombra das luzes, de Tzvetan Todoroy (Tradução de Joana Angélica d’Avila Melo)
Mais da metade da produção de Francisco José de Goya y Lucientes
(1746-1828) – cerca de mil desenhos e gravuras, além de várias pinturas
destinadas à fruição privada do artista – se compõe de trabalhos que
somente foram expostos ou publicados anos depois de sua morte. Nessas
criações secretas, que coexistiram com as encomendas de cenas religiosas
e retratos da nobreza que lhe cabiam como pintor oficial da corte
espanhola, o artista visionário dos Desastres da guerra exorciza
numerosos demônios particulares através de experimentos formais que
antecipam o impressionismo e a arte moderna. Indiferente à opinião
pública, Goya tematiza as principais questões filosóficas e políticas a
Europa nos anos 1790-1820 soba influência das ideias iluministas, sem
contudo negligeniar suas trágicas consequências na realidade histórica.
Neste ensaio provocativo e esclarecedor, Tzvetan Todorov reconstitui a
singular trajetória artística de Goya, desvendando as articulações
ideológicas e estéticas de obras decisivas.
Quando é dia de futebol, de Carlos Drummond de Andrade
Nove Copas do Mundo, o auge de Pelé, o caráter mesmerizante de
um esporte sobre todo um povo. É isso que Carlos Drummond de Andrade
oferece – em prosa e poesia – nesta seleção de textos que tem o futebol
como mote. São crônicas e poemas líricos, bem-humorados e meditativos
escritos a partir de grandes jogos, lances geniais e episódios
pitorescos do universo futebolístico. E não ficam apenas nisso: o poeta
mineiro se vale do esporte bretão para tentar ler as inúmeras
transformações pelas quais a realidade brasileira passou ao longo do
século XX.
O corpo no escuro, de Paulo Nunes
Entre o lirismo e a observação lancinante sobre o ciclo da
vida, a ausência de religião e a metafísica, um olhar inaugural e o
manejo seguro da tradição da poesia em língua portuguesa, o mineiro
Paulo Nunes faz de sua estreia em livro um desses momentos que devem ser
saudados pelos leitores da nossa melhor lírica. O corpo no escuro
é seu primeiro livro, mas reúne uma copiosa e consistente produção
(conhecida apenas entre alguns leitores de revistas literárias) que
cobre um período de mais ou menos vinte anos, o tempo que o autor,
reservadíssimo e aplicado, levou para reuni-la nesta obra.
Dividido em duas grandes seções, “Óbvni” e “Tempo das águas”, o volume
traz, articuladas ao longo dos poemas, meditações, observações e
tentativas do autor de perscrutar a realidade em praticamente todos os
seus aspectos. De feição sóbria, ostentando uma voz algo clássica e
falando de temas maiúsculos da poesia (como o amor, o desencanto, o
tempo e a morte), o conjunto impressiona pela coerência. Prova disso são
poemas como “Um astronauta” (reproduzido na quarta capa), “Parapeito” e
“O vigia”, entre outros. Anotações líricas em que a solidão e o
abandono do homem contemporâneo – esse “corpo no escuro” – recebe
contornos clássicos, arrebatadores. Mas a lírica de Paulo Nunes também
versa sobre alguns lados luminosos da vida, especialmente os afetos. São
as paixões, as amizades e o encantamento pelo outro que parecem
reorganizar a visão do poeta, convertendo os momentos mais difíceis em
oportunidade de pleno entendimento das coisas: “pensar, sentir: a
penumbra/ confunde seus habitantes/ quase os devora, mas/ por um triz a
pele reluz”, anota o poeta. Eis em síntese, talvez, a fórmula de toda
essa poesia.
Editora Seguinte
Contos da Seleção, de Kiera Cass (Tradução de Cristian Clemente)
Antes de a Seleção começar… Aspen era o namorado secreto da America. E
havia outra garota na vida do príncipe Maxon. Todo mundo já conhece as
dúvidas e angústias de America quanto aos seus sentimentos, assim como
as intrigas entre as Selecionadas. Mas alguém sabe o que se passa na
cabeça dods dois homens que lutam pelo coração da garota? É exataemnte
isso que será revelado em O príncipe e O guarda: os
verdadeiros pensamentos e inquietações do misterioso Maxon, que precisa
escolher uma esposa até o fim da disputa, e as ideias e emoções do jovem
Aspen, ex-namorado de America que vai trabalhar como soldado no palácio
durante o concurso. Leitura indispensável para os fãs da série, esta
antologia inclui, ainda, um final estendido do conto O príncipe;
bônus exclusivos, como uma entrevista com a autora e dados inéditos
sobre os personagens; além dos três primeiros capítulos de A escolha, o aguardado desfecho da trilogia.
Editora Paralela
Um desejo selvagem, de Sylvia Day (Tradução de Alexandre Boide)
Neste segundo livro da série, Vash, a segunda vampira mais importante do
mundo, e Elijah, líder dos licanos, assumem o papel central. Além de
serem representantes de duas espécies que sempre se perseguiram, Elijah e
Vash se odeiam, mas são obrigados a se aproximar em busca de parceria
numa guerra contra os anjos. O único problema é que o ódio entre eles
vai se transformando em uma paixão incontrolável. Vash, uma mulher dura e
determinada, perde a concentração nas lutas, passa a ter ciúmes e a não
controlar mais seus sentimentos, enquanto Elijah parece decidido a
conquistá-la, usando os mais tentadores artifícios.
Tabuleiro dos deuses, de Richelle Mead (Tradução de Guilherme Miranda)
Justin March, um investigador de religiões charmoso e traiçoeiro, volta
para a República Unida da América do Norte (RUAN), após um misterioso
exílio. Sua missão é encontrar os responsáveis por uma série de
assassinatos relacionados com seitas clandestinas. Sua guarda-costas,
Mae Koskinen, é linda, mas fatal. Membro da tropa de elite do exército,
ela irá acompanhar e proteger Justin nessa caçada. Aos poucos, os dois
descobrem que humanos são meras peças no tabuleiro de poderes
inimagináveis.