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Mostrando postagens classificadas por data para a consulta John Boyne. Ordenar por relevância Mostrar todas as postagens
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Saudações Leitores!
Estava pensando no que poderia postar de diferente aqui no blog que servisse para me lembrar dos livros que li e da emoção que senti lendo cada um. Daí, pensei que, como anoto todas as leituras de todos os meses, poderia fazer um balancete dos melhores livros que li no ano: em doze meses.
Fiz, mas quero deixar claro que sofri bastante para escolher apenas os meus doze melhores livros e tenho aquela sensação chata de que estou cometendo o pior erro da minha vida ao deixar muitas outras leituras maravilhosas de fora, mas o objetivo era escolher apenas 12 livros.
Então confiram abaixo as minhas boas leituras e fica também o link para as resenhas. Atenção, a ordem dos livros não é a ordem de minha preferência, mas está na ordem de minhas leitura, para mim todos eles são ótimos:

01 - @mor - Daniel Glattauer (Suma de Letras)
02 - Coração de Tinta - Cornelia Funke (Companhia das Letras)
03 - Toda Poesia - Paulo Leminski (Companhia das Letras)

04 - Para Sempre Alice - Lisa Genova (Nova Fronteira)
05 - A Elite - Kiera Cass (Seguinte)
06 - O Lugar da Bagunça - Christina Hopkinson (Record)

07 - O Palácio de Inverno - John Boyne (Companhia das Letras)
08 - A Vez da Minha Vida - Cecelia Ahern (Novo Conceito)
09 - Todo Dia - David Levithan (Galera)

10 - A Guardiã da Minha Irmã - Jodi Picoult (Verus)
11 - O Melhor Lugar do Mundo é Aqui - Frances Miralles & Care Santos (Record)
12 - A Ilha de Sangue - Rick Yancey (Farol Literário)

Certo, ainda estou sofrendo por ter deixado muitos outros livros de fora, mas a vida é isso: tem que escolher. Essa foi me escolha, qual é a sua? Quais os melhores livros que você leu em 2013?
Agora é esperar que 2014 venha cheio de livros novos e livros bons! \õ/ \õ/

Um Ano, 12 Meses, os 12 Melhores Livros!

segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

Saudações Leitores!
Mês de Julho, férias, viagens, amigos, livros... pra quê melhor? Foi assim esse mês, apesar de não ter lido tanto quanto nos demais meses, esse foi o mês que mais me diverti e matei saudade de muita gente. Espero que gostem das minhas novas aquisições e não liguem muito para os meus devaneios e revoltas durante o vídeo.


LIVROS CITADOS
Invisível ao Toque - Nat Bespaloff (publicação independente)
O Pacifista - John Boyne (Companhia das Letras)
O Projeto Rosie - Graeme Simsion (Record)
Perdida - Carina Rissi (Verus)
Meu Pai Não Mora Mais Aqui - Caio Riter (Biruta)
Crepúsculo: Guia Oficial Ilustrado da Série - Stephenie Meyer (Intrínseca)
O Azarão - Markus Zusak (Bertrand Brasil)
Bom De Briga - Markus Zusak (Bertrand Brasil)
Diários do Vampiro: Diários de Stefan - Origens - L.J. Smith (Galera Record)
The Vampire Diaries: Diários de Stefan - Sede de Sangue - L.J. Smith (Galera Record)
As Aventuras de Pi - Yann Martel (Nova Fronteira)
Uma Curva na Estrada - Nicholas Sparks (Arqueiro)
O Pequeno Príncipe - Antoine de Saint-Exupéry (Agir)

RESENHAS CITADAS
O Garoto no Convés - John Boyne
Noah Foge de Casa - John Boyne
O Palácio de Inverno - John Boyne
O Pequeno Príncipe - Antoine de Saint-Exupéry

BLOGS CITADOS 

Esse mês foi isso, pessoal, espero que vocês comentem, sigam-me no Twitter, curtam a FanPage do Blog, o Google+, o Pinterest e o Canal do Youtube. Façam Boas Leituras!

Camila Márcia

Chegou pelo Correios 29#

quarta-feira, 31 de julho de 2013

Saudações Leitores!
Para quem acompanha o blog de longas datas sabe o quanto sou fã de John Boyne e o considero um de meus escritores favoritos, não só por ser um mestre na narrativa, mas pelos temas que aborda sempre com conteúdos históricos, pois gosto de livros assim que são capazes de ensinar e entreter bastante, apesar de muita ficção, é claro, entretanto, o bom narrador é aquele capaz de convencer o leitor e John Boyne sabe fazer isso com categoria. Obrigada a Companhia das Letras pelo exemplar disponibilizado para a resenha, definitivamente, esbaldei-me lendo O Palácio de Inverno.


