Lembrança (A Mediadora, vol. 7), Meg Cabot, Rio de Janeiro: Galera Record, 2016, 400 pág.
Tradução: Camila Mello
Saudações Leitores!
Remembrance (2016), no Brasil intitulado de Lembrança é o sétimo livro da série A Mediadora, da escritora bestseller Meg Cabot, que após um hiatus de 12 anos (2004 foi quando Meg publicou o último livro da série: Crepúsculo) sem escrever mais nenhum livro dessa série resolveu presentear seus leitores com mais um volume. A série conta com seis livros: A Terra das Sombras, O Arcano Nove, Reunião, A Hora mais Sombria, Assombrado, Crepúsculo e mais um conto extra (para amenizar a espera do sétimo livro): O Pedido, vol. 6.1.
Antes de continuarem a ler esta resenha, pelo amor de Jesus Cristo, se vocês não gostam de spoilers não sigam a leitura, porque é praticamente impossível para mim, falar do 7° livro de uma série e não soltar fatos que aconteceram nos livros anteriores, ok?
Em Lembrança a narrativa se passa seis anos depois dos acontecimentos presentes do sexto livro da série Crepúsculo, ou seja, Suzannah Simon já não é uma adolescente rebelde, aqui ela já é adulta, tem 22 anos, está quase se formando em psicologia e atualmente está estagiando no mesmo colégio onde concluiu o ensino médio, no entanto, o estágio é quase um trabalho voluntário, pois ela não ganha nenhum centavo e está lá apenas para adquirir experiência. Por outro lado temos o incrível ex-fastasma-bonitão Jesse de Silva, ou melhor: Dr. de Silva, que está fazendo residência em Medicina.
"Você pode tirar o garoto da escuridão, mas não pode tirar a escuridão do garoto."
Parece que a vida de Suze não vai tão bem, mas não está de todo ruim, aliás finalmente ela está noiva de Jesse e com todos os preparativos para o casamento e o "lance" das mediações o tempo de Suze é bem limitado, no entanto, há o aparecimento de Paul Slater que continua um idiota, só que muiiiiiito rico e está disposto a conquistar o coração de Suze, mesmo que para isso tenha de chantageá-la com uma maldição que pode tornar Jesse um demônio. Assustador!
Para completar, porque os problemas sempre vêm acompanhados, há um novo fantasma "dependurado" numa aluna da escola em que "estagia" e este fantasma necessita de mediação urgente, pois ele está destruindo tudo a volta da garota. Mas não é tão simples assim. Obviamente Suze irá descobrir coisas assustadoras a respeito do fantasma que necessita de mediação para poder descansar em paz, o tema foi um dos mais pesados encontrados na série e Meg Cabot explorou muito bem: abuso sexual.
Outros temas que Meg trabalhou e Lembrança, foi o feminismo, chantagem emocional, assédio e abuso sexual. Forte não? Mas Meg Cabot levantou os questionamentos e temas com jogo de cintura e tornou o livro leve como os volumes anteriores da série.
"Pessoas não obedientes, vivas ou mortas, pareciam sempre chegar do nada e arruinar minha vida. Será que eu nunca conseguiria relaxar e curtir o momento, só para variar?"
Um ponto que favoreceu - e muito - eu ter gostado bastante desse sétimo livro foi saber como andava o relacionamento de Jesse e Suze, porque, como leitores, ficamos sempre curiosos para saber o que se passa com o casal principal quando terminamos de ler uma série e até mesmo ficamos imaginando se o romance seguiria sendo o mesmo após vários anos. Meg Cabot nos deu isso de presente, mesmo o romance não tendo sido o foco do livro deu para visualizar muito bem como nosso casal esta.
Jesse e Suze estão ainda mais lindos juntos e dá para ver o quanto se amam, no entanto tenho algumas ressalvas: não consigo entender como Suze se tornou a mulher cabeça, a que raciocina e pondera mais ao invés de sair dando porrada como antigamente, por outro lado, Jesse estar absolutamente irreconhecível: mais protetor impossível (isso é sufocante, às vezes) tem atitudes similares as de Suze quando tinha 16 anos, ou a de um memino de 12 anos querendo dar uma de valentão, ser o machão, quebrar a cara de todo mundo e exorcizar todos os fantasmas. A Vida, literalmente, modificou Jesse e isso me assustou. Esta é a parte que mais me incomodou no livro todo, até relevei alguns diálogos e furos na estória que ficaram infantis e bizarros, mas não perdoarei as atitudes de Jesse. Frustrante essa parte. Putz, já fazem 6 anos que ele está vivo novamente e está agindo como se estivesse vivo há apenas uma semana. Credo!
"Eu tinha fantasmas demais em minha vida agora, clamando por atenção. Pela primeira vez, não tive certeza se conseguiria lidar com todos eles sozinha."
Enfim, tirando o ponto negativo em todo o romance, eu amei, amei, amei, poder voltar nessa história, poder encontrar estes personagens que tanto me cativaram e é claro que Lembrança é um livro indubitavelmente necessário para todos os fãs ou para quem acompanha a série, ok? Aproveitem!
"A verdade, Jesse, é que não tenho medo de fantasmas."
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