O Palácio de Inverno, John Boyne, São Paulo: Companhia das Letras, 2010, 456 pág.
Traduzido por Denise Bottmann

Com o título original The House of Special Purpose (2008) foi publicado no Brasil com o título O Palácio de Inverno. Escrito pelo romancista irlandês John Boyne que também escreveu os best-sellers O Menino do Pijama Listrado, O Garoto no Convés e Noah Foge de Casa [todos já resenhados aqui no blog].
O Palácio de Inverno é narrado em primeira pessoa pelo narrador personagem Geóguie Jachmenev, um ex-mujique que teve sua vida mudada no ano de 1915. O enredo é alternado entre tempo cronológico e psicológico. O ano do início do enredo é 1981, mas a história acontece muito tempo atrás e Geóguie Jachmenev volta constantemente ao passado para contar sua história.
É no ano de 1915 que a vida de Geóguie Jachmenev muda, quando ele salva a vida de um membro da família real da Rússia que passava pelo pobre e explorado povoado de Cáchin, onde o narrador personagem vivia com sua família e, a partir desse ato impulsivo que foi visto como ato de coragem Geóguie tem sua vida mudada e é levado para o Palácio de Inverno onde a família do Czar Nicolau Nicolaievitch II mora para que ele possa fazer parte da guarda particular de Alexei, filho do czar. A família Romanov está a frente da Rússia por várias dinastias.
É no Palácio de Inverno que Geóguie se apaixona pela filha mais nova do czar, Anastácia, e reconhece as impossibilidades desse amor, como ele um pobre mujique pode namorar e casar com a filha do czar, que é considerado por todos como o ungido por Deus.
Nesse ínterim, a Rússia está em guerra e muitas coisas acontecem e a narrativa repassa um conteúdo histórico e a experiência vivida por Geóguie e toda a família do Romanov. Os perigos e mistérios estão presentes em toda a narrativa de John Boyne, que mescla com maestria o amor impossível de Geóguie e Anastácia, dando um ar de magia e fazendo o leitor desejar e imaginar mil e uma possibilidades para que tal amor aconteça.
A narrativa sempre intercalada com o tempo passado e o presente leva o leitor a um passeio histórico entre os anos 1915 ao 1981, o passado e o presente na vida de Geóguie. que exilado da Rússia vive em Londres e passa por dificuldades com sua mulher Zoia.
John Boyne tem o dom de narrar e O Palácio de Inverno é a prova disso: não é uma narrativa cansativa embora tenha fatos históricos, não tem personagens bobos, mas alguns com uma ingenuidade peculiar de todo ser humano. Contudo, este livro não é daqueles que tem uma leitura fluida o qual podemos ler em um único fôlego, por ter muita informação a leitura vai acontecer de forma mais lenta e isso não o torna desagradável, pelo contrário, faz-nos refletir bem mais sobre os fatos históricos, o enredo e os personagens.
Como fã de John Boyne e reconhecendo O Palácio de Inverno como uma leitura encantadora e mágica, cuja atmosfera de romance em meio a guerra traz certa poesia, não posso deixar de indicá-lo, sobretudo para aqueles que gostam de ler livros em que fatos históricos se confundem com ficção, tais como acontece com: O Caçador de Pipas, A Menina que Roubava Livros e O Menino do Pijama Listrado. Se já leu e curtiu algum desses títulos, com certeza, irá amar O Palácio de Inverno!

Camila Márcia

Resenha: O Palácio de Inverno - John Boyne

sexta-feira, 12 de julho de 2013

Saudações Leitores!
É tanta correria na minha vida que nem tenho tido tempo para assistir a filmes nem a séries, portanto, é por isso que essa coluna está meio abandonada, mas eu não esqueço dela e vez por outra venho aqui para mostrar minha opinião sobre adaptações literárias para vocês.
O Menino do Pijama Listrado foi uma das exceções em que vi o filme antes de ler o livro. Sei também que faz tempo que li o livro e resenhei aqui no blog, mas eu tinha esquecido de escrever sobre o filme e somente agora lembrei e voltei a assistir ao filme para escrever sobre.


Título Original: The Boy in the Striped Pyjamas
Gênero: Drama, Guerra, História
Direção: Mark Herman
Roteiro: John Boyne, Mark Herman
Produtores: David Heyman, Rosie Alison
Duração: 94 min
Ano: 2008

Sinopse: Segunda Guerra Mundial. É quando uma família alemã se muda de Berlim para Auschwitz, quando o patriarca é ordenado a trabalhar em um campo de concentração. Assim, Bruno, um garoto de 8 anos e filho do oficial, começa uma linda amizade com um menino judeu da mesma idade. O filme mostra o modo como o preconceito, o ódio e a violência afetam pessoas inocentes, especialmente as crianças. (Fonte Filmow)


MINHA OPINIÃO
Não sei ao certo quando assisti O Menino do Pijama Listrado, entretanto sei que foi muito antes de ler ao romance escrito por John Boyne, um dos meus escritores favoritos (Resenha AQUI), mas antes de fazer esse post, assisti novamente ao filme, com mais atenção aos detalhes após a leitura da obra.
Apesar de ter me apaixonado pelo livro devo confessar que gostei mais do filme, provavelmente por tê-lo assistido primeiro e porque apreciei bem mais o final do filme do que o do livro. O filme todo é muito bom e, como sempre, é maravilhoso ver palavras transformadas em filme que retratam tão bem um período tenso da história mundial. 
Outro ponto que me fez gostar do filme foi a fotografia e os atores que, no meu ponto de vista, foram excelentes em seus papéis, conseguiram, além de me cativar, passar os sentimentos dos personagens e é fabuloso assistir um filme quando isso acontece, pois é como se fôssemos transportados para dentro dele. 
De um lado a inocência de uma criança e do outro o sofrimento de outra criança contrasta com a crueza dos fatos históricos e tornam-se um choque para quem assiste ao filme ou lê o livro, pois ambos mostram com delicadeza esses aspectos. Contudo, o final do livro ficou meio vago, embora dê a entender aos pais de Bruno o que aconteceu, mas o filme retratou com uma perfeição tão incrível e crua o que aconteceu que me encantei e chorei e provavelmente chorarei todas as vezes que assistir ao filme.
Bem, como o livro é bem fininho e a narrativa gostosa acho que vale muito a pena ler e depois assistir ao filme, mas caso já tenha assistido ao filme e ainda não leu, vale a pena ler porque é uma história linda e a narrativa é encantadora em um dia, ou melhor, algumas horas dá para ler toda a obra sem se cansar.
Minha sugestão é: independente de ter só lido ou só assistido, vale a pena conferir a ambos: filme e livro.

Camila Márcia

Filme: O Menino do Pijama Listrado

sexta-feira, 5 de julho de 2013

Saudações Leitores!
Hoje disponibilizo uma resenha especial de um livro maravilhoso e fofo do escritor John Boyne, que vocês já sabe, sou fã. Espero que gostem da resenha e já aproveito para agradecer a Companhia das Letras pelo exemplar enviado. Obrigada!


Noah Foge de Casa. John Boyne, São Paulo: Companhia das Letras, 2011, 200 pág.
Ilustração de Oliver Jeffers
Tradução de Eduardo Brandão 

Noah Foge de Casa (Noah Barleywater runs away) é mais um livro do autor best-seller John Boyne, autor de O Garoto no Convés, O Menino do Pijama Listrado e O Palácio de Inverno.

Se eu já gostei de John Boyne quando li O Menino do Pijama Listrado e O Garoto no Convés, com este outro livro eu me rendo e me torno fã assumida do autor, que de uma maneira peculiar consegue transmitir sentimento e delicadeza nas palavras, além de adequar a linguagem ao público alvo e mesmo assim agradar a todos os públicos (seja alvo ou não).

Noah Barleywater saiu de casa ainda cedo, antes do sol raiar, antes dos cachorros acordarem, antes do orvalho parar de cair nos campos. (p.07)

O enredo parece simples: Noah, um garoto de 8 anos, foge de casa e o leitor não consegue entender o motivo da fuga, mas na trajetória de Noah para descobrir o melhor lugar para morar vamos descobrindo algumas sutis pistas. Neste ínterim, John Boyne, coloca em sua história fatos fantásticos como animais e objetos com vida e é incrivelmente bem estruturada a narrativa, que por sinal, começa a ficar bem mais interessante quando Noah encontra uma loja de brinquedos e ao entrar nela acaba dialogando com o velho dono, que é um personagem misterioso, mas tal como Noah, vamos conhecendo-o a medida que a narrativa segue seu curso.

Uma vez perdi um ano inteiro, pode acreditar. Botei o ano em algum lugar daqui e quando fui procurá-lo não houve jeito de achar. Tenho sempre a sensação de que um dia desses ele vai reaparecer, quando eu menos esperar. (p.46)

É praticamente impossível não se imaginar lendo um conto de fadas ou associar algumas passagens da obra com outros livros clássicos como Alice no País das Maravilhas, O Pequeno Príncipe entre outros. Ademais o enredo traz uma ‘quê’ de fábula, pois há uma moral, um sentido e uma lição.

Noah sacudiu a cabeça rápido, jogando a risada para longe da sua boca, em direção a um canto da loja de brinquedos, onde ela aterrissou numa pilha de tijolos de madeira e não seria descoberta antes do próximo inverno. (p.54)

Ao final do livro o leitor fica a par do motivo de Noah ter fugido de casa, e verdade seja dita: o motivo é realmente intenso para um menino de oito anos compreender e entender. Sem contar que também se descobre quem é o velho da loja de brinquedos e devo admitir: esse personagem me intrigou e me arrependo de o ter considerado um velho gagá no principio, pois percebo o quão sábio ele era, ainda mais depois de tantas experiências.

Um menino que foge de casa tem de estar sempre andando. Não pode parar em lugar nenhum, para não ser encontrado. E pode correr o risco de fazer amigos, se ficar muito tempo em algum lugar. (p.179)

Vale ressaltar alguns detalhes sobre a narrativa: ela acontece em terceira e primeira pessoas. A história de Noah é contada em terceira, mas no decorrer da mesma são intercaladas as histórias que o velho da loja de brinquedos conta  e acontecem em primeira pessoa. Tal estilo dá uma dinâmica na narrativa.

Noah Foge de Casa foi uma leitura encantadora e fluida, o livro é pouco volumoso e em pouco tempo dá para ler. Entretanto, o leitor deve ter em mente que vai ler algo surreal e real ao mesmo tempo, que da narrativa vai tirar uma lição de vida e durante a leitura vai ficar se questionando se tudo não passa de um sonho. O mistério da fuga também é envolvente e para os curiosos de plantão é um prato cheio.

Camila Márcia

Resenha: Noah Foge de Casa - John Boyne

sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Saudações Leitores!
Atrasada, mas tô aqui para mostrar o que chegou para mim. Não sei se notaram, mas novembro não teve o Chegou pelo Correio, mas no vídeo eu explico o porquê. 
Ah, o vídeo tá um pouco estranho, apesar de eu não estar muito tímida, a imagem ficou escura em alguns momentos e embaçada em outros; eu, como sempre, tô meio estranha e minha voz não se parece com a minha voz, mas já foi. Peço que relevem também qualquer, pois essa foi minha primeira tentativa de gravação e como eu não estava com saco para fazer outra melhor foi essa mesmo... haha.



LIVROS CITADOS:
Deslembrança - Cat Patrick (Intrínseca)
Noah Foge de Casa - John Boyne (Companhia das Letras)
Mau Começo - Lemony Snicket (Companhia das Letras)
A Sala dos Répteis - Lemony Snicket (Companhia das Letras)
O Lago das Sanguessugas - Lemony Snicket (Companhia das Letras)
Serraria Baixo-Astral - Lemony Snicket (Companhia das Letras)
Inferno no Colégio Interno - Lemony Snicket (Companhia das Letras)
O Elevador Ersatz - Lemony Snicket (Companhia das Letras)
A Cidade Sinistra dos Corvos - Lemony Snicket (Companhia das Letras)
O Hospital Hostil - Lemony Snicket (Companhia das Letras)
O Espetáculo Carnívoro - Lemony Snicket (Companhia das Letras)
O Escorregador de Gelo - Lemony Snicket (Companhia das Letras)
A Gruta Gorgônea - Lemony Snicket (Companhia das Letras)
O Penúltimo Perigo - Lemony Snicket (Companhia das Letras)
O Fim - Lemony Snicket (Companhia das Letras)
Não é Coisa da Sua Cabeça - Naiara Magalhães; José Alberto de Camargo (Gutenberg)

RESENHAS CITADAS:

PROMOÇÕES:

MÚSICA:
I Don't Need A Man - Pussycat Dolls



BOAS LEITURAS!
Se for livros, podem vir!!!!!

Camila Márcia

Chegou pelo Correios 17#

segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Saudações Leitores!
John Boyne é O Cara! Simplesmente O Garoto no Convés me rendeu, posso dizer que me tornei fã de Boyne, agora irei perseguir todos os livros dele!
Quando li O Menino do Pijama Listrado tinha ficado encantada com a história e a simplicidade e delicadeza com que o autor a tinha contado, mas devo confessar - com um grande sorriso no rosto - que O Garoto no Convés, na minha humilde opinião é muito melhor do que O Menino do Pijama Listrado. Confiram a resenha e não deixem de comentar com a opinião de vocês:


O Garoto no Convés. John Boyne, São Paulo: Companhia das Letras, 2009,496 pág.
Tradução de Luiz A. de Araújo

O Garoto no Convés, do escritor irlandês John Boyne, autor do tão conhecido best-seller O menino do pijama listrado, também traz em seu enredo fatos históricos entremeados de ficção. No caso deste livro, temos como fato histórico o motim ao HMS Bounty, navio da Marinha Inglesa.
A história se passa entre os anos de 1787 a 1789, e é narrado pelo protagonista, o adolescente John Jacob Turnstile. O menino era um jovem ladrão que sendo pego pela polícia acabou indo parar no navio cujo Capitão era o senhor Bligh o navio tinha destino à Otaheite e durante todo o percurso de navio muitas aventuras acontecem, mas também fatos desagradáveis e, claro, o motim do Bounty que proporcionou momentos terríveis.

"Havia um demônio no ar entre nós, invocado não pelos marinheiros nem pelo capitão, e sim por aquelas duas criaturas gêmeas, o barco e a ilha: um a chamar de volta o seu capitão, a outra a arrastar seus novos cativos cada vez mais para o fundo." (p.280)

Boyne surpreende com uma história que tinha tudo para ser cansativa e sem emoção e torna-a fantástica, bem elaborada e muito bem narrada. Uma aventura marinha cujo leitor pode entrar na história e sentir o cheiro do mar. Impossível não se envolver.
Outro ponto que merece destaque é que o autor consegue adequar a idade do narrador com a linguagem utilizada e também coloca características linguísticas presente na classe social do narrador e dos ambientes em que ele convive. Isso não é novidade, principalmente para aqueles que já tiveram a oportunidade de ler O menino do pijama listrado, pois lá também há a adequação da linguagem e classe social. De fato, isso torna a leitura mais gostosa e coerente.

"Parece-me que um homem pode conviver com outros homens, convencido de que faz parte de uma comunidade, certo de comungar dos mesmos pensamentos e planos, sem nunca saber o que na verdade se passa." (p.294)

Sou toda elogio para com O Garoto no Convés, pois o livro me encantou e tocou profundamente, houve momentos de risadas e momentos tensos o que me deixava com mais vontade de ler. Indubitavelmente, John Boyne se tornou um dos meus escritores favoritos e em breve vou ler outra obra dele, pois esse autor sabe, excepcionalmente bem, como contar uma história. Indico a todos: vale apena navegar sobre o Bounty.

Camila Márcia

Resenha: O Garoto no Convés - John Boyne

quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Saudações Leitores!
Mais um mês começando e isso é maravilhoso!!! Resolvi aparecer com essa coluna novamente para sugerir leituras, sei que muita gente já sabe o que vai ler, mas tem aqueles que ainda não sabem e tem aqueles que podem olhar essas sugestões e arquivarem para as futuras leituras então espero que gostem e que leiam muito este mês de Dezembro.
Vou sugerir 3 livros que entraram para a minha lista de favoritos, ainda não consegui postar a resenha deles aqui no blog, mas deixo o link do skoob onde já postei resenha, então vocês podem dar aquela conferida, certo?!

Para quem gosta de romances e livros líricos, com a delicadeza e o sentimentalismo a transbordar as páginas Nosso Último Verão (Resenha AQUI), de Ann Brashares, é mais do que indicado. Um livro que não pode ser devorado, mas degustado. Adorei a forma como ele me fez sentir o que os personagens sentiam e é incrivel como eu quase podia visualizar o cenário em que a história se passa. Simplemente lindo!


Na vila de Waterby em Fire Island, os ritmos e rituais são sacrossantos: as cerimoniosas chegadas e partidas de barca, os jantares no iate clube com sua comida terrível, e as vistas de tirar o fôlego; o decreto tácito contra sapatos; e o desfile de gerações de crianças bronzeadas e cheias de areia, correndo, nadando, gritando e crescendo na praia.
Nosso Último Verão é a encantadora e emocionante história do triângulo de amizade praiana entre jovens adultos para quem o verão na vila de Waterby significavam tudo. Ao longo de toda sua vida, as irmãs Riley e Alice, agora em seus vinte anos, retornavam à modesta casa de praia de seus pais a cada verão.



Como pude demorar tanto para conhecer os livros de John Boyne? Sim, O Garoto no Convés (Resenha AQUI) é o segundo livro que li do autor [se não me engano, indiquei na coluna passada o best-seller dele: O Menino do Pijama Listrado] e me desarmou completamente, me rendi: sou fã de John. Esse livro tinha tudo para ser ruim: boa parte da história se passa em alto mar [que graça tem nisso?], isto é, fala de navegações, o que não é um assunto de meu interesse, mas... John conseguiu me cativar logo na primeira página e zazzzzz eu devorei o livro [que por sinal é grandão] com um prazer imenso. Por isso tenho que indicar esse fantástico livro: imperdível!

Neste livro, a história da expedição é narrada do ponto de vista de John Jacob Turnstile, um garoto de Porstmouth, sul da Inglaterra, que sofre abusos de toda sorte, inclusive sexuais, no orfanato e pratica pequenos furtos nas ruas da cidade. Detido pela polícia após roubar um relógio, é salvo pela própria vítima do roubo quando esta lhe faz uma proposta: em vez de ficar encarcerado, embarcaria no HMS Bounty para passar pelo menos dezoito meses como criado particular do respeitado capitão Bligh. Turnstile aceita a barganha, planejando fugir na primeira oportunidade. Mas a rígida disciplina da vida no mar e uma relação cada vez mais leal com o capitão transformarão sua vida para sempre. É pela voz desse adolescente insolente e sagaz, mas ao mesmo tempo frágil e ingênuo, que o leitor acompanhará uma viagem repleta de intrigas, tempestades instransponíveis, cenários exóticos e lições de lealdade, paixão e sobrevivência. 

Como já me apaixonei por John Boyne, soltei um livro dele e já me atraquei com Noah Foge de Casa (Resenha AQUI) e tal foi minha surpresa ao me deparar com uma história com as características dos contos de fadas e uma mensagem impressionante como as que encontramos nas fábulas. Envolvente, fabuloso: seres inanimados tem vida, animais falam e Noah, um garoto normal descobre dentro de si mesmo que deve aprender a enfrentar seus medos e não fugir deles. Lindo!

Noah tem oito anos e acha que a maneira mais fácil de lidar com seus problemas é não pensar neles. Quando se vê cara a cara com uma situação muito maior do que ele próprio, o menino simplesmente foge de casa, aventurando-se sozinho pela floresta desconhecida. Logo, Noah chega a uma loja mágica de brinquedos, com um dono bastante peculiar. Ele tem uma história para contar, uma história cheia de aventuras que termina com uma promessa quebrada, uma história que vai levar o fabricante de brinquedos a pensar sobre o seu passado e Noah a pensar sobre aquilo que deixou para trás. Em seu primeiro livro juvenil desde o best-seller O menino do pijama listrado, o escritor irlandês John Boyne cria um mundo que mistura contos de fadas com os problemas mais cotidianos de um garoto comum. Esta fábula leve e inteligente prende os leitores presos até o final com dois grandes mistérios: por que Noah fugiu de casa e quem é o fabricante de brinquedos?

Espero que aproveitem as dicas e, contem-me: O que estão lendo? O que pretentem ler nesse mês de Dezembro?

Camila Márcia

Indicações 12#

domingo, 2 de dezembro de 2012

Saudações Leitores!
Entre os lançamento de novembro pela Companhia das Letras, temos O Pacifista, do conhecido autor de O Menino do Pijama Listrado: John Boyne e que acredito que não preciso nem dizer que já é um dos lançamentos mais aguardados por mim [mesmo eu achando essa capa tão feinha], John é um daqueles autores que sempre me surpreendem, isso me fascina!
Uma Garrafa no Mar de Gaza, também é um dos lançamentos do mês, com um detalhe todo especial, pois em 2013 estréia a adaptação cinematográfica desse livro e, devo admitir, que ele também me chamou atenção, sou fã de romances com um enredo histórico, drama e que se não fosse ficção poderia ser real. :-) Boa pedida para mim... Mais dois livros para minha insustentável lista de livros desejados. Quando vou possuí-los é uma outra história!kk

O pacifista, de John Boyne
Inglaterra, setembro de 1919. Tristan Sadler, vinte e um anos, toma o trem de Londres a Norwich para entregar algumas cartas à irmã mais velha de William Bancroft, soldado com quem combateu na Grande Guerra. Mas as cartas não são o verdadeiro motivo da viagem de Tristan. Ele já não suporta o peso de um segredo que carrega no fundo de sua alma, e está desesperado para se livrar desse fardo, revelando tudo a Marian Bancroft. Resta saber se o antigo combatente terá coragem para tanto. Enquanto reconta os detalhes sombrios de uma guerra que para ele perdeu o sentido, Tristan fala também de sua amizade com Will, desde o campo de treinamento em Aldershot, onde se encontraram pela primeira vez, até o período que passaram juntos nas trincheiras do norte da França. O leitor pode testemunhar o relato de uma relação intensa e complicada, que proporcionou alegrias e descobertas, mas também foi motivo de muita dor e desespero.

Uma garrafa no mar de Gaza, de Valérie Zenatti 
Um homem-bomba se explodiu dentro de um café em Jerusalém. Seis corpos foram encontrados. Uma garota, que se casaria naquele dia, morreu junto com o pai "algumas horas antes de vestir seu lindo vestido branco". E Tal não consegue parar de pensar em tudo isso.
Tal é uma israelense que, como toda garota de dezessete anos, vive suas primeiras experiências - o primeiro grande amor, as primeiras escolhas profissionais e também o primeiro atentado. Depois de vivenciar esse momento trágico, ela escreve uma carta a um palestino imaginário, coloca em uma garrafa e pede ao irmão, que presta o serviço militar perto de Gaza, para lançá-la ao mar. Algumas semanas depois, recebe a resposta de um certo "Gazaman"...
O filme "Uma garrafa no mar de Gaza", baseado no livro, estreia em março de 2013!

Lançamento: O Pacifista... e outros

sábado, 17 de novembro de 2012

Saudações Leitores!
Mais um Chegou pelo Correio aqui no blog com as minhas aquisições destes últimos quinze dias. Chegaram poucos livros, mas eu amei cada um deles. Confiram o video e não deixem de comentar nesta postagem, meus queridos, afinal o comentário de vocês é muito importante e motivador para mim.



LIVROS CITADOS:
O Palácio de Inverno - John Boyne (Companhia das Letras)
A Primeira Oração de Jéssica -  Hesba Stretton (Dracaena)
Fallen - Lauren Kate (Galera Record)

CITADOS:
Estante Virtual (site)
Livros São Gabriel Anhunti (sebo)

MÚSICA:
Pocket Full Of Sunshine - Natasha Bedingfield


BOAS LEITURAS!
Que cheguem mais livros! Que venham novas leituras!!

Camila Márcia

Chegou pelo Correios 15#

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Saudações Leitores!
Apesar de eu ter colocado essa coluna como mensal, faz alguns meses que ela não dá o "ar da graça", mas quem me segue pelas redes sociais (twitter, face, skoob, etc) estão a par da correria da minha vida: final de faculdade: monografia - provas etc. Outros compromissos que não posso faltar, estou meio dividida entre duas cidades, passo a semana toda peregrinando de uma para outra, enfim... isso não vem ao caso.
Hoje vou fazer alguns indicações literárias de minhas ultimas leituras. Fiz uma seleção e disponibilizo abaixo, espero auxiliar ou tirar as dúvidas de vocês na escolha dos livros que irão ler:

O primeiro livro que vou indicar é A Casa das Orquídeas (resenha AQUI), o livro é um pouco volumoso, mas a história é tão boa que você vai virando as páginas e quando percebe já chegou ao fim. Eu gostei bastante desse livro, porque além de trazer personagens bem estruturados apresenta uma história dentro de outra história e eu sou fascinada por narrativas assim e para completar a autora, Lucinda Riley, escreve muito bem.


Quando criança, a pianista Júlia Forrester passava seu tempo na estufa da propriedade de Wharton Park, onde flores exóticas cultivadas pelo seu avô nasciam e morriam com as estações.
Agora, recuperando-se de uma tragédia na família, ela busca mais uma vez o conforto de Wharton Park, recém-herdada por Kit Crawford, um homem carismático que também tem uma história triste. No entanto, quando um antigo diário é encontrado durante uma reforma, os dois procuram a avó de Júlia para descobrirem a verdade sobre o romance que destruiu o futuro de Wharton Park…
E, assim, Júlia é levada de volta no tempo, para o mundo de Olívia e Harry Crawford, um jovem casal separado cruelmente pela Segunda Guerra Mundial, cujo frágil casamento estava destinado a afetar a felicidade de muitas gerações, inclusive da de Júlia.



Outro livro que não poderia deixar de indicar é O Melhor de Mim (resenha AQUI), escrito por Nicholas Sparks, acredito que todo leitor já tenha ouvido falar deste autor que é um consagrado best-seller, eu não poderia deixar de indicá-lo, pois a história é bastante envolvente e a narrativa cativante, ademais tem o estilo 'sparkiano', quem já leu algum romance do autor deve saber do que estou falando. É impossível não correr algumas lágrimas!

Na primavera de 1984, os estudantes Amanda Collier e Dawson Cole se apaixonaram perdidamente. Embora vivessem em mundos muito diferentes, o amor que sentiam um pelo outro parecia forte o bastante para desafiar todas as convenções de Oriental, a pequena cidade em que moravam. Nascido em uma família de criminosos, o solitário Dawson acreditava que seu sentimento por Amanda lhe daria a força necessária para fugir do destino sombrio que parecia traçado para ele. Ela, uma garota bonita e de família tradicional, que sonhava entrar para uma universidade de renome, via no namorado um porto seguro para toda a sua paixão e seu espírito livre. Infelizmente, quando o verão do último ano de escola chegou ao fim, a realidade os separou de maneira cruel e implacável. Vinte e cinco anos depois, eles estão de volta a Oriental para o velório de Tuck Hostetler, o homem que um dia abrigou Dawson, acobertou o namoro do casal e acabou se tornando o melhor amigo dos dois. Seguindo as instruções de cartas deixadas por Tuck, o casal redescobrirá sentimentos sufocados há décadas. Após tanto tempo afastados, Amanda e Dawson irão perceber que não tiveram a vida que esperavam e que nunca conseguiram esquecer o primeiro amor. Um único fim de semana juntos e talvez seus destinos mudem para sempre. Num romance envolvente, Nicholas Sparks mostra toda a sua habilidade de contador de histórias e reafirma que o amor é a força mais poderosa do Universo - e que, quando duas pessoas se amam, nem a distância nem o tempo podem separá-las.

Vocês gostam de romances que trazem lindas cartas de amor? Se você é como eu (que gosta) então indico A Última Carta de Amor (resenha AQUI), da Jojo Moyes. Este livro além de trazer cartas apaixonadas, conta uma história de amor linda e também (como em A Casa das Orquídeas) ficamos a par de duas histórias que serão contadas no decorrer dos capítulos. Quero frisar novamente que eu aprecio bastante livros assim. 

Londres, 1960. Ao acordar em um hospital após um acidente de carro, Jennifer Stirling não consegue se lembrar de nada. Novamente em casa, com o marido, ela tenta sem sucesso recuperar a memória de sua antiga vida. Por mais que todos à sua volta pareçam atenciosos e amáveis, Jennifer sente que alguma coisa está faltando. É então que ela descobre uma série de cartas de amor escondidas, endereçadas a ela e assinadas apenas por “B”, e percebe que não só estava vivendo um romance fora do casamento como também parecia disposta a arriscar tudo para ficar com seu amante. Quatro décadas depois, a jornalista Ellie Haworth encontra uma dessas cartas endereçadas a Jennifer durante uma pesquisa nos arquivos do jornal em que trabalha. Obcecada pela ideia de reunir os protagonistas desse amor proibido — em parte por estar ela mesma envolvida com um homem casado —, Ellie começa a procurar por “B”, e nem desconfia que, ao fazer isso, talvez encontre uma solução para os problemas de seu próprio relacionamento. Com personagens realísticos complexos e uma trama bem-elaborada, A última carta de amor entrelaça as histórias de paixão, adultério e perda de Ellie e Jennifer. Um livro comovente e irremediavelmente romântico.

Como também sou fã de livros que apesar de serem ficção retraram um momento histórico e acredito que alguns dos leitores do DLL também são, venho indicar o livro O Menino do Pijama Listrado (resenha AQUI), de John Boyne. O livro retrata com maestria os campos de concentração nazistas e todo o sofrimento peculiar da época. O autor tem uma forma tão delicada de contar a história que encanta, entretanto a delicadeza na narrativa não ameniza as atrocidades que ocorriam na época e que ficam sutilmente impressas nas entrelinhas da obra. Não só de finais felizes vivem os bons livros...

Bruno tem nove anos e não sabe nada sobre o Holocausto e a Solução Final contra os Judeus. Também não faz idéia de que seu país está em guerra com boa parte da Europa, e muito menos de que sua família está envolvida no conflito. Na verdade, Bruno sabe apenas que foi obrigado a abandonar a espaçosa casa em que vivia em Berlim e mudar-se para uma região desolada, onde ele não tem ninguém para brincar nem nada para fazer. Da janela do quarto, Bruno pode ver uma cerca, e, para além dela, centenas de pessoas de pijama, que sempre o deixam com um frio na barriga. Em uma de suas andanças Bruno conhece Shmuel, um garoto do outro lado da cerca que curiosamente nasceu no mesmo dia que ele. Conforme a amizade dos dois se intensifica, Bruno vai aos poucos tentando elucidar o mistério que ronda as atividades de seu pai. "O Menino do Pijama Listrado" é uma fábula sobre amizade em tempos de guerra, e sobre o que acontece quando a inocência é colocada diante de um monstro terrível e inimaginável.


Sei que li muita coisa bacana e gostaria de indicar muitos outros livros, mas não vou fazer isso pra postagem não ficar muito grande e enfadonha. Espero que essas indicações ajudem vocês e vou tentar fazer de tudo para postar mais indicações no próximo mês, afinal eu adoro essa coluna.
Então é isso, pessoal: até a próxima!

Camila Márcia

Indicações 11#

terça-feira, 2 de outubro de 2012

Saudações Leitores!
Hoje posto a resenha de um livro que se tornou bastante especial para mim, não só no quesito enredo, mas a narrativa é cativante e envolve fatos históricos (gosto de livros assim), os personagens são tão reais que poderiam realmente ter existido e outro ponto é a diagramação do livro que é ótima e tem uma capa simples, mas demasiadamente linda. Quero agradecer a Companhia das Letras pelo envio deste livro para resenha. Sem mais delongas vamos conferir:


O Menino do Pijama Listrado, John Boyne, São Paulo: Companhia das Letras, 2007, 186 pág.
Traduzido por Augusto Pacheco Calil

Com o título original The Boy in the Striped Pyjamas foi publicado em 2006 e tornou-se um best-seller mundial, livro escrito pelo romancista irlandês John Boyne em dois dias e meio (como o próprio autor declarou), já foi adaptado aos cinemas sob o mesmo título da obra.
O livro traz com delicadeza a história de um menino de nove anos chamado Bruno que viveu em uma época da história da humanidade muito difícil, viveu nessa época sem ao menos saber o que se passava, pois sua pouca idade e sua inocência não o alertaram as tristes coisas que ocorriam e nem que seu pai era o comandante de um campo de concentração de judeus.
Bruno, sua irmã Gretel (de doze anos), sua mãe e seu pai viviam em Berlim, mas por causa do trabalho do pai eles vão morar na Polônia, num lugar chamado Haja-Vista, na verdade Auschwitz, um campo de concentração nazista.

"Quando fechava os olhos, tudo ao seu redor parecia simplesmente vazio e frio, como se ele estivesse no lugar mais solitário do mundo. No meio de lugar nenhum." (p.19)

Lá, como nunca tinha o que fazer e nem amigos com quem brincar Bruno fica entediado e decide explorar a redondeza e é assim que conhece Shmuel, um menino da mesma idade dele e que por ironia, ou coincidência, nasceram no mesmo dia e mês. Os dois se tornam amigos apesar de não poderem brincar, pois uma grande cerca separa os dois, o que Bruno não sabia era que do lado em que Shmuel ficava se tratava do campo de concentração comandado por seu pai, ficavam os judeus.

"Os olhos eram bem grandes, da cor de balas de caramelo; os brancos eram muito brancos, e, quando o menino olhou para Bruno, tudo o que este viu foi um par de enormes olhos tristes a encará-lo." (p.96)

John Boyne utiliza uma linguagem simples, com alguns recursos repetitivos agradáveis e engraçados para frisar a mensagem que quer repassar. Traz uma história fascinante que é capaz de tocar até os corações mais endurecidos e, sobretudo, O Menino do Pijama Listrado, nos faz refletir sobre o período histórico e sobre todos aqueles que morreram e sofreram naquela época.

“Você é meu melhor amigo Shmuel, disse ele. Meu melhor amigo para a vida toda.” (p.184)

Este livro também nos faz refletir sobre aquela velha frase clichê: não faça com os outros aquilo que você não quer que façam com você ou com quem você ama. Trágico, mas nem sempre seguimos esse preceito, por isso que nos deparamos com pessoas tão cruéis.
O Menino do Pijama Listrado me emocionou bastante, entretanto, por eu ter assistido ao filme primeiro já sabia o que aconteceria, a única surpresa para mim foi o final, pois são diferentes e, na realidade, gostei mais do final do filme do que do livro. Acredito que esperei algo mais do livro e, contudo, ele não me surpreendeu, mas me deixou encantada e maravilhada com a delicadeza com que o autor narrou uma história tão triste.
Há pessoas que não gostam de ler livros que falem de momentos históricos tão tristes, então para essas pessoas O Menino do Pijama Listrado não iria agradar, pois é triste saber que uma criança (que aqui representa milhares) sofreu tanto sem nem ao menos poder compreender o porquê. Mas para aquelas pessoas que gostam desse tipo de livro: real, dolorido e com final que a própria história da humanidade escreveu, não deixem de ler, pois iram amar. Boa Leitura!

Camila Márcia

Resenha: O Menino do Pijama Listrado - John Boyne

sábado, 29 de setembro de 2012

